O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que delatores confirmaram desvio de dinheiro da Petrobras para doações eleitorais registradas e não registradas. O ofício foi enviado em outubro do ano passado ao TSE e tornou-se público hoje (15).
No documento, Moro aceitou pedido de compartilhamento das provas das investigações, mas informou que não é possível enviar ao TSE cópias de centenas de processos. No entanto, o juiz remeteu cópia das delações e demais provas sobre o suposto repasse de propinas para campanhas eleitorais.
“Saliento que os criminosos colaboradores Alberto Youssef [doleiro], Paulo Roberto Costa, [ex-diretor da Petrobras] Pedro Barusco [ex-gerente da estatal], Augusto Mendonça Neto [empresário], Milton Pascowitch [lobista] e Ricardo Pessoa [executivo da empreiteira UTC] declararam que parte dos recursos acertados no esquema criminoso da Petrobras era destinada a doações eleitorais registradas e não registradas”, informou o juiz.
As informações foram solicitadas no ano passado pelo então corregedor da Justiça Eleitoral, João Octávio de Noronha, na ação de investigação eleitoral em que o PSDB pleiteia a cassação do mandato da presidenta Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer.
As contas eleitorais da presidenta e de Temer foram aprovadas por unanimidade pelo plenário do TSE, em dezembro de 2014. Em fevereiro do ano passado, a ministra Maria Thereza de Assis Moura arquivou o processo, por entender que não havia provas suficientes para o prosseguimento da ação.
As contas eleitorais da presidenta e de Temer foram aprovadas por unanimidade pelo plenário do TSE, em dezembro de 2014. Em fevereiro do ano passado, a ministra Maria Thereza de Assis Moura arquivou o processo, por entender que não havia provas suficientes para o prosseguimento da ação.
No entanto, o TSE seguiu voto divergente do ministro Gilmar Mendes e aceitou recurso protocolado pela Coligação Muda Brasil, do candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves. A legenda alegou que há irregularidades fiscais na campanha relacionadas a doações de empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Em defesa enviada ao tribunal na semana passada, os advogados de Temer alegaram que doações declaradas de empresas, que têm capacidade para contribuir, não são caixa dois. Para a defesa, o PSDB recebeu doações de empresas que doaram para a campanha de Temer e Dilma. Dessa forma, no entendimento dos advogados, não houve “uso da autoridade governamental” por parte da presidenta e do vice.
No processo, o PT sustenta que todas as doações que o partido recebeu foram feitas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.
Chuva forte alaga avenidas de São Paulo e deixa cidade em estado de atenção
As fortes chuvas registradas na tarde de hoje (15) alagaram avenidas, derrubaram árvores e deixaram pontos da cidade de São Paulo em estado de atenção. Córregos transbordaram e regiões da capital paulista estão em estado de alerta por causa dos alagamentos. Até as 16h44, os bombeiros tinham recebido 45 chamados de ocorrência de enchentes e 49 casos de queda de árvores até as 17h09.
As subprefeituras de São Mateus e de Itaquera, na zona leste, estão em estado de alerta para enchentes, desde as 18h20, por causa do transbordamento dos córregos Caboré e Rio Verde. Mais cedo, a subprefeitura de Capela do Socorro, na zona sul, entrou em estado de alerta às 15h05 pelo transbordamento do córrego Castro Alves e subprefeitura do Ipiranga, na mesma região, entrou também em estado de alerta às 15h19, com transbordamento do córrego Ipiranga. Ambos já voltaram aos níveis normais, mas seguem em estado de atenção.
Na zona leste, o bairro da Mooca registrou alagamento na rua Silva Jardim, em ambos os sentidos, próximo à rua Alcântara Machado. Em São Mateus, a travessa Soprando ao Vento ficou totalmente alagada. Na zona sul, o bairro da Capela do Socorro teve alagamento na rua Manoel Guilherme dos Reis, nos dois sentidos. A Avenida Interlagos, em Santo Amaro, próximo à rua Engenheiro Dagoberto Sales Filho, também encheu d'água. Na região sudeste, o bairro do Ipiranga registrou alagamento na Avenida Professor Abrahão Ribeiro de Moraes, próximo à Praça Leonor Kaupa, e na avenida Teresa Cristina, próximo à Avenida do Estado. A Avenida Rubem Berta, próximo à Avenida José Maria Witaker, e a Alameda Jurupis, ambas na Vila Mariana, também sofrem com alagamentos.
O restante da cidade também permanece em estado de atenção para enchentes desde o início da tarde. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas de forte intensidade foram formadas pela combinação do calor, alta umidade na atmosfera e de uma frente fria.
Apesar de começar a perder intensidade no final da tarde, ainda há chuva moderada por toda a cidade. Houve registro de precipitação forte em todos os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. Nos municípios de Mairiporã, Jarinu, Itaquaquecetuba, Guarulhos e Mogi das Cruzes a precipitação foi forte. De acordo com os meteorologistas, o tempo permanecerá instável nas próximas horas.
Aeroporto de Congonhas
Rajadas de vento de até 63,3 quilômetros por hora (km/h) foram registradas no Aeroporto de Congonhas, na zona sul, durante a tarde de hoje. No Aeroporto do Campo de Marte, zona norte, foi registrada rajada de 33,3 km/h. Segundo informações da Defesa Civil estadual, o Aeroporto de Congonhas ficou com as operações suspensas das 15h55 às 16h15. Por volta das 15h30, na zona leste, houve um desabamento de um muro na rua Yososuke Okaue, no José Bonifácio. Seis viaturas do Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência. A Defesa Civil divulgou que o desabamento, provavelmente, ocorreu devido ao rompimento de um duto de água no subsolo. Segundo a Defesa Civil, não houve vítimas.
Metrô e CPTM
De acordo com informações divulgadas pelo Metrô em sua página na internet, a única linha com velocidade reduzida pe a Linha 5- lilás.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informa que a Linha Rubi está com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Francisco Morato e Jundiaí por causa de alagamento. A Linha Turquesa também está com a velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra, em decorrência da forte chuva que atingiu a região de Mauá.
Agência Brasil
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