quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Erro no diagnóstico de gripe suína gera indenização

Um hospital particular de Taubaté e quatro médicos foram condenados a pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais ao pai de uma vítima fatal de gripe suína. A decisão é da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

De acordo a turma julgadora, houve erro médico, pois os profissionais não teriam dado a devida importância aos sintomas apresentados pelo paciente, indicativos da gripe, em período de grave epidemia no País.

O relator do caso, desembargador Francisco Eduardo Loureiro, afirmou em seu voto que os médicos incidiram em erro culposo – mais precisamente negligência – ao deixar de aventar a possibilidade de o paciente ter sido contaminado pelo vírus H1N1. Ainda de acordo com o magistrado, caberia aos profissionais, uma vez reconhecido o erro médico, demonstrar que esse fato foi indiferente para o falecimento do paciente, o que não ocorreu. “Como desse mister não se desincumbiram, de rigor a constatação do nexo de causalidade entre o erro médico e o óbito do filho do recorrente. Configurada, pois, a responsabilidade dos médicos requeridos pela morte, cabível sua imputação também ao nosocômio réu.”

Os desembargadores Claudio Luiz Bueno de Godoy e Christine Santini também integraram a turma julgadora e acompanharam o voto do relator. 

Apelação nº 0004666-66.2010.8.26.0625
Fonte: TJSP - Tribunal de Justiça de São Paulo - 16/02/2016 e Endividado

Carta retrata violência

ONU divulga pedido de paz mundial de 18 crianças



Nova Iorque – A ONU lançou uma carta de 18 crianças afetadas pela violência para pedir aos líderes mundiais “um mundo mais seguro”. As 18 crianças – que retratam as situações de diferentes países – lembram que “a cada cinco minutos uma criança morre em consequência da violência”. Elas pedem às lideranças no mundo que acabem com essa prática e construam um mundo mais seguro para as crianças, diz o texto, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
De acordo com os últimos dados do Unicef, dos 120 milhões de jovens com menos de 20 anos, um em cada dez já foi vítima de relações sexuais forçadas. Cerca de um quarto das jovens entre 15 e 19 anos (quase 70 milhões) afirmam ter sido vítimas de algum tipo de violência física desde os 15. “Fomos forçadas a abandonar as nossas casas, a combater como crianças-soldados e a trabalhar como escravas domésticas. Fomos violadas, espancadas e atacadas em nossas próprias comunidades. Vimos, impotentes, os nossos pais, irmão e amigos serem mortos à nossa frente. Memórias com essas são como murros no estômago e deixa-nos apavoradas. Nenhuma criança deveria ter um início de vida assim”, afirmam os menores na carta, promovida pelo embaixador de boa vontade do Unicef, David Beckham.
Na próxima semana, os líderes mundiais vão se reunir em busca de um acordo sobre os novos objetivos globais para o desenvolvimento, um plano de ação para os próximos 15 anos. Um quinto das vítimas de homicídio no mundo é formado por crianças e adolescentes com menos de 20 anos, lembra a agência da ONU. “Não esperem nem mais um minuto. É a nossa vida que está em jogo”, destacam os 18 signatários da carta, dentre eles um brasileiro.





A carta do Unicef inclui testemunhos de abusos sexuais na Islândia e violência em Portugal.






Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de setembro de 2015.

Casais recriam célebre cena

Nova Iorque – Centenas de casais recriaram nesta sexta-feira em Nova Iorque, a célebre cena de beijo na Times Square – uma imagem registrada em 14 de agosto de 1945 pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt e que se tornou o símbolo do fim da II Guerra Mundial. A fotografia “V-J Day in Times Square” (V-J representando a vitória sobre o Japão) mostra um marinheiro americano beijando uma enfermeira vestida de branco.
Os homens que participaram da recriação desta sexta-feira usavam um chapéu branco de marinheiro, enquanto as mulheres usavam um cor-de-rosa. Alguns recriaram o traje exato que o casal usava havia 70 anos. Os idosos Ray e Ellie Williams, que se casaram em 15 de agosto de 1945, eram convidados de honra, e vieram especialmente da Geórgia (Sul dos EUA).




