por JOANA CUNHA
Motoristas brasileiros podem ter em alguns anos a chance de escolher mais um tipo de combustível ao abastecer. Começa a aparecer no cardápio o biometano, combustível renovável feito da purificação do biogás, que pode ser extraído da degradação de materiais orgânicos como resíduos agrícolas, dejetos de animais e até lixo urbano.
Ainda usado com mais frequência no Brasil para geração de energia elétrica e térmica, o biogás agora fomenta negócios voltados ao abastecimento de frotas veiculares para a substituição do diesel. Pode ser usado em qualquer automóvel adaptado para ser movido a gás, como o GNV convencional.
Embora também seja menos poluente que o diesel, o GNV convencional, mais conhecido atualmente, não tem origem renovável.
Empresários do setor do biogás começam a abrir postos para abastecer frotas particulares com biometano. Pelo menos três empreendimentos já estão em operação.
Segundo a ANP (agência nacional do petróleo), um posto só precisa ter autorização para comercializar GNV comum para automaticamente também poder abastecer com o biometano. Há 1.693 postos autorizados a vender GNV no país.
A fundação Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, tem hoje um projeto desenvolvido pelo CIBiogás (Centro Internacional de Biogás) que abastece mais de 40 veículos da Itaipu Binacional.
Até o fim do ano, a meta é mais que dobrar a capacidade. O posto também atende veículos leves de pessoas físicas cadastradas com seu biometano produzido em uma granja com mais de 80 mil aves no município vizinho de Santa Helena.
"O biometano usado na mobilidade reduz a dependência dos combustíveis fósseis, os custos de importação desses combustíveis, a poluição e promove o saneamento rural, reduzindo a carga dos dejetos de animais", diz
Marcelo Alves de Sousa, gerente de relações institucionais do CIBiogás.
A estimativa de Sousa é que em quatro anos o gás será vendido em postos no interior do país, sem demandar infraestrutura específica e construção de gasodutos, pois pode ser comprimido e transportado em cilindros.
MOVIDO A LIXO
O primeiro caminhão de coleta de lixo convertido para operar com biometano começou a rodar neste mês no Rio de Janeiro. O combustível é produzido na usina do Aterro Sanitário Dois Arcos, em São Pedro da Aldeia, que recebe 700 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia.
"Queremos replicar para 40 caminhões em três anos. Nos Estados Unidos, esse movimento de conversão de frotas de lixo de diesel para gás é crescente. Tem um componente de custo relevante se você consegue fechar
o ciclo em que o caminhão vai ao aterro levar o lixo e se abastece ali", diz André Lima, diretor da GNR Dois Arcos.
Diferentemente do biometano gerado a partir de rejeitos agrícolas e pastoris, o gás derivado do lixo urbano ainda não pode abastecer veículos de terceiros, apenas a própria frota, devido à regulação vigente.
O pioneiro disso tudo foi um projeto iniciado há cerca de três anos pela cooperativa de citricultores Ecocitrus e a empresa de alimentos Naturovos, com apoio da Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do
Sul). Além de dezenas de carros de suas frotas, pessoas físicas ligadas aos parceiros do projeto ou curiosos também podem abastecer seus veículos.
"Esse projeto ajudou a ANP a dar o marco zero do biometano", diz Albari Pedroso, diretor da Usina de Compostagem e Biogás Ecocitrus.
O movimento tem sido acompanhado por grandes empresas na cadeia. A partir de abril, a Scania, que também participa do projeto de Itaipu, passa a produzir o chassi do ônibus biometano/GNV na fábrica de São Bernardo. Os motores ainda serão importados da Suécia.
A montadora já fez oito demonstrações para governos e instituições privadas de um ônibus movido a gás no Brasil. Para este ano, diz que já tem mais dez cidades interessadas em conhecê-lo.
"Quebrar o paradigma do diesel não é fácil. Existem as opções do elétrico e do híbrido, mas ambos são mais caros que o gás. O projeto do biometano não requer subsídio nenhum", diz Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil.
O executivo afirma que o valor de um ônibus com motor a gás é cerca de 25% maior, porém, como oferece redução de aproximadamente 30% do custo por quilômetro rodado, o investimento adicional se paga em até três anos.
Em um teste realizado pela Scania no Rio Grande do Sul, o custo por quilômetro rodado do biometano ficou em R$ 0,89 enquanto o do diesel saiu por R$ 1,26.
Fabio Nicora, responsável pela área de inovação da Iveco, afirma que já tem frotas de grandes empresas clientes que rodam a biometano na Europa, mas que o movimento ainda é embrionário no Brasil.
Fonte: Folha Online - 20/02/2016 e Endividado
Ainda usado com mais frequência no Brasil para geração de energia elétrica e térmica, o biogás agora fomenta negócios voltados ao abastecimento de frotas veiculares para a substituição do diesel. Pode ser usado em qualquer automóvel adaptado para ser movido a gás, como o GNV convencional.
Embora também seja menos poluente que o diesel, o GNV convencional, mais conhecido atualmente, não tem origem renovável.
