Aileda de Mattos Oliveira (7/1/2015)
Na visão da população mais racional, mais perceptiva, essa seria a melhor tradução para a sigla da decaída instituição. Estaria mais condizente com as malvistas ações articuladas entre os seus membros. Raríssimas exceções, à parte.
Tida, até então, como a mais alta Corte do país e de última instância, até que o PT a transformasse no seu curinga no jogo da logística do poder, a partir daí, tornou-se o centro de sessões de fantoches togados, esgrimindo verborragia entre falsos eruditos para ludíbrio da massa ignara e satisfação do jornalismo nacional, faccioso, que se opõe ao Brasil.
De símbolo de respeito e dignidade, a toga preta tornou-se, neste ciclo de promiscuidade moral, apenas uma capa sob a qual os usuários passam a encobrir a sua pequenez.
Que dizer de um Órgão que deveria ser a guardiã das Leis e que interpreta ao capricho do Executivo um artigo do Regimento Interno da Câmara Federal, a fim de salvar a presidente do cadafalso do “impeachment”? Bem disse Joaquim Barbosa e, com minhas palavras repito, de forma livre: o Brasil é o único país onde os criminosos escolhem o juiz para julgá-los.
Por acaso, Dilma é criminosa? Não, por acaso, mas por vontade própria, desde a sua juventude. Mas, isso é tema para outro artigo.
Chama-se Barroso, o ministro responsável pela intencional tijolada interpretativa. Originário de ‘barro’, ‘oso’, ‘quantidade’, mistura de argila e água, portanto, um ‘tijolaço’. Assim, agiu ele, coerentemente, em defesa de sua madrinha predadora, que afundou a Nação por incompetência, avidez por dinheiro, e ambição pelo poder.
Frauda a letra do Regimento em favor do sujo conluio, da barrenta conjuração política. Ínfimo é o Tribunal que comete o crime que deveria combater!
Essa cínica transação política fez declinar, mais ainda o Brasil, já desacreditado internacionalmente e sem prestígio, por culpa daquela que deveria ser a mais alta instituição do país, agora mancomunada com o par de jarros Dilma e Lula, ladravaz, oportunista, desclassificado.
Que democracia é esta, em que os Três Poderes não têm autonomia? O Executivo escolhe os ministros do Supremo e o Supremo interfere nas atividades do Congresso?
Enquanto os juristas deste Órgão não forem escolhidos, por mérito, em concurso público e demonstrarem notório saber, serão sempre tachados, daqui para frente, de títeres, pois estarão nas mãos de quem lhes deu a sinecura, muito bem paga pelos contribuintes, desrespeitados na sua inteligência e na sua capacidade de reação.
A que ponto vergonhoso chegaram os Três Poderes desta República, falida pelos traficantes de influência, governantes, deputados, senadores, magistrados, todos desprovidos de quaisquer resquícios de responsabilidade com o cargo, portanto, sem nenhum vestígio de valores.
E essa gente dorme, tranquilamente!
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)
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