Um dia depois de enviar ao Congresso Nacional proposta que prevê a volta do superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em 2017, o governo admitiu que pode rever as projeções. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Otavio Ladeira, o novo número constará da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, que será enviada ao Congresso em 15 de abril.
Para Otavio Ladeira, as projeções enviadas ao Congresso estão desatualizadasArquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil
Na proposta enviada ontem (28) ao Congresso, a equipe econômica estima superávit primário de R$ 71,27 bilhões no próximo ano, equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para 2017. Para 2018, o governo estima superávit de R$ 122,5 bilhões: 2% do PIB. O resultado engloba as contas da União, dos estados e dos municípios.
Segundo Ladeira, as projeções enviadas ontem ao Congresso estão desatualizadas. “Os números para 2017 e 2018 são os mesmos da LDO deste ano”, esclareceu. Ele não adiantou novos valores, mas disse que as projeções fiscais para os próximos dois anos serão mais factíveis com o atual momento da economia.
As estimativas de superávit para 2017 e 2018 constam do projeto de lei que pede a alteração da meta fiscal para este ano. Em vez de superávit primário de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), a equipe econômica pede autorização para fechar 2016 com déficit de até R$ 96,7 bilhões.
De acordo com o secretário, mesmo com a queda da arrecadação provocada pelo agravamento da crise econômica, o governo continua empenhado em alcançar a meta original enquanto o Congresso não aprova a alteração da meta. “A meta que continua valendo é a de R$ 24 bilhões. É com esse número que trabalhamos”, concluiu o secretário.
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