segunda-feira, 28 de março de 2016

Comissões, impeachment e posicionamento do PMDB são principais temas da semana

A semana na Câmara dos Deputados deverá ser marcada por discussões em torno do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, da formação das comissões técnicas da Casa, da votação do projeto de lei que estabelece novas regras para o refinanciamento das dívidas dos estados com a União e da reunião do Diretório Nacional do PMDB, nesta terça-feira (29), para decidir se a legenda continua apoiando o governo. Além desses temas, outros como a votação de vetos presidenciais, as reuniões do Conselho de Ética e da Comissão de Orçamento vão movimentar a Câmara.

A expectativa de lideranças partidárias é de que haja quórum já na noite de hoje (28) para votar a urgência e até o mérito do projeto de lei complementar que modifica as regras de refinanciamento das dívidas dos estados com a União. O texto é resultado de acordo entre os governos estaduais e a União e prevê um prazo de mais 20 anos para os estados pagarem suas dívidas. O compromisso de votação urgente do projeto foi feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com governadores e líderes partidários.

A formação das comissões técnicas da Câmara deve movimentar a Casa já na tarde desta segunda-feira. Cunha convocou os líderes para uma reunião, às 16h, a fim de buscar acordo e definir a composição das comissões técnicas permanentes que até hoje não foram instaladas porque ele queria aguardar decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os embargos em relação ao rito de tramitação do processo de impeachment.

Eduardo Cunha também queria aguardar o fim da chamada janela partidária, período em que os deputados puderam trocar de partido sem perder o mandato, para definir a formação das comissões. Até o fim da última semana, a Justiça Eleitoral tinha comunicado à Câmara que mais de 80 deputados haviam trocado de legenda.

Se os líderes definirem hoje a formação das comissões, elas poderão ser instaladas nesta terça ou quarta-feira.

Saiba Mais

O Congresso Nacional marcou para amanhã (29), às 19h, sessão deliberativa para apreciar 16 vetos presidenciais que estão trancando a pauta de votações da Casa. Entre os vetos estão aqueles feitos ao projeto que trata da repatriação de recursos do exterior, ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e a outras matérias orçamentárias.

PMDB

Por meio do Diretório Nacional, o PMDB vai decidir, em reunião marcada para a tarde de amanhã, se permanece na base de sustentação do governo no Congresso Nacional. Em reunião fechada, os integrantes do diretório vão debater e, por meio do voto que deverá ser aberto, decidir se mantêm o apoio. Se decidir sair, o partido dará um prazo para que os ministros e demais peemedebistas ocupantes de cargos no governo federal deixem os postos.

O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, cancelou uma viagem que faria a Portugal para manter reuniões com peemedebistas. O objetivo é buscar a unidade do partido em torno de uma decisão unânime sobre os caminhos que a legenda deve seguir. No dia 12 de março, a Convenção Nacional do PMDB delegou ao Diretório Nacional o poder de decidir em até 30 dias se o partido deve continuar fazendo parte do governo.

Impeachment

A Comissão Especial da Câmara criada para analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff vai continuar mantendo reuniões nesta semana para deliberar sobre requerimentos apresentados ao colegiado. O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e o relator dos trabalhos, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), deverão se reunir com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para conversar sobre o trabalho que estão fazendo.

A comissão especial vem realizando os trabalhos, aguardando o transcurso das dez sessões plenárias da Câmara, prazo que a presidenta Dilma tem para apresentar sua defesa por escrito. Já foram feitas quatro sessões para a contagem de prazo. Se ocorreram as cinco sessões previstas para esta semana, a décima e última sessão para apresentação da defesa deverá ser no dia 4 de abril.

 

Agência Brasil

 

Governo brasileiro condena atentado no Paquistão

 

Da Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores distribuiu hoje (27) nota em que o governo brasileiro condena o atentado terrorista cometido em Lahore, no Paquistão. Pelo menos 65 pessoas morreram.

Eis a íntegra da nota: O governo brasileiro expressa sua mais veemente condenação ao atentado terrorista cometido na cidade de Lahore, no Paquistão, que deixou dezenas de mortos e feridos, muitos dos quais mulheres e crianças.

Além de covarde, essa ação criminosa reveste-se de caráter particularmente odioso por seu caráter de intolerância religiosa e por visar área de lazer frequentada por famílias em pleno feriado da Páscoa. O governo brasileiro transmite suas condolências às famílias afetadas e reitera sua solidariedade ao governo e ao povo paquistanês em sua luta contra o terrorismo.

