terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Michael Bloomberg admite concorrer às eleições presidenciais dos EUA

Da Agência Lusa
O bilionário Michael Bloomberg, ex-presidente da Câmara de Nova York e proprietário do grupo de informação financeira homônimo, admitiu hoje (8), em declarações ao Financial Times, que pode concorrer às eleições presidenciais nos Estados Unidos.
A entrada do republicano reconfiguraria o campo de candidatos do seu partido, que tem sido dominado por Donald Trump, mas onde também disputam os senadores Ted Cruz e Marco Rubio. Como justificativa para sua candidatura, Bloomberg falou sobre o nível “banal” dos discursos e debates, classificando-os como “ultraje” e “insulto” para os eleitores.
Em janeiro, o New York Times noticiou que Bloomberg poderia concorrer como independente e ter a candidatura financiada por US$ 1 bilhão de uma fortuna estimada entre US$ 39 bilhões e US$ 49 bilhões.
A possibilidade da entrada de Bloomberg na corrida presidencial levou, no passado, Ted Cruz a declarar-se “muito feliz” e o candidato democrata Bernie Sanders a comentar que os Estados Unidos estão “movendo-se de uma democracia para uma oligarquia”.



Unidos de Vila Isabel termina desfile no Rio sob aplausos de 'é campeã'


A Unidos de Vila Isabel concluiu o desfile aos gritos de 'é campeã', do público que lotava as arquibancadas populares da Praça da Apoteose, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

Vila Isabel homenagem a Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco
Primeira escola do segundo dia de desfile na Marquês de Sapucaí, Vila Isabel faz homenagem a Miguel Arraes, ex-governador de PernambucoTomaz Silva/Agência Brasil
O samba-enredo em homenagem ao centenário de Miguel Arraes levantou os ocupantes da avenida, que acompanhavam o desempenho da escola. Faltando dois setores para o fim da pista de desfile, o intérprete do samba-enredo da Vila Isabel parou de cantar e pediu para o público entoar o samba, e a reposta veio de imediato, com um canto forte.
O compositor Martinho da Vila, que além de ter proposto o enredo é um dos autores do samba, acompanhou emocionado a chegada das alas e das alegorias na dispersão da escola. "É uma emoção muito grande. Dá uma sensação de missão cumprida. Foi uma beleza", disse.
Bira do Banjo, que há 20 anos pertence à ala de compositores da Vila Isabel, não aguentou e caiu em prantos no fim do desfile "Eu sou nascido na Vila Isabel. A gente passa por uma série de problemas e a Vila está aí, e quem é sabe! Então, ver a escola passar assim é empolgante. Como compositor eu tenho uma história, e quando você vê os amigos, todo mundo unido, desculpe, a gente chora", contou.
Bira disse que quando entrou para a Vila era empurrador de carros, depois passou para a bateria e harmonia da escola.
Também sem conter a emoção estava o presidente da escola, Luciano Ferreira, que explicou o motivo do envolvimento dos componentes da escola, que contribuiu para o desfile. "Eu tenho uma caminhada aguerrida, só isso que posso dizer", completou, chorando.
O presidente disse ainda que o enredo se encaixou bem no estilo da escola. "Tinha tudo a ver com o momento da escola, a comunidade abraçou o enredo. Os componentes nos nossos ensaios mostravam a cada dia um canto melhor. Eu acreditei neles e vou sempre acreditar na minha comunidade", concluiu.



Dilma sangra, Lula se esfacela
Ricardo Noblat

Um Lula mais fraco do que está seria melhor ou pior para o futuro do governo Dilma? A resposta mais fácil é que seria pior. Porque dele deriva a força que assegura a respiração artificial do governo.

É por causa dele que os movimentos sociais, embora de má vontade, ainda sustentam Dilma. O PT só não se esfacelou porque sonha com Lula outra vez presidente em 2019. Parece um sonho impossível?

A levar-se em conta pesquisas de opinião, tudo indica que sim. As investigações da Lava-Jato atingiram em cheio a imagem de Lula.

Pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada na semana passada, ouviu 1,2 mil pessoas em 72 municípios do país entre os dias 13 e 27 de janeiro. Antes, portanto, da massificação do noticiário sobre o tríplex da família Lula no Guarujá e do sítio em Atibaia.

