sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O "POINT OF NO RETURN " ( Por Carlos Chagas )‏


O vexame oferecido ontem pelo PT  nas ruas do centro de São Paulo marcou o ponto do qual não há retorno na implosão anunciada a partir da reeleição da presidente Dilma, logo depois de outubro do ano passado. Ficou clara a impossibilidade de o atual governo seguir adiante na farsa construída com mentiras e prestidigitações inauguradas pelo Lula. Infelizmente, desmorona o sonho construído com  esperança e malandragem.

Mais do que a evidência de haver caído a  máscara dos salvadores da pátria,  revela-se a impossibilidade de conciliação entre seus  métodos de mudar o Brasil pelo diálogo  ou  de  satisfazer seus ímpetos ditatoriais. Agora é na violência.  Prevaleceu o direito da força entre os companheiros,  mas a partir de terça-feira ficou claro que a  lei  celerada despertou seus contrários. Se o  princípio é de esmagar o adversário, é bom olhar adiante.

Conquistado o poder, impõem-se  o silêncio. Senão também o garrote.  No palácio do Planalto,   valeu-se o Lula  de expedientes  para enriquecer, coisa que não é proibida para um cidadão  normal. Sua família participou. Amigos  e correligionários, também. Como  bicões de toda espécie.  Formou-se uma quadrilha, tanto faz se germinada em casa ou no  vizinho.   Foi tão mal organizada que alastrou-se. E acabou contaminando o país. Despertou seus  contrários, mesmo em muito menos número, mas eles mobilizaram-se, a partir de Judiciário, do Ministério Público, da Policia Federal e de parte da mídia. Veio a reação.

O diabo é que em determinado aspecto da equação foram aparecendo os responsáveis. Estes menos, aqueles mais culpados. Os grandes e os pequenos. Até o clímax. Foi quando pontificaram viagens ao exterior,  propinas, triplex,  sítios, empreiteiras. Não poderia ser diferente: ilações, denúncias, condenações, prisões.

Eis que, de repente, surge o astro principal no firmamento: o Lula. Sem esquecer sua  turma. Bem que mobilizaram-se as forças contrárias, quer dizer, seus asseclas, mas não adiantou. Um juiz surgiria. Ou vários. O resultado eclodiu esta semana: o confronto.

Vale repetir, não há como evitar como que nas novelas deixe de aparecer o que inglês se chamada de “point of no return”. Com todas as suas consequências

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