sexta-feira, 27 de maio de 2016

Em nota, Dilma nega pagamento irregular a João Santana

Brasília - Presidenta Dilma durante cerimônia que marca o início do revezamento da Tocha Olímpica no Brasil (José Cruz/Agência Brasil)

Presidenta Dilma durante cerimônia que marca o início do revezamento da Tocha Olímpica no BrasilJosé Cruz/Agência Brasil

A presidenta afastada Dilma Rousseff divulgou nota hoje (26) negando pagamento irregular ao publicitário João Santana, responsável pela sua campanha em 2014. A nota vem após a TV Globo divulgar novos áudios de conversas do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente José Sarney.

Em conversa com Sarney, Machado afirma que a delação premiada da Odebrecht atingiria Dilma, pois ela teria tratado diretamente com a construtora solicitando pagamento a Santana. Na nota, Dilma afirma que os pagamentos ao publicitário na campanha de reeleição foram “regularmente contabilizados na prestação de contas aprovadas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.

Segundo a presidenta afastada, os repasses a João Santana na campanha de 2014 totalizaram R$ 70 milhões, sendo R$ 50 milhões no primeiro turno e R$ 20 milhões no segundo turno.

“Os valores destinados ao pagamento do publicitário, conforme indica a prestação de contas, demonstram por si só a falsidade de qualquer tentativa de que teria havido outro pagamento não contabilizado para a remuneração dos serviços prestados”, afirma a nota.

Dilma diz ainda que acha “curioso” que pessoas que estavam distantes da coordenação de sua campanha presidencial possam dar informações de “como foram pagos e contabilizados os recursos arrecadados legalmente para a sua realização”. De acordo com a presidenta afastada, comentários em conversas entre terceiros não indicam a origem das informações e não têm credibilidade.

Dilma Rousseff qualificou como “escusas” e “direcionadas” o que chamou de tentativas de envolver o seu nome em situações das quais ela nunca participou. Segundo a presidenta afastada, as tentativas “só se explicam em razão de interesses inconfessáveis”.

Desde o último dia 23, quando a Folha de S.Paulo divulgou o conteúdo de conversas de Sérgio Machado com o agora licenciado ministro do Planejamento, Romero Jucá, os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro têm causado turbulência política. Nos dias que se seguiram, o jornal divulgou novas conversas de Machado, dessa vez em conversas com Renan e Sarney.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou ontem (25) o acordo de delação premiada de Machado.

Leia a íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Acerca da divulgação do teor de conversas gravadas em que se atribui à presidenta Dilma Rousseff a solicitação de pagamento ao publicitário João Santana pela empresa Odebrecht, cumpre esclarecer que:

1. Todos os pagamentos feitos ao publicitário João Santana na campanha da reeleição de Dilma Rousseff totalizaram R$ 70 milhões (R$ 50 milhões no primeiro turno e R$ 20 milhões no segundo turno). Os referidos pagamentos foram regularmente contabilizados na prestação de contas aprovadas pelo TSE.

2. Os valores destinados ao pagamento do publicitário, conforme indica a prestação de contas, demonstram por si só a falsidade de qualquer tentativa de que teria havido outro pagamento não contabilizado para a remuneração dos serviços prestados.

3. É curioso que pessoas que estiveram distantes da coordenação da campanha presidencial, de sua tesouraria, possam dar informações de como foram pagos e contabilizados os recursos arrecadados legalmente para a sua realização. Comentários feitos em conversas entre terceiros e que não apontam a origem das informações não têm nenhuma credibilidade.

4. As tentativas de envolver o nome da presidenta Dilma Rousseff em situações das quais ela nunca participou ou teve qualquer responsabilidade são escusas e direcionadas. E só se explicam em razão de interesses inconfessáveis.

Assessoria de Imprensa
Presidenta Dilma Rousseff

 

Agência Brasil

 

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Refém é libertado e rebelião acaba em São José dos Campos

 

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, fizeram uma rebelião hoje (26), durante todo o dia. Um agente penitenciário, feito refém dos presos, foi liberado no final da tarde, quando terminou o episódio. O nome do funcionário não foi divulgado. A informação foi confirmada por volta das 18h30 pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Segundo a secretaria, a rebelião na unidade, que teve início às 8h da manhã, já acabou, mas o Grupo de Intervenção Rápida, que atua nas unidades prisionais de São Paulo para conter presos e que utiliza armamento não letal, está no local para organizar a entrada dos presos nas celas.

O centro de detenção de São José dos Campos está superlotado, uma vez que a unidade tem capacidade para 525 presos e até segunda-feira (23) comportava 1.172 pessoas.

Por meio de nota, a secretaria informou que a unidade está sendo automatizada, mas o funcionário foi feito refém “no único raio da unidade em que a abertura da cela era manual”.