Para 25% dos entrevistados, o ex-presidente é um político honesto. Em 2005, no auge do escândalo do mensalão, 49% pensavam assim.

Para 68%, Lula não tem mais moral para falar de ética, ante 57% no mensalão. Na avaliação de 67%, ele é tão corrupto quanto os outros políticos. No mensalão, 49% compartilhavam a mesma opinião.

Sobrou para os partidos, PT na cabeça.

Em 2002, ano em que Lula se elegeu presidente da República pela primeira vez, 37% dos entrevistados disseram que não tinham preferência por nenhum partido. Agora, espantosos 82%.

A opção pelo PT caiu de 28% em 2002 para 6% em 2016. Segundo a pesquisa, o partido é apontado por 71% como mais corrupto do que os demais.

Oito em cada dez entrevistados (82%) consideram que o PT não tem mais moral para falar de ética. Em 2005, com o mensalão, eram 68%. Apenas 15% afirmam que o PT ainda é um partido honesto contra 27% em 2005.

Dilma tem procurado manter distância do PT para tentar escapar do seu desgaste. Não o condena, mas também não o defende. Procede assim em relação a Lula também.

Nem por isso a situação de Dilma melhorou: 92% dos entrevistados acreditam que o Brasil está no rumo errado, e 79% avaliam o governo como ruim ou péssimo.

O impeachment de Dilma é defendido por 60%. Nove em cada dez entrevistados não só apoiam a Lava-Jato como dizem que as investigações devem continuar "custe o que custar", apesar dos estragos na economia.

A corrupção desbancou a saúde como o problema que mais aflige os brasileiros. É a primeira vez que isso acontece desde 2002.

Cerca de 92% dos entrevistados concordam com a afirmação de que “sempre vai existir corrupção no país”. Talvez por isso, 46% imaginam que a Lava-Jato terminará em “pizza”, contra 31% que discordam, e 23% que não responderam à pergunta.

Lula e Dilma estão impedidos de circular livremente pelo país. Só comparecem a solenidades fechadas. Mesmo assim, em sessão do Congresso, Dilma acabou vaiada.

Um panelaço nas maiores cidades do país recepcionou seu mais recente pronunciamento na televisão.

Interlocutores de Lula confidenciam que ele pensa que só se recuperará se o governo se recuperar. Não é bem assim.

O destino de Lula depende mais dos resultados das investigações policiais do que da sorte do governo.

Dilma poderá continuar sangrando até o último dia do seu mandato e, no entanto,  as chances de Lula sucedê-la naufragarem antes.

Ninguém melhor do que ele sabe que isso é verdade. Ninguém melhor do que ele sabe o que fez. Daí o seu silêncio e desespero.


Seis notas de Carlos Brickmann


Chega de política, é Carnaval. Carnaval é nossa cultura, é nossa História. “Um lindo apartamento com porteiro e elevador/ e ar refrigerado para os dias de calor” – Aurora, Mário Lago e Roberto Roberti.

“Daqui não saio, daqui ninguém me tira” – Daqui não saio, Paquito e Romeu Gentil.

“Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero mamar” – Mamãe, eu Quero, Jararaca e Vicente Paiva.

“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí” – Me dá um dinheiro aí, dos irmãos Glauco, Ivan e Homero Ferreira.

“Se a Polícia por isso me prender/ mas na última hora me soltar/ Eu passo a mão no saca, saca-rolha/ Ninguém me agarra/ Ninguém me agarra” – As águas vão rolar, Waldir Machado, Zé da Zilda e Zilda do Zé.

“Tentando a subida desceu”, Conceição, Dunga e Jair Amorim.

“Não é ouro nem nunca foi/ a coroa que o rei usou/ é de lata barata, e olhe lá, borocochô” – A coroa do rei, Haroldo Lobo e David Nasser.

“Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora” – Cielito lindo, Quirino Mendoza y Cortés, versão de Rubens Campos e Henricão.

“Cai, cai, cai, cai/ quem mandou escorregar/ cai, cai, cai, cai/ eu não vou te levantar” – Cai, cai, Roberto Martins.

“Agora é cinza/ tudo acabado e nada mais” – Agora é cinza, Bide e Marçal.

O Brasil em verso e música

Carnaval é cultura e História – por isso, é bom relembrar o nome e os autores dessas canções que, embora antigas, descrevem tão bem os fatos de hoje.

