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quarta-feira, 30 de março de 2016

Oposição diz ter certeza de vitória na Comissão Especial do Impeachment

Brasília - Reunião da comissão especial que analisa o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados (José Cruz/Agência Brasil)

Brasília - A comissão especial que analisa o impeachment da presidenta Dilma Rousseff se reúne na manhã desta terça-feira (29) na Câmara dos DeputadosJosé Cruz/Agência Brasil

A oposição já contabiliza pelo menos 40 dos 65 votos na Comissão Especial do Impeachment, na Câmara dos Deputados. A projeção foi apresentada hoje (29) por deputados que participaram da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment na Câmara. Para que o impeachment seja aprovado e encaminhado para apreciação no plenário da Câmara serão necessários 33 votos (maioria simples dos 65 integrantes).

Já no plenário, a aprovação da matéria precisa ser por maioria absoluta (dois terços), o que corresponde a 342 votos dos 513 deputados. Se aprovada, a matéria será encaminhada para apreciação no Senado Federal. Segundo o vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS-PE), o governo contaria, por enquanto, com 150 votos no plenário. Dessa forma, Jungmann visualiza um potencial de 363 votos favoráveis ao impedimento da presidenta Dilma Rousseff. 

Brasília - Os coordenadores do comitê pró-impeachment da presidenta Dilma Rousseff, se reúnem com o presidente e o relator da Comissão Especial do impeachment, Rogério Rosso e Jovair Arantes, respectivamente, na l

Brasília - Coordenadores do comitê pró-impeachment se reúnem com o presidente e o relator da Comissão Especial, Rogério Rosso e Jovair Arantes, na liderança do PTBJosé Cruz/Agência Brasil

Após participar da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment, o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), disse que o grupo tem “certeza da aprovação” do processo na comissão. “Calculamos pelo menos 40 votos, mas com os fatos que acontecem a cada momento, muitos dizem que só se pronunciarão aos 45 do segundo tempo”.

André Moura (PSC-SE) calcula que, no plenário, os favoráveis ao impedimento da presidenta Dilma já contam com pelo menos 245 votos. “Mas há alguns que disseram não poder se manifestar publicamente”. Na reunião, os oposicionistas decidiram que cada estado terá um parlamentar responsável por fazer um mapeamento dos indecisos. A previsão deles é de que a matéria seja apreciada pelo plenário na sessão do dia 14 de abril ou, no mais tardar, no dia 17.

Governo

Já o governo tem optado por uma estratégia mais silenciosa na busca por votos, negociando diretamente com parlamentares e deixando de priorizar as conversas com partidos políticos. Por isso, tem evitado apresentar projeções. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) garante, no entanto, que o governo terá votos suficientes “para barrar o golpe”.

“Estamos firmes contra os golpistas e teremos votos suficientes para derrotá-los. Não projetamos o placar porque quem fica revelando estratégia é porque não tem estratégia. É uma questão de mais ação e menos firula para a mídia”, disse Guimarães.

 

 

Agência Brasil

 

“Dialoguem com o governo”, pede diretor da OMC a líderes do setor industrial

 

Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

Em encontro na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, pediu às lideranças do setor industrial que, apesar do momento turbulento, não deixem de dialogar com o governo.

Para Azevêdo, o diálogo com o governo é "fundamental". "Tenham essa interação, esse diálogo com o governo. Sei o que o momento não é dos melhores, mas esse diálogo não pode demorar, não pode esperar para o ano que vem", disse Azevêdo, após pedir aos presentes que interajam mais também com a própria OMC.

Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, embaixador Roberto Azevêdo, disse que o acordo de Facilitação do Comércio assinado pela presidenta Dilma tem enorme importância para economia glob

Para o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, o diálogo de representantes da indústria com o governo "não pode demorar"Antonio Cruz/ Agência Brasil

Azevêdo ressaltou que as conversas ligadas à chamada Rodada Doha, negociação que almeja a expansão do livre comércio em nível mundial, continuam a ocorrer na sede da OMC, em Genebra, e que "a definição de uma agenda vai acontecer nos próximos meses, e quem chegar depois vai chegar atrasado".

Mais cedo, Azevêdo se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, que ratificou hoje (29) o Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) da OMC. O acordo reduz o custo das transações comerciais com outros países, além de desburocratizar o comércio exterior.

O diretor-geral da OMC evitou entrar em temas políticos, mas disse a jornalistas, ainda no Palácio do Planalto, que “a estabilidade política é um componente importante para o crescimento econômico”.