 

Agência Brasil

 

Avião da EgyptAir: buscas submarinas começam nos próximos dias

 

Da Agência Lusa

As buscas submarinas para localizar as caixas-pretas do avião da EgyptAir, que caiu no Mediterrâneo na quinta-feira (19), com 66 pessoas a bordo, "vão começar nos próximos dias", anunciaram hoje (26) as autoridades francesas.

De acordo com o Gabinete de Investigações e Análises (BEA na sigla em francês), nos próximos dias, uma equipe de pesquisa submarina vai chegar à região do acidente num navio hidrográfico da marinha francesa, o Laplace.

Ainda segundo o Gabinete – que participa no inquérito relacionado ao acidente aéreo com as autoridades egípcias – o navio da marinha encontra-se hoje na ilha da Córsega.

O navio está equipado com um sistema especializado para localizar as caixas-pretas, que emitem um sinal específico, e que se estima estarem até 3 mil metros de profundidade.

De acordo com o BEA, serão as autoridades egípcias, responsáveis pela investigação de segurança, que irão comandar as operações de buscas submarinas com a assistência técnica francesa.

O voo que ligava Paris ao Cairo foi interrompido por razões ainda indeterminadas, entre Creta e a costa norte do Egito. Entre os 66 passageiros estavam um cidadão português, 30 egípcios e 15 franceses.

 

Agência Brasil

 

Brasília em pânico, reunião de emergência agora no Planalto deve decidir prisão de LULA | Pensa...

Jornalistas estão concentrado em frente ao Palácio do Planalto neste momento onde acontece uma reunião de emergência. Informações dão conta de que…

PENSABRASIL.COM

 

Novo naufrágio no Mediterrâneo mata dezenas de migrantes

 

Da Agência Ansa

Mais uma embarcação com imigrantes ilegais naufragou hoje (26) no Mar Mediterrâneo após deixar a Líbia em direção à Itália, informou a Guarda Costeira local.

Não se sabe ao certo o número de passageiros a bordo, mas quase 100 pessoas já foram resgatadas, sendo que ao menos 20 corpos foram encontrados. As autoridades italianas temem que o número de mortos aumente nas próximas horas.

A embarcação foi encontrada no Canal da Sicília, ainda próximo à costa da Líbia. Na última quarta-feira, dia 25, o local foi palco de outra tragédia com o naufrágio de um barco que levava mais de 500 imigrantes. Ao menos sete pessoas morreram e ainda há corpos desaparecidos.

Só em 2015, a Itália foi porta de entrada para mais de 150 mil pessoas que fugiam das guerras, da miséria e de perseguições, especialmente, de países do norte da África, da Síria, do Afeganistão e do Iraque. O país é a segunda maior "rota de imigrantes" pelo mar, ficando atrás apenas da Grécia -- que recebeu mais de 840 mil pessoas no ano passado.

 

Agência Brasil

 

Chile tem confrontos violentos em manifestações por educação gratuita

 

Da Agência Lusa

Confrontos violentos foram registrados nessa quinta-feira (27) entre as forças policiais e estudantes, no Chile, para reivindicar educação gratuita para todos, uma promessa da presidenta Michelle Bachelet.

No centro da capital chilena, alguns manifestantes mascarados atiraram pedras e paus contra a polícia, que reagiu com canhões de água e gás lacrimogêneo.

Segundo dados da polícia repassados à agência France Presse, 117 pessoas foram detidas e 32 polícias ficaram feridos.

No sábado (21), uma manifestação similar deixou uma pessoa morta em Valparaíso, quando Bachelet fazia o seu discurso anual perante o Congresso.

A presidente chilena prometeu ampla reforma para acabar com um sistema educativo em grande parte privado e com benefícios para as elites, uma herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Depois do lançamento do projeto em 2014, as manifestações de estudantes e professores multiplicaram-se para reclamar a implementação mais rápida e menos seletiva da reforma.

 

Agência Brasil

 

Argentina divulga hoje sentença de processo sobre Operação Condor

 

Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil

A Argentina juntou provas suficientes para concluir, nesta sexta-feira (27), o histórico processo sobre a Operação Condor - a aliança dos anos 70 entre seis ditaduras sul-americanas para reprimir e eliminar opositores aos regimes militares. Foram 17 anos de investigação e mais três de audiências, para ouvir 222 testemunhas – metade das quais vive no exterior.

No banco dos réus estarão 16 argentinos e um uruguaio, acusados de terem formado uma “associação ilícita” para cometer crimes de lesa-humanidade contra 105 pessoas: 45 uruguaios, 22 chilenos, 14 argentinos, 13 paraguaios e 11 bolivianos.

O Brasil também participou da Operação Condor. Nenhum brasileiro integra a lista de vítimas desse processo - mas haverá outro, disse à Agência Brasil a advogada Luz Palmas Zaldua, do Centro de Estudos Legais e Sociais (Cels). “A morte do ex-presidente João Goulart, por exemplo, ainda está sendo investigada”.

