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domingo, 29 de maio de 2016

O triste fim de Olavo de Carvalho: de mãos dadas com o PT, também o mascate da paranoia ataca o impeachment

O VV, Vampiro da Virgínia, não deixa de ser um homem notável. Já foi professor de Astrologia, o que significa que era capaz de convencer os seus “alunos” de que o Sol girava em torno da Terra. Não só. Poucos conhecem o seu passado de adepto do islamismo místico de René Guénon, uma aberração intelectual. Mas calma! Antes disso tudo, alinhou-se entre os admiradores de Carlos Marighella — sim, o autor do “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”

Por: Reinaldo Azevedo 29/05/2016 às 5:17

 

Olavo de Carvalho resolveu se juntar à extrema esquerda e aos petistas e também ele acha agora que o impeachment é um golpe, aplicado, no caso, pelo “estamento burocrático”, expressão de que a literatura política de esquerda usa e abusa e que os abduzidos do professor repetem por aí sem saber o que significa. Olavo já não consegue esconder: quer Dilma de volta ao Palácio do Planalto. Mas traveste o seu desejo com o manto de uma suposta “revolução”. O celerado, agora, adotou a tese da democracia plebiscitária, que é o que Lula e o PT sempre tentaram implementar no Brasil desde que chegaram ao poder. Vejam a imagem abaixo. Volto ao ponto mais tarde. Antes, algumas considerações.

aiatolavo maluco

O VV, Vampiro da Virgínia, não deixa de ser um homem notável. Já foi professor de Astrologia, o que significa que era capaz de convencer os seus “alunos” de que o Sol girava em torno da Terra. Não só. Poucos conhecem o seu passado de adepto do islamismo místico de René Guénon, uma aberração intelectual. Mas calma! Antes disso tudo, alinhou-se entre os admiradores de Carlos Marighella — sim, o autor do “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”. Vai ver é por isso que, hoje em dia, tanto a extrema direita como a extrema esquerda se juntam nas redes sociais para vociferar contra o impeachment.

Então ficamos assim: Olavo já foi astrólogo e hoje em dia acha que isso tudo é bobagem. Já foi um islamista da vertente mais autoritária e mística e, claro!, hoje faz profissão de fé contra o Islã. Já foi comunista da turma do Marighella, o terrorista, e hoje se vende como um anticomunista radical.  Não importa a loucura que tenha abraçado, sempre conseguiu arregimentar seguidores. É preciso ser um farsante competente. Independentemente da picaretagem a que se dedique, sempre há alguém que aceita pagar as suas contas. Faz tempo que não tem um trabalho regular e vive de “doações”.

Ah, claro! Olavo era um admirador de Reinaldo Azevedo, com elogios em textos públicos e e-mails privados. Eu o mantinha a uma prudente distância porque percebia que, como diria Machado, o grão da loucura, nele, era bem maior do que o do talento. Nunca fui “discípulo” seu, é evidente! Quando o conheci, já tinha régua e compasso.

Dia desses, alguém resolveu dizer que tentei impedir que publicasse seus textos na BRAVO!, da qual fui redator-chefe. É mentira! A revista tinha um diretor de Redação. E eu sou disciplinado. Assim como sempre fiz o que quis nas revistas que dirigi, aceito que diretores tomem as decisões nos veículos que dirigem. Quando não gosto do que fazem, peço demissão.

Aconteceu, sim, de, nas férias do diretor, eu ter deixado de publicar um ensaio seu porque trazia uma metáfora detestável, inaceitável sob qualquer aspecto, sobre professoras — sim, especificamente sobre professoras, mulheres. Eu o convidei a cortar o trecho. Ele se negou. Então deixei de publicar o artigo. Quando mando, mando. Se não, não. Nem vou entrar no detalhe do que escreveu porque é uma daquelas baixarias de que só ele é capaz em seus surtos. Basta dizer que associava a militância política das mulheres ao molestamento sexual paterno. Olavo pode ser abjeto, como todos sabem.

