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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu nas sete cidades pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. A maior queda deu-se no Rio de Janeiro: 1,41 ponto percentual, já que a taxa recuou de 2,02%, em janeiro, para 0,61%, em fevereiro.
Outras duas capitais tiveram redução da taxa mais acentuada do que a média nacional, de 1,02 ponto percentual (já que a média do IPC-S caiu de 1,78% para 0,76%): Salvador (1,24 ponto percentual, ao passar de 2,06% para 0,82%) e São Paulo (1,04 ponto percentual, indo de 1,64% para 0,6%).
As demais cidades tiveram as seguintes reduções na taxa de inflação: Brasília (0,62 ponto percentual: de 1,55% para 0,93%), Belo Horizonte (0,93 ponto percentual: de 1,84% para 0,91%), Recife (0,47 ponto percentual: de 1,76% para 1,29%) e Porto Alegre (0,86 ponto percentual: de 1,66% para 0,8%).
O IPC-S é calculado com base na variação de preços em oito classes de despesas: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação.
Chuvas no Rio já mataram cinco pessoas e deixaram centenas desabrigadas
As fortes chuvas que caem sobre o estado do Rio de Janeiro desde segunda-feira (29), em consequência da chegada de uma frete fria, já causaram a morte de pelo menos cinco pessoas e deixaram centenas de desabrigadas, principalmente no Grande Rio e na Região dos Lagos, duas das regiões mais afetadas pelos temporais.
Segundo o último informe divulgado pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) três pessoas morreram em Araruama e uma em Saquarema, na Região dos Lagos. A outra morte aconteceu em Silva Jardim, no norte fluminense, em consequência do desabamento de uma ponte.
Segundo a secretaria, os municípios mais atingidos foram os de Araruama, Saquarema e Maricá, onde além dos óbitos há centenas de famílias desabrigadas ou desalojadas (quando as pessoas tem que deixar temporariamente suas casas). Ontem mesmo a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos encaminhou, às três cidades, ajuda aos desabrigados: 550 colchonetes, 550 kits de cama e mesa, 500 cobertores e material de limpeza.
Levantamento
Em Maricá, onde cerca de 650 pessoas estão desabrigadas e vários bairros estão ilhados, o prefeito Washington Quaquá decretou estado de calamidade e o município solicitou ajuda do Ministério da Defesa, que vai encaminhar ainda hoje para a cidade cerca de 50 homens da Marinha, para remover as famílias que encontram-se em áreas isoladas pelas chuvas.
No distrito de Itaipuaçu, também em Maricá, o condomínio Residencial Mariguela, do Programa Minha Casa, Minha Vida, amanheceu completamente alagado nesta quarta-feira. A água atingiu cerca de um metro de altura em todas as vias do conjunto, que tem cerca de 1.470 unidades habitacionais.
Em Araruama, as 200 famílias desabrigadas estão sendo levadas para quatro abrigos improvisados pela prefeitura; em Itaboraí, sete famílias estão desabrigadas e 230 casas foram atingidas; em São Gonçalo, os desabrigados e desalojados estão sendo encaminhados para escolas municipais e a prefeitura está fazendo um levantamento do número exato de atingidos.
Em Tanguá, 21 famílias estão desabrigadas, mas a Defesa Civil avalia se outras 20 terão que ser retiradas de suas casas, que ficam à beira de um rio; em Saquarema, um óbito foi confirmado e a Defesa Civil está fazendo o levantamento do número de desabrigados; em Silva Jardim, além de um óbito foi confirmado, 300 famílias estão desabrigadas e 50 desalojadas.
Previsão
Para os próximos dias, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o estado é de tempo nublado com possibilidades de chuvas isoladas variando de fracas a moderadas. A temperatura deve variar entre 18º e 26º.
Segundo especialistas, o mês de fevereiro foi o mais chuvoso dos últimos 18 anos no município do Rio de Janeiro.
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Esta decisão contraria entendimento de ministro do STF; a Corte vai julgar uma ação nesse sentido nesta quarta-feira (2) e a avaliação do Supremo vai valer para todo o país:
Superterça dá ampla vitória a Hillary e a Trump nos Estados Unidos
Os candidatos Hillary Clinton, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano, foram os vencedores da Superterça, o maior evento da corrida eleitoral destinada a escolher o sucessor de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos.
A Superterça permite que os estados que promovem as primárias e assembleias (caucuses) escolham, em eventos simultâneos, candidatos de partidos diferentes. Assim, pelo lado do Partido Democrata, Hillary Clinton ganhou em sete estados: Virginia, Tennessee, Alabama, Georgia, Arkansas, Texas e Massachusetts. Pelo Partido Republicano, Trump foi o vencedor na Georgia, em Alabama, Massachusetts, no Tennessee, na Virginia, em Arkansas e Vermont.
Com o resultado, Hillary avançou em seu objetivo de representar os democratas nas eleições presidenciais marcadas para novembro deste ano. Mas, para alcançar essa meta, Hillary precisa conter Bernie Sanders, o outro candidato democrata, que conquistou quatro estados – Vermont, Oklahoma, Colorado e Minnesota – na Superterça. Com um discurso em que proclama a necessidade de taxar os bancos para permitir que a classe trabalhadora tenha acesso gratuito aos serviços de saúde, Sanders vem conquistando simpatizantes, principalmente entre os eleitores jovens.
O republicano Donald Trump teve uma vitória confortável, mas ainda precisa consolidar sua posição em relação a outros candidatos, que também querem ser nomeados representantes do partido nas eleições presidenciais. Dois concorrentes de Trump – os senadores Ted Cruz e Marco Rubio – ganharam a preferência do partido em três estados importantes. Ted Cruz venceu em seu estado natal, o Texas, e em Oklahoma. Marco Rubio ganhou em Minnesota. Os demais candidatos republicanos, John Kasich e Ben Carson, ainda não ganharam em nenhum estado.