Bandeira branca


Vale a pena prestar atenção não apenas naquilo que Gilberto Carvalho, um dos principais aliados de Lula, seu amigo de fé e irmão camarada, petista entre os petistas, diz sobre a situação. Vale a pena pensar sobre o real significado de suas palavras. Gilberto Carvalho diz que receber presentes de empreiteiras não compromete aquilo que considera a inatacável trajetória política do ex-presidente. Mas, quando lhe perguntaram se o ex-ministro José Dirceu também não teria sido comprometido, respondeu: “Não, o Dirceu eu não vou citar, o Dirceu é muito complexo para eu citar”. Até agora, Gilberto e Lula falaram a mesma língua. A maior diferença entre eles é que Gilberto pronuncia os plurais.
Traduzindo, José Dirceu foi abandonado por Lula. E, portanto, pelo PT.

Cada vez aumenta mais


E, como é Carnaval, busquemos o que há de profundo nas declarações de Gilberto Carvalho na esplêndida marchinha de Frazão e Roberto Martins, sucesso de 1945, O Cordão dos Puxa-Saco: “Vossa Excelência, Vossa Eminência/ Quanta reverência nos cordões eleitorais/ Mas se o Doutor cai do galho e vai pro chão/ A turma logo evolui de opinião”.

Até José Dirceu, Capitão do Time, ficou muito complexo para ser defendido.

A canoa virou

Política é como nuvem, uma hora está de um jeito, no momento seguinte está de outro. Mas tudo indica que este ano será pouco produtivo. Agora é Carnaval, as manchetes são da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apesar de sua fenomenal resistência, dificilmente conseguirá mover-se no meio de tantos processos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, volta a enfrentar os fantasmas do passado, agora em fase de julgamento. Há as festas juninas, que esvaziam os plenários; há os Jogos Olímpicos logo depois; e as eleições municipais. Seja o ano produtivo ou não, porém, Dilma já teve uma boa amostra de seus problemas parlamentares: na primeira Medida Provisória do ano, foi derrotada com folga. Como diz a marchinha do grande João de Barro, “Menina, larga o remo/ pula nágua, marujada/ pula nágua, pula nágua/ que a canoa tá furada”.

A fonte secou

Dos partidos da base aliada, o PT votou com Dilma, o PMDB teve empate. O PP a derrotou por 21 deputados a cinco; o PR, por 18 a 10; o PTB, por 15 a 3. No PSD, cujo presidente Kassab é ministro das Cidades, Dilma apanhou por 22 a 1.

Quem sabe, sabe

O PT tapou a boca de quem achava que era impossível substituir à altura seu inacreditável líder Sibá Machado. E tapou duas vezes: primeiro, ao encontrar um substituto perfeito para Sibá, o gaúcho Paulo Pimenta. Segundo, ao conseguir achar outro nome da mesma consistência, e que derrotou Paulo Pimenta na luta pela liderança. O novo Sibá Machado, igualzinho ao anterior, é o deputado baiano Afonso Florence. Aliás, Florence não é igual a Sibá: é um Sibá aperfeiçoado. Elegeu-se com doações das empreiteiras UTC e OAS, ambas participantes de praticamente tudo que está sendo investigado pela Operação Lava Jato; e também com doações do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli – um administrador que se notabilizou por assumir a empresa quando seu valor de mercado estava perto dos US$ 400 bilhões e por deixá-la com valor inferior a 10% do inicial.
Mas tudo tem seu lado bom: se Florence chegou lá, Pimenta não chegou.


O ANTAGONISTA

De Los Fubangos para "Las Naranjas"
O Estadão publica que o sítio de Atibaia, "frequentado por Lula e sua família, tem a cara de Marisa Letícia:
"Segundo uma pessoa que já frequentou o sítio na companhia de Lula, a propriedade 'é a cara da dona Marisa', fato que justifica a presença constante do casal no local. “Ela gosta muito desse sítio. Lá tem pato, ela gosta de plantar, fez uma horta. Tem gente que gosta de ir para a praia, ela gosta de ir para o campo. O fato de a pessoa ir toda semana no Guarujá não significa que a pessoa seja dona da praia”, afirmou, sob a condição de anonimato.
O ex-presidente e dona Marisa possuem um sítio registrado no nome do casal chamado 'Los Fubangos', em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, às margens da represa Billings. Eles não frequentariam mais o local pela falta de segurança e devido a condições desfavoráveis ao cultivo. “Ali não dá para plantar um pé de fruta”, disse um interlocutor de Lula."
A festa junina que o Lula e Marisa organizavam na Granja do Torto passou também a ser feita no sítio-de-Lula-que-não-é-de-Lula.
De "Los Fubangos" para "Las Naranjas".

