A reportagem optou por uma comparação satírica, mas o assunto é bem sério: o Estado brasileiro está sendo loteado de forma escancarada pelo governo. Abandonaram de vez a atenção à opinião pública e agora tentam se perpetuar no poder na base da mais baixa politicagem.
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VEJA.ABRIL.COM.BR|POR RODRIGO RANGEL, ROBSON BONIN E DANIEL PEREIRA
Exportações do agronegócio atingem US$ 8,35 bilhões e crescem 5,9% em março
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil
A carne aparece na segunda posição entre os principais setores exportadores. O setor vendeu para o exterior US$ 1,24 bilhão, o que significa expansão de 5,4%Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
As exportações do agronegócio brasileiro foram de US$ 8,35 bilhões em março de 2016, com crescimento de 5,9% em relação a março de 2015. A cifra é recorde da série histórica para os meses de março. O maior valor exportado para o mês havia ocorrido em março de 2104, quando as exportações atingiram US$ 7,97 bilhões. Os dados são da balança comercial do agronegócio divulgada hoje (8) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As exportações do agronegócio em março responderam por 52,2% das vendas externas do Brasil. No mesmo período de 2015, o percentual foi de 46,4%. “Em março, estamos comemorando uma participação inédita do setor do agronegócio nas vendas totais do país. Essa participação é inédita da série histórica”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo. A série histórica foi iniciada em 1997.
Enquanto as exportações aumentaram, as importações diminuíram de US$ 1,41 bilhão em março de 2015 para US$ 1,16 bilhão em março de 2016.
Soja
O complexo soja foi o principal setor exportador em março. As vendas externas da soja em grãos foram de US$ 2,92 bilhões, com expansão de 32% em relação a março de 2015. As carnes apareceram na segunda posição entre os principais setores exportadores. O setor exportou US$ 1,24 bilhão, o que significou expansão de 5,4% em relação a US$ 1,17 bilhão exportado em março de 2015. A principal carne exportada pelo Brasil foi a de frango.
Houve aumento de 42,9% em março de 2015 para 47,5% em março de 2016 da participação da Ásia nas exportações brasileiras do agronegócio. A balança comercial do agronegócio mostra que o Oriente Médio expandiu as aquisições de produtos do agronegócio brasileiro em 46,3% entre março de 2015 e março de 2016, vindo a ocupar a terceira posição entre os blocos ou regiões geográficas para as quais o Brasil exporta.
Entre janeiro e março de 2016, as exportações do agronegócio atingiram US$ 20,03 bilhões, com crescimento de 8,7% em relação aos US$ 18,43 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior.
Os dados positivos do setor se devem a uma conjunção de fatores como o câmbio e a abertura de novos mercados, explica a secretária Tatiana Palermo. “Nossas exportações cresceram muito em valor, isso foi devido ao aumento dos volumes exportados em função do câmbio, da abertura de novos mercados. Nossos produtos ficaram mais competitivos, conseguimos exportar muito mais em volumes, o que compensou a queda de preços internacionais e o resultado final em valor foi muito positivo”, disse.
Impeachment: base critica rapidez da comissão, oposição diz que ritmo é normal
Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil
Rogério Rosso tem reiterado que se mantém imparcial sobre o impeachment e Jovair Arantes declarou voto pela continuidade do processoWilson Dias/Agência Brasil
Após 25 dias de trabalho, a Câmara dos Deputados terá o primeiro resultado sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Enquanto o ritmo de trabalho da comissão especial que analisa o pedido é celebrado por alguns parlamentares que defendem que o país está “parado”, esperando a solução da crise política, outros questionam a velocidade “diferenciada” atribuída, segundo governistas, à vontade do presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor declarado de Dilma.
