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terça-feira, 3 de maio de 2016

Diretor do Whatsapp critica decisão judicial

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O bloqueio dos serviços do Whatsapp, determinado ontem (2) pela justiça de Sergipe, foi criticado pelo diretor executivo do Whatsapp, Jan Koum, em sua conta no Facebook. “Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos porque um tribunal quer que o Whatsapp entregue informações que nós repetidamente dissemos que não temos”, disse.

Ele explicou que o aplicativo faz a criptografia das mensagens para manter as informações dos usuários seguras. “Quando você manda uma mensagem criptografada, ninguém mais pode ler - nem mesmo nós”, alegou Koun. Além disso, o Whatsapp não guarda os históricos das conversas nos servidores, alegou.

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Jan Koum disse que a empresa está trabalhando para reativar o serviço o mais rápido possível, e ratificou que o Whatsapp não tem intenção de comprometer a segurança de bilhões de usuários pelo mundo todo.

Ele já havia criticado anteriormente a justiça brasileira quando houve outro bloqueio do Whatsapp, em dezembro do ano passado.

Em nota, o WhatsApp disse que está desapontado com a decisão, que pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do serviço.

O WhatsApp está bloqueado em todo o país desde às 14h de ontem, por determinação do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto, em Sergipe. A medida vale inicialmente por 72 horas, mas, se houver uma liminar derrubando a decisão, o serviço pode ser retomado antes desse prazo.

 

Agência Brasil

 

 

O Caminho do Pódio - Rodrigo Pessoa diz que competir em casa tem outro sabor

 

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

Medalhista de ouro em Atenas, o cavaleiro Rodrigo Pessoa em competição com o cavalo Status

Medalhista de ouro em Atenas, o cavaleiro Rodrigo Pessoa em competição com o cavalo Status Luis Ruas/CBH

Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres 2012: o cavaleiro Rodrigo Pessoa, dono do primeiro ouro conquistado pelo hipismo brasileiro, lidera a delegação nacional na entrada no Estádio Olímpico, papel já desempenhado por atletas do calibre de Aurélio Miguel, Joaquim Cruz e Robert Scheidt.

O ouro em Atenas, em 2004, foi o terceiro pódio olímpico de Pessoa. O cavaleiro já havia conquistado dois bronzes nos saltos por equipes, nos Jogos de 1996, em Atlanta, e de 2000, em Sidney, além da prata, também nos saltos por equipes, no Pan-americano de Guadalajara (2011). Nascido em Paris, o brasileiro já participou de seis edições dos Jogos Olímpicos e conta que, todas as vezes, tem a impressão de que é a primeira.

Rodrigo Pessoa não escolheu o hipismo por acaso. Ele é filho de Nelson Pessoa, outro ícone do hipismo brasileiro que conquistou o quinto lugar na Olimpíada de Tóquio, em 1964. Apaixonado por automobilismo, Pessoa tem como ídolo Ayrton Senna e adora andar de kart. Nesta entrevista, ele fala de como o hipismo ainda precisa de reconhecimento no país do futebol e da necessidade de investimento nas crianças para estimular o esporte como um todo.

O Caminho do Pódio é uma série de entrevistas com nove medalhistas olímpicos brasileiros que a Agência Brasil publicará até o dia 10 de maio.

Agência Brasil: Qual é a sensação de subir em um pódio olímpico?

Rodrigo Pessoa: É uma sensação única. O sonho de qualquer atleta é estar nos Jogos Olímpicos e conseguir uma medalha, então, é realmente muito especial. É uma honra para mim poder ter tido esta sensação já por três vezes. Sem dúvida, cada momento desse é inesquecível.

Agência Brasil: O que representa ser medalhista olímpico no Brasil, um país onde os atletas, principalmente no começo de carreira, ainda têm muita dificuldade para viver só treinando e competindo?

