terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Russos questionam imparcialidade do secretário-geral da ONU sobre conflito sírio

Da Agência Lusa
A Federação Russa questionou hoje (8) a imparcialidade do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, por responsabilizar o país pela interrupção das discussões sobre a paz na Síria.
“Pensamos sempre que os comentários do dirigente máximo de uma organização mundial devem manter a imparcialidade e a objetividade. Neste caso, isso claramente não aconteceu”, afirmou, por meio de comunicado, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, María Zajarova.
Ban Ki-moon
Ban Ki-moon teria responsabilizado a Rússia da degradação da situação humanitária na SíriaEPA/Jean-Christophe Bott/Agência Lusa
Segundo ela, Ban Ki-moon “praticamente responsabilizou a Federação Russa da deriva das negociações sírias em Genebra e da degradação da situação humanitária no país”.
Em declarações ao diário Financial Times, o dirigente da ONU declarou que, “assim que a reunião [de Genebra] foi convocada, os bombardeios russos continuaram e começou a ofensiva terrestre em Alepo”.
Desde que o mediador da ONU, Staffan de Mistura, anunciou na quinta-feira (4) o adiamento das negociações de Genebra até o próximo dia 25 todos os olhares se dirigiram para a Federação Russa, o principal aliado do regime sírio do presidente Bachar al-Assad.
Depois de semanas de uma aproximação gradual entre os Estados Unidos e a Federação Russa, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acusou os russos de bombardearem de maneira indiscriminada as zonas controladas pelos opositores a Al-Assad e pediu ao Kremlin que declarasse um cessar-fogo imediato.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, foi mais longe e acusou os russos de, com os bombardeios aéreos, minarem “os esforços para encontrar uma solução política para o conflito”.
Em reação, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashénkov, disse ontem (7) que, “graças às ações das forças aéreas russas, em poucos meses os sírios acreditaram que, apesar de tudo, é possível combater e eliminar o terrorismo internacional no seu país”.



Morre operário soterrado em obra na zona norte da capital paulista

Morreu o operário Favilson Alves, que foi soterrado na manhã de hoje (8) após o desabamento de uma obra na Avenida Voluntários da Pátria, em Santana, zona norte de São Paulo. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, ele já chegou sem vida no Conjunto Hospitalar Mandaqui.
O operário, que foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros após quase oito horas soterrado, estava sob cerca de três metros de terra. Segundo os bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 9h30. De acordo com a Polícia Militar, o homem trabalhava na obra, um poço artesiano, quando ocorreu o desabamento e ele caiu no buraco de 11 metros.
Quando o operário foi encontrado, 14 viaturas trabalhavam na ocorrência, segundo informaram os bombeiros. Uma retroescavadeira auxiliou nas buscas.








Marchinhas embalam os Esfarrapados na capital paulista


São Paulo - O Bloco Esfarrapados, um dos mais tradicionais de São Paulo, se concentra entre as ruas Conselheiro Carrão e 13 de Maio, no Bixiga (Rovena Rosa/Agência Brasil)
São Paulo - O Bloco Esfarrapados, um dos mais tradicionais de São Paulo, se concentra entre as ruas Conselheiro Carrão e 13 de Maio, no Bixiga Rovena Rosa/Agência Brasil
Sob um sol forte, muita alegria e ao som de marchinhas carnavalescas, milhares de foliões foram às ruas do Bixiga, no centro de São Paulo, acompanhar o bloco Esfarrapados, o mais antigo e tradicional da capital. Criado em fevereiro de 1947, o bloco atrai foliões de todas as idades com suas fantasias, adereços, confetes e muita espuma.
“Faço 69 anos em maio. O bloco tem a minha idade”, disse a vendedora autônoma Maria Aparecida Paes, que distribuía alegria pelas ruas do Bixiga acompanhando o bloco. “Depois dos 50 anos, sempre vim para o bloco. Moro no Itaim Bibi [zona oeste], mas venho até aqui [para acompanhá-lo]. Para mim, ele é o melhor de São Paulo. Ele é muito animado, tudo de bom”, falou ela à reportagem da Agência Brasil.
Para ela, a retomada dos blocos carnavalescos na capital nos últimos anos tem sido ótima. “É a oportunidade para os paulistanos curtirem melhor o carnaval e gastar pouco, sem viajar. Curtir aqui mesmo os blocos.”
E tinha também muitos pais, que levaram seus filhos para curtir a festa. Caso do mecânico Tiago Rodrigues Roseira, 32 anos, que levou sua esposa e seu filho, de apenas um ano e oito meses, para conhecer o bloco que ele frequenta há anos. “Nós frequentamos todos os anos, mas ele [filho] é a primeira vez. É tradição, a gente gosta. Moro aqui no bairro e conheço todo mundo”. Segundo ele, blocos de rua são uma boa diversão no carnaval. “Mistura todo mundo e não precisa ficar gastando dinheiro.”
Tradição
“Este é um bloco tradicional que, em São Paulo, deu início a outros blocos. É um bloco muito antigo. Nosso som sempre foram as marchinhas de carnaval e aquela alegria. É um bloco da família”, disse Jaime de Souza, diretor do bloco Esfarrapados há sete anos. “Para nós, é gratificante ver que demos início a tudo isso em São Paulo [sobre os 355 blocos deste ano]. Vemos que a cultura está se renovando.”
Para aproveitar os Esfarrapados, muitos foram fantasiados. Pelas ruas do Bixiga, passaram super-heróis, macacos, índios, colombinas e palhaços. Um dos foliões criou até mesmo um personagem inusitado. Vestido de He-Man, mas com a máscara do deputado Jair Bolsonaro, o folião não revelou sua verdadeira identidade, mas apelidou sua fantasia de Bolsoneli. Incorporando o personagem que ele criou, o folião falou à reportagem que veio ao carnaval hoje para “liberar seus fantasmas”. “Venho aqui há sete anos e nunca tive vontade de me revelar. Sempre ficava escondido na minha pose de machão. Mas hoje saí do Congresso e vim”, falou ele, rindo.
Blocos
Segundo a prefeitura, entre segunda-feira (1º) e ontem (7), cerca de 265 mil pessoas participaram do carnaval de rua. Até por volta das 16h de ontem, a prefeitura informou que a sala de situação de Saúde e a Central 192 não recebeu chamados de gravidade relevante referente ao Carnaval de Rua. Desde às 17h de sábado (6), apenas dois casos mais graves foram registrados, um deles devido à queda de uma pessoa de um carro alegórico da X-9 Paulistana. O paciente foi levado à Santa Casa. O estado de saúde dele não foi informado.
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Agência Brasil


