O governador José Melo teve o mandato cassado pelo TRE Divulgação/Governo do Amazonas
Por 5 votos a 1, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas cassou, na tarde desta segunda-feira (25), os mandatos do governador do Amazonas, José Melo, do PROS, e do vice-governador, José Henrique de Oliveira, do PR. A maioria dos magistrados entendeu que havia fortes indícios de que os dois participaram de um esquema de compra de votos nas eleições de 2014. Eles também foram condenados a pagar cerca de R$ 80 mil em multa.
Apenas o desembargador Márcio Rys de Meirelles, foi contra a perda dos mandatos. Votaram a favor da cassação os juízes Didimo Santana Barros Filho, Henrique Veiga, Jaiza Fraxe, o relator, Affimar Cabo Verde. e o desembargador João Mauro Bessa.
O advogado de José Melo e José Henrique, Yuri Dantas, informou que vai recorrer. “Vamos aguardar a publicação do acórdão e, a partir da publicação, decidir qual será o meio recursal. Se forem embargos de declaração, eles serão protocolizados aqui para o TRE. Se for recurso ordinário, será para o Tribunal Superior Eleitoral.”
José Melo e José Henrique continuam no cargo até a publicação do acórdão do julgamento, que é a decisão final dos magistrados. O advogado Yuri Dantas disse que, depois de divulgado o acórdão, ainda há um prazo de três dias para entrar com recurso.
A ação que resultou na perda dos diplomas foi movida pela coligação Renovação e Experiência, da qual faz parte o atual ministro de Minas e Energia e segundo colocado nas eleições passadas, Eduardo Braga, do PMDB.
No julgamento da ação, não se definiu se haverá novas eleições para o governo do Amazonas, caso se a confirme a decisão do TRE.
Megaestrutura de alegorias exige cuidado especial no trajeto até a avenida
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O tamanho dos carros alegóricos das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro têm aumentado ao longo dos anos. Os carnavalescos também criaram novos efeitos especiais e importaram para o carnaval carioca a tecnologia usada no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, que ajuda a dar movimento às alegorias.
Se o visual dos carros fica cada vez mais bonito e agrada o público, até que cheguem à avenida e completem o desfile, todo cuidado é pouco. A montagem das alegorias nos barracões das escolas, na Cidade do Samba, região portuária do Rio, exige cada vez mais estratégia.
O diretor-geral de barracão da Mocidade Independente de Padre Miguel, Marcelo Plácido, tem experiência no assunto. É ele quem verifica o ritmo de montagem e fica de olho nas medidas das alegorias. Segundo ele, não se pode impedir a criatividade dos carnavalescos, mas o limite na largura e na altura dos carros tem que ser respeitado ou o trabalho pode ser prejudicado.
Com até 5,5 metros de altura e 8 metros de largura no barracão, carros alegóricos exigem logística especial para chegar ao desfile Arquivo/Agência Brasil
Carnaval na medida
Plácido explicou que o ideal é que os carros tenham até 5,5 metros de altura e até 8 metros de largura. Essa medida, segundo ele, além de garantir a passagem da alegoria nos portões do barracão, facilita o transporte até a área de concentração da passarela do samba.
“É uma verdadeira operação que nós fazemos para a retirada desses carros. Montados dentro do barracão, temos o cuidado de fazer com 5,5 metros por causa dos fios no trajeto entre a Cidade do Samba e a [Avenida] Presidente Vargas [local da concentração]. A largura de 8 metros é por causa dos postes nas ruas”, revelou.
As medidas, no entanto, podem mudar na concentração, porque lá os carros recebem as partes adicionais que não foram incluídas para o deslocamento. Segundo Plácido, algumas alegorias têm sistema hidráulico e isso permite atingir 18 metros de altura.
Saiba Mais
Este ano, a torre de concreto onde ficavam cinegrafistas e fotógrafos, próximo à Praça da Apoteose, na área final do desfile, foi demolida e será substituída por uma estrutura móvel. Com a mudança, as alegorias podem alcançar alturas maiores, para alegria dos carnavalescos.