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Pessoa: Infelizmente hoje no Brasil, e no mundo todo, a vida de atleta ainda é muito difícil, dependemos de patrocínio, material esportivo, bons equipamentos, no meu caso, o cavalo, que a cada dia está mais caro conseguir um de alto nível.

Agência Brasil: Em Londres 2012, você foi o responsável por conduzir a bandeira brasileira na cerimônia de abertura. O que significou esse momento para você?

Pessoa: É um momento único estar dentro da cerimônia de abertura do Jogos Olímpicos, guiando todo o grupo de atletas do seu país e com a sua bandeira. Foi sem dúvida muito especial e, ao mesmo tempo, sei que não acontecerá de novo, então tentei aproveitar ao máximo cada segundo daquele momento.

Agência Brasil: Qual o cenário da prática de hipismo no Brasil? É possível popularizar o esporte no país?

O cavaleiro Rodrigo Pessoa, ouro no hipismo nos Jogos de Atenas em 2004

Nascido em Paris, Rodrigo Pessoa diz que nunca pensou em defender outras cores que não o verde e o amareloDivulgação/Comitê Rio 2016

Pessoa: Hoje os cavaleiros brasileiros que disputam os principais torneios do circuito mundial não ficam no Brasil. É difícil pela distância, pois os torneios mais importantes são na Europa, além do festival de inverno nos Estados Unidos, que acontece no início do ano. Isso dificulta um pouco essa popularização. Além disso, o cavalo não faz tanto parte da nossa cultura como na Alemanha, França e outros países, infelizmente. O Brasil é o país do futebol e é difícil mudar isso.

Agência Brasil: Como você avalia a difusão da prática esportiva no Brasil? Como o país poderia estimular mais o esporte e a revelação de novos talentos em diferentes esportes?

Pessoa: Em outros países, há um incentivo para as crianças desde muito cedo, o que é muito bom para qualquer esporte, especialmente os que podem ser praticados nas escolas. Isso faz toda diferença, existe um preparo melhor, especialmente nas universidades, como bolsas para estudantes atletas, competições universitárias. O Brasil não tem nada parecido, até para ex-atletas faltam investimentos para que continuem trabalhando com o esporte, nem que seja treinando novos talentos. É uma diferença muito grande, tudo no Brasil depende de patrocínio.

Agência Brasil: A meta do Comitê Olímpico Brasileiro para os Jogos do Rio é ficar entre os dez países com maior número de medalhas. É uma meta realista?

Pessoa: O Brasil tem hoje bons nomes em modalidades olímpicas. Atletas que vêm se destacando no cenário mundial e que, claro, acabam chegando aos Jogos com chances de medalha. Acho que a torcida também conta. Competir em casa sempre faz diferença e todos nós, atletas, vamos querer fazer bonito em casa.

Agência Brasil: O que você espera encontrar nos Jogos do Rio em termos de organização e torcida?

Pessoa: Acho que os Jogos do Rio serão incríveis. A cidade está sendo preparada para isso, tem tudo para dar certo e dará. O povo brasileiro sabe receber os estrangeiros. A festa promete ser muito especial.

 

Agência Brasil

 

Janot pede que STF desarquive investigação contra Aécio na Lava Jato

 

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Janot também solicitou autorização para que o parlamentar preste depoimento em até 90 dias. Os detalhes foram divulgados no final da tarde pela procuradoria.

Na petição, o procurador pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, o desarquivamento de um pedido de investigação feito contra Aécio, no ano passado, pelos mesmos fatos. Segundo Janot, a mudança no entendimento ocorreu porque o doleiro Alberto Youssef omitiu no seu primeiro depoimento de delação a acusação de que o senador seria beneficiário de repasses ilegais em Furnas, empresa estatal subsidiária da Eletrobras.

Segundo o doleiro, em um segundo depoimento, Aécio recebia valores mensais por meio da Bauruense, empresa de sua irmã, que tinha contratos com a estatal. De acordo com Youssef, o PSDB e o PP tinham influência política nas indicações das diretorias da estatal.