Vice-líder do PT na Câmara, Henrique Fontana critica a velocidade “diferenciada” de andamento do processo de impeachment da presidenta DilmaAntonio Cruz/Agência Brasil
“É o prazo Eduardo Cunha: para os inimigos políticos, poucos dias e 'casso sem provas', para os amigos, proteção eterna”, criticou o vice-líder do PT, Henrique Fontana (RS). O gaúcho se refere tanto ao processo que corre no Conselho de Ética contra Cunha desde novembro do ano passado quanto ao trâmite do pedido do vice-presidente Michel Temer.
Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mellodeterminou seguimento a um processo deimpeachment de Temer na Câmara. “Cunha não quer que o Conselho de Ética funcione nem nas quartas, mas, para cassar a presidente, quer sete dias de trabalho ininterruptos”, afirmou Henrique Fontana.
Mendonça Filho, do DEM, disse que não há disposição da bancada para participar da comissão que analisará o pedido de impeachment de TemerAntonio Cruz/Agência Brasil
Cunha notificou líderes para que eles indiquem integrantes da comissão especial encarregada de analisar o pedido deimpeachment de Temer, mas partidos favoráveis ao impedimento de Dilma não devem entregar uma lista. “Não há disposição na bancada para participar dessa comissão. Isto não é processo judicial, mas jurídico e político”, disse Mendonça Filho (DEM-PE).
Analistas e servidores
Entre analistas e servidores da Câmara que há anos acompanham processos polêmicos tramitando na Casa, também há avaliações divergentes sobre a agilidade da comissão. Analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, conhecido como Toninho, afirma que há um claro interesse em acelerar as discussões.
“O Supremo definiu um rito com prazos mínimos e não determina que sejam cumpridos à risca. Não pode é ser menos do que isto [do que foi estabelecido], mas a direção da Câmara, o presidente da Casa, da comissão e o relator – todos favoráveis ao impeachment [da presidenta Dilma] – estão dando velocidade”, afirmou Toninho. Rogério Rosso (PSD-DF), presidente do colegiado, tem reiterado que se mantém imparcial. O relator da comissão, Jovair Arantes (PTB-GO), declarou há dois dias seu voto pela continuidade do processo. “Está havendo de fato uma prioridade absoluta a este tema com objetivos políticos claros no sentido de favorecer uma decisão que leve ao impedimento. O que está se discutindo é que nunca são cumpridos prazos em outras comissões e agora [eles] estão rigorosamente sendo cumpridos porque tem conveniência política”, completou o diretor.
Toninho alertou ainda sobre o apoio de consultores legislativos e de orçamento da Casa que foi assegurado à comissão. “Estão usando toda a estrutura à disposição”, disse.
De outro lado, funcionários que têm como missão assessorar a Mesa Diretora da Câmara garantem que tudo está dentro da normalidade. “O processo de impeachment do [ex-presidente Fernando] Collor tramitou em 29 dias. Esta comissão tem prazos curtos e está respeitando os prazos. É o caminho normal”, disse o servidor e advogado Fábio Ramos, responsável pela área jurídica da Casa.
Além da secretária Claudia Maria Borges Matias, uma das 19 que trabalham no departamento de apoio às comissões temporárias (especial, externa e de inquérito), a Comissão Especial do Impeachment conta com dez consultores da Câmara – cinco especialistas em orçamento e cinco consultores legislativos. Na sala das comissões, funcionários explicam que qualquer colegiado instalado conta com essa assessoria reservada e tem obrigatoriamente um secretário. Desde o ano passado até hoje, 99 comissões temporárias já funcionaram ou ainda funcionam com essa estrutura de apoio.
Sílvio Avelino, atual secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, chefiou por 15 anos o Departamento de Comissões da Casa. “Não tem nada de excepcional. As comissões temporárias têm essa equipe de apoio que se reveza. Você vai ver a Cláudia na Comissão do Impeachment e em outra comissão”, afirmou. Avelino disse ainda que o número de assessores varia de acordo com o tamanho das comissões, que geralmente têm cerca de 30 integrantes. Para a análise do impeachment, foram escalados 65 parlamentares titulares e outros 65 suplentes. “Durante o processo de Collor foi do mesmo jeito. Eu estava lá. Foi mais rápida que esta. Normalmente, comissões comuns têm prazo entre cinco e 40 sessões, mas nesta o processo é rápido”, completou o secretário-geral.