Este senhor resolveu me eleger como um dos seus inimigos, sem mais nem aquela, do nada, de 2015 para cá, especialmente a partir do momento em que o MBL (Movimento Brasil Livre), num magnífico rasgo de lucidez, decidiu se distinguir de forma clara e inequívoca dos militantes do “aiatoloavismo”. Aiatolavo – ex-mariguella, ex-astrólogo, ex-islamista — cismou que havia chegado a hora de os militares botarem ordem no Brasil. Ele e seus delinquentes intelectuais passaram a defender um golpe de estado saneador, um período de “limpeza” da política e, depois, a volta da democracia…

Felizmente, os moços e as moças do Movimento Brasil Livre perceberam quão estúpido era esse pensamento. Mantenho interlocução com o MBL e outros grupos, mas, já disse mais de uma vez, não sou guru de ninguém. Olavo meteu naquela cabeça doentia que eu roubei os seus pupilos, como se estivéssemos disputando almas. Pra começo de conversa, o movimento nada lhe devia.

Guru do insucesso
O impeachment veio. Na contramão da “estratégia” de Olavo. E isso só aconteceu porque ele estava errado. O bicho ficou furioso. A verdade é que esse esbirro do PT não queria a deposição de Dilma. Ele se alimenta do insucesso dos que lutam contra a esquerda. A exemplo de toda religião finalista, é preciso que o mal triunfe para que os escolhidos se salvem. E os “alunos” de Olavo o veem como um resgatador de almas.

Ele se torna o porto seguro de seus abduzidos flagrados em pecado. Isso explica que consiga reunir, por exemplo, tantos homossexuais homofóbicos entre seus fieis. Olavo consegue convencê-los de que são aberrações morais, ainda que seres da natureza (como ele é generoso!), e se oferece como o seu guia num mundo de suposta contenção e rigor intelectual, que os tiraria da rota viciosa. Tornam-se suas presas fáceis.

Outros buscam no “mestre” e no “professor” se livrar da penúria. No geral, são candidatos malsucedidos a pensadores e intelectuais. Não conseguem se estabelecer no mercado das ideias ou numa profissão que cobre talento e criatividade. Precisam achar culpados por sua vida acanhada. Que tal a grande conspiração das esquerdas, que teria vitimado até o próprio Olavo?

O “professor” criou, assim, a ascese do fracasso. Quanto mais o sujeito quebra a cara e é ignorado em ambientes em que gostaria de brilhar, mais vê comprovada a teoria de que esse mundão só dá oportunidade aos medíocres e recusa os verdadeiros gênios, entenderam?

Olavo consegue convencer os incompetentes de que são apenas injustiçados.

Loucura maior
Mandam-me um tuíte do maluco em que ele tenta justificar a suja parceria com o PT e com a extrema esquerda. Dados os vazamentos das gravações de Sérgio Machado  — que não arranham nem a Lava Jato nem o impeachment —, lá vem o VV a afirmar que Dilma e o PT não são os problemas, mas “ toda a classe política, o estamento burocrático”. Ora, quem duvida que a “classe política” seja um problema? A questão é outra: os que queríamos o impeachment deveríamos ou não ter atuado em parceria com ela? Lá da Virgínia, Olavo queria e quer ver a população invadindo palácios. Ele e o Guilherme Boulos.

Mas isso não é a coisa mais estúpida do texto em que volta a me atacar — e ao MBL… Olavo quer o que chama de “período de democracia plebiscitária”, em que “o povo tome diretamente todas as decisões”. Olavo quer um Comitê de Salvação Pública… Quer ser o nosso Robespierre.

Leiam esta frase de 2007: “Eu acho que, na democracia, é assim: a gente submete aquilo que a gente acredita ao povo, e o povo decide, e a gente acata o resultado. Porque, senão, não é democracia”. Seu autor é Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele ano, com a popularidade nas alturas, Lula e os petistas reivindicavam que o Poder Executivo tivesse a prerrogativa de convocar plebiscitos. Um dos entusiastas da ideia era Fábio Konder Comparato, que pertencem à fina flor do “direito petista”.

