quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Demandas do agronegócio

Que o agronegócio tem sido, nos últimos anos, a mola propulsora da economia brasileira, disso ninguém duvida. Os números estão aí para ratificar esse quadro. Em 2014, o setor representou 24% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, respondendo por cerca de 30% dos empregos e por 43% do valor da exportação total do pais. Esse potencial permite prever um crescimento ainda maior diante das perspectivas que se abrem. Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2011, estima que o mercado mundial por alimentos deverá crescer 20% até 2020. Há espaço para que o país eleve sua produção em até 40%, sendo que lideranças do segmento afirmam que há possibilidade de ultrapassar esse percentual. Todavia, tudo vai depender da resolução de alguns gargalos, como é o caso da infraestrutura logística e de transportes, política de renda e política comercial. O armazenamento, por exemplo, é um problema crônico, bem como as perdas nos deslocamentos das cargas.
O Brasil tem demonstrado uma tendência de inovar na produção, já tendo conseguido resultados relevantes, como na expansão da colheita de grãos, que cresceu 234% entre 1990 e 2014, mesmo com a área de plantio tendo crescido apenas 50%. Entretanto, somente com políticas públicas eficientes, em parceria com o setor privado, será possível equacionar os problemas de competitividade. O mercado internacional exige soluções internas de monta para que o país possa exportar com qualidade.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 21 de agosto de 2015, página 2.

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