segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Pais devem ficar atentos para evitar desidratação infantil durante o verão

A combinação de altas temperaturas, típicas do verão brasileiro, com o período de férias escolares e viagens em família pode se transformar em um prato cheio para o aumento de casos de desidratação infantil nesta época do ano. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da entidade, Tadeu Fernandes, explicou que o quadro de desidratação consiste na perda de água pelo organismo por meio de vômitos, diarreia ou mesmo pelo suor.

“Muitas crianças ficam desidratadas por causa do calor, do excesso de exposição ao sol ou quando não há uma preocupação, por exemplo, em manter o quarto fresquinho. A criança perde calor pela pele, transpirando. Isso acontece principalmente entre crianças pequenas, que não têm boa reposição.”

Segundo o especialista, alimentos mal acondicionados podem atuar como grandes vilões durante o verão, sobretudo em praias, festas e restaurantes. “No verão, se a gente não conserva direito os alimentos, eles estragam mais rápido. Um iogurte comprado no mercado, por exemplo, ao entrar em contato com as altas temperaturas do porta-malas, pode já chegar em casa azedo e, posteriormente, é servido à criança.”

Dicas simples de prevenção, de acordo com o pediatra, incluem evitar pedir gelo para sucos e rodelas de limão ou laranja em refrigerantes. “Onde essas frutas estavam guardadas e há quanto tempo? Será que esse gelo foi feito com água filtrada ou da torneira? A ideia é limitar o risco.”

Também é preciso ficar atento para ofecer água constantemente para as crianças. 

Os sinais de desidratação infantil incluem urina muito concentrada e em menor quantidade, criança mais irritadiça, pele com menos elasticidade e de aparência seca e olhos fundos. Em bebês, é possível perceber ainda a moleira com aspecto afundadO. A orientação é procurar serviço médico sempre quer houver quadro de vômitos e diarreia, para que a situação não se agrave.

“O mais importante, no tratamento, é a terapia de reposição oral com o soro preconizado pela Organização Mundial da Saúde, que pode ser retirado gratuitamente em postos de saúde ou comprado nas farmácias. É, inclusive, mais seguro do que preparar o soro em casa, já que pode haver erros na preparação, como mais sal ou menos sal”, explicou.

“Muitas mãe se enganam utilizando bebidas isotônicas como soro para reidratação. Elas não servem para reposição em casos de diarreia, vômito e desidratação infantil. Outra lenda é o uso da água de coco, que não é a bebida correta para se fazer a reidratação oral. Também não adianta dar água pura para a criança porque o que ela perde é água salgada, com sódio e potássio.”

 

Agência Brasil

 

 

ONGs lançam campanha para alertar sobre crise hídrica no Rio de Janeiro

 

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Voluntários das ONGs Greenpeace e Meu Rio lançam, na Lagoa Rodrigo de Freitas, a campanha Rio Maravilha sem Água (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Voluntários das ONGs Greenpeace e Meu Rio lançam, na Lagoa Rodrigo de Freitas, a campanha Rio Maravilha sem Água (Tânia Rêgo/Agência Brasil)Tânia Rêgo/Agência Brasil

Voluntários da Greenpeace e da rede Meu Rio lançaram neste domingo (24), na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a campanha Rio Maravilha Sem Água. A iniciativa visa informar os cariocas sobre a situação de crise hídrica que está ocorrendo nos reservatórios do estado. Segundo a coordenadora da campanha de água do Greenpeace, Fabiana Alves, a ideia é pedir que as pessoas se juntem aos voluntários para exigir do governo do estado maior transparência nas informações sobre o abastecimento de água e os recursos hídricos existentes.

De acordo com o Greenpeace, o Rio de Janeiro vive uma crise hídrica similar à de São Paulo, mas quase nada é comentado sobre o assunto. O maior reservatório, o Paraibuna, está há mais de um ano com o volume útil abaixo de 20%, além de ter chegado ao volume morto em janeiro de 2015. Os mananciais da bacia do Rio Paraíba do Sul também estão destruídos e contam apenas com cerca de 13% da floresta original, alerta a ONG.

Fabiana disse que a campanha pretende também mostrar à população que a água não vem da torneira. “Tem todo um ciclo da água e uma preocupação ambiental por trás disso. É preciso  que as pessoas tenham consciência para que façam uso racional da água. A campanha, ainda de acordo com Fabiana, é um evento de “empoderamento das pessoas” e mostra que qualquer um consegue fazer alguma coisa e pedir pelo que acredita e considera justo.

Para o coordenador da rede Meu Rio, Rafael Rezende, a crise hídrica é um problema iminente no Rio de Janeiro. “E mesmo que a gente tenha passado dez dias com chuva, isso não significa que a situação melhorou”. Rezende disse que a gestão dos recursos hídricos é muito nebulosa e os governos não têm um plano para a eventualidade de faltar água para a população. "A campanha visa despertar a consciência das pessoas para o fato de que o Rio de Janeiro, apesar de ter lagoas, praias, cachoeiras, tem um problema real com o abastecimento de água, que pode se agravar em 2016”.

Quem quiser se juntar à ação, pode entrar no endereço www.riomaravilhasemagua.com.br.

A moradora do Rio de Janeiro Márcia Barbedo aderiu à campanha. Segundo ela, as pessoas não têm consciência da real situação que ocorre não só no Rio de Janeiro, mas no mundo, em relação ao clima. “As pessoas vivem desmatando e não têm consciência do que isso vai acarretar no futuro para os nossos filhos, os nossos netos”.

Moradora do Méier, zona norte da cidade, Cláudia Gama achou a campanha “muito legal”. Ela disse que as pessoas têm que ter uma conscientização melhor, inclusive sobre o uso da água, “para a gente não ter tanto desperdício, como se vê pelas ruas, para a gente poder se preservar e preservar o meio ambiente, para ter alguma coisa no futuro, principalmente para as gerações futuras”.

Outro que se engajou na campanha foi o sociólogo e vereador Renato Cinco (PSol). Para ele, a campanha vem de encontro às preocupações da Comissão Especial sobre o Colapso Hídrico, criada na Câmara dos Vereadores do Rio no ano passado, e que organizou seminário internacional sobre o tema. Ele disse que ao olhar o nível dos reservatórios que abastecem o estado, percebeu que havia um risco de desabastecimento, que poderia se revelar tão crítico como ocorreu em São Paulo.

Para Renato Cinco, o tema é complexo e precisa ser pensado em uma escala mundial, ligada