sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Governo faz hoje Dia Nacional de Mobilização contra o Zika em escolas


Brasília - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, abre mobilização contra o mosquito Aedes aegypti com os servidores, no anexo do ministério (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Atividades nas escolas buscam conscientizar e mobilizar os estudantes para o combate ao Aedes aegypti -Elza Fiúza/Agência Brasil

Escolas de todo o país vão receber hoje (19), Dia Nacional de Mobilização da Educação contra o Zika, a visita da presidenta Dilma Rousseff e de ministros. As atividades nas escolas buscam conscientizar e mobilizar os estudantes para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.
Dilma participará de atividade com alunos do Colégio Alfredo Vianna, no município baiano de Juazeiro. Pelo menos 25 ministros viajam pelo país para visitar escolas. O vice-presidente Michel Temer participa da mobilização em Rio Branco (AC), cidade onde também terá agenda partidária.
Ao longo do dia serão desenvolvidas atividades específicas nas escolas como palestras, distribuição de panfletos e vistoria para combater possíveis criadouros do mosquito. As atividades envolverão ainda professores, diretores, reitores de universidades e de institutos federais, agentes de saúde e da vigilância sanitária e militares das Forças Armadas.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a prevenção é a melhor alternativa contra o Aedes aegypti e que a mobilização das redes pública e privada de educação fará a diferença no combate ao mosquito. A intenção é que jovens e crianças levem para casa informações sobre a prevenção ao Aedes. Segundo Mercadante, a orientação para o combate aos criadouros do mosquito vai continuar durante todo o ano nas redes educacionais do país.
“Só na rede pública são mais de 200 mil escolas. Por meio da sala de aula podemos manter informadas a juventude, as crianças, e elas levarem para dentro de casa uma nova atitude. O dia é para todo mundo parar e refletir, mas vai ter que ser uma campanha permanente. Todo mundo tem que gastar 15 minutos por semana para não deixar nada de água parada dentro de casa”, disse Mercadante ao participar da edição dessa quinta-feira (18) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
A campanha é uma ação semelhante à ocorrida no último sábado (13), quando a presidenta e ministros viajaram pelo país no Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti.
A mobilização de hoje dá prosseguimento ao proposto no Pacto da Educação Brasilleira contra o Zika, firmando no início do mês entre o Ministério da Educação, demais representantes do governo federal, de estados e municípios, além de instituições e organizações públicas e particulares.




Para combater Zika, papa admite uso de anticoncepcionais

Da Ansa Brasil
Em uma entrevista coletiva no avião que o levou do México para o Vaticano, o papa Francisco defendeu métodos contraceptivos como um “mal menor” para combater a disseminação do vírus Zika, mas criticou o uso do aborto para evitar o nascimento de crianças com microcefalia.
"O aborto não é um problema ideológico, é um problema humano, um problema médico; é matar uma pessoa para salvar outra, no melhor dos casos, ou para deixá-la bem. É um mal em si mesmo", declarou o Pontífice.

Contudo, segundo Jorge Bergoglio, não se deve confundir o “mal para evitar a gravidez” com a interrupção da gestação. "Sobre o mal menor, evitar a gravidez, falemos em termos de conflito entre o quinto e o sexto mandamentos ['não matar' e 'não pecar contra a castidade']. Paulo VI, o grande, em uma situação difícil na África, permitiu às freiras o uso de anticoncepcionais em casos de violência", declarou Francisco aos jornalistas presentes em seu avião.

No início de fevereiro, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Zeid Al Hussein, havia pedido a revogação de leis que limitassem o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, inclusive ao aborto e à contracepção de emergência, para fazer frente a disseminação do Zika, que pode causar microcefalia em fetos.

Além disso, no Brasil, algumas personalidades, como o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB-RJ), defendem que as mulheres tenham direito de interromper a gestação de fetos com malformação cerebral.
"Evitar a gravidez não é um mal absoluto. Em certos casos,anti como esse do vírus Zika ou aquele que mencionei, do beato Paulo VI, isso fica claro", ressaltou o Papa.




Pesquisa investiga se outros fatores associados ao Zika causam microcefalia

Pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil vão investigar se o vírus Zika provoca sozinho a microcefalia ou se a malformação ocorre quando o agente está combinado com outros fatores.
“[Vamos descobrir se a causa do aumento de microcefalia] é o vírus Zika só ou associado a alguma coisa, ou é o virus Zika no organismo que tem essa ou aquela predisposição. São questões em aberto”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em entrevista antes da abertura de encontro entre pesquisadores e representantes dos governos brasileiro e norte-americano na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília.
A pesquisa está sendo desenvolvida na Paraíba, em parceria entre técnicos do governo local e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos.
A reunião de hoje (18) juntou o Instituto Butantan, o laboratório Biomanguinhos, o Instituto Evandro Chagas, os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde, além de representantes norte-americanos do CDC, do Departamento de Saúde e da Food and Drug Administration (FDA).
Os principais pontos a serem discutidos pelas instituições são o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, de tratamento para a doença, de melhores tecnologias para o diagnóstico e o combate ao Aedes aegypti.
Na abertura da reunião, a embaixadora dos Estados Unidos do Brasil, Liliana Ayalde, disse que infecções não respeitam barreiras e por isso os países devem atuar juntos e coordenadamente para combater a transmissão de doenças como a zika.



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