O MURO DA VERGONHA QUE SEPARA OS BRASILEIROS POR UMA IDEOLOGIA DA MENTIRA
Presidiários erguem 'muro do impeachment' para separar manifestações | VEJA.com
Presidiários erguem 'muro do impeachment' em Brasília
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Entenda o que é a investigação jornalística Panamá Papers
Da Agência Brasil
A Panamá Papers é uma investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, sigla em inglês) sobre a indústria de empresas offshore. Esse tipo de empresa pode ser usada para esconder dinheiro e dificultar o rastreamento de seus verdadeiros donos.
O ICIJ, com apoio do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, teve acesso a 11,5 milhões de documentos ligados ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. Os milhões de documentos vazados foram esmiuçados por mais de 370 jornalistas de 76 países. No Brasil, fazem parte da ICIJ profissionais do portal UOL, do jornal O Estado de S. Paulo e da emissora Rede TV!.
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Os documentos mostraram que a Mossack Fonseca, que tem escritórios em outros países, é uma das maiores criadoras de empresas de fachada do mundo. A documentação analisada apontou a criação de 214 mil empresas offshore ligadas a pessoas em mais de 200 países e territórios.
As descobertas das investigações trazidas a público envolvem 140 políticos de mais de 50 países, ligados a empresas offshore em 21 paraísos fiscais. Nomes de chefes de Estado, ministros e parlamentares de vários países aparecem no Panamá Papers. As planilhas, e-mails, faturas e registros corporativos apontam que as fraudes foram cometidas nos últimos 40 anos.
A Receita Federal do Brasil informou que a criação de offshores não é ilegal e representa uma forma de investimento no exterior, desde que as informações sejam declaradas. No entanto, caso o Fisco constate tentativa de evasão fiscal ou de ocultação do verdadeiro dono dos bens, o contribuinte pode ser autuado e multado.
O blog de Fernando Rodrigues, do UOL, revelou que funcionários da Mossack Fonseca disseram, em trocas reservadas de e-mails, que a política da companhia é “não atender pessoas que têm ou tiveram cargos políticos”. Mas os jornalistas do ICIJ constataram que algumas das offshores foram utilizadas pelos políticos e seus parentes para comprar bens e imóveis no exterior. Outras serviram para movimentar contas bancárias em países como a Suíça.
No Brasil, foram checados pelo UOL, no banco de dados do escritório de advocacia no Brasil, os nomes de pessoas classificadas no mercado financeiro como “PEPs” (do inglês politically exposed person ou “pessoa politicamente exposta”). De acordo com o blog de Fernando Rodrigues, a Mossack atendeu a pelo menos seis grandes empresas citadas na Lava Jato.
O cruzamento de dados incluiu os 513 deputados federais, os 81 senadores e seus suplentes, os 1.061 deputados estaduais eleitos em 2014 e os 424 vereadores das 10 maiores cidades brasileiras.
Foram checados os nomes da presidenta Dilma Rousseff e de todos os seus antecessores vivos, além dos parentes mais próximos. Os ministros atuais e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de todos os tribunais superiores também foram checados, além de candidatos a governador e à Presidência da República em 2014. Na reportagem especial do UOL, apareceram os nomes de alguns políticos brasileiros, mas nenhum ligado ao governo.
Empresas offshores
Offshores são empresas abertas no exterior e não são obrigatoriamente ilegais. Quando declaradas legalmente no Imposto de Renda, são uma forma de investimento em bens e ativos no exterior. Esse tipo de empresa, no entanto, é ilegal quando não é devidamente declarada e serve para burlar a fiscalização, evadir impostos e esconder o real dono do dinheiro. Offshoresilegais geralmente são abertas em paraísos fiscais, países com pouco ou nenhum imposto.
Uma offshore pode servir para esconder o dinheiro para evitar pagamento de impostos, bem como uma suposta origem ilegal – de propina ou até mesmo de tráfico de drogas. É possível ainda criar uma fundação privada, que atua como acionista da empresa e despista a identidade do dono da offshore. Os diretores dessa fundação assinam por ela, escondendo o nome de proprietário do dinheiro nos documentos vinculados à fundação e à offshore.