Vá propor às esquerdas uma democracia plebiscitária. É claro que elas vão dizer “sim”. É a tese defendida por… Olavo de Carvalho. Não há nada de curioso nisso. Os dois extremos acham que podem convencer o povo com seus argumentos infalíveis e só sabem falar a linguagem da guerra e do confronto. É bem verdade que o máximo que o incendiário Olavo de Carvalho consegue fazer é acender os próprios cigarros. Enquanto pede uma graninha por seus “cursos”. O rigor intelectual com que ele se comporta no impeachment parece dizer bastante sobre a qualidade da filosofia que pratica.

É um triste fim esse de Olavo. Ele não se conforma que o petismo tenha sido apeado do poder e que isso tenha se dado na contramão das bobagens que ele escrevia. Abraçado ao seu rancor e à sua impotência, resta-lhe o alinhamento com as esquerdas, que agora têm nele uma referência: “Se o guru da direita está dizendo, então…” Ocorre que Olavo não é guru de porcaria nenhuma, exceção feita aos trouxas que lhe dão uma graninha.

Nas suas ofensas dirigidas a mim, Olavo diz que eu sei bem o que estou fazendo, sugerindo que participo de alguma conspiração. Bem, o falso paranoico — inventa teorias para arrumar clientes — se construiu alimentando a paranoia alheia. À diferença de Olavo, trabalho muito. Não teria tempo de conspirar nem que quisesse. Em parte, no entanto, ele tem razão: sei bem o que faço. Estimulei e estimulo o tempo inteiro a luta política, nos marcos da democracia. Olavo queria e quer um golpe. Ele e os bocós que ainda não conseguiram se libertar do jugo do ex-astrólogo, do ex-islamista, ex-comunista e hoje neopetista.

Olavo está doido para ver Dilma subir a rampa: “Eu bem que avisei! Culpa do Reinaldo Azevedo! Culpa do MBL! Comprem meus cursos! Ajudem este mascate da paranoia a viver sem trabalhar!”

 

Blog Reinaldo Azevedo

 

MP-RJ vai analisar questionamentos de advogada sobre investigação de estupro

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) se reuniu na noite de hoje (28) com a advogada da adolescente que denunciou ter sido vítima de estupro coletivo para ouvir questionamentos em relação à investigação da Polícia Civil. O órgão vai avaliar os pedidos para, então, dar uma resposta às ponderações apresentadas.

As advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo não detalharam quais pedidos foram feitos ao MP-RJ. Eloisa afirmou, porém, que o caso foi tratado de forma "machista e misógina" em depoimento prestado ontem (27) pela vítima à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

"O que me incomodou foi o machismo e a misoginia (repulsa, desprezo e ódio à mulher) com que o delegado está tratando desse caso específicamente, desconsiderando o estupro, colocando o estupro como um crime menor", afirmou Eloisa. "Quero, primeiro, que se encontre os responsáveis por esse crime, e que a vítima seja tratada com o respeito que ela merece", acrescentou.

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A advogada disse ainda que seria melhor que uma delegada mulher cuidasse do caso. "O que eu acho não faz a menor diferença. Eu acho que deveria ser uma delegada. De onde, eu não sei. Isso não é da minha competência, e também não é da competência do Ministério Público determinar."

A promotora de justiça Lúcia Iloízio, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Violência Doméstica contra a Mulher, e o procurador de Justiça Márcio Thomé, coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ, receberam as advogadas. A promotora afirmou que as ponderações serão analisadas, assim como os autos do inquérito.

"Essa análise vai ser feita de forma muito criteriosa pelo Ministério Público, e, se for o caso, inclusive, de posse dos autos do inquérito. Tem que ser avaliado exatamente tudo que consta nos autos do inquérito. Essa é a primeira premissa que a gente pode informar", disse a promotora.

O coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ considera o crime de estupro uma "aberração", e destacou que o Ministério Público recebeu as advogadas por estar preocupado com a vulnerabilidade da vítima, que é menor de idade, mulher e está exposta desde a divulgação do crime.

