domingo, 6 de março de 2016

Com Trump e Hillary favoritos, EUA têm prévias em 5 estados

Da Agência Ansa Brasil

Em uma disputa cada vez mais acirrada, republicanos e democratas voltam às urnas neste sábado (5) para prévias em mais cinco estados na corrida eleitoral pela Casa Branca.

Desta vez, os membros da legenda conservadora (republicanos) votam em Kentucky, Kansas, Maine e Louisiana, enquanto os adeptos do partido Democrata realizam sufrágios em Nebraska, Kansas e Louisiana. Com exceção deste último, a prévia será por meio de assembleias partidárias, o caucus.

Ao todo, serão distribuídos 126 delegados entre os democratas e 155 entre os republicanos. Tanto a ex-secretária de Estado Hillary Clinton (democrata), por um lado, quanto o magnata Donald Trump (republicano), por outro, são favoritos para vencer na maioria dos estados e aumentar a liderança na disputa pela indicação de seus partidos.

Republicanos

As votações deste sábado são as primeiras da legenda republicana sem a presença do ex-neurocirurgião Ben Carson, que, após não ter conseguido se destacar nas prévias anteriores, anunciou sua desistência da disputa.

Com Trump gozando de amplo favoritismo, o destaque fica por conta da briga entre os senadores Ted Cruz e Marco Rubio pelo papel de principal antagonista do magnata. Até o momento, o primeiro, que representa o movimento ultraconservador Tea Party, leva vantagem. Já o outro pré-candidato ainda na disputa, John Kasich, governador de Ohio, aposta todas as fichas na prévia de seu estado, no dia 15 de março.

Na ocasião, o vencedor da votação levará todos os 66 delegados locais, portanto uma vitória poderia ressuscitar a candidatura de Kasich ou fortalecê-lo como um possível vice na chapa do indicado republicano, mas uma derrota seria fatal para as suas pretensões.

Democratas

No lado democrata, Hillary, que já pensa mais em Trump do que no seu adversário nas primárias, o senador por Vermont Bernie Sanders, deve ampliar sua vantagem na contagem de delegados.

Após o entusiasmo do início de fevereiro, a campanha do parlamentar socialista parece ter encontrado um teto, principalmente nos estados do Sul, onde ele tem tido dificuldades para emplacar seu discurso entre o eleitorado negro. 

 

Agência Brasil

 

Polícia turca invade jornal em Istambul

 

Da Sputnik

A polícia turca invadiu a redação do jornal Zaman, em Istambul, na noite desta sexta-feira (4), disparando gás lacrimogêneo contra manifestantes reunidos na porta do prédio.

O Zaman é ligado ao movimento Hizmet, do clérigo Fethullah Gulen, que mora nos Estados Unidos.

O movimento é classificado como organização terrorista pelo governo da Turquia, que argumenta que o objetivo do grupo é derrubar o presidente Recep Tayyip Erdogan. Ex-aliado do presidente, Gulen defende a saída de Erdogan do poder.

O ataque aos manifestantes acontece no momento em que o governo turco recebe críticas internacionais por causa de sua tentativa de abafar a liberdade de imprensa no país.

Os protestos começaram após um tribunal de Istambul determinar que a administração do jornal sofra intervenção do governo, sem justificar a decisão.

O protesto ocorria de forma pacífica até que os manifestantes foram atingidos pelos canhões d’água e pelo gás lacrimogêneo disparados pela polícia turca.

Em resposta à intervenção no veículo de comunicação, o jornal Zaman escreveu que a Turquia atravessa seus “dias mais escuros em termos de liberdade de imprensa.” O editor-chefe declarou que a medida do governo turco significava “o fim na prática da liberdade de imprensa na Turquia.”

 

Agência Brasil

 

Coreias: acordo reduz tensões

Seul – As duas Coreias chegaram nesta terça-feira a um acordo para dminuir as tensões e evitar um conflito armado. O Norte aceitou – como exigia o Seul – pedir desculpas pela explosão de uma mina na fronteira, que mutilou dois soldados sul-coreanos. A Coreia do Sul, por sua vez, se comprometeu a silenciar os megafones com os quais difundia propaganda antinorte-coreana na região.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 25 de agosto de 2015.