A sentença será transmitida ao vivo às 17h  (horário argentino) em Buenos Aires e nos consulados argentinos em seis cidades da América do Sul, entre elas São Paulo e Porto Alegre. Os promotores pediram sentenças de 20 anos. Nenhum dos 17 réus está em liberdade: a maioria está em prisão domiciliar por causa da idade. Para Luz Palmas Zaldua, “o julgamento é histórico” porque tem alcance regional. “É a primeira vez que julgamos um sistema criminal, armado para fazer desaparecer pessoas, em vários países”.

Entre as vítimas está Norberto Habegger - um dos três argentinos que desapareceram no Rio de Janeiro. O filho de Norberto, o cineasta Andrés Habegger, tinha 9 anos em 1978, quando o pai dele viajou do México (onde ele vivia com a mãe no exílio) ao Brasil (para uma reunião com do grupo guerrilheiro argentino Montoneros).

“Ele desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e desapareceu, sem deixar rastro”, conta Habegger, que nos últimos anos tem tentado reconstruir os últimos dias do pai, cujo corpo jamais foi encontrado. Ele prestou depoimento na Comissão da Verdade do Brasil e obteve mais documentos, provando a cooperação de militares brasileiros e argentinos no desaparecimento do pai.

Este ano, Andrés vai lançar o documentário El impossível Olvido (O Impossível Esquecimento). “Mais cedo ou mais tarde, o passado reaparece -  e só vamos poder seguir adiante quando conseguirmos armar o quebra-cabeça, sem esquecer nenhuma peça”, disse ele.

 

Agência Brasil

 

Trump já tem delegados suficientes para ser o candidato republicano

 

José Romildo - Correspondente da Agência Brasil

Donald Trump

O número de delegados necessários para alcançar a indicação é 1.237, mas Trump já tem 1.238. O cálculo foi feito pela agência de notícias Associated PressAp Photo/Sputnik/Greg Allen

O  empresário Donald Trump atingiu, hoje (26), o número de delegados necessários para conquistar a indicação republicana para concorrer às eleições para presidente dos Estados Unidos, em novembro deste ano. O número de delegados necessários para alcançar a indicação é 1.237, mas Trump já tem 1.238. O cálculo foi feito pela agência de notícias Associated Press.

O cálculo da Associated Press se baseou em entrevistas feitas a delegados que ainda não declararam publicamente apoio a nenhum candidato. Com isso, a agência chegou à conclusão que Trump passou do número mínimo de delegados necessários para se tornar o candidato republicano.

As próximas primárias do partido, marcadas para 7 de junho, em cinco estados norte-americanos, ainda devem definir o apoio de 303 delegados. Isso deverá ampliar ainda mais o apoio a Trump, evitando também uma eventual contestação da vitória do candidato republicano.

Tump era, desde o início de maio, o único candidato remanescente que aspirava a representar o Partido Republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, após a desistência do candidato que vinha em segundo lugar na preferência dos delegados do partido, senador Ted Cruz. A desistência de Cruz ocorreu depois de ele perder as primárias no estado de Indiana, por uma larga margem de votos. Um dia depois, o governador de Ohio, John Kasich, que igualmente aspirava a representar o Partido Republicano, também desistiu de concorrer.

Embora tenha alcançado o número de delegados necessários, Trump terá ainda que submeter seu nome a uma convenção nacional do Partido Republicano, marcada para julho, na cidade de Cleveland, estado de Ohio.

Trump começou sua campanha em junho de 2015. No início, não era visto como um candidato viável pela cúpula do Partido Republicano. No entanto, aos poucos, foi ganhando apoio devido ao seu estilo franco e às declarações polêmicas. Esse estilo garantiu muito tempo de visibilidade nos noticiários de televisão, rádio e sites da internet.

Protestos

As declarações de Trump também provocaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos, principalmente pelo tom desrepeitoso com que o candidato republicano se referia a países de longa tradição de amizade com os Estados Unidos e também aos imigrantes. Os últimos protestos registrados ocorreram esta semana na cidade de Albuquerque, no estado de Novo México. Novas manifestações estão sendo aguardadas na Califórnia, um dos estados em que ocorrerão primárias em 7 de junho.

Em 2 de maio deste ano, em um comício em Indiana, Trump disse : "Não podemos continuar permitindo que a China permaneça a estuprar nosso país, e é isso que [os chineses] estão fazendo". Trump também disse, em outros comícios, que pretende proibir muçulmanos de entrar em território norte-americano, chamou ainda de “horrendo” o acordo assinado pelos EUA com o Irã e se comprometeu a "construir um muro" ao longo da fronteira mexicana.

 

Agência Brasil

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