No período do afastamento de Collor, quem ocupava a posição atual de Avelino era Mozart Vianna, que assessorou 12 presidentes na função de secretário-geral por quase 25 anos. Doutor Mozart, como é conhecido na Casa, lembra que o processo de 1992 foi muito rápido. Ele não acompanhou o trabalho da comissão em si, mas destacou que o Regimento Interno da Casa disciplina esses prazos no Artigo 218, que estabelece prazo total de 15 sessões: dez para defesa e cinco para elaboração e votação do parecer. “É de impressionar que matéria de tamanha relevância tenha um prazo tão curto. O prazo de CPI [comissão parlamentar de inquérito], por exemplo, é de 120 dias, prorrogável por mais 60, e mesmo esse prazo pode ser alterado porque tem uma decisão do Supremo que diz que uma CPI pode funcionar durante toda uma legislatura [quatro anos]”, disse.
Para o consultor legislativo, que hoje está aposentado, além do tempo curto, o processo de análise de impeachment ainda tem outra característica de risco: “Não é só a questão do prazo curto, mas é um poder imenso na mão de qualquer cidadão, que pode representar e um poder imenso na mão de um presidente da Câmara, porque ele decide se acolhe ou não a denúncia. No momento em que acolhe e instala a comissão, já se torna um cenário político pesadíssimo”, afirmou.
Mozart lembrou que nem a realização de sessões diariamente pode configurar uma estratégia de acelerar a decisão. “O Regimento estabelece sessão de segunda a sexta. Para contar prazo, tem que ser aberta com a presença de 51 parlamentares na Casa. Se não tiver, não conta prazo. Quando há matérias importantes, as lideranças se organizam para escalar quem pode estar na Câmara nas sextas, por exemplo”, disse, acrescentando ainda que também é regimentalmente possível convocar sessões, previamente avisadas, para os finais de semana. “Já houve vários casos”, lembrou.
Uma das últimas sessões desse tipo ocorreu durante o mandato do então presidente da Casa, Ibsen Pinheiro, que em 1991 convocou sessão para os dias 14 e 15 de dezembro a fim de votar um projeto que tratava de renegociação de dívidas dos estados. Levantamento feito pela Mesa aponta que, de 1964 até hoje, foram feitas 30 sessões em finais de semana, mas, muitas delas, eram apenas para posse dos parlamentares, sem ser deliberativas.
PLACAR MORAL: 7 X 1. FIM DOS DEBATES NA ALTA MADRUGADA.
MENOS DE 1/3 AINDA LUTA POR DILMA. FORAM 40 SIM, 19 NÃO.
+
Não há dialogo com os sempre radicais e intransigentes da esquerda petista.
Cada vez mais acuados e expostos, largam a razão de vez. E partem para a repetição de slogans da sua propaganda político-ideológica. É o populismo. ENTENDE MELHOR - LINKS:...
São Paulo já tem este ano mais casos de síndrome respiratória do que em 2015
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
O número de casos da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) neste ano chegou a 992 na cidade de São Paulo, superando os 986 registros feitos ao longo de todo ano de 2015. Segundo o balanço divulgado hoje (8) pela Secretaria Municipal de Saúde, 46 pessoas morreram devido à síndrome. Em 17 dessas mortes, foi confirmado que o quadro foi causado pela gripe H1N1. Em todo ano passado, 105 pessoas morreram em decorrência da doença.
Apesar da tendência de que a infecção por H1N1 supere os patamares dos últimos dois anos, o secretário de Saúde, Alexandre Padilha, disse que a situação está sob controle. “Nós não estamos em uma situação de pandemia”, disse, em referência ao ano de 2009, quando houve a disseminação em escala global pela primeira vez da variedade H1N1.