Os sítios de Okamotto e Meneguelli em Atibaia
Paulo Okamotto e Jair Meneguelli, ambos ligados a Lula, também possuem sítios em Atibaia.
Ambos são vizinhos. A propriedade de Meneguelli, ex-presidente do Sesi, fica no número 42 da rua Orquídeas, e a de Okamotto, presidente do Instituto Lula, fica no número 43.
É a República de Atibaia.

Meneguelli e a nora de Lula
Só para lembrar, Jair Meneguelli empregou no Sesi Marlene Lula da Silva, nora de Lula casada com Sandro Luís. Ela foi arrolada pela CGU como funcionária fantasma com salário de R$ 13,5 mil.
Além do sítio em Atibaia, Meneguelli possui um haras na cidade vizinha de Piracaia.

Lewandowski posto à prova
Eliane Cantanhêde escreve no Estadão sobre o possível acordo entre Renan Calheiros, Dilma e Rodrigo Janot para que o peemedebista fosse poupado na Lava Jato. Para a colunista, a prova dos 9 será Ricardo Lewandowski.
Leiam o que Eliane Cantanhêde publicou no Estadão:
"A confusão piorou muito, muitíssimo, depois que o ministro Luiz Edson Fachin liberou para entrar na pauta do plenário do Supremo aquele processo de Renan, de oito anos atrás, em que ele caiu na esparrela de uma ex-amante. Cabe ao presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, determinar a data do julgamento. É a prova dos 9 do presidente do STF.
Se puser o processo de Renan na pauta, cria um problemão para Dilma, que enfrenta o pedido de impeachment com Cunha na Câmara e precisa de Renan no Senado. Se não puser, vira alvo da opinião pública, tendo de justificar, tintim por tintim, em que baseia sua decisão de poupar Renan numa hora dessas."

O que Dilma fez
A zika só ganhou relevância no noticiário brasileiro em maio de 2015, seis meses antes de ser feita a relação com casos de microcefalia. O que Dilma fez nesse intervalo? Usou o Ministério da Saúde para comprar o baixo clero peemedebista contra o impeachment.
Lauro Jardim lembra que Marcelo Castro, que receberia o cargo em outubro, jamais apresentou qualquer projeto de lei ligado à saúde em quatro mandatos como parlamentar.
O mundo hoje teme o vírus. O Brasil segue temendo Dilma.

A oficialização do laranja
O Estadão noticiou que a estratégia petista para salvar Lula envolve uma rede de "notáveis" que apoiará o ex-presidente publicamente. Luiz Marinho, um "notável", já deu início aos trabalhos em entrevista a O Globo.
Nela, o prefeito de São Bernardo tentou vender a ideia de que não há de errado em Lula usar 111 vezes um sítio que, na versão Pinóquio, não lhe pertence. Marinho, contudo, praticamente oficializou Fernando Bittar como laranja na operação.
Leiam o que o "notável" Marinho disse a O Globo:
"Não sei se foi 111 vezes ou 2 mil vezes. Eu não contei. Do que eu conheço, tem duas pessoas que compraram o sítio e disponibilizaram para ele usar, com comprovação de fontes pagadoras."


alpino sítio


O muquifo de Lula

Ainda na tentativa de salvar a imagem do ex-presidente, Luiz Marinho deixou escapar como Lula teria justificado a decisão de não ficar com o triplex no Guarujá:
“Pô, é um muquifo. Não é o que eu sonhava, agora estou numa dúvida cruel, não sei se fico ou não."
A opinião pública adorará saber que Lula, o humilde, chama de muquifo um triplex de frente para o mar no Guarujá.

Desencorajando o turismo

Quando o dólar ultrapassou a barreira dos quatro reais, governistas argumentaram que a desvalorização do real atrairia turistas para cá.
Pesquisa da Reuters/Ipsos revelou que dois em cada cinco americanos atualizados sobre a zika evitariam não só o Brasil, mas qualquer viagem para a América Latina.
O Brasil é um desastre de proporções continentais.