Por causa da torre de concreto, algumas escolas, entre elas a Mangueira, já enfrentaram dificuldades na passagem pelo local. Em 2013, o sistema hidráulico de uma alegoria não funcionou como previsto e parte do carro ficou comprometido. A Portela teve mais sorte: em 2015, levou para a avenida uma águia – símbolo da escola – numa versão com asas abertas em referência ao Cristo Redentor. O sistema hidráulico funcionou e a alegoria, de 18 metros, se recolheu na passagem pela torre e saiu intacta.
Cuidados no trajeto
A logística do transporte até a concentração é cheia de cuidados. Na Mocidade, segundo Plácido, a operação mobiliza cerca de 200 pessoas, entre empurradores, eletricistas, mecânicos, borracheiros e motoristas. “Esses carros ficam montados dentro do barracão e a maioria deles tem sistema hidráulico, acoplamentos, gavetas, tudo desmontado. Colocamos estas partes em carretas e caminhões para a logística de transporte. Quando chega lá, essas partes são montadas e os carros ficam maiores.”
Em 2015, a Portela desfilou sua Águia Redentora. Com estrutura hidráulica, a ave de 18 metros se fechou para passar pelo trecho final da passarela do sambaCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
O diretor-geral de barracão da Mocidade revelou que, um mês antes do desfile, representantes das escolas fazem o percurso dos carros alegóricos para verificar se existe algum impedimento no caminho, como novos postes, fios, placas e calçadas.
Depois disso, encaminham a avaliação para a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Este ano, por causa das obras na região portuária, foram necessárias alterações na rota.
O tempo de percurso até a passarela do samba é outra preocupação das escolas. A Mocidade, por exemplo, deve sair do barracão por volta das 23h para chegar à concentração às 8h do dia seguinte. Tudo acompanhado por uma equipe de segurança, que permanece com os carros até o momento do desfile.
“É importante. Não digo nem por maldade, mas já aconteceu uma situação de uma pessoa subir no carro para fazer uma foto. Nós sabemos onde está, por exemplo, um refletor, onde tem um led, um neon, são detalhes que têm que ter cuidado na hora de subir no carro. A segurança está lá para prevenir isso.”
No fim do desfile, o cuidado com as alegorias não termina. As escolas têm que fazer a dispersão dos carros alegóricos da avenida, em no máximo 2h30, tempo contado desde o início do desfile. Se não cumprirem o tempo, pagam multa de R$ 60 mil.
“É tudo cronometrado porque se não trava a outra escola que está na avenida. A mesma estrutura que montamos na concentração tem que ser desmontada na dispersão. Não é porque acabou o desfile que vamos tirar tudo de qualquer maneira”, disse Plácido, já pensando na possibilidade de voltar à avenida no Desfile das Campeãs, no sábado seguinte ao carnaval.
Previsão de chuva e mais neve dificulta volta à normalidade em Washington
José Romildo - Correspondente da Agência Brasil
Os pedestres continuam com dificuldades de circulação nas ruas de WashingtonEPA/Shawn Thew/Agência Lusa
Enquanto o estado de Nova York volta aos poucos à vida normal nesta segunda-feira (25), os moradores de Washington ainda encontram grandes dificuldades em se dirigir ao trabalho e ao comércio.
A maior parte das escolas ainda está fechada em Washington. Em razão da previsão de chuvas para amanhã (26) e de mais neve para os próximos dias, a situação pode prosseguir por mais alguns dias. A ocorrência de chuvas costuma prejudicar os trabalhos de remoção de gelo e neve das ruas.
O presidente Barack Obama, que havia suspendido a agenda desde sexta-feira (22), esteve hoje à tarde em Bethesda, Maryland, um dos estados atingidos pela nevasca que atingiu a Costa Leste dos Estados Unidos, para uma visita ao Centro Médico Nacional Militar Walter Reed.
No entanto, o governo norte-americano manteve suspensas todas as atividades públicas e assim deve permanecer até esta terça-feira. As reuniões do Pentágono foram canceladas.
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O Seminário de Inovação D3, uma iniciativa que reúne o Pentágono, Departamento de Estado e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que ocorreria esta semana, foi adiado. O Congresso Nacional também permanecerá fechado por toda a semana.