 

Agência Brasil

 

São Paulo e Rio de Janeiro recebem festival de cinema É Tudo Verdade

 

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil

Entre os dias 7 e 17 de abril as telas de cinema de São Paulo e Rio de janeiro exibirão 85 títulos de documentários de 26 países selecionados para o É tudo verdade – 21º Festival Internacional de Documentários. Nesta edição, serão 22 estreias mundiais, uma mostra especial sobre as Olimpíadas, uma retrospectiva da obra de Carlos Nader, e sessões especiais homenageando os cineastas Chantal Akrman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler. Todas as sessões são gratuitas.

Entre a programação estão sete produções nacionais inéditas no país, selecionadas para a Competição Brasileira de Longas e Médias-Metragens, e nove para a Competição de Curta-Metragens. Participam da Competição Internacional de Longas e Médias-Metragens 12 documentários inéditos no Brasil e nove da Competição Internacional de Curta-Metragens. Além disso haverá programas especiais e as sessões informativas Projeções Especiais, O Estado das Coisas, Foco Latino-Americano.

Na abertura serão exibidas a première latino-americana de Fogo no Mar (Fuocoammare), de Gianfranco Rosi, com foco na crise dos refugiados na Europa a partir de Lampedusa, na Sicília (Itália), e a estreia mundial de As Incríveis artimanhas da Nuvem Cigana, de Paola Vieira e Claudio Lobato, que conta a história do coletivo artístico Nuvem Cigana, formado no Rio de Janeiro nos anos de 1970.

Fogo no Mar trata com incrível delicadeza e notável talento narrativo a crise humanitária dos refugiados na Europa. O filme vai na raiz do problema e do ser humano que precisa buscar refúgio e na Europa que precisa se adaptar e reagir a essa situação humanitária tão frágil e tão radical. A urgência é uma marca do documentário e uma característica particular do gênero”, disse o fundador e diretor do Festival, Amir Labaki.

Estreias

O diretor destacou que apesar de o ano ser considerado complicado o festival terá maior número de estreias, assim como teve recorde de inscrições: “É impressionante ver como se produz no Brasil, apesar da crise. É um talento incrível e o documentário me parece uma das formas primeira de expressão contemporânea no Brasil e no mundo. Foi uma seleção muito rigorosa e muito difícil”.

Para destacar o fato de o Brasil receber pela primeira vez os Jogos Olímpicos, o festival incluiu a mostra especial sobre as Olimpíadas, colocando em exibição filmes atuais sobre o tema. “Em vez de trazer os grandes clássicos, que inclusive passam na televisão, achamos melhor tentar ver um olhar do presente sobre isso. Nós selecionamos cinco filmes, dos quais dois são estreias mundiais e falam sobre os jogos e como o cinema retratou as Olimpíadas em todo o período”.

Labaki ressaltou ainda que o festival mostra, inevitavelmente, o que vem acontecendo no mundo, já que o documentário é a forma mais pura de retratar as crises contemporâneas. “O festival é um espelho do que a produção documental do mundo e do Brasil está vendo e o que os realizadores estão querendo. Então não é uma surpresa que, com um mundo tão conturbado, tenhamos uma seleção de filmes em que isso está tão presente”.

Mostra competitiva

Os filmes selecionados para a competição brasileira de longas ou médias metragens são:Cacaso da corda bamba (José Joaquim Sales, Rio de Janeiro); Cícero Dias, o compadre de Picasso(Vladimir Carvalho, Distrito Federal); Galeria F (Emília Silveira, Rio de Janeiro); Imagens do Estado Novo 1937-45 (Eduardo Escorel, Rio de Janeiro/São Paulo); Jonas e o Circo sem Lona (Paula Gomes, Bahia); Manter a Linha da Cordilheira sem o Desmaio da Planície (Walter Carvalho, Rio de Janeiro); O Futebol (Sérgio Oksman, São Paulo/Espanha).

Na competição internacional de longas ou médias-metragens concorrem; 327 cadernos (Andrés Di Tella, Argentina, Chile); Anos Claros (Frédéric Guillaume, Bélgica); Catástrofe (Alina Rudniyskaya, Rússia); Chicago Boys (Carola Fuentes, Rafael Valdeavellano, Chile); Gigante (Zhao Liang, França); Kate Interpreta Christine (Robert Greene, EUA); No Limbo (Antoine Viviani, França);Nuts! (Penny Lane, EUA); Paciente (Jorge Caballero Ramos, Colômbia); Sob o Sol (Vitaly Mansky, Rússia); Tudo Começou pelo Fim (Luis Ospina, Colômbia); Um Caso de família (Tom Fassaert, Holanda).