Por quanto tempo?
Algumas montadoras de veículos cogitam deixar o Programa de Proteção ao Emprego por não ser suficiente para segurar o excesso de mão de obra na crise. Atrasos no reembolso do Fundo de Amparo ao Trabalhador também influenciam a decisão.
Suspensão de contratos, férias coletivas e folgas extras são alternativas exploradas pelas empresas para evitar mais demissões.
Por quanto tempo conseguirão evitar o pior

FAT em Cuba
Por que o Fundo de Amparo ao Trabalhador estaria demorando a reembolsar as empresas que aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego? Uma resposta pode estar no BNDES. Ou mesmo fora do Brasil.
Reportagem de O Globo de junho do ano passado lembrava que o FAT tem, desde 1996, o FAT Cambial, que empresta ao BNDES recursos com taxa abaixo de 1% para apoio de empresas brasileiras no exterior. Em outras palavras, para empreiteiras amigas do petismo atuarem lugares como Cuba, Venezuela e Angola.
Isso, claro, terminou num prejuízo ao Tesouro que, na cotação atual do dólar, passa dos R$ 4 bilhões.

Sem legitimidade, sem vergonha
O fato de a CPI do BNDES terminar sem indiciamentos é mais uma prova de que o parlamento brasileiro não tem a legitimidade que pressupõe vergonha na cara.

A medida da nossa miséria
Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Lula e por aí vai. Dora Kramer dá a medida da nossa miséria. Leiam um trecho da sua coluna:
"Assim, temos no horizonte a hipótese concreta de o Poder Legislativo vir a ser comandado por dois réus em ações criminais. Ambos integrantes da linha de sucessão direta da Presidência da República. Nunca se viu nada parecido neste País. Não fosse essa situação já bastante grave, ao cenário acrescentam-se duas frentes de questionamento sério à presidente da República por irresponsabilidade fiscal e supostas irregularidades no financiamento de campanha eleitoral, e a entrada de Luiz Inácio da Silva no radar das autoridades como investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público em São Paulo (o tríplex) e no Distrito Federal (tráfico de influência).
O Palácio do Planalto dá notícia de um plano de 'blindagem' de Lula, com mobilização de parlamentares para o contra-ataque nas tribunas do Congresso, escalação de petistas para pedir “respeito à história” do ex-presidente e criação de CPIs para intimidar a oposição. Esforço inútil. Comissões de inquérito perderam a eficácia de tanto serem desmoralizadas e os integrantes de antiga tropa de choque estão, em boa medida, no rol dos investigados (no PT e outros partidos aliados)."

Negue veementemente, PMB

O Partido da Mulher Brasileira, com uma bancada de 20 homens e 2 mulheres, parece ser piada em mais de um sentido.
Um parlamentar contou a O Antagonista que lhe propuseram entrar no partido com o seguinte argumento: "Assim a gente aumenta a cota do fundo partidário e sobra mais para todo mundo."
Deve ser mentira, claro. Negue veementemente, PMB.

Dilma também faz mal à saúde

Lauro Jardim noticia que "Nos últimos doze meses, 1,2 milhão de brasileiros (de um total de 40 milhões) cortaram seus planos de saúde, de acordo com dados das seguradoras".
O total de 40 milhões inclui empregados que recebem o benefício da empresa. Como muitos ainda serão demitidos, o número de brasileiros sem plano deverá aumentar significativamente em 2016.
Dilma Rousseff também faz mal à saúde.

Imagem do desespero
Venezuela, dia 6: cidadãos desesperados invadem um supermercado de Acarigua para tentar comprar comida.
Não superestimem o Brasil: podemos ser os venezuelanos amanhã.