Empresários do setor do biogás começam a abrir postos para abastecer frotas particulares com biometano. Pelo menos três empreendimentos já estão em operação.
Segundo a ANP (agência nacional do petróleo), um posto só precisa ter autorização para comercializar GNV comum para automaticamente também poder abastecer com o biometano. Há 1.693 postos autorizados a vender GNV no país.
A fundação Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, tem hoje um projeto desenvolvido pelo CIBiogás (Centro Internacional de Biogás) que abastece mais de 40 veículos da Itaipu Binacional.
Até o fim do ano, a meta é mais que dobrar a capacidade. O posto também atende veículos leves de pessoas físicas cadastradas com seu biometano produzido em uma granja com mais de 80 mil aves no município vizinho de Santa Helena.
"O biometano usado na mobilidade reduz a dependência dos combustíveis fósseis, os custos de importação desses combustíveis, a poluição e promove o saneamento rural, reduzindo a carga dos dejetos de animais", diz
Marcelo Alves de Sousa, gerente de relações institucionais do CIBiogás.
A estimativa de Sousa é que em quatro anos o gás será vendido em postos no interior do país, sem demandar infraestrutura específica e construção de gasodutos, pois pode ser comprimido e transportado em cilindros.
MOVIDO A LIXO
O primeiro caminhão de coleta de lixo convertido para operar com biometano começou a rodar neste mês no Rio de Janeiro. O combustível é produzido na usina do Aterro Sanitário Dois Arcos, em São Pedro da Aldeia, que recebe 700 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia.
"Queremos replicar para 40 caminhões em três anos. Nos Estados Unidos, esse movimento de conversão de frotas de lixo de diesel para gás é crescente. Tem um componente de custo relevante se você consegue fechar
o ciclo em que o caminhão vai ao aterro levar o lixo e se abastece ali", diz André Lima, diretor da GNR Dois Arcos.
Diferentemente do biometano gerado a partir de rejeitos agrícolas e pastoris, o gás derivado do lixo urbano ainda não pode abastecer veículos de terceiros, apenas a própria frota, devido à regulação vigente.
O pioneiro disso tudo foi um projeto iniciado há cerca de três anos pela cooperativa de citricultores Ecocitrus e a empresa de alimentos Naturovos, com apoio da Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do
Sul). Além de dezenas de carros de suas frotas, pessoas físicas ligadas aos parceiros do projeto ou curiosos também podem abastecer seus veículos.
"Esse projeto ajudou a ANP a dar o marco zero do biometano", diz Albari Pedroso, diretor da Usina de Compostagem e Biogás Ecocitrus.
O movimento tem sido acompanhado por grandes empresas na cadeia. A partir de abril, a Scania, que também participa do projeto de Itaipu, passa a produzir o chassi do ônibus biometano/GNV na fábrica de São Bernardo. Os motores ainda serão importados da Suécia.
A montadora já fez oito demonstrações para governos e instituições privadas de um ônibus movido a gás no Brasil. Para este ano, diz que já tem mais dez cidades interessadas em conhecê-lo.
"Quebrar o paradigma do diesel não é fácil. Existem as opções do elétrico e do híbrido, mas ambos são mais caros que o gás. O projeto do biometano não requer subsídio nenhum", diz Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil.
O executivo afirma que o valor de um ônibus com motor a gás é cerca de 25% maior, porém, como oferece redução de aproximadamente 30% do custo por quilômetro rodado, o investimento adicional se paga em até três anos.
Em um teste realizado pela Scania no Rio Grande do Sul, o custo por quilômetro rodado do biometano ficou em R$ 0,89 enquanto o do diesel saiu por R$ 1,26.
Fabio Nicora, responsável pela área de inovação da Iveco, afirma que já tem frotas de grandes empresas clientes que rodam a biometano na Europa, mas que o movimento ainda é embrionário no Brasil.
Fonte: Folha Online - 20/02/2016 e Endividado
Propaganda de imóvel que decepciona comprador não é enganosa, julga TRF-2
Um produto que não atende à expectativa do consumidor não caracteriza propaganda enganosa. No entanto, reclamar disso na Justiça também não é litigância de má-fé. O entendimento é da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que reformou decisão de instância anterior no caso um homem que processou um banco estatal e uma empreiteira por considerar que foi lesado na compra de um imóvel.
Na primeira instância o consumidor não só perdeu o processo como foi sentenciado a pagar 5% do valor da causa por litigância de má-fé. Esse foi o único ponto reformado em segunda instância. O relator do processo no TRF-2, desembargador Guilherme Calmon, entendeu não estarem presentes os pressupostos que caracterizariam a má-fé: “Não se vislumbra a prática de conduta típica, consubstanciada em suposta alteração da verdade dos fatos jurídicos alegados em juízo ou prática de conduta de modo temerário”, pontuou o magistrado.
O consumidor procurou a Justiça Federal em busca de reparação por conta de sua decepção com a qualidade da obra, pela falta do Habite-se (documento comprobatório de que a obra realizada está pronta para morar e de acordo com as exigências expostas na lei) e por suposta cobrança indevida. Ele pretendia ser indenizado por propaganda enganosa e danos morais, e pedia que as prestações do imóvel fossem refinanciadas.