Fonte: Correio do Povo, página 7 de 16 de agosto de 2015.

Carvão gaúcho: exploração deve aumentar

Uma das principais preocupações atuais envolve a preservação e a compensação ambiental

Mauren Xavier


O primeiro soar do apito indica que o processo de detonação da camada do subsolo começará. Em poucos minutos, outro aviso é sonoro é ouvido e há movimentação de veículos. O último alerta é fatal. Todos os olhos ficam vidrados na espera da explosão, que rompe o campo de visão, mas só é registrado aos ouvidos com um delay de segundos, quebrando o silêncio, assim como as camadas do solo, dando evidência aor enormes blocos de carvão. Em seguida, a movimentação dos caminhões na mina continua, num processo de vai e vem, levando e trazendo cargas.
A detonação ocorre numa das partes da mina a céu aberto São Vivente do Norte, localizada em uma propriedade privada em Minas do Leão. O local é explorado pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM) desde 2008. A previsão é de que a retirada do mineral siga pelos próximos seis anos. O superintendente da Minas do Leão, da CRM, Roberto Brandes Saraiva, explica que há seis camadas de carvão no terreno. Assim, a extração se dá por tiras.
Geólogo por formação, ele ressalta ser preciso antes da extração retirar a camada de rocha de arenito e outros materiais estéreis na parte superior do terreno. O carvão removido é comercializado para empresas de Santa Catarina. Para amenizar o impacto, a exploração é realizada em conjunto com ações de compensação ambiental. Por exemplo, a água que fica acumulada na última camada onde o carvão é retirada passa por processos de purificação.


Perfil dos mineiros mudou


Uma das grandes transformações na mineração foi a do trabalhador. O historiador Alexsandro Witkowski recorda que, no passado, eles trabalhavam sem a menor condição de segurança, o que, não raramente, provocava mortes. Atualmente, além de inúmeros EPIs(Equipamentos de Proteção Individual), parte do serviço foi substituído por máquinas, como as escavações.


Visita diária é gratuita


O Museu Estadual do Carvão, em Arroio dos Ratos, é referência do patrimônio histórico-cultural da Região Carbonífera. Os destaques são a ruína do prédio da antiga usina e a chaminé, que podem ser avistados de longe, além dos utensílios do acervo histórico. A visitação é gratuita. Informações no telefone (51) 3656-1211 ou no e-mail mcarvao@sedac.rs.gov.br


Museu guarda a história e alma da mineração no RS


A estrutura em ruína da fachada da primeira usina termelétrica do Brasil a utilizar carvão mineral para gerar energia, entre os anos de 1924 e 1956, localizada em Arroio dos Ratos, a cerca de 50 quilômetros da Capital, é emblemática É por ela que os visitantes fazem uma espécie de viagem ao tempo e vislumbram da mineração no RS e suas curiosidades no Museu Estadual do Carvão.
O espaço permite por meio das construções e objetos, vivenciar um pouco os costumes da época. O prédio principal da termelétrica foi destruído na década de 50. Porém, os seus túneis internos, como os utilizados para tirar as cinzas da queima do carvão, ainda estão acessíveis, com o devido cuidado. Já os das escavações, uma vez que também funcionou um poço no local, estão bloqueados.
No prédio das máquinas, ficam hoje expostos itens que faziam parte da vida dos mineiros e das empresas, como máscaras, equipamentos de segurança e marretas, utilizadas pelos primeiros mineradores. Segundo o historiador Alexsandro Witkowski, há um acervo fotográfico “valioso”, uma vez que muitas fotos são únicas e retratam com riqueza de detalhes um pouco da rotina da época.. Alguma das imagens mostram as precárias condições como os mineradores trabalhavam nos anos 30.





Fonte: Correio do Povo, página 8 de 10 de setembro de 2015.



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