Iniciada sexta-feira (22), e encerrada na manhã de ontem (24), a tempestade de nove continua dificultando a vida dos moradores de 11 estados da Costa Leste. As crianças ainda estão sem aula, principalmente em Washington, Baltimore e em cidades da Carolina do Norte.
O Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington cancelou hoje mais de 1,5 mil voos e novos adiamentos estão previstos para os próximos dias. Autoridades americanas ainda contabilizam as consequências da nevasca, que até o momento registra 29 mortes e incontável número de casas sem energia.
Barack Obama esteve à tarde em Bethesda, Maryland, um dos estados atingidos pela nevascEPA/Michael Reynolds/Agência Lusa
O número de mortos poderá subir nos próximos dias, em razão do derretimento do gelo nas calçadas e ruas. As autoridades continuam alertando os pedestres que que caminhem longe das pistas, devido ao perigo de derrapagem de veículos.
Pessoas idosas são aconselhadas a ficar em casa nos próximos dias para reduzir os riscos de quedas e acidentes.
Em Nova York, os trabalhos de limpeza das ruas estão adiantados. Segundo o governador Andrew Cuomo, a maioria dos serviços de transporte já voltou à normalidade na cidade hoje pela manhã. Apenas algumas ferrovias e rodovias estão fechadas para remoção de neve e gelo.
Em Baltimore, a prefeita Sthepanie Rawlings-Blake informou que a cidade não tem um cronograma para limpar as ruas. “Aviso a todos que precisamos de muito tempo para limpar a neve”, afirmou o governador da Virgínia, Terry McAulife.
Marcelo Castro ressaltou que 2015 foi o ano com o maior número de casos de dengue no Brasil: glo.bo/20pg2Sc
Ministro da Saúde diz que Brasil está perdendo "feio" a luta contra a dengue
G1.GLOBO.COM
Rio fará vistorias diárias contra o Aedes aegypti durante Jogos Olímpicos
Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil
Mosquito Aedes aegyptiArquivo/Agência Brasil
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que vai intensificar as inspeções de combate ao mosquito Aedes aegypti durante os Jogos Olímpicos, em agosto. O inseto é o principal vetor de transmissão do vírus Zika, relacionado ao nascimento de bebês com problemas cerebrais.
As vistorias em locais que receberão os atletas e o público durante os jogos serão mais frequentes quatro meses antes da competição. Já no mês dos jogos, as inspeções passarão a ser diárias, segundo o Comitê Rio 2016, preocupado em reduzir o risco de contato com o Aedes.
A prefeitura esclarece que durante o inverno as condições climáticas não favorecem a proliferação do mosquito, ao contrário do verão, que tem alta umidade por causa das chuvas e do calor. Mesmo assim, não está descartado o uso de inseticida em agosto, que poderá ser borrifado (o fumacê).
No mês das competições, a prefeitura também colocará pelo menos um agente de vigilância ambiental e de saúde em cada uma das instalações olímpicas. Eles devem ficar atentos a qualquer foco de proliferação do mosquito. “Um copo plástico jogado e esquecido num jardim, por exemplo pode acumular água e virar um potencial criadouro”, disse a prefeitura, em nota.
Carnaval
Ainda neste verão, o Rio também aumentou as inspeções e ações de conscientização nos bairros. Amanhã (26), inicia o mutirão de mobilização e combate ao Aedes na zona oeste, como Deodoro, sede de competições de hipismo, canoagem e hóquei na Olimpíada do Rio.
Para garantir que os turistas se sintam seguros no Sambódromo, que recebe os tradicionais desfiles das escolas de samba no próximo final de semana, a prefeitura informa ainda que faz inspeções semanais no local, que, ao longo do ano, já passa por vistorias quinzenais.
O principal alerta é para que a própria população verifique e destrua eventuais criadouros do mosquito diariamente, como depósitos de águas em plantas, jarras, calhas, pneus e lixo abandonado, pois 80% dos focos são encontrados em ambiente domiciliar.
Ao todo, 3 mil agentes de vigilância estão capacitados para combater o Aedes. O mosquito também transmite chikungunya, dengue e febre amarela. As ações foram reforçadas neste verão, época de maior temperatura e de mais chuvas e que favorecem a reprodução do inseto.
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