Responsabilidade histórica
Em coluna assinada para O Globo, Fernando Henrique Cardoso escreveu sobre o que considera certo e errado, e destacou que isso pouco tem a ver com o entendimento de esquerda e direita. Os dois trechos abaixo concluem o artigo:
"É urgente corrigir os desatinos fiscais do lulopetismo, desaparelhar o Estado, reconquistar a confiança da sociedade e retomar a agenda de reformas que o lulopetismo abandonou em favor de anabolizantes pró-crescimento que produziram medonhos efeitos colaterais para o país."
"Há forças capazes de corrigir os desatinos cometidos. Para isso, é preciso que lideranças não comprometidas com o lulopetismo, apoiadas pelos grupos sociais que nunca se deixaram ou não se deixam mais seduzir pelo seu falso encanto, assumam a sua responsabilidade histórica, dentro da Constituição, para fazer o certo em benefício do povo e do país."
É justamente o que o Brasil espera das lideranças ligadas a Fernando Henrique Cardoso.

Silvinho sumiu

Silvinho Pereira, como na época do mensalão, sumiu de cena mais uma vez.
Diz O Globo:
"Depois de fazer um curso de gastronomia, o ex-dirigente do PT montou o restaurante Tia Lela, em Osasco, cidade onde nasceu. Mas, no segundo semestre do ano passado, o empreendimento foi fechado e deu lugar a uma academia de ginástica.
A mãe do ex-secretário geral do PT, Maria Alice, garante ter tido poucos encontros com o filho, porque o celular dele está quebrado. No apartamento que Silvinho possui no centro de São Paulo desde que era dirigente do PT, o porteiro contou que o ex-petista só aparece por lá de vez em quando".

Ilhabela?

Será que Silvinho está em Ilhabela, onde, ao que consta, tem casa?
Onde está Wally?


Comitê dos EUA nega ter sugerido a atletas a não participar dos jogos do Rio

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos disse na noite de segunda-feira (8) que é “imprecisa” a notícia de que teria recomendado a atletas que cogitassem não ir aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, caso sentissem a saúde ameaçada pelo surto do vírus Zika no Brasil.
O porta-voz do comitê, Patrick Sandusky, disse em um comunicado que a equipe norte-americana espera pela competição com expectativa e que as autoridades esportivas não vão impedir os atletas de representarem o país.
A mensagem de recomendação teria sido transmitida às federações de esporte dos Estados Unidos durante uma teleconferência, em janeiro. A informação foi repassada à agência de notícias Reuters pelo presidente da Federação de Esgrima norte-americana, que participou do encontro.
O comitê norte-americano disse que a videoconferência se limitou a discutir sobre a viagem de funcionários à área infectada pelo vírus Zika.
O comitê disse ainda que segue as instruções do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês). O COI informou no final de janeiro estar confiante da segurança dos Jogos no Rio. O CDC não recomenda que as pessoas evitem viajar ao Brasil, mas apenas pede que se protejam contra a picada de mosquitos.




Bate-bolas fogem da violência e ocupam novas áreas do Rio de Janeiro

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Comuns nas brincadeiras de carnaval, nos subúrbios do Rio de Janeiro, os personagens de bate-bolas, com as coloridas fantasias de Clóvis chamaram a atenção na orla de Copacabana, zona sul da cidade, nesta segunda-feira (8). Curiosos tiravam fotos e turistas estrangeiros abordavam o grupo para entender as assustadoras máscaras e barulhentas bolas.
Blocos de bate-bolas, também conhecidos como Clóvis
Blocos de bate-bolas, também conhecidos como ClóvisFlávia Villela/Agência Brasil
Clown, tentava explicar um dos rapazes do grupo Os Renegados de Anchieta, criado há nove anos por amigos do bairro de mesmo nome, na zona norte do Rio. O fundador do grupo, o vendedor Carlos Fernando Santiago Filho, 31 anos, explicou que por causa da violência entre grupos de bate-bolas, eles têm evitado brincar nas zonas norte e oeste.
“Cada dia vamos para um bairro ou cidade diferente, onde tenha bloco mais tranquilo. Também curtimos Anchieta, mas fugimos das brigas, e aqui na zona sul o carnaval é mais bonito", comentou.
“Tem grupos do bem, mas também há grupos do mal, que só querem ir para guerra. E não curtimos essas brigas entre grupos”, contou o integrante mais novo do grupo, Lucas Barbosa Gomes, 16 anos.
A estudante Thuany Fernandes, 17 anos, é uma das poucas meninas no grupo. Ela diz que desde pequena era fascinada pelos bate-bolas. “Geralmente, as crianças têm medo por causa da lenda de que os bate-bolas perseguem as crianças. Mas nunca tive medo, cresci junto com eles. É amor, não sei por que gosto”, comentou. “Quando a gente chega todos param em qualquer lugar. Alguns se assustam, mas depois pedem para tirar foto”, acrescentou.
As fantasias são criadas e confeccionadas pelo próprio grupo, de cerca de 15 componentes, e demoram cerca de um ano para ficarem prontas. Os custos com as roupas totais passam de R$ 1 mil por pessoa. “Sem contar os tênis, que têm que ser lançamento, e os fogos de artifício que queimamos na saída do grupo, lá em Anchieta. No final, dá quase R$ 2 mil reais”, explica. “Por mês, pagamos uma espécie de mensalidade até dar a quantia certa para comprar o glitter, o pano, o design, a sublimação”, explica outro integrante.
O tema deste ano foi Bob Marley e o Reggae. “Ano passado foram os bruxos. Ano que vem será o esqueleto do He-man”, explica Bob. “Esse foi o tema do nosso primeiro ano, e como ano que vem completamos dez anos, vamos repetir a dose”, anunciou.
A origem dos bate-bolas remonta ao período colonial português, influência de festas europeias com máscaras e roupas de palhaços, arlequins, colombinas medievais. Historiadores acreditam que o outro nome para os bate-bolas (Clóvis) é uma variação da palavra em inglês clown, que significa palhaço - uma interpretação brasileira ao sotaque dos estrangeiros de língua inglesa ao denominar o grupo de bate-bolas.