A competição brasileira de curta-metragens traz os títulos A Culpa é da Foto (Eraldo Peres, André Dusek, Joédson Alves, Distrito Federal); Abissal (Arthur Leite, Ceará); Aqueles Anos em Dezembro(Felipe Arrojo Poroger, São Paulo); Buscando Helena (Roberto Berliner, Ana Amélia Macedo, Rio de Janeiro); Fora de Quadro (Txai Ferraz, Pernambuco); O Oco da Fala (Miriam Chnaiderman, São Paulo); Praça de Guerra (Edi Júnior, Paraíba); Sem Título #3: e para poetas em tempo de pobreza?(Carlos Adriano, São Paulo); Vida como Rizoma (Lizi Kieling, Rio Grande do Sul).

Na competição internacional de curtas participam A Glória de Fazer Cinema em Portugal (Manuel Mozos, Portugal); A Visita (Pippo Delbono, França); Caracóis (Grzegorz Szczepaniak, Polônia);Carmen (Mariano Samengo, Argentina); Cosmopolitanismo (Erik Gandini, Suécia); Eu Tenho uma Arma (Ahmad Shawar, Palestina); Fátima (Nina Khada, Alemanha); Munique 72 e além (Stephen Crisman, EUA); O Atirador de Elite de Kobani (Reber Dosky, Holanda).

Mais informações, no site do festival na internet

 

Agência Brasil

 

Comfortably Numb

Chanson de Pink Floyd arrangée pour orchestre par Bertrand Lamoureux et jouée par l'orchestre à cordes de MGR-A.-M.-Parent lors du concert des finissants du ...

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Exército sírio recupera controle total de Palmira e expulsa Estado Islâmico

 

Da Agência Lusa

Imagem de arquivo mostra imagem ampla da antiga cidade de Palmira no centro da Síria

Imagem de arquivo mostra imagem ampla da antiga cidade de Palmira no centro da Síria Youssef Badawi/EPA/Agência Lusa

O Exército sírio recuperou hoje (27) o controlo total de Palmira, cidade que esteve tomada pelos extremistas do Estado Islâmico durante mais de um ano, segundo uma fonte militar.

"Após combates noturnos violentos, o Exército controla totalmente a cidade de Palmira, incluindo a parte antiga e a parte residencial. Eles [os 'jihadistas'] retiraram-se", disse a mesma fonte.

As tropas sírias, apoiadas pela aviação russa, haviam entrado na quinta-feira (24) na antiga cidade de Palmira, classificada como Patrimônio Mundial pela agência da Organização das Nações Unidas  para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

A tomada de Palmira é o desfecho de uma ofensiva que o exército lançou no início do mês, com o apoio da Força Aérea russa.

Saiba Mais

A queda de Palmira provocou ondas de choque em todo o mundo, quando o Estado Islâmico lançou uma campanha de destruição dos monumentos classificados pela Unesco, fazendo explodir templos e roubando relíquias de mais de 2 mil anos.

A recaptura da cidade será vista como uma vitória estratégica, mas também simbólica, do presidente sírio, Bashar al-Assad, já que quem controla a cidade também controla o vasto deserto que se estende do centro da Síria até a fronteira com o Iraque.

Na quinta-feira, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, comemorou a “libertação” da cidade, dizendo que a agência “está preparada para ir rapidamente para o local para, juntamente com as autoridades sírias, assim que as condições de segurança o permitirem, realizar uma missão de avaliação dos danos e proteção do patrimônio inestimável da cidade”.

Segundo Irina Bokova, o saque a Palmira é o “símbolo da limpeza cultural que arrasa o Médio Oriente”.

Ontem (26), o diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, anunciou que as ruínas de Palmira sofreram danos recuperáveis, já que não houve combates no interior.

Situada num oásis, Palmira foi no passado um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e um ponto de encontro das caravanas que percorriam a Rota da Seda, que atravessa o deserto do centro da Síria.

Antes do início do conflito na Síria, em março de 2011, as ruínas eram uma das principais atrações turísticas deste país árabe e também da região.

 

Agência Brasil

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