BC espera recuperar R$ 6,9 bilhões de grandes devedores até setembro


O Banco Central (BC) espera recuperar R$ 6,970 bilhões de grandes devedores da instituição até setembro deste ano. Na lista de devedores estão instituições financeiras, corretoras de câmbio, empresas que fazem importação e exportações, times de futebol e pessoas físicas. No total, o estoque total de dívida ativa com o BC era estimado, em dezembro de 2015, em R$ 44,707 bilhões.
“Em sua maioria, são multas aplicadas em razão de ilícitos cambiais, mediante regular processo administrativo sancionador, mas também de dívidas de maior valor provenientes de contratos celebrados no âmbito do Proer [Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional]”, informou o procurador-geral do BC, Isaac Ferreira.
O Proer foi criado em 1995 para tentar recuperar instituições financeiras e evitar crise sistêmica. O programa vigorou até 2001, quando foi promulgada a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proibiu aportes de recursos públicos para recuperar bancos quebrados.
A recuperação de recursos faz parte do Projeto Grandes Devedores, lançado em 2014, e vai até setembro deste ano. Pelo projeto, o BC promoveu sistematização e priorização de ações em um universo de 4.078 processos de cobrança de empresas e pessoas físicas em situação de inadimplência com a autarquia.
O foco foram os 322 maiores créditos devidos, dentro do total de créditos de R$ 42,7 bilhões. Desses maiores créditos devidos, o BC recuperou R$ 4,614 bilhões entre setembro de 2014 e dezembro de 2015.
O dinheiro arrecadado pelo BC compõe o resultado contábil semestral que é repassado ao Tesouro Nacional. Os recursos só ficam no BC quando não constituam receita, ou seja, quando são resultado de restituição de valores desembolsados anteriormente pela autoridade monetária.
Segundo o procurador-geral do BC, em 2015 foram feitas diligências destinadas à localização de devedores e bens, com aintensificação do acompanhamento dos créditos classificados como de recuperação possível ou provável.
“A Procuradoria-Geral do Banco Central analisou estratégias de busca online de bens e devedores, criou um sistema de faixas de créditos (ínfimo, pequeno, médio e grande), com providências e diligências obrigatórias e complementares”, disse Ferreira.
De acordo com Ferreira, para concentrar esforços na recuperação de créditos viáveis, “processos considerados como irrecuperáveis foram analisados detidamente, o que acarretou o cancelamento de 147 certidões de dívida ativa”. Assim, foram baixados do estoque de dívida ativa R$ 1,190 bilhão.
Ainda segundo o procurador-geral do BC, a cobrança extrajudicial mostrou-se eficiente na cobrança de valores ínfimos e pequenos, “contribuindo para a diminuição dos casos de cobrança encaminhados ao Poder Judiciário”.

Agência Brasil


Diretor da Volkswagen renuncia após escândalo das emissões de gases poluentes

Da Agência Lusa
O diretor de Controle de Qualidade da Volkswagen, Frank Tuch, renunciou ao cargo na sequência do escândalo causado pela manipulação das emissões de gases poluentes. A Volkswagen informou hoje (8) que Tuch, 48 anos, deixa a companhia voluntariamente e será substituído por Hans-Joachim Rothenpieler a partir de 15 de fevereiro. Rothenpieler se reportará diretamente ao presidente de Volkswagen, Matthias Müller.
A Volkswagen fez alterações nos cargos executivos desde que veio à tona o escândalo sobre manipulação das emissões de gases poluentes. A empresa reduziu para metade o número de diretores que se reportam diretamente ao presidente.
Tuch dirigia o Controle de Qualidade da Volkswagen desde 2010, tendo sido nomeado pelo presidente anterior, Martin Winterkorn, que se demitiu na época da divulgação do escândalo. Antes disso, o diretor tinha trabalhado na DaimlerChrysler e na Porsche, igualmente em posições de controle de qualidade e também como diretor técnico.

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