Naquele ano, a capital paulista teve 7 mil casos de SRGA, com 148 mortes. Sendo que 130 dessas vítimas tiveram H1N1. Porém, Padilha acredita que a situação possa se aproximar do quadro enfrentado em 2013, quando 1,4 mil pessoas tiveram a síndrome na cidade e 171 morreram. Entre essas mortes, 10 casos tiveram confirmada a relação com H1N1.
Nas 17 mortes relacionadas ao H1N1, neste ano, em 13 casos as pessoas tinham comorbidades (doenças que fragilizam a pessoa e a expõe a maior risco) e uma era gestante, também considerado um fator de risco. Foram verificados ainda 12 surtos de gripe: seis em escolas, três em hospitais e três em residências.
Vacinação
Começa na segunda-feira (11) a primeira etapa de vacinação nas unidades básicas de saúde. A imunização será destinada nessa fase às gestantes, idosos, indígenas, profissionais de saúde e crianças (maiores de seis meses e menores de cinco anos). A partir do dia 18 de abril serão vacinados os portadores de doenças crônicas (cardíacas, renais e outras) e mulheres que deram a luz nos últimos 45 dias.
Padilha ressaltou que a vacinação desses grupos é fundamental para reduzir a mortalidade da doença. “O principal efeito que ela [vacinação] traz é a redução de casos graves e óbitos das pessoas que estão nos grupos de risco”, enfatizou. Segundo o secretário, as pessoas imunizadas tem uma chance de até 75% de não contrair a doença e em caso de contaminação, a gripe tende a ter sintomas consideravelmente mais amenos.
A Secretaria de Saúde concentrou no sistema público de saúde a distribuição do antiviral Osetalmivir, usado no tratamento da gripe.
Dengue
Os casos de dengue apresentaram redução nas últimas semanas. Até o momento foram registrados 6 mil casos em toda a capital paulista. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 32,1 mil casos. Padilha atribuiu a redução às medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor adotadas pela prefeitura.
Distrito Federal adianta em cinco dias campanha de vacinação contra H1N1
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) resolveu adiantar para o dia 25 de abril a aplicação da vacina contra a gripe. A decisão considerou o aumento atípico de infecções por H1N1 para o período. Desde o início do ano, três pessoas morreram infectadas pelo vírus na região. As vítimas foram todas mulheres, uma de 80 anos e as demais com idade entre 30 e 49 anos.
A campanha nacional começa no dia 30 de abril, mas o Ministério da Saúde começou a enviar as vacinas no dia 1º. Os estados ficam livres para adiantar a imunização conforme a necessidade. No caso do DF, dia 25 começarão a ser imunizadas gestantes e crianças de 6 meses a menores de 5 anos.
Saiba Mais
A vacina a ser aplicada na rede pública é a trivalente, que protege contra a Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e a Influenza B (subtipo Brisbane). Todos os anos há mudança nas cepas que compõem a vacina.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, existe ainda a possibilidade de que o Ministério da Saúde envie mais doses antecipadamente. Se este for o caso, a vacinação começará mais cedo, no dia 18 de abril.
Além dos grupos do dia 25, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, também serão vacinadas mais cedo. Os grupos de risco restantes, como idosos, puérperas e indígenas, terão acesso à vacina a partir do dia 30.
De acordo com o subsecretário de vigilância em Saúde do DF, Tiago Coelho, as infecções pelo vírus da gripe Influenza A H1N1 neste ano estão atípicas e chamam atenção pelo alto índice de letalidade.
Ao todo, o DF registrou 26 casos de H1N1 desde o início do ano, sendo cinco em menores de 5 anos, dois casos em maiores de 60 anos e 19 em adultos de 20 a 59 anos, dentre eles três grávidas,
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