Durante a tarde, a Polícia Civil já havia divulgado uma nota em resposta aos questionamentos da advogada, e afirmou que a investigação está sendo conduzida de forma técnica e imparcial pela DRCI. Além disso, a polícia ressalta que a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), vai acompanhar o caso, e até já nomeou o presidente da Comissão de Segurança Pública da ordem, o advogado Breno Melaragno, para isso.

 

Agência Brasil

 

 

Detentos recebem visita uma semana após rebeliões e mortes em presídio do Ceará

 

Edwirges Nogueira - Repórter da Agência Brasil

Visita presídio Ceará

Após as rebeliões do último fim de semana, que causaram 18 mortes, as visita no Complexo Penitenciário de Itaitinga 2 foram liberadasEdwirges Nogueira/Agência Brasil

O movimento de pessoas na portaria do Complexo Penitenciário de Itaitinga 2, a cerca de 30 quilômetros de Fortaleza, era intenso por volta das 7h30 de hoje (28), dia marcado para a retomada das visitas aos detentos, após as rebeliões do último fim de semana, que causaram 18 mortes.

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Sábados e domingos são dedicados à visitação feminina. Muitas mulheres carregavam sacolas com garrafões de água, comida, colchões e colchonetes – para repor os que foram queimados durante os motins. Devido à distância entre a portaria e a entrada das unidades prisionais, algumas pagavam R$ 2 para que homens com carrinhos de mão levassem o material.

No complexo, estão localizadas três Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPLs) e as obras de outras duas unidades. Uma delas, com 95% de conclusão, de acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), recebeu presos transferidos por estarem sendo ameaçados de morte. Na madrugada de quarta-feira (25), 22 deles fugiram.

Rafaelle Alves da Mota Teixeira, de 24 anos, foi ao complexo deixar alguns itens para o marido, preso há duas semanas e alojado na CPPL 3. Por ainda não ter o cartão de acesso ao local, não pôde entrar; tinha permissão só para entregar as coisas. No entanto, ela já teve notícias de que o marido está bem. “Fiquei com medo de ter acontecido algo com ele, porque tinha muita zoada de bala por todo o canto. Até dormi aqui no fim de semana passado, mas não deixaram entrar. Quando ele me ligou, eu me conformei mais.”

A vendedora Jéssica Nascimento, de 22 anos, estava mais preocupada com o marido, que é interno da CPPL 4 há um ano e meio. Segundo ela, o companheiro havia ligado do celular de outro detento e dito que havia sido baleado na coxa durante os conflitos. “Eu senti tanta coisa ruim, me perguntei se tinham matado ele. Liguei para cá, mas ninguém atendeu. Não pude vir aqui porque estava operada. Só hoje vou saber como ele está.”

No complexo, também havia movimento constante de viaturas da Polícia Militar, que fazem a segurança das unidades em conjunto com os agentes penitenciários. Por volta das 10 horas, um veículo da Força Nacional com quatro agentes entrou no complexo. As tropas chegaram na noite de quinta-feira (26) para dar apoio à estabilização do sistema penitenciário.

 

Agência Brasil

 

Papa diz a crianças que “imigrantes não são um perigo, mas estão em perigo”

 

Da Agência Lusa

Papa Francisco conversa com jornalistas durante voo da Itália a Cuba (Agência Lusa/Direitos Reservados)

Papa Francisco afirmou que “os imigrantes não são um perigo,  mas estão em perigo”, durante um encontro que manteve no Vaticano com 500 crianças italianas e imigrantes, chegadas da região da CalábriaAgência Lusa/EPA/Pool/Alessandro Di Meo/Direitos Reservados

O papa Francisco afirmou hoje (28) que “os imigrantes não são um perigo,  mas estão em perigo”, durante um encontro que manteve no Vaticano com 500 crianças italianas e imigrantes, chegadas da região da Calábria.

“Os imigrantes não são um perido, estão em perigo”, disse o pontífice por várias ocasiões, numa mensagem de fraternidade e de tolerância para com outras culturas e religiões, que pediu às crianças que repetissem com ele.