 

Agência Brasil

 

OMC: estabilidade política é importante para o crescimento econômico

 

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, embaixador Roberto Azevêdo, disse que o acordo de Facilitação do Comércio assinado pela presidenta Dilma tem enorme importância para economia glob

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, embaixador Roberto Azevêdo, disse que o acordo de Facilitação do Comércio assinado pela presidenta Dilma tem enorme importância para economia globalAntonio Cruz/ Agência Brasil

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, disse hoje (29), após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que a estabilidade política é um componente importante para a retomada do crescimento da economia brasileira. Ele participou da cerimônia de assinatura, pela presidenta, da carta de ratificação do Acordo de Facilitação do Comércio da OMC.

“A economia de qualquer país não existe num vácuo, existe relação entre momento econômico e político. É difícil estimar qual é o grau de interferência que há entre processo político e desenvolvimento econômico em qualquer país, e no Brasil também. O que é evidente é que a estabilidade política é um componente importante para o crescimento econômico. Quanto mais rápido o Brasil sair desse momento de turbulência e instabilidade, melhor para a economia e para o país de uma maneira geral”, afirmou, após ser perguntado como o processo de impeachment enfrentado por Dilma na Câmara dos Deputados influencia a economia brasileira.

Pacote de Bali

Azevêdo comemorou a ratificação do documento. “O acordo tem importância enorme não só para o comércio, mas também para a economia global. Teremos no Brasil uma redução de custos importante nas transações de comércio exterior tanto para exportação quanto para importação. O objetivo é diminuir os custos e o tempo que a mercadoria fica na fronteira, um tempo morto que onera a transação comercial”, afirmou.

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff assina carta de ratificação do Acordo de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio durante cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença d

A presidenta assina a carta de ratificação do acordo ao lado do diretor-geral da OMC, Roberto AzevêdoAntonio Cruz/ Agência Brasil

Segundo o diretor-geral da OMC, a adesão deve reduzir o custo da transação comercial em torno de 14,5% na média mundial. “Em termos globais, estimamos que o acordo eleve o comércio mundial em US$ 1 trilhão. A maior parte disso vai para os países em desenvolvimento, ou seja, as exportações dos países em desenvolvimento aumentarão em torno de US$ 730 bilhões”, acrescentou.

Com o Brasil, o número de países que assinaram chega a 72. Para que entre em vigor, no entanto, é preciso que dois terços dos 162 membros da OMC, ou seja, 108 países, ratifiquem o documento.

No início do mês, o Senado Federal aprovou o acordo firmado em Bali, na Indonésia, em dezembro de 2013. O tratado, que visa à desburocratização do comércio exterior e à eliminação de barreiras administrativas, é parte do Pacote de Bali, considerado histórico por ser o primeiro acordo comercial global em 20 anos.

 

Agência Brasil

 

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Menino morto por bala perdida é enterrado e moradores voltam a protestar

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Familiares e amigos enterram, no Cemitério de Irajá, o corpo do menino Ryan Gabriel, de 4 anos, morto por bala perdida durante confronto entre traficantes (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ao som de aplausos e gritos por justiça, o menino Ryan Gabriel foi enterrado no Cemitério de IrajáFernando Frazão/Agência Brasil

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Ao som de aplausos e gritos por justiça, foi enterrado, às 16h desta terça-feira (29), o corpo do menino Ryan Gabriel, de 4 anos, morto na segunda-feira (28) após ter sido baleado no peito, no domingo de Páscoa (27), no Morro do Cajueiro, durante troca de tiros entre traficantes. Os moradores da comunidade, que já haviam feito um protesto ontem, quando queimaram dois ônibus e depredaram duas estações do BRT (Transporte Rápido por Ônibus), voltaram a se manifestar, provocando a interdição da principal avenida que corta a região.

Durante o sepultamento, no Cemitério de Irajá, na zona norte, o avô do garoto, Milton do Amparo, lamentou a violência na cidade. “Que não aconteça mais isso. Que não tenha mais bala perdida. É horrível, algo que ninguém espera. Precisamos de mais segurança na cidade, dando mais valor ao ser humano. Para falar a verdade, eu nem consigo mais dormir na cama, porque ele só dormia comigo. Agora estou dormindo no chão”, desabafou Milton, enquanto acompanhava o cortejo do neto.

A mãe do garoto, Tayane Pereira da Silva, de 20 anos, estava inconsolável, precisando ser amparada em vários momentos. “Eu não mereço. Meu filho não. O meu coração está um buraco, está um vazio. Enfiaram uma faca em meu coração”, bradava ela, à beira da sepultura do menino, que, por ordem da mãe, teve o caixãozinho branco aberto pela última vez.

Na volta para casa, os moradores do Morro do Cajueiro fizeram outra manifestação, na Avenida Edgar Romero, em Madureira, o que provocou a interdição do trânsito e o fechamento do comércio local. Grupos mais exaltados foram dispersados pela polícia militar com o uso de gás de pimenta.

 

 

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Agência Brasil

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