Panamá Papers: primeiro-ministro britânico anuncia grupo de trabalho
Da Agência Lusa
O primeiro-ministro britânico, David CameronArquivo/Agência Brasil
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou hoje (10) a criação de um grupo de trabalho para analisar as informações do Panamá Papers, que lançaram suspeitas sobre ele.
"Esse grupo de trabalho vai reunir os melhores peritos britânicos para analisar eventuais faltas no âmbito dos 'documentos do Panamá'", declarou Cameron em comunicado.
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O grupo, com um orçamento de 10 milhões de libras, vai integrar agentes das finanças e da agência britânica contra o crime (NCA, sigla em inglês), com o apoio do gabinete de luta contra a delinquência financeira (SFO) e a autoridade de conduta financeira (FCA).
"Em conjunto, esses agentes têm os melhores recursos, tecnologias e peritos para lutar contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal em todo o mundo. O grupo de trabalho dará informações sobre o inquérito ainda este ano aos ministros das Finanças e do Interior", disse Cameron.
O anúncio é feito depois da divulgação de informações dos "documentos do Panamá" sobre o pai do primeiro-ministro britânico, Ian, que dirigiu um fundo de investimento nas Bahamas. Ian Cameron morreu em 2010.
Na quinta-feira (7), após vários dias de pressão, o primeiro-ministro admitiu ter feito parte da sociedade offshore do pai até 2010.
Cameron reconheceu neste sábado que "deveria ter gerido melhor esta história", ao mesmo tempo em que centenas de manifestantes exigiam a demissão do primeiro-ministro em frente à residência oficial de Downing Street.
O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, considerou que "o primeiro-ministro perdeu a confiança dos britânicos", sem no entanto pedir a demissão de Cameron.
PT: Datafolha mostra início de recuperação; PSDB: dados não mudam cenários
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Pesquisas divulgada hoje (10) pelo Datafolha mostram que 61% das pessoas querem o impeachment de Dilma e 63% dos entrevistados avaliaram o governo ruim ou péssimo. Em relação à última pesquisa, feita no mês passado, houve melhora para a presidenta nos dois quesitos: 68% eram favoráveis ao impeachment e 69% tinham uma avaliação negativa do governo. A pesquisa repercutiu de forma diversa entre governistas e oposicionistas do Congresso Nacional.
Segundo o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), os números representam uma “sinalização” do início de uma “curva descendente da rejeição ao governo”. Para Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, a avaliação da população sobre o governo continua negativa e “não altera em nada a marcha do processo de impeachment".
Segundo o levantamento feito nos dias 7 e 8 de abril, publicado na edição deste domingo daFolha de S.Paulo, 60% das pessoas querem a renúncia tanto de Dilma como de Temer. Enquanto 61% se dizem favorável ao impeachment da presidenta, 33% se dizem contrário a tal processo e 58% acham que Michel Temer deve sofrer impeachment. Na pesquisa anterior, feita nos dias 17 e 18 de março, a situação estava pior para o governo: 68% eram favoráveis ao impeachment de Dilma e 27% eram contrários.
A pesquisa mostra que a avaliação sobre o governo de Dilma continua bastante negativa, mas apresentou uma melhora, na comparação com o levantamento feito em março. Na última pesquisa, 63% dos entrevistados avaliaram seu governo como ruim ou péssimo; 24% como regular; e 13% como ótimo ou bom. No mês anterior estes índices estavam em 69%, 21% e 10%, respectivamente. Todos os levantamentos apresentam a mesma margem de erro: dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Intenções de votos
A pesquisa mostrou uma recuperação das intenções de votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para as eleições presidenciais de 2018. Nos quatro cenários apresentados na pesquisa, Lula obteve entre 21% e 22% dessas intenções de votos. A candidata da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, aparece sempre com índices bem próximos ao de Lula, com intenções de votos que variam de 16% a 23%, dependendo de quem seja o concorrente do PSDB na disputa.
