Páginas

segunda-feira, 28 de março de 2016

CADA VEZ MAIS CONFUSO O PANORAMA DA ELEIÇÃO PARA PREFEITO DO RIO! COMEÇA TUDO DE NOVO!

1. Umas semanas atrás, quem pensava que o grid de largada da eleição para prefeito do Rio estava formado, se enganou redondamente. O apoio de Romário ao PMDB foi desfeito e ele saiu da secretaria municipal de esportes. Romário perdeu o controle da executiva do PSB. Noticiou-se que apoiaria Crivella, que entraria para o PSB. Ele diz que repensa ser candidato. Será que abre mão da imunidade parlamentar no caso de sucesso?
2. Agora, nos últimos dias antes do prazo de filiação, a hipótese de Crivella se filiar ao PSB está quase eliminada. Sairia candidato pelo mesmo PRB e buscaria apoio –e tempo de TV- de outros partidos, até do PSB. A certeza da candidatura do PMDB apoiada pelo prefeito já não tem o vigor de antes.
3. Cardeais do PMDB, instituto de pesquisa e marqueteiro de plantão, passaram a achar que não dá mais tempo para reverter o desgaste, pois as atenções até –pelo menos julho- estarão concentradas no processo de impeachment. O apoio do PMDB do Rio à Dilma terminou. Seu presidente informou que dos 12 delegados à reunião do Diretório nessa terça-feira, pelo menos 9 votarão pelo desembarque do PMDB do apoio à Dilma. E era o PMDB do Rio quem mais Dilma contava para dividir o PMDB e impedir o impeachment. O governador, o mais próximo a Dilma, perdeu mobilidade por sua doença.
4. O presidente do PT do Rio avisou que se é assim, o PT não dará mais seu tempo de TV ao candidato a prefeito do PMDB. Não é tão simples. O prefeito abriu uma vaga a deputado do PT para Lula contar em Brasília com Wadih Damous, ex-presidente da OAB, para dar a batalha jurídica. Se sai o PT da prefeitura, Lula perde seu “jurista” no parlamento. E não fica nisso. O PT, através do vice-prefeito, teria que entregar todos os inúmeros cargos e ongs de ampla capilaridade eleitoral da secretaria de desenvolvimento social. Desespero para os seus candidatos a vereador. E a alternativa seria o PT apoiar Jandira Feghali.
5. A hipótese extrema do presidente da ALERJ assumir o governo do Estado impediria a candidatura de seu filho a vice-prefeito pelo PMDB. Voltou-se a falar em Brasília num freio de arrumação nas candidaturas –já colocadas- a prefeito de oposição à Dilma, buscando-se um nome de aglutinação do PMDB, PSDB, PSD e SD. É possível?
6. Deputado Freixo, candidato do PSOL, exagerou no tom de apoio à Dilma e condenação do impeachment. Atacou até o judiciário, igualando-o em questões éticas ao legislativo e ao executivo. Qual será o prejuízo eleitoral dele? O prefeito de Niterói saiu do PT, pois suas pesquisas mostram que sua reeleição seria inviabilizada com a marca do PT. A pré-campanha de Freixo caminhava na planície. Mas o apoio nas ruas do Rio, nas redes sociais, nas escolas e faculdades e na sociedade ao impeachment de Dilma cria um vetor de forte comunicação contra ele. Passou a ser alvo.
7. A Rede, liderada por Marina Silva, a mais popular no Rio, apresentou seu candidato a prefeito, o deputado Molon. Fraco em pesquisas, contava com o embalo de Marina para a campanha. Mas a Rede resolveu subir em cima do muro: é a favor de novas eleições mas é contra o impeachment. Supondo ser favorita, foi para o “ou ela ou nada”. Sua bancada de dois deputados federais no Rio está dividida: Miro Teixeira disse que vota a favor do processo de impeachment a partir da Câmara de Deputados e Molon diz que vota contra o impeachment. Molon cria um vetor de comunicação negativa contra ele.
8. Bem, recolham as cartas, embaralhem e recomecem o jogo do zero.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

Nenhum comentário:

Postar um comentário