O acórdão confirmou o restante da sentença, tendo em vista que o relator entendeu que apesar das alegações defendidas em sua petição inicial, o autor não comprovou que houve propaganda enganosa, nem que as condições do imóvel estejam em desacordo com aquelas combinadas no momento que foi fechado o financiamento. Quanto ao pedido de indenização por danos morais, Calmon considerou que a cobrança das prestações é válida, afinal não houve atraso na entrega do imóvel e nem mesmo a ausência do Habite-se chegou a prejudicar ao autor, que ocupou o imóvel, mesmo sem o documento. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.
Processo 0019890-67.2011.4.02.5101
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 21/02/2016 e Endividado
Na primeira instância o consumidor não só perdeu o processo como foi sentenciado a pagar 5% do valor da causa por litigância de má-fé. Esse foi o único ponto reformado em segunda instância. O relator do processo no TRF-2, desembargador Guilherme Calmon, entendeu não estarem presentes os pressupostos que caracterizariam a má-fé: “Não se vislumbra a prática de conduta típica, consubstanciada em suposta alteração da verdade dos fatos jurídicos alegados em juízo ou prática de conduta de modo temerário”, pontuou o magistrado.
O consumidor procurou a Justiça Federal em busca de reparação por conta de sua decepção com a qualidade da obra, pela falta do Habite-se (documento comprobatório de que a obra realizada está pronta para morar e de acordo com as exigências expostas na lei) e por suposta cobrança indevida. Ele pretendia ser indenizado por propaganda enganosa e danos morais, e pedia que as prestações do imóvel fossem refinanciadas.
O acórdão confirmou o restante da sentença, tendo em vista que o relator entendeu que apesar das alegações defendidas em sua petição inicial, o autor não comprovou que houve propaganda enganosa, nem que as condições do imóvel estejam em desacordo com aquelas combinadas no momento que foi fechado o financiamento. Quanto ao pedido de indenização por danos morais, Calmon considerou que a cobrança das prestações é válida, afinal não houve atraso na entrega do imóvel e nem mesmo a ausência do Habite-se chegou a prejudicar ao autor, que ocupou o imóvel, mesmo sem o documento. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.
Processo 0019890-67.2011.4.02.5101
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 21/02/2016 e Endividado
Para David Cameron, acordo de reformas no bloco é vantajoso no Reino Unido: http://glo.bo/1WDeTng
Milhares de pessoas estão refugiadas em abrigos: http://glo.bo/1Qwk0Hw
Pesquisas apontam para derrota do presidente Evo Morales no referendo sobre reeleição: http://glo.bo/1SMxqiT
BRT poderá ser usado se metrô do Rio não ficar pronto antes dos Jogos Olímpicos
Um dia depois de manifestar preocupação com a conclusão das obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou que estuda um plano de contingência. A alternativa estudada pela prefeitura é a utilização do BRT, que seguiria com corredores exclusivos para ônibus até a zona sul, caso o metrô não fique pronto a tempo dos Jogos Olímpicos.
Hoje (20), Paes participou de uma reunião com toda a equipe do município para fazer um balanço das ações do governo e discutir novos projetos. O prefeito disse confiar na conclusão da obra dentro do cronograma e explicou que a prefeitura constantemente elabora planos de contingência. Ele criticou ainda o vazamento de mensagens para a imprensa.
“A gente tem muita confiança que o metrô vai ficar pronto. Agora, todo mundo sabe que é um desafio. A gente tem um plano de contingência preparado há algum tempo. Temos de discutir isso com o Comitê Olímpico Internacional, mas nada além disso”, declarou o prefeito. “Nós temos plano de contingência em tantos outros e-mails que não vazaram.”
A edição de hoje (20) do jornal O Globo publicou e-mail do prefeito ao Comitê Olímpico Internacional em que Paes manifestou preocupação com o término das obras da Linha 4 do Metrô, que ligará Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste. Na mensagem, ele relatou que é alto o risco de que elas não estejam concluídas a tempo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Mesmo após a divulgação da mensagem, na reunião de hoje, o prefeito disse estar confiante de que o metrô ficará pronto até julho. “Temos confiança de que o metrô vai ficar pronto, mas é óbvio que temos que discutir alternativas”, declarou Paes antes de se reunir com sua equipe. Ele, no entanto, admitiu não ter recebido informações sobre o andamento das obras nas últimas semanas.
Paes considerou normal o alerta para que tudo funcione bem para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “É óbvio que, nas Olimpíadas, agora estamos na hora da atenção total. Faltam poucos meses para os Jogos Olímpicos. Então, para tudo a gente tem de ter um plano de contingência, um plano alternativo”, completou.
O Comitê Rio 2016 informou à Agência Brasil que acompanha o andamento das obras e que não tem motivo para se preocupar com falta de cumprimento do prazo. “Estamos confiantes que tudo vai ser realizado no prazo, confiantes com o cronograma. O comitê acompanha com atenção, mas não possui elementos para acreditar que não será cumprido o compromisso. Serão realizados grandes jogos”, destacou a entidade.
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