Em todos os cenários apresentados pela pesquisa, os candidatos tucanos registraram quedas, na comparação com os levantamentos anteriores. Na comparação com a pesquisa feita em dezembro de 2015, Aécio Neves (PSDB) caiu 10 pontos percentuais, passando de 27% para 17%. Geraldo Alkimin (PSDB) caiu cinco pontos no mesmo período, passando de 14% para 9%; e José Serra (PSDB) registrou queda de 4 pontos (de 15% para 11%).
Outro que apresentou índices bem negativos foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De acordo com o Datafolha, 73% das pessoas acham que ele deve renunciar, e 77% são a favor da cassação de seu mandato. Apenas 11% das pessoas avaliam o Congresso Nacional como bom ou ótimo; 43% como regular; e 41% como ruim ou péssimo.
PT
Segundo o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), os números representam uma “sinalização” do início de uma “curva descendente da rejeição ao governo”, pela população. Ajudam também, na avaliação do líder petista, fatores como a redução do custo de energia e a melhora da economia, após um período de alta de juros e de inflação. “Existem dois fatores importantes na impopularidade de Dilma: o impacto da crise internacional e, posteriormente, a nacional; e [os problemas] com o ajuste fiscal. As próprias agências de rating foram claras quando rebaixaram a nota do Brasil e disseram que era a crise política o que mais afetava o país”, disse.
Para Florence, a percepção de que a oposição está tentando "emplacar um golpe no país" também influenciou os números do Datafolha. Ao mesmo tempo, as “calúnias e os ataques a Lula já estão sendo percebidos", o que favorece o cenário para o governo atual nas eleições de 2018. “A favor do Lula tem o fato de continuar sendo considerado o melhor presidente que o Brasil já teve”, disse o deputado.
“Dos três lideres da oposição que hoje são de um mesmo grupo que se autoprotege, o maior líder é o Eduardo Cunha, que patrocinou as pautas bombas, a desestabilização política e o golpe. Só que em seu histórico vemos de forma clara que ele luta para tirar os direitos civis do cidadão brasileiro. Temer e Cunha apresentam essa rejeição crescente porque ambos têm se mostrado em conluio com o golpe e com a blindagem de muitos dos investigados”, disse.
A queda nas intenções de votos aos candidatos tucanos já era esperada, pelo deputado petista. “Eles foram rejeitados até mesmo nas manifestações convocadas por eles em estados como São Paulo e Bahia. Os tucanos são identificados como blindados apesar de terem sido denunciados e acusados por meio das delações premiadas. Todos veem que eles não patrocinam as investigações e o combate à corrupção. Eles apenas se protegem. O eleitorado percebeu isso e os colocou no fim da fila, no mesmo patamar do Jair Bolsonaro (PSC-RJ)”.
PSDB
Já o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) diz que o governo não tem muito o que comemorar com a pesquisa Datafolha, uma vez que a avaliação da população sobre ele continua negativa em função dos reflexos das denúncias e das delações que têm sido feitas no âmbito da Operação Lava Jato. “Além disso, a economia continua em processo de degradação, com aumento de desemprego”, disse.
Para o líder tucano na Câmara, é de “difícil compreensão” a queda do percentual que avalia o governo como ruim ou péssimo (de 69% em março para 63% em abril). “É, de fato, algo a ser observado para sabermos se trata-se de uma tendência. A meu ver este índice é algo contraditório em meio a tantas notícias negativas”.
Segundo Imbassahy, a pesquisa “não altera em nada a marcha do processo de impeachment". Sobre a saída conjunta de Dilma e Temer, desejada por 60% dos entrevistados pelo Datafolha, ele diz que essa situação depende de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O "caminho mais correto”, disse ele, é o afastamento de Dilma por crime de responsabilidade, via impeachment. “O cenário que defendo é que se cumpra a Constituição. Trabalhamos pelo afastamento dela o mais rápido possível, porque este é um governo incapaz e liderado por uma presidenta sem capacidade”.
Para o líder tucano, a queda nas intenções de votos para os candidatos de seu partido, nos cenários projetados para as campanhas presidenciais de 2018 “difere de outras pesquisas às quais o PSDB teve acesso”. Mas ele enxerga, nos números do Datafolha, um “indicativo de queda de popularidade de todos os líderes com projeção nacional”.
