Pernambuco tem o maior número de casos confirmados da malformação relacionada ao víruDivulgação/TV Brasil
Boletim divulgado hoje (12) pelo Ministério da Saúde mostra que 462 bebês nasceram com microcefalia, 41 deles relacionados à infecção pelo vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.852 notificações de malformações em recém-nascidos.
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Em relação à semana passada, são 24 novas notificações. Outros 765 casos notificados foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalias por causas não infeciosas. Os dados são referentes à notificações feitas de outubro de 2015 a 6 de fevereiro. Ao todo, no período, foram 5.079 casos suspeitos de microcefalia no país.
Pernambuco permanece com o maior número de casos confirmados da malformação relacionada ao vírus Zika (33), seguido do Rio Grande do Norte (4), Paraíba (2) e Ceará e Pará com um caso cada. Apenas Amapá e Amazonas não têm nenhum registro de casos suspeitos de microcefalia.
No total, foram notificados 91 mortes por microcefalia, após o parto (natimorto) ou durante a gestação. Destes, 24 foram investigados e confirmados para microcefalia, sendo que oito foram descartados. Outros 59 continuam em investigação.
Segundo o Ministério da Saúde, o vírus Zika está circulando em 22 unidades da federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
No ano de 2014, quando o registro da malformação não era obrigatório, foram notificados 147 casos. Em outubro de 2015, após o aumento do número de casos, o registro passou a ser obrigatório. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral, mas nem toda gestante que tiver estas infecções terá necessariamente um bebê com a malformação.
"Somos irmãos", diz papa Francisco a líder ortodoxo
Da Ansa Brasil
Papa Francisco e o líder da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo I, se reúnem pela primeira vez na história, em HavanaAgência Lusa/EPA/Alessandro Di Meo/Direitos Reservados
“Finalmente!”, foi a exclamação do papa Francisco ao se encontrar hoje (12) com o líder da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca de Moscou Cirilo I, na primeira reunião na história entre os líderes religiosos.
“Somos irmãos”, disse o Pontífice logo em seguida, em espanhol. Durante a conversa, Cirilo disse que “agora as coisas serão mais fáceis [entre as igrejas]”.Em resposta, o papa afirmou que “está claro que essa é a vontade de Deus”. Os dois líderes estão acompanhados por tradutores.
O inédito encontro começou logo após o desembarque do papa no Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, capital de Cuba. Ao descer do avião da Alitalia que o levou, Francisco foi recebido pelo presidente Raúl Castro, que o acompanhou até o local do encontro com o líder ortodoxo.
Os dois religiosos se cumprimentaram com um afetuoso abraço e beijos na bochecha. A expectativa é que a reunião entre os dois dure mais de duas horas, ao fim das quais eles trocarão presentes, farão um breve discurso para a imprensa e assinarão uma declaração conjunta, já acertada pelos assessores diplomáticos de ambos os lados.
Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a reunião é um “grande sinal de esperança” e um “momento que dá coragem e ânimo para continuar tentando construir mais relações de ponte, encontro e diálogo”.
Em 2016, denominado Ano de Jubileu da Misericórdia, o papa já visitou a Sinagoga de Roma, recebeu convite para ir à Grande Mesquita da capital italiana, anunciou que viajará, em outubro, à Suécia para as celebrações dos 500 anos da Reforma Luterana e se reuniu hoje com Cirilo I.
O encontro acontece em um momento no qual Francisco tem insistido na questão da união entre os cristãos, principalmente por conta das perseguições no Oriente Médio e na África pelo jihadismo islâmico. Após a histórica aparição ao lado do patriarca russo, Francisco seguirá para o México, onde ficará até o dia 18 de fevereiro.
Exército fará ação contra o mosquito Aedes em 32 municípios do Rio Grande do Sul
Próximo sábado foi escolhido como dia nacional de combate ao mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus
ZH.CLICRBS.COM.BR
Vestibular da Unicamp tem 51,9% dos aprovados de escola pública e 21,5% negros
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
A lista dos aprovados na primeira chamada do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem 51,9% de alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Desses, 43% são pretos, pardos ou indígenas, o que representa 21,5% do total de selecionados.
O índice de alunos vindos de escola pública é o maior da história da instituição, que nunca havia superado o índice de 34% de egressos do sistema público de ensino. “São resultados muito expressivos e que vão contribuir para que muita gente tenha uma ascensão social significativa no país, uma vez que nós temos alunos do Brasil inteiro”, disse o reitor da Unicamp, José Jorge Tadeu.
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Os resultados obtidos no vestibular de 2016 representam, de acordo com Tadeu, uma antecipação das metas de inclusão estabelecidas pelo conselho universitário. O objetivo da universidade era que, até 2017, 50% dos ingressantes viessem de escolas públicas, sendo que 35% desses fossem autodeclarados negros ou indígenas (17,5% do total).
O percentual de 35% foi estipulado por ser a representatividade de pretos e pardos na população do estado de São Paulo. Segundo o Censo Escolar de 2014, dos 1,91 milhão de estudantes do ensino médio do estado de São Paulo, 85,3% cursavam em escolas públicas, sejam estaduais, municipais ou federais.
Para aumentar a presença desses grupos na composição do corpo de alunos, foi estabelecido um programa de bônus. Na primeira fase do vestibular, os candidatos que cursaram o ensino médio em escolas públicas recebem 60 pontos extras, os que forem negros e indígenas, 20 pontos a mais. Na segunda fase, os bônus passam para 90 pontos para os estudantes de escolas públicas e mais 30 pontos para os negros e indígenas. De acordo com o reitor, para ingressar na Unicamp os candidatos precisam em média de notas que variam entre 600 e 700 pontos.
O aumento do número de estudantes negros e de escola pública ocorreu, segundo Tadeu, inclusive nos cinco cursos mais concorridos: medicina, arquitetura e urbanismo, midialogia, ciências biológicas e engenharia civil. No entanto, em arquitetura e urbanismo, o número de autodeclarados negros e indígenas ficou abaixo de 35%.
Para o reitor, a concessão de bônus tende a aumentar o número de ingressantes de escola pública justamente nos cursos mais concorridos, onde as notas dos candidatos são mais próximas e poucos pontos determinam o acesso às vagas. “Essa metodologia impacta mais significativamente os cursos de alta demanda. Os cursos de alta demanda tem um aproveitamento muito próximo dos estudantes”.
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