De acordo com a PGR, Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, operacionalizava os repasses. Segundo a procuradoria, a empresa recebeu R$ 826 milhões nos contratos com a estatal entre 2000 e 2006.

Além de Alberto Yousseff, o senador Delcídio do Amaral (MS) também citou Aécio Neves em sua delação. No termo de delação nº 2, Delcídio disse que o senador recebia “pagamentos ilícitos”, pagos, segundo ele, por Dimas Toledo.

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“O depoente disse que não sabe precisar, mas sabe que Dimas operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves”, informou em trecho da delação.

Paraíso fiscal

Janot também cita no pedido enviado ao Supremo uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro chamada Operação Norbert, deflagrada em 2007, que apura se Aécio Neves seria beneficiário de uma fundação em Liechtenstein, país considerado como paraíso fiscal.

O procurador cita que foram apreendidos na investigação documentos que comprovariam “interposição de personalidade jurídica, com o objetivo de manter e ocultar valores no exterior”. A operação não investigou o senador, mas durante as buscas e apreensões, documentos sobre a suposta fundação foram apreendidos.

Aécio

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves disse que “considera absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas, pois elas demonstrarão, como  ocorreu outras vezes, a correção de sua conduta”.

Na nota divulgada por sua assessoria, Aécio lembra que todas as citações a seu nome feitas por Delcídio do Amaral foram sobre situações que ele “ouviu dizer”, sem que nenhuma prova tenha sido apresentada pelo senador. “Trata-se de temas antigos, que foram objeto de investigações anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que não guardam relação com o senador”, diz a nota.

 

Agência Brasil

 

 

Atleta indígena participará do revezamento da Tocha Olímpica em Brasília

 

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

Brasília - O atleta indígena Kamukaiká Lappa Yawalapíti carregará a Tocha Olímpica no trajeto interno do Memorial dos Povos Indígenas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O atleta indígena Kamukaiká Lappa Yawalapíti ensaia para levar a Tocha Olímpica no trajeto interno do Memorial dos Povos Indígenas Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O indígena Kamukaiká Lappa, do Xingu, é um dos escolhidos para carregar a Tocha Olímpica amanhã (3) em Brasília. O atleta, da etnia Yawalapíti, dará uma “volta olímpica” no Memorial dos Povos Indígenas, na região central da capital.

“Estou muito ansioso porque a hora está chegando. Amanhã será a hora de representar todos os indígenas do Brasil. Jogos Olímpicos são democracia, ajudam a promover e celebrar a paz”, disse Kamukaiká hoje (2), após ensaio do trajeto de amanhã. Depois da entrada da tocha no memorial, haverá uma apresentação de indígenas do Xingu.

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“Nossa participação nesse revezamento é importante para lembrar o respeito à natureza e à diversidade cultural. É o que a gente precisa no mundo indígena. Agora que eu vou conduzir a tocha para eles, espero que eles acreditem em nós”, disse Kamukaiká.

Brasília - Indígenas brasileiros vão participar da condução da Tocha Olímpica da Rio 2016 no Distrito Federal (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após entrada da Tocha Olímpica no Memorial dos Povos Indígenas, tribos do Xingu farão apresentação de dança  Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os indígenas esperam que os Jogos Olímpicos do Rio 2016, além de uma celebração esportiva, tragam mensagens de paz e de respeito à cultura dos índios brasileiros. “Que a expressão desses povos indígenas venha trazer a cultura da paz. E que os nossos direitos sejam garantidos e respeitados constitucionalmente”, disse o líder Toya Manchineri, do Acre.

Segundo Toya, as organizações ligadas à luta pelos direitos dos indígenas farão manifestações durante a Rio 2016 para chamar atenção para questões como o sucateamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) e os riscos de retrocesso com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que altera as regras para a demarcação de terras indígenas, remanescentes de quilombos e reservas.