A subida nas intenções de votos para Lula, na opinião de Imbassahy, “não mudou muito o cenário", uma vez que o quadro nacional é de "evidente descontentamento" com todos os partidos. “Lula está estabilizado, apesar de tido exposição grande e intensa nas ruas. Isso se deve às mobilizações organizadas pelo PT com a ajuda de sua militância e dos movimentos sociais nas ruas”, disse. O alto índice de pessoas que pedem a renúncia (77%) ou a cassação de Cunha (73%) se deve, na avaliação do líder tucano, ao efeito que as denúncias e a exposição de notícias negativas têm. "É algo absolutamente previsível”.
Dois pesos, duas medidas!
Vice-Prefeito de BH diz que governo federal quer trocar votos do “impeachment” por verbas escolares
A denúncia que você irá assistir é um fato gravíssimo e que deve ser apurado de todas as formas. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Delio Malheiros, afirma que o…
DIARIODOBRASIL.ORG
Bombardeio aéreo mata pelo menos 24 jihadistas e oito civis na Síria
Da Agência Lusa
Pelo menos 24 integrantes do Estado Islâmico e oito civis morreram hoje (10) num bombardeamento aéreo contra a cidade de Raqa, um dos redutos do grupo jihadista, localizado no Norte da Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
A organização não governamental (ONG) síria não esclareceu se os ataques foram coordenados pela aviação do regime sírio, da Rússia ou da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.
“Pelo menos 24 membros do Estado Islâmico, entre os quais três comandantes, bem como oito civis foram mortos”, afirmou o diretor do observatório, Abdel Rahmane. “Não sabemos se os aviões eram da coligação liderada pelos Estados Unidos, do regime sírio ou da Rússia”,
Estudantes fazem aula pública em defesa da democracia e contra o impeachment
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Estudantes de diversas universidades de São Paulo e movimentos estudantis realizaram hoje (9) uma aula pública em defesa de democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Praça Roosevelt, região central da capital paulista. Os presentes estavam em busca de posicionamentos e ideias que ajudassem a compreender a conjuntura política atual.
A professora de arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), Raquel Rolnik, falou da importância do ato em ocupar uma praça pública. “Estamos transformando e concretizando como público um espaço que é público. A Praça Roosevelt é um exemplo disso, um exemplo daquilo que é um dos maiores desafios que a gente tem pela frente, daquilo que não construímos no nosso país: a ideia de um espaço público, de uma esfera pública. A ideia de um estado que é construído, que é pensado, que é estruturado para promover, defender e proteger essa dimensão pública entendida como uma propriedade coletiva do cidadão”, disse.
O ator e escritor Gregório Duvivier defendeu que a presidenta Dilma conclua seu mandato. Ressaltou, no entanto, que essa continuidade não pode ser baseada em "alianças espúrias", referindo-se às alianças partidárias em troca de cargos. “Se a Dilma, por acaso, continuar, e eu torço para que ela continue, que não seja por causa das alianças com os setores mais conservadores da sociedade. Se ela continuar por causa das alianças, que a gente continue na rua protestando”, disse Duvivier ao lembrar que Dilma foi eleita devido a seu projeto de esquerda: “enquanto ela não governar para as pessoas que votaram nela, na esquerda, a gente tem sim que continuar indo às ruas”.
Representando do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos falou que acha importante a sociedade entender o que está em curso no cenário político do país com a possibilidade de impeachment de Dilma. Para ele barrar o que chamou de golpe, é defender a democracia e não defender o governo Dilma e suas políticas.
“Muitos de nós, que estivemos e estamos nas mobilizações, não defendemos essas políticas. Não defendemos ajuste fiscal, não defendemos megaprojetos que passam por cima de comunidades, de tudo e de todos. Não defendemos reforma da previdência, não defendemos uma política que faz com que o andar de baixo, dos trabalhadores, da juventude, dos mais pobres, paguem a conta dessa crise”, disse Boulos.