“O comboio das crianças” é o nome de uma iniciativa, organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura, que há quatro edições leva crianças ao Vaticano de comboio para conhecer e conversar com o papa.

Desta vez, o tema eleito foi “Trazidos pelas ondas” e os participantes foram menores que vivem na Calábria, no sul de Itália, uma das regiões do país que concentra um maior número de imigrantes.

“Boa parte [dos participantes] é constituída por refugiados que vieram sobre as ondas do mar com as suas esperanças e tragédias”, disse à agência espanhola Efe o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi.

Durante o evento, Ravasi leu uma carta que as crianças tinham escrito ao papa e na qual refletiam sobre os “adultos que deixam a sua terra por causa da guerra e das perseguições”, na qual disseram que não conseguem entender “tanta injustiça” no mundo.

O pontífice concordou com esta mensagem e  se mostrou crítico em relação aos países que “não deixam vir e deportam as pessoas em busca de salvação, paz e trabalho”, uma afirmação que assume particular significado depois de na última semana, as embarcações europeias terem socorrido mais de 12 mil pessoas no Mediterrâneo. 

“Os que chegam têm uma religião diferente, mas isso não é perigoso porque somos todos irmãos, Deus quer-nos a todos”, disse o papa.

O sumo pontífice recebeu as crianças com beijos, abraços e gestos de carinho, comentou os desenhos que um ou outro tinha levado e se ofereceu para responder a perguntas.

Um participante perguntou ao papa como se devia acolher os imigrantes, ao que Francisco respondeu que devia ser “com gestos de carinho e abertura”, sublinhando três palavras-chave: “ternura, compaixão e amizade”.

“Os italianos não são todos bons, como em todas as partes, e os que vêm não são todos maus”, disse ainda Jorge Bergoglio, que explicou o significado de aceitar os imigrantes com uma frase: “vou cuidar de ti”.

O papa riu, interagiu com as crianças e pediu por diversas vezes que repetissem as suas ideias principais ou ensaiassem gestos de acolhimento.

 

Agência Brasil

 

 

Celulares de seis estados e do DF ganham dígito; aplicativo ajuda a mudar agenda

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Vários aplicativos ajudam na atualização automática da agenda dos aparelhos

Vários aplicativos ajudam na atualização automática da agenda dos aparelhosMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Os números de celulares de seis estados e do Distrito Federal terão mais um número a partir de amanhã (29). Para fazer ligações ou mandar mensagens de qualquer lugar do país, seja de telefone fixo ou móvel, para celulares desses estados, será preciso discar o 9 antes do número do telefone.

Vários aplicativos gratuitos podem ajudar na atualização automática da agenda de contatos. Os programas incluem automaticamente o 9 na frente de todos os contatos do celular nas regiões onde o nono dígito já foi implantado. Há sistemas disponibilizados pelas operadoras de telefonia móvel e outros oferecidos por empresas de tecnologia.

A mudança vai valer para os números de celulares da Região Centro-Oeste e de três estados da Região Norte. O nono dígito deverá ser acrescentado antes do número telefônico para ligar para celulares dos seguintes DDDs: 61 (Distrito Federal), 62, 64 e 65 (Goiás), 63 (Tocantins), 66 (Mato Grosso), 67 (Mato Grosso do Sul), 68 (Acre) e 69 (Rondônia). O dígito 9 deverá ser acrescentado à esquerda dos atuais números, que passarão a ter o seguinte formato: 9xxxx-xxxx.

Nos próximos dez dias, as chamadas feitas com 8 dígitos e com 9 dígitos serão completadas normalmente. De 8 de junho a 5 de setembro, as chamadas com 8 dígitos receberão mensagem com orientação sobre a mudança. Depois desse período, as chamadas feitas com oito dígitos não serão mais completadas.

O nono dígito já foi implementado em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amapá, Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. No dia 6 de novembro, será a vez do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O objetivo da mudança é aumentar a disponibilidade de números na telefonia celular, dar continuidade ao processo de padronização da marcação das chamadas e garantir a disponibilidade de números para novas aplicações e serviços.