A PEC tem avançado no Congresso e preocupa as lideranças. “Cada momento que a gente puder chamar a atenção da imprensa internacional para a PEC 215, nós vamos fazer. E temos também que fortalecer a Funai, o que para a gente é algo muito importante”.

 

Agência Brasil

 

 

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Novo recorde de frio em São Paulo

Temperatura chegou aos 2°C no interior

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Envolvidos pela PGR dizem que mostrarão inverdades de Delcídio

 

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

Senadores e deputado divulgaram notas hoje (2) comentando o pedido da Procuradoria-Geral da República para abertura de inquérito contra eles, ou inclusão de novas informações em inquéritos em andamento. A petição tem como base a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), investigado na Operação Lava jato.

As petições do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitando ao Supremo Tribunal Federal autorização para iniciar as investigações contra parlamentares e ministros, foram entregues na última quinta-feira (28).

Os envolvidos são o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Valdir Raupp (PMDB-RR), Romero Jucá (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA), e o deputado federal Marco Maia (PT-RS), além dos ministros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, e do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo.

No caso dos parlamentares do PMDB, Janot pede que as informações coletadas na delação de Delcídio do Amaral sejam incluídas nos inquéritos a que eles respondem na Operação Lava Jato.

Renan Calheiros

Renan Calheiros se limitou, por meio de sua assessoria de imprensa, a dizer que considera “delírios” as acusações do senador Delcídio do Amaral contra ele. Calheiros reiterou que está à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Aécio Neves

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves disse que “considera absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas, pois elas demonstrarão, como  ocorreu outras vezes, a correção de sua conduta”.

Na nota divulgada por sua assessoria, Aécio lembra que todas as citações a seu nome feitas por Delcídio do Amaral foram sobre situações que ele “ouviu dizer”, sem que nenhuma prova tenha sido apresentada pelo senador.

“Tratam-se de temas antigos, que foram objeto de investigações anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que não guardam relação com o senador”, afirma a nota.

Valdir Raupp

Valdir Raupp disse que não participou de indicação de cargos no setor elétrico e considera a delação de Delcídio do Amaral “uma acusação inverídica”.

Marco Maia

O deputado Marco Maia disse compreender o pedido de investigação do Ministério Público, o qual, ele acredita, comprovará que as acusações de Delcídio são “uma mentira deslavada”. “Refuto com indignação as ilações ditas à luz de acordos de delação”, diz o deputado na nota.

Marco Maia lembra ter sido relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras em 2014, quando pediu o indiciamento de 53 pessoas que, segundo ele, estão envolvidas no atual escândalo de corrupção. Ele garante que não recebeu doação das empresas citadas pela CPMI no relatório final.

“Por fim utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem de parlamentar sejam reparados na sua integralidade”, conclui.

Vital do Rêgo

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo disse que repudia as ilações associadas a seu nome na delação premiada de Delcídio.

“Ao tempo que reitera o repúdio às ilações associadas a seu nome na referida delação premiada, desprovidas de qualquer verossimilhança, o ministro Vital do Rêgo informa que está à disposição das instituições para qualquer esclarecimento”, acrescentou nota divulgada pelo TCU.

Edinho Silva

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, voltou a criticar a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Ele disse ser favorável à apuração de "todos os fatos" sobre  sua atuação na campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014.

"Sempre agi de maneira ética, correta e dentro da legalidade. As afirmações do senador Delcídio Amaral são mentiras escandalosas. Jamais orientei o senador a 'esquentar' doações e jamais mantive contato com as mencionadas empresas, antes ou durante a campanha eleitoral", afirmou o ministro por meio de nota.

Romero Jucá

Em nota, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que não nomeou ninguém para cargos na Eletronorte e que não autorizou ninguém, em seu nome, a tratar de qualquer assunto relacionado a isso. “O senador reitera que estará sempre disponível à Justiça para qualquer esclarecimento”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do peemedebista.