Participaram também da aula pública Laura Carvalho, professora de economia da USP; Maria Izabel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp); Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes; e Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen). Participaram da organização do evento, estudantes de diversas universidades incluindo a USP, Cásper Líbero, Pontifícia Universidade Católica , Mackenzie, Faculdades Metropolitanas Unidas, Metodista, Unicamp e a Fundação Escola de Sociologia e Política (Fespsp).
União Europeia busca negócios com empresas brasileiras em projetos ambientais
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
A União Europeia quer aproximar pequenas e médias empresas do Brasil e da Europa para promover a troca de experiências e de negócios que possam aumentar o uso de tecnologias para a redução da emissão de gases de efeito estufa na indústria brasileira. O projeto Low Carbon Business Action in Brazil já está identificando áreas e setores econômicos no país que possam concretizar negócios e aderir a processos e tecnologias de baixo carbono.
Serão realizadas três rodadas de negócios neste ano e pelo menos mais três no ano que vem, com a participação de cerca de 720 empresas brasileiras e europeias. A primeira rodada de negócios deverá ser em agosto. O objetivo é promover a troca de experiências inovadoras e apoiar as empresas na transição para as tecnologias e os processos de baixa emissão de carbono.
O projeto vai financiar até 80% dos custos logísticos e de viagens de empresas selecionadas e promoverá acordos de cooperação para maior competitividade e sustentabilidade ambiental das companhias participantes. O investimento será de 3 milhões de euros até 2018 para financiamento operacional dos contatos. Em um segundo momento, deverá haver mecanismos financeiros de apoio para que as empresas possam desenvolver as propostas.
O especialista sênior em tecnologias de baixo carbono do projeto, Ricardo Esparta, destaca que já existe um mercado de redução de emissões na União Europeia e que os países do bloco são os principais atores na discussão de uma economia de baixo carbono no mundo. Por isso, há interesse em investir em países como o Brasil, onde essas tecnologias ainda estão em desenvolvimento.
“Com isso, a gente não só leva à redução da emissão de gases de efeito estufa e atinge os objetivos da Convenção do Clima, como ajuda também os setores tanto na Europa, porque naturalmente existe um interesse econômico, quanto em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde isso está sendo buscado”, diz Esparta.
Um dos setores que devem ter destaque nas rodadas de negócios é o de biogás. No Brasil, existe potencial para a produção de gás natural, mas faltam tecnologias como equipamentos para produzir e purificar o produto de maneira mais eficiente. “Existe potencial no Brasil, mas ainda há uma falta de tecnologia, capacidade, de know how que pode ser suprida por tecnologias já prontas. Na Europa, o mercado de biogás é bem mais desenvolvido. Então, ao invés de começar do zero, posso pegar uma coisa um pouco mais avançada, adaptar para o Brasil e começar a produzir melhor aqui”, afirma o especialista.
Também com o objetivo de aproximar empresas interessadas em parcerias para o desenvolvimento de tecnologias para o meio ambiente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai promover, na próxima semana, rodadas de negócios durante a Feira Pollutec, em São Paulo. Durante as conversas, empresas brasileiras vão trocar experiências e tentar fechar parcerias de negócios neste ramo com empresas da França, Bélgica e Espanha.
“É uma oportunidade importante para empresas brasileiras que queiram identificar parceiros comerciais e tecnológicos voltados para esta área específica, dentro daquilo que é a vocação do setor produtivo brasileiro no tema meio ambiente, como tratamento de água, empresas de gestão de resíduos, de energias renováveis”, ressalta a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha. Durante os dois dias dos encontros de negócios (13 e 14 de abril), a estimativa é promover US$ 4 milhões em negócios entre as empresas. A ação da CNI será feita em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o apoio do projeto Low Carbon Business Action in Brazil.
A Pollutec é uma feira internacional, considerada o maior salão com foco em tecnologias para meio ambiente no mundo. É a primeira vez que o evento ocorre no Brasil. A previsão é que 80 empresas nacionais e internacionais apresentem soluções e inovações em todas as atividades ambientais e de saneamento.
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