 

Corrupção cotidiana

Recentemente, a Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado ao governo federal, lançou uma campanha denominada “Pequenos corrupções – Diga não”. Objetivo da iniciativa é o de chamar a atenção das pessoas acerca da importância de evitar atitudes incorretas no dia a dia. Entre as condutas reprováveis citadas, estão falsificar a carteirinha de estudante, furtar o sinal de TV a cabo, adquirir produtos piratas, furar a fila, tentar subornar o guarda de trânsito, colar na prova na escola, bater ponto pelo colega de serviço, entregar atestado médico falso na empresa. Algumas dessas ações costumam ser culturalmente toleradas e reproduzidas de forma ampla sem que se questione a validade moral e legal de sua adoção.

O arrefecimento do incentivo aos valores positivos no cotidiano da sociedade pode encerrar uma complexidade que funciona como uma desculpa em cadeia até mesmo para os crimes mais graves dos quais se têm notícias, como é o caso da corrupção. Se um bem não é privado, se não é individual, prece que não é de ninguém como é o caso do patrimônio público. Isso parece atenuar a gravidade da apropriação indébita, coisa que não se pode nem se deve admitir.

As melhorias que queremos no Brasil devem ter o envolvimento de todas as esferas. A probidade é obrigação de todos e a vida em coletividade só é possível e saudável se houver respeito e desprendimento social. É por isso que todos devemos ser agentes da mudança que queremos para viver num país mais justo.

Fonte: Correio do Povo, página 2, editorial da edição de 23 de setembro de 2015.

 

Crianças e jovens: ambiente on-line requer cuidado

A exposição de crianças e adolescentes à Internet foi tema de recente oficina dedicada a educadores e coordenadores pedagógicos. A atividade, numa parceria do Ministério Público Federal com a ONG Safernet, ocorreu na Procuradoria Regional da República/4ª Região, na Capital.

A ideia é transformar os profissionais em agentes multiplicadores de boas práticas no ambiente on-line. “A Internet é importante, mas gera problemas quando mal usada, principalmente por crianças e jovens”, afirma Jaqueline Buffon, procuradora do MPF e uma das organizadoras do evento. A atividade envolveu exposições teóricas e práticas, abordando temas como cidadania, direitos humanos on-line e boas escolhas (como denunciar violações e canais de ajuda a vítimas).

Para a educadora Rosimeri Bastos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Imigrantes, em Porto Alegre, as crianças precisam aprender os riscos presentes na Internet. “quando chegam na sala de informática já querem entrar nas redes sociais, e sabemos que é uma faca de dois gumes. Temos um projeto para tratar desses temas em aula, como prevenção”, explicou.

O diretor de Educação da ONG, Rodrigo Nejm, alerta que a Web não é uma “terra sem leis”. “Armazenamento ou envio de vídeos que retratem pedofilia são crime e podem ser rastreados”, lembra, citando também o bullying. O psicólogo compara o ambiente virtual com uma área física coletiva. “A Internet é a maior praça pública, com mais de 2 bilhões de pessoas. Se a criança não está pronta para ir a uma praça sozinha, ela não está apta a usar a Internet sem acompanhamento”, aconselha.

Fonte: Correio do Povo, página 5 de 27 de setembro de 2015.

 

Distrito Federal vai construir unidade socioeducativa exclusiva para meninas

 

Da Agência Brasil

Brasília - GDF abre edital para construção de unidade socioeducativa para meninas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em  Santa Maria, 11 meninas cumprem medidas socioeducativas. Rapazes são 111 Marcello Casal Jr/Agência Brasil

No sistema socioeducativo brasileiro de jovens, o universo masculino é bem maior que o feminino. Em alguns estados, já existem unidades destinadas exclusivamente a mulheres. No entanto, esses espaços não cumprem o padrão exigido pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, que busca garantir, além dos direitos da criança e do adolescente, os direitos da mulher.

O governo do Distrito Federal (DF) abriu, no último dia 25, edital para a construção de uma unidade socioeducativa apenas para meninas na região administrativa do Gama. Atualmente, há 899 meninos no sistema educacional do DF, e 18 delas, icam todas juntas em um módulo separado na unidade de Santa Maria.

A unidade de internação na cidade de Santa Maria recebe hoje 114 meninos que cumprem medidas socioeducativas sentenciadas, 11 meninas também sentenciadas e sete em regime provisório, aguardando a sentença do juiz. O sistema recebe crianças e adolescentes de 12 a 20 anos, que saem compulsoriamente ao completar 21 anos.