Veja a implantação do nono dígito pelo país:

http://webmail.ebc.com.br/service/home/ /?auth=co&loc=pt_BR&id=98562bbf-652f-46b6-8502-29359d352cad:59201&part=2

 

Agência Brasil

 

 

The Story of Pink Floyd’s Last Album ‘The Final Cut’ With Roger Waters

The Final Cut, Pink Floyd's twelfth collection, last record with Roger Waters and sorta spin-off of The Wall, is numerous things. It's an idea collection, a deserted…

PINKFLOYD.EU

 

Sérgio Moro manda soltar empresário preso na Lava Jato

 

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sergio Moro participa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado de audiência pública sobre projeto que altera o Código de Processo Penal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O juiz federal Sergio Moro mandou soltar o empresário Marcelo Rodrigues, preso na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, deflagrada em marçoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar o empresário Marcelo Rodrigues, preso na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, deflagrada em março. Moro atendeu a um pedido de feito pela defesa para converter a prisão em medidas cautelares, como o pagamento de fiança de R$ 300 mil. A decisão foi assinada ontem (27).

Rodrigues é réu na investigação sobre as atividades do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira Odebrecht, seção da empresa responsável por pagamentos de propina, segundo apuração da força-tarefa de procuradores que atua na Lava Jato. De acordo com as investigações, ele atuava como um dos operadores financeiros supostos pagamentos ilegais, por meio da empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira.

Ao assinar o alvará de soltura do empresário, Moro aceitou bloquear o valor da fiança em uma conta do irmão do acusado, Olívio Rodrigues Júnior, que também é investigado. A defesa de Marcelo afirmou que ele não tem dinheiro para pagar o valor.

Após a deflagração da operação, a Graco Corretora de Câmbio S/A afirmou que o antigo sócio Olívio Rodrigues Júnior está totalmente desvinculado da corretora desde 2007, assim como Marcelo Rodrigues. A empresa diz que é absolutamente independente e não tem qualquer relação comercial ou vínculo com a JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira.

 

Agência Brasil

 

 

Moro diz que prisão não basta para combater corrupção

 

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, disse hoje (28) que a prisão de investigados não basta para combater a corrupção no país. De acordo com o juiz, também é necessário recuperar os valores desviados pelos criminosos, por meio de acordos de cooperação internacional ou de delação premiada. Moro participou nesta manhã de uma conferência sobre combate à corrupção em João Pessoa.

Moro destacou a importância dos acordos de cooperação internacional, principalmente com a Suíça, para repatriar ao Brasil recursos desviados da Petrobras para contas secretas no exterior. O juiz citou o caso de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal e um dos delatores do esquema de corrupção, que tinha cerca de U$S 100 milhões depositados fora do país e devolveu a quantia após assinar um acordo de delação.

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Segundo o magistrado, somente a pena de prisão não é suficiente para combater os desvios na Petrobras. "Hoje em dia, isso não é suficiente, também é necessário a recuperação do produto do crime. Não basta a punição, a sanção corporal, a pena privativa de liberdade. É necessário fazer com que o crime não compense financeiramente. Isso significa a necessidade de retirar do criminoso o produto de sua atividade."

O juiz também ressaltou que a cooperação internacional nas investigações da Lava Jato é fundamental para a corroborar os depoimentos de delação premiada, que não podem ser usados unicamente como acusação no processo penal contra os investigados.

"Se os países não cooperam, simplesmente não se tem a prova do crime, e não se tem a possibilidade de recuperar esses ativos. É certo que parte do caminho do dinheiro foi descoberto através da colaboração de alguns desses indivíduos, que resolveram colaborar com a Justiça, mas, como se sabe, mesmo quando se tem essa colaboração, é sempre necessária ter a prova dessa colaboração, e essa prova às vezes é baseada nessa prova documental dos registros bancários", explicou.

De acordo com levantamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram repatriados para o Brasil até o momento R$ 2,9 bilhões por meio de acordos de colaboração no âmbito da Lava Jato.