 

Agência Brasil

 

Teori envia a Sérgio Moro citações de Delcídio sobre propina no governo de FHC

 

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu na semana passada ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, parte da delação do senador Delcídio do Amaral (MS) sobre suposto pagamento de propina na Petrobras durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em um dos termos de delação, Delcídio informou que, entre 1999 e 2001, quando ele ocupou cargo de diretor de Gás e Energia da estatal, houve pagamento de cerca de U$S 10 milhões para compra de uma máquina para uma Refinaria Landulfo Alves, na Bahia. Segundo ele, o valor foi separado para “pagamentos de propina, possivelmente para políticos ligados ao PFL do estado da Bahia”.

O ministro atendeu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para retirar do STF a investigação dos fatos, por não envolver pessoas com foro privilegiado. Para Janot, é preciso “averiguar até que ponto as declarações do colaborador encontram eco” nos fatos apurados até o momento na Lava Jato.

 

Agência Brasil

 

Ataques aéreos em território sírio controlado por Estado Islâmico matam 13 civis

 

Agência Lusa

Treze civis morreram devido a ataques aéreos em Raqa, reduto do Estado Islâmico na Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A organização não informou se os ataques foram feitos por aviões russos ou pela coligação liderada pelos Estados Unidos.

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Os aparelhos fizeram “mais de 35 ataques na cidade de Raqa”, acrescentou o Observatório. Segundo o diretor, Rami Abdel Rahmane, “Raqa não era alvo de ataques aéreos dessa intensidade há várias semanas”.

Os ataques ocorreram durante toda a noite, até a manhã de hoje, na cidade do Norte da Síria.

Várias regiões foram atingidas, entre elas o Jardim Al Rachid, a Rua Mansour, o Estádio Municipal, e deixaram mais de 13 civis mortos e dezenas de feridos, além de cinco membros do Estado Islâmico.

 

Agência Brasil

 

Reunião de comissão do impeachment dura dez horas e tem bate-boca

 

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

Durou cerca de dez horas a reunião da Comissão Especial do Impeachment no Senado hoje (2), quando foram ouvidos três especialistas a favor do impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Ao longo de todo o dia, o clima de tensão levou a alguns episódios de discussões acaloradas e até bate-boca entre senadores.

Foi o caso de uma discussão entre os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias (PT-RJ) no momento em que Caiado leu uma reportagem que informava que o governo estaria apagando informações importantes dos computadores do Palácio do Planalto para que um eventual governo de Michel Temer não tivesse acesso a elas.

Lindbergh chamou o senador e a notícia de mentirosos o que provocou reação de Caiado. “Vamos lá para fora, seu merda”, disse o senador goiano já de pé. Após a intervenção de colegas, os dois retomaram seus lugares e a reunião continuou.

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Ao fim dos trabalhos, senadores governistas reafirmaram suas convicções de que, apesar das reiteradas afirmações dos convidados de que a prática de pedaladas fiscais e edição de decretos de liberação de créditos sem autorização do Congresso configuram crime de responsabilidade fiscal, eles acreditam que não há motivos para o impeachment de Dilma Rousseff.

“A primeira vez que se analisa as relações com os bancos públicos e a primeira vez que se analisa os decretos de suplementação, o Tribunal de Contas já pede a punição máxima e, a partir disso, abre espaço para que se peça o impeachment da presidente da República para tentar justificar. Quero lamentar o que vivemos no país hoje”, disse a senadora Gleisi Hoffmann.

Os três convidados – o promotor do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, Julio Marcelo Oliveira; o advogado Fábio Medina Osório e o professor do Departamento de Direito Econômico-Financeiro e Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Maurício Conti – reiteraram, no entanto, suas convicções de que a presidenta deve ser afastada.

Em suas alegações finais, Osório disse que “as questões políticas foram as verdadeiras práticas que levaram a presidente Dilma ao impeachment”.

 

Agência Brasil

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