segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Você pode substituir o novo salário mínimo por...

Começou a valer nesta sexta (1º): o salário mínimo nacional de 2016 é R$ 880.

Pelas leis que o criaram em 1936 (e o fixaram em 1940), o "mínimo" deveria ser o suficiente para "satisfazer necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte" do trabalhador.

Em 1988, a Constituição ampliou as expectativas e definiu o mínimo como "capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo" (art. 7" - IV).

R$ 880, porém, não garantem esse básico a uma família brasileira. O valor necessário seria R$ 3.399,22, segundo o Dieese, em novembro de 2015 (dados mais recentes disponíveis).

Uma busca rápida comprova. O aluguel mais barato de um apartamento de 2 quartos na Penha, zona leste de SP, é R$ 900 por mês. E a cesta básica do Dieese, que não inclui verduras, só tem tomate como legume e banana como fruta, custa no mínimo R$ 310.

Para tentar rir em vez de chorar, a Folha fez uma lista de coisas pelas quais você pode substituir um salário mínimo, com base em produtos que foram sucesso nos memes de 2015.

1. Você pode substituir o salário mínimo por linhaça

Pães eleitos como os melhores da cidade pela revista sãopaulo: o de linhaça é o mais pedido
O grão tem proteínas, fibras alimentares e os famosos ácidos graxos Ômega 3 e Ômega 6, o que faz com que lhe sejam atribuídas 1.001 maravilhas: de remédio para diabetes a segredo para emagrecer.

A granel, a linhaça custa em torno de R$ 12 o quilo. O salário mínimo chega para 73 quilos.

Para quem não come como passarinho, a semente também está na receita do pão mais pedido pelos frequentadores da Julice, eleita a melhor padaria de São Paulo pela Folha.

Feito de linhaça e castanhas, ele não leva óleo, leite ou ovos. Custa pouco mais de R$ 10, ou seja, você pode substituir o mínimo por 88 pães.

A linhaça é tão versátil que substitui quase tudo nos memes que usam a cozinha saudável (e saborosa) de Bela Gil.

Um entre centenas de memes baseados no programa de Bela Gil
Se preferir ficar com o original, porém, o mínimo dá para comprar cerca de 200 dólares, pela última cotação do ano (mas não se esqueça de que o dólar é um investimento de risco ).

2. Você pode substituir o salário mínimo por coxinhas

Se forem as de frango com catupiry da Ragazzo, eleita a melhor da cidade na edição especial "O melhor de sãopaulo", dá para comprar mais de 400 coxinhas

Se optar pelo recheio mais caro, de camarão, são cerca de 200 salgados.

3. Você pode substituir o salário mínimo por mandioca (ou milho)

No outro campo do espectro político, é possível fazer, como a presidente Dilma Rousseff, uma saudação à mandioca —que virou vídeo de sucesso nas redes. O mínimo compra meia tonelada do tubérculo in natura.

Preguiça de descascar? Versões já limpas e congeladas em pacotes de 2 kg saem por R$ 15: são 58 pacotes.  

Na opção "milho", também louvado no discurso presidencial, troque um salário mínimo por a partir de 135 garrafas do óleo deste grão.

4. Você pode substituir o salário mínimo por uvas passas

Tigela de uvas passas, que provocaram guerra de opiniões nas redes sociais
A fruta seca virou pivô de disputas nas redes sociais, mas quem despreza o alimento deveria ao menos provar um gole de vinho Sauternes, feito de uva que secou no pé e sofreu o efeito de ação de fungos nas variedades de uva sauvignon blanc e sémillon.

Com o salário mínimo, compram-se duas garrafas da marca mais famosa, Chateau de Yquen, segundo o site Wine Searcher.

Ainda assim prefere bacon?

Você pode substituir as duas garrafas de Yquen por 80 pacotes de "Porcopocas" ou 35 torresmos de pancetta com cobertura de goiabada, da Casa do Porco.

5. Você pode substituir o salário mínimo por jiló

Nem o suposto nome do futuro bebê de Bela Gil não escapou das piadas, mas o fruto é um símbolo de 2015: amargo, bem amargo.

Dizem que os melhores pratos com jiló estão nos botecos de Belo Horizonte.

