De acordo com a Opas, o mosquito Aedes aegypti está presente na maioria dos países do continente americanoArquivo/Agência Brasil
Todos os países do continente americano provavelmente terão a circulação interna do vírus Zika, com exceção do Chile e Canadá. O alerta foi feito hoje (25) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), em nota sobre transmissão e prevenção do vírus que pode casuar microcefalia em crianças.
Desde maio do ano passado 21, países das américas registraram transmissão interna do vírus. A “rápida disseminação” do Zika pelo continente, segundo a organização, se deve à presença do mosquito em todos os países, menos no Canadá e Chile, e também ao fato de a população não ter imunidade ao vírus.
A transmissão do Zika pelo mosquito Aedes aegypti é certa e bem conhecida. Porém, as informações sobre uma possivel transmissão por sêmen ainda são bem limitadas. O vírus já foi isolado no sêmen humano, mas ainda são necessárias investigações para saber se a tramissão sexual é possível.
Pelo sangue já foi confirmada transmissão do vírus. Segundo a Opas, é uma forma pouco frequente e pode ser evitada na triagem do sangue para transfusão. A contaminação de mãe para filho na gravidez e na hora do parto são pontos em pesquisa, apesar de o Brasil já ter registrado seis bebês que nasceram com microcefalia e tiveram exame positivo para Zika.
Sobre a transmissão pelo leite materno, a Opas informou que não há registros e que as mães, mesmo as infectadas pelo mosquito, podem continuar alimentando seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses e depois conforme recomendações médicas.
Além do Brasil, Barbados, Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guadalupe, Guiana, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, San Martin, Suriname e Venezuela notificaram casos transmissão interna de Zika.
Restaurante em Porto Alegre sofreu três arrastões na noite passada
Restaurante na Cidade Baixa sofreu três arrastões na noite de ontem. Até quando o povo gaúcho vai ter que aguentar esta insegurança que está imperando aqui no Rio Grande do Sul?
Bolsa de Xangai fecha em queda de mais de 6%
Da Agência Lusa
Cédula de yuan, a moeda chinesa Banco Popular da China
A Bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou hoje (26) em queda de mais de 6%, para 2.783,55 pontos, no dia em que o Banco Central chinês injetou 62 bilhões de euros no sistema financeiro.
Desde o início do ano, o Índice Composite de Xangai desvalorizou cerca de 25% e vale hoje quase metade do pico de 5.166,35 pontos atingido no verão passado, após uma valorização de 150% em 12 meses.
Shenzhen, a segunda praça financeira do país, caiu 6,13%, para 1.732,60 pontos.
O ChiNext, o índice chinês dedicado às pequenas e médias empresas locais e inspirado no norte-americano Nasdaq, também fechou em queda acentuada: recuou 7,3%, para 3.007,74 pontos.
Vale: famílias afetadas por tragédia em Mariana receberão casas até o fim do ano
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, em entrevista coletiva Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou hoje (25) que a mineradora Samarco vai reconstruir as casas das famílias atingidas pela tragédia em Mariana, Minas Gerais, até o fim deste ano.
Segundo Ferreira, a determinação foi dada pelos conselheiros da empresa a seus gestores. Ele disse que tem acompanhado a implementação das medidas de apoio às pessoas afetadas pelo acidente e garantiu que a mineradora cumprirá as ações de remediação dos danos.
No dia 5 de novembro do ano passado, uma barragem de rejeitos da Samarco rompeu-se e derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce. O episódio causou a morte de 17 pessoas e deixou dois desaparecidos no distrito de Bento Rodrigues , destruiu e prejudicou o abastecimento de água em diversos municípios e continua causando impactos ambientais graves no rio e no oceano.
O presidente da Vale, empresa controladora da Samarco, disse que o conselho da mineradora determinou que, até o fim deste ano, todas as casas sejam reconstruídas. De acordo com Ferreira, as famílias concordarão com o local em que vão ser realocadas e todas as residências deverão ser entregues com o mobiliário colocado.
Ele explicou que, devido ao estado de destruição, as famílias não vão poder optar pela construção das casas no distrito de Bento Rodrigues. O assunto será discutido em fevereiro, quando se buscará a "localização exata de todas essas residências".
Saiba Mais
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Murilo Ferreira conversou com jornalistas após se reunir, nesta tarde, com a presidenta Dilma Rousseff e os representantes da União e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, que moveram ação na Justiça contra a Samarco e suas duas controladoras (Vale e BHP).
A Advocacia-Geral da União (AGU) e os estados pedem um valor mínimo de R$ 20 bilhões para reparação dos estragos socioambientais e econômicos decorrentes da tragédia. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, informou que as empresas e os entes públicos têm até o próximo dia 3 para apresentar uma proposta de acordo à Justiça.
Nesta quinta-feira (28), os representantes de Minas Gerais, do Espírito Santo e da União vão se reunir em Brasília com as empresas, que deverão apresentar sugestões de acordo. "As ações de recuperação, de curto, médio e longo prazo, são o foco central do acordo, mas sem prejuízo das exigências imediatas, como fornecimento de água e colocação pessoas em casas e não abrigos, por exemplo", disse Adams.
Adams informou que do R$ 1 bilhão inicial prometido por meio do Termo de Ajustamento de Conduta, R$ 500 milhões já foram aportados pela empresa. Segundo o presidente da Vale, desde o Natal, todas as famílias afetadas pela tragédia já se encontram em casas alugadas pela Samarco, com exceção das que optaram por ficar na casa de parentes.
"Quanto aos cartões de assistência financeira, ainda existem [casos] pendentes. Nas localidades mais atingidas perto de Mariana, já foi completada a distribuição dos cartões", disse Ferreira. Ele prometeu que as seis pontes que foram destruídas até o município de Barra Larga estarão reconstruídas até o fim deste mês.
"Eu apenas estou dizendo. Não sou presidente da Samarco, mas fui informado dessas medidas todas. Eu tive oportunidade de visitar e de acompanhar a implementação dessas medidas, mas tenho certeza de que a empresa fará a remediação", garantiu Ferreira.
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