 

Agência Brasil

 

Advogada de vítima de estupro quer representar contra delegado na corregedoria

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil*

A advogada da adolescente que denunciou ter sofrido um estupro coletivo no Rio de Janeiro pretende procurar a corregedoria da Polícia Civil para questionar a conduta do delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

Eloisa Samy afirma que Thiers conduziu o depoimento da vítima de forma a culpabilizá-la pelo ocorrido. "Ele perguntou à vitima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo. A uma vítima de estupro", criticou a advogada. "Quero procurar todos os órgãos que possam auxiliar nesse caso. Inclusive a corregedoria de polícia. Quero representar contra o delegado Alessandro Thiers."

Outra crítica da advogada foi o fato de que os responsáveis pela divulgação do vídeo e das fotos da vítima não tenham sido presos em flagrante. "Isso também que me causa estranheza. O delegado citou o Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata da exposição do abuso sexual de menor. Dois dos investigados estavam na delegacia e assumiram que fizeram o compartilhamento do vídeo, e não foram presos em flagrante, não receberam voz de prisão."

Representante de um dos investigados que prestaram depoimento ontem, o advogado Claudio Lúcio da Silva admitiu que seu cliente filmou o vídeo na internet, mas negou que ele tenha participado de estupro. "O meu cliente filmou e assumiu em juízo, mas não foi ele quem divulgou. Ele ficou surpreso pela repercussão do caso".

Em uma entrevista coletiva à imprensa na tarde de ontem, a Polícia Civil afirmou que a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos receberia a jovem em uma reunião marcada na próxima segunda-feira. Eloisa rebateu a afirmação e disse que não tem conhecimento da reunião e que a família da adolescente também não foi procurada.

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"Ninguém me participou de nenhuma reunião. Nem a família foi informada disso. Queria saber como isso foi marcado, com quem?", disse a advogada que contou estar preocupada com a segurança da família. "Elas querem proteção policial, porque estão se sentindo inseguras. Olhe o que está acontecendo na página da moça [no Facebook]. As ameaças que ainda continuam", disse.

"Ela está mal e eu estou bastante preocupada não apenas com ela, mas também com a família, que está sofrendo essa exposição", destacou a advogada, que afirmou já ter recomendado que a jovem exclua sua página na rede social, por meio da qual a adolescente agradeceu o apoio de quem se solidarizou com o caso e também rechaçou as acusações de quem tenta culpá-la pelo ocorrido. Depois da entrevista com a advogada, a reportagem constatou que as postagens públicas do perfil da adolescente foram fechadas.

Em resposta à advogada, a Polícia Civil divulgou uma nota em que afirma que a investigação "é conduzida de forma técnica e imparcial" e que convidou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para designar um representante para acompanhá-la. A nota traz ainda um relato da DRCI sobre o depoimento da adolescente:

"A DRCI informou que durante a oitiva da vítima ela confirmou que sofreu o estupro e, lhe foi perguntado se tinha conhecimento que havia um outro vídeo sendo divulgado em mídias sociais em que ela apareceria mantendo relações sexuais com homens, conforme relato de uma testemunha. A vítima informou que desconhece o vídeo e que não é verdadeiro", diz um trecho da nota.

Em comunicado enviada à noite, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos destaca que desde quinta-feira (26), equipes da secretaria acompanham a menor, vítima de estupro, e sua família. Os técnicos trocam informações com os parentes e as autoridades policiais a respeito da segurança da jovem. Também agendaram encontros da família com equipe multidisciplinar do Centro Integrado de Atendimento à Mulher, "mantidos com sigilo e a discrição impostos pelo caso".

A nota da secretaria ressalta ainda que "talvez a advogada tenha feito o comentário levada pelo desconhecimento dos cuidados com a segurança e o tratamento já programados para a jovem e seus familiares".

A OAB do Rio de Janeiro confirmou que vai acompanhar a investigação. O advogado Breno Melaragno, presidente da comissão de segurança pública da ordem, será o responsável.

 

Agência Brasil

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