Atualmente, o sistema socioeducativo no DF carece de uma unidade exclusiva para meninas, capaz de atender principalmente as necessidades de saúde e os direitos das mães e lactantes. O espaço que recebe as meninas funciona em um anexo criado dentro da unidade masculina.

Brasília - A psicóloga, Renata Almeida Tavares e a assessora da Gerência de Segurança Feminina, Jacqueline Morais Campos, falam sobre construção de unidade socioeducativa para meninas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A psicóloga Renata Almeida Tavares e a assessora da Gerência de Segurança Feminina, Jacqueline Morais Campos, apontam as vantagens de uma unidade socioeducativa exclusiva para meninas    Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Segundo a assessora da Gerência de Segurança Feminina, Jacqueline Morais Campos, no caso de uma unidade mista, há grande dificuldade de desenvolver políticas socioeducativas voltada para mulheres. “A unidade de Santa Maria é uma unidade masculina e tem um anexo que funciona como ala feminina. Tentamos separar as atividades, mas, por vezes, temos que misturar como, por exemplo, no momento de um atendimento médico. Aí, acabamos perdendo o que a mulher precisa de atendimento, porque não existe esse foco voltado para ela.”

Psicóloga na unidade socioeducativa, Renata Almeida Tavares , diz que um espaço exclusivo ajuda na ressocialização e na construção da identidade das internas. “Se temos um espaço específico para o gênero feminino, conseguimos construir uma proposta político-pedagógica voltada para os direitos dessa mulher, baseada nos princípios que as jovens precisam ter para construir sua cidadania e identidade, e retornar à sociedade muito mais críticas.”

Funcionamento

Brasília - GDF abre edital para construção de unidade socioeducativa para meninas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A hora da leitura é garantida para meninas internas na unidade de Santa MariaMarcello Casal Jr/Agência Brasil

A unidade de internação de Santa Maria trabalha de forma programada para que as alas masculina e feminina não tenham contato de forma alguma. As atividades ocorrem em horários diferentes e de forma dividida.

Para a interna R., de 18 anos, a unidade mista priva as meninas de atividades voltadas só para elas. “A melhor coisa é uma unidade feminina, porque, com os meninos aqui, se tem uma oficina, temos que dividir porque não podemos nos juntar. Com a nova unidade, poderia ser feito um trabalho melhor com a gente.”

I., também de 18 anos, afirma que a separação das unidades, além de ajudar no desenvolvimento das internas, evitará que elas percam direitos por causa de certas atitudes dos meninos. “Às vezes, eles fazem as coisas e, como forma de punição, recebem punições com corte de alguns benefícios. E, como estamos na mesma unidade, nós acabamos pagando pelo que eles fazem.”
Na opinião das internas, a criação de uma nova unidade permitirá que se faça um trabalho melhor com elas. Segundo as socioeducandas, o trabalho feito atualmente já ajuda muito, dá melhor perspectiva de futuro. Elas dizem que uma unidade só para mulheres contribuiria para intensificar as atividades de todas, uma vez que elas são privadas de algumas ações por não poderem conviver no mesmo espaço que os rapazes.

No sistema de hoje, são oferecidas aulas, oficinas, cursos extracurriculares e momentos de leitura.

Projeto

As propostas para a construção da nova unidade, exclusivamente feminina, serão abertas no dia 14 de abril. A expectativa é que, após a abertura dos envelopes de propostas do edital e o cumprimento dos prazos recursais, as obras sejam iniciadas no segundo semestre deste ano.
De acordo com o edital, a empresa contratada terá 12 meses para conclusão da obra, que tem valor estimado em R$ 16,6 milhões.

 

Agênca Brasil

 

 

Criminalidade custa R$ 258 bi por ano ao país, aponta ONG

Investimento em segurança pública no Brasil, em relação ao PIB é semelhante ao dos Estados Unidos, mas aqui há mais crimes. Dados estão em anuário que será divulgado hoje

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será lançado hoje, quantifica o tamanho das perdas dos brasileiros diante do crime. O país perde 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), a cada ano, com reflexo da criminalidade.

Em 2013, isso representou R$ 258 bilhões. Desses, R$ 114 bilhões se referem à perda de capital humano – por homicídios ou feridos que deixam de produzir para a sociedade. São cerca de 55 mil assassinatos anuais.