Atabaques e agogôs dos afoxés contagiam foliões na orla de Copacabana


Os panos brancos, fios de contas e as estampas africanas enfeitaram na tarde desta segunda-feira (8) a orla de Copacabana, zona sul do Rio, com os afoxés Filhos de Gandhi, Raízes Africanas e Ylê Alá. Em vez de tamborins e tambores, foi a vez dos atabaques e agogôs contagiarem os foliões com ijexá, ritmo de origem africana tocado nos terreiros de candomblé.
Afoxé
No desfile do Afoxé Filhos de Gandhi, alegria e festa se mesclam com resistência da cultura afrobrasileira e luta contra o preconceitFlávia Villela/Agência Brasil
O biólogo Thiago Felipe da Silva Laurindo, 34 anos, que integra o Afoxé Filhos de Gandhi há quatro anos, informou que, desde a criação do grupo, alegria e festa se mesclam com resistência da cultura afrobrasileira e luta contra o preconceito.
“São 64 anos de existência e resistência. Somos a primeira instituição afro no estado. Somos pioneiros. Desde o início, a ideia era divulgar nossa cultura para mantê-la viva. Se hoje temos o carnaval, é graças a essa resistência das práticas culturais de matriz africana”, afirmou Thiago.
“Ainda temos muito em voga o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa. Então, estarmos em um espaço como este hoje, a famosa Praia de Copacabana, nesse movimento de troca, para nós é muito significativo”, completou o biólogo.
Fundado em 1951 por trabalhadores do Cais do Porto e moradores dos bairros da Saúde e Gamboa, o grupo Afoxé Filhos de Gandhi é considerado de utilidade pública desde 1968.
Grupo de afoxé
O afoxé divulga e fortalece a cultura dos povos tradicionaisFlávia Villela/Agência Brasil
Uma das fundadoras do Afoxé Raízes Africanas, criado há 13 anos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Isabel Oya também ressaltou a missão dos afoxés na divulgação das religiões de matriz africana e da cultura afro-brasileira.
“Não somos apenas show. Somos um ponto de cultura. Participamos de conferências, fazemos partes de conselhos, como o da igualdade e do idoso e damos oficinas de comidas africanas”, disse Isabel.
“O afoxé nasceu para divulgar e fortalecer a cultura dos povos tradicionais”, acrescentou.
Além dos grupos de matriz africana, dezenas de blocos agitaram as ruas do Rio com estilos e gostos variados. Pela manhã, os beatlemaníacos e amantes do rock com samba no pé foram ao bloco do Sargento Pimenta, no Flamengo, zona sul do Rio.
As crianças também tiveram vez nesta segunda-feira de carnaval no bloco Largo do Machadinho, mas não Largo do Suquinho, no Largo do Machado, zona sul. Na Tijuca, zona norte, o bloco Quero Exibir Meu Longa reuniu cinéfilos e simpatizantes.




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