Com as vitórias alcançadas em Oklahoma, no Texas e em Minnesota, Ted Cruz e Marco Rubio continuam com chances de prosseguir na campanha, disse o professor Casey Klofstad, do Departamento de Ciência Política da Universidade de Miami, em declaração à Agência Brasil. Segundo Klofstad, os estados do Texas, Oklahoma e Minnesota são importantes e, portanto, Cruz e Rubio “vão continuar recebendo o apoio da cúpula do Partido Republicano e dos financiadores de campanha”.
Em entrevista à rede de televisão CBS, ontem (1º) à noite, Marco Rubio disse duvidar do sucesso da candidatura de Donald Trump nos próximos estágios da campanha eleitoral. "Trump nunca vai chegar a ter 1.237 delegados," afirmou Rubio, numa referência ao número mínimo de apoio de delegados que um republicano precisa ter para ser nomeado candidato oficial do partido.
Rubio acrescentou: "Vou fazer de tudo para não manter Donald Trump como o nosso indicado. Quem não condena a Ku Klux Klan não tem nenhum lugar no partido". Ao se manifestar, há três dias, sobre o apoio recebido de David Duke, antigo chefe do grupo extremista Ku Klux Klan, Donald Trump foi criticado por políticos e defensores dos direitos humanos por ter se recusado a condenar a filosofia da organização, que defende “a supremacia branca”. David Duke deu apoio público a Trump.
Governos e Samarco firmam hoje acordo para recuperação da Bacia do Rio Doce
O acordo para a recuperação da Bacia do Rio Doce, afetada pelo rompimento da Barragem do Fundão em Mariana (MG), em novembro do ano passado, será assinado hoje (2), às 15h, no Palácio do Planalto em Brasília. O acordo vinha sendo discutido entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o Ministério Público, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP. Mesmo antes da formalização do acordo entre o Poder Público e a mineradora, a organização não governamental (ONG) Justiça Global garantiu ontem (1º) que vai enviar nos próximos dias denúncia à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
O procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabello, informou à Agência Brasil, na última sexta-feira (26), que o acordo prevê que a Samarco arque com o pagamento de R$ 4,4 bilhões nos próximos três anos para mitigar os prejuízos causados pelo rompimento da barragem. Os recursos serão destinados a uma fundação, formada por especialistas indicados pela mineradora, que irá desenvolver 39 projetos voltados para a recuperação ambiental e socioeconômica dos municípios atingidos, indenização e assistência à população. O montante previsto é parcial e, após os três anos iniciais, novos cálculos determinarão o volume de recursos que deverá ser empregado até 2026.
O principal problema, na visão da Justiça Global, é que o acordo extingue a ação civil pública movida pelo governo federal, pelos governos dos estados e pelo Ministério Público, o que seria uma ameaça aos direitos humanos. "O Poder Público e seus órgãos de fiscalização ambiental, como o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], serão signatários do acordo. Judicialmente, eles estão aceitando o fim do processo que moviam em troca desse acerto entre as partes. Reduz o poder de fiscalização e coerção porque não há mais recurso cabível. E mesmo se forem constatadas novas violações decorrentes do rompimento da barragem de Mariana, a empresa poderá alegar à Justiça que a compensação de todos os prejuízos já está abarcada pelo acordo", diz a advogada da ONG, Alexandra Montgomery.
Segundo a Justiça Global, com a ação civil pública encerrada, ficaria a cargo dos atingidos que se sentirem lesados pelo acordo ingressar com ações individualmente. "Isso os torna mais fracos e as violações passam a ser tratadas caso a caso, no varejo, superlotando o Judiciário. Além disso, o acordo prevê que os descontentes com o valor da indenização proposto podem solicitar que a fundação gerida pelas próprias mineradores custeie seus advogados. É uma violação gritante do devido processo legal", acrescenta Alexandra.
A advogada lamenta que somente agora os atingidos estão sendo chamados para se inteirar do acordo, em reunião com os governos, tendo sido alijados de todo o processo até então. Nessa segunda-feira (29), a Advocacia-Geral da União (AGU) e os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo receberam, em Belo Horizonte, representantes das comunidades afetadas e de movimentos sociais para discutir o documento. Segundo ela, as comunidades indígenas que se encontram na área atingida estão sendo prejudicadas, já que a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho, garante a elas o direito à consulta livre e prévia sobre qualquer medida tomada pelos governos que os afete diretamente.
Ao anunciar detalhes do acordo, o procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabello, considerou que uma das principais vantagens é garantir o início da recuperação da bacia. "A conciliação é a melhor forma de solucionar conflitos. Ela é muito mais breve do que a espera pela tramitação de uma ação. Se o processo tivesse seu curso normal, certamente demoraria mais que cinco anos para ser concluído. Com o acordo, as medidas são implementadas imediatamente", afirmou.
Para o procurador, garantir a corresponsabilidade da Vale e da BH também foi importante. Elas deverão assumir os pagamentos. Caso a Samarco não honre os compromissos, a Vale e a BHP deverão fazer os depósitos previstos.
A cerimônia de assinatura do acordo terá a presença de representantes da Samarco e das suas acionistas Vale e BHP, dos governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, além da presidenta Dilma Rousseff. Após a formalização, o acordo ainda precisará ser homologado pela Justiça para ter validade. A mineradora ainda não se manifestou sobre o assunto.
Agência Brasil
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