Os R$ 880 não dão para levar a família até lá, mas, se estiver por perto, tente visitar o parque Inhotim. Você pode substituir o salário mínimo por entradas para dois adultos e duas crianças durante três dias, de sexta a domingo, e ainda sobrará para o almoço num dos bons restaurantes do lugar

Não está por perto? O caderno "Turismo" indica algumas outras viagens que ainda cabem dentro do salário mínimo
Fonte: Folha Online - 01/01/2016 e Endividado


Desconto provoca protesto de estagiários do TJ


Os estagiários do Tribunal de Justiça do Estado protestaram ontem reivindicando o pagamento da bolsa-auxílio dos dias em que o prédio ficou interditado devido à enchente. A área judiciária ficou sem expediente entre os dias 15 e 23/10. Como os estagiários recebem pelas horas trabalhadas, ficaram sem o valor referente ao período, o que representa um terço do total. “Não ficamos sem trabalhar por vontade própria. Estávamos à disposição do Tribunal, mas fomos impossibilitados de vir”, defende Lucas Pedrassani. Nota divulgada pelo órgão diz que a administração está estudando uma forma de resolver a questão.



Fonte: Correio do Povo, página 17 de 28 de outubro de 2015.

Denúncia da PGR deve atingir Cunha e Collor

Parlamentares são suspeitos de participar de corrupção na Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. A intenção era oficializar a denúncia de Cunha ontem, mas devido a um problema burocrático, a apresentação do documento ao STF ficou para hoje.
Na denúncia, Janot deve pedir a condenação dos parlamentares por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras. Ele nega ter recebido o valor.
Segundo o Ministério Público Federal, Collor é suspeito de ter recebido, entre 2010 e 2014, R$ 26 milhões em propina para favorecer empresas em contratos firmados pela BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras na área de combustível. O senador nega ser beneficiário de propina. Se o STF aceitar as denúncias, os parlamentares responderão a ações penais no tribunal – devido ao foro privilegiado decorrente da condição de parlamentar, não podem ser processados em outra instância da Justiça.
O presidente da Câmara é acusado de ter usado requerimentos apresentados à Comissão de Fiscalização e Controle pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha, para pressionar pelo pagamento de propina. Os requerimentos pediam ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério de Minas e Energia informações sobre o ex-consultor Júlio Camargo, intermediário no repasse da propina e que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público: sobre a Samsung, fornecedora dos navios-sonda; e sobre o grupo Mitsui, envolvidos nas negociações de um dos outros contratos.
De acordo com investigações da PGR, foram feitas dezenas de operações financeiras para lavagem de dinheiro de propina supostamente entregue a Cunha, entre as quais remessas de dinheiro para o exterior, entrega de dinheiro em espécie e transferências para uma instituição vinculada a Cunha. Ele nega todas as acusações.




Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de setembro de 2015.

Depósitos judiciais: 'uso deveria ter regra nacional', diz Mendes


O ministro Gilmar Mendes disse ontem que a audiência pública sobre o uso dos depósitos judiciais mostrou a importância e os riscos do uso destes valores pelos entes federativos. Segundo ele, as exposições mostraram que há a necessidade de algum tipo de regulação sobre o tema. Segundo o ministro, as apresentações demonstraram tanto que a crise impacta econômica e financeiramente no Pacto Federativo, como revelaram a importância da existência de um regramento uniforme para o uso dos depósitos judiciais. “Chamam a atenção os critérios atuariais, com uma variação de 5% a 60%, que indicam que algo pelo menos pode estar errado. E que alguma disciplina deve ser fixada numa legislação nacional”, afirmou o ministro.
O ministro observou ainda que, com o crescente endividamento dos entes federados, o poder público estaria encontrando na utilização dos depósitos solução para seus problemas financeiros, mas também não poderia estar criando um novo elemento de desequilíbrio para o futuro.
O presidente do Tribunal de Justiça do RS, José Aquino Flôres de Camargo, que se manifestou durante a audiência, afirmou que no RS um sistema de gerenciamento dos depósitos, administrado pelo tribunal, desonerou o Tesouro e possibilitou investimentos no Judiciário.



Fonte: Correio do Povo, página 4 de 22 de setembro de 2015.

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