O estudo foi feito pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que reúne governo estaduais, especialistas no setor e integrantes de universidades. O economista Daniel Cerqueira, diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e responsável pela estimativa do custo da violência, diz que um dos objetivos do anuário foi alcançado: calcular as perdas financeiras provocadas pelas vidas abreviadas pela violência.

Esse cálculo foi feito pela primeira vez agora. Entre os custos incluídos nos R$ 258 bilhões do PIB perdidos em 2013 para o crime, os principais são R$ 61,1 bilhões aplicados em segurança pública, R$ 39 bilhões gastos com contratação de serviços de segurança privada, R$ 36 bilhões com seguros contra roubos e furtos e R$ 3 bilhões com o sistema público de saúde (no atendimento a vítima de violência).

ESTUDO DIZ QUE É PRECISO REVER AÇÃO DE POLICIAIS

Os gastos incluem também R$ 4,9 bilhões para manter prisões e unidades para adolescentes infratores. Sem falar nos R$ 114 bilhões perdidos pelas famílias dos mortos, que têm sua vida dilacerada e dilapidada pela perda.

A boa notícia – se é que se pode falar em algo de bom em um estudo sobre perdas – é que o Brasil e os Estados Unidos vêm aumentando, ano a ano, os investimentos em segurança. Em 2013, cresceram 8,65% no país (mais do que a inflação e o crescimento econômico).

O ritmo de investimento brasileiro no setor de segurança, 1,26% do PIB, é similar ao dos EUA, que investe 1%, e ao da União Europeia, 1,3%. O problema é que a taxa de homicídios brasileira é de 24,8 mortes para cada 100 mil habitantes, enquanto os americanos vivenciam taxa de 4,7 por 100 mil e europeus, 1,1 morte na mesma proporção.

O estudo também critica a letalidade das polícias brasileiras, que matam, em média, seis pessoas por dia – número é cinco vezes maior do que o verificado nos EUA. O levantamento considera que é preciso rever o padrão de atuação das forças policiais.

 

Estado é o 12º em despesas, por Humberto Trezzi

humberto.trezzi@zerohora.com.br

Em um ranking de cem países, o Brasil ocupa o sétimo lugar em taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Fica atrás apenas de El Salvador, Guatemala, Trinidad e Tobago, Colômbia, Venezuela e Guadalupe (departamento francês ultramarino). Natural, portanto, que o prejuízo dos brasileiros com essa mortandade ceife bilhões de reais da economia, que não está em uma fase das mais pujantes. É uma despesa difícil de ser identificada, mas que mostra sua cara nos corpos deixados nas ruas brasileiras, a cada dia.

Um dos aspectos mais curiosos da pesquisa é o ranking de despesas per capita com segurança pública. Nele, o Rio Grande do Sul está em 12º lugar, entre as 27 unidades da federação. Compatível com o número de assassinatos, que não é dos maiores, nem dos menores. Só que dois fatores são intrigantes. Um deles: o RS gasta menos em segurança per capita (R$ 228,43) do que a média brasileira (R$ 286,17). É raro em estatísticas os gaúchos estarem inferiores, em investimentos, em relação à maioria do Brasil.

Outro ponto que causa estranheza é que Estados do Norte (como Acre e Rondônia) lideram o ranking de despesas per capita com segurança pública. Mais, inclusive, que gaúchos e paulistas. A explicação plausível é que são regiões bem menos povoadas e, por isso, os investimentos globais no setor acabam divididos em um número bem menor de pessoas – daí o grandioso número per capita.

É uma estatística ilusória. Quem já esteve nos Estados periféricos sabe como é escassa a presença policial nessas regiões. Coerente é a despesa per capita com segurança no Rio, praticamente o dobro registrada no RS. Reflete as Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) e o vaivém constante de PMs nas avenidas da Cidade Maravilhosa.

O secretário gaúcho da Segurança Pública, Airton Michels, lembrou que em 2010 contestou aspectos do Anuário que depois foram ajustados. - Tenho que analisar profundamente esses dados para verificar se não há questionamentos antes de emitir uma manifestação – disse Michels ontem, depois de ser informado sobre os números do Anuário.

Fonte: Zero Hora, página 20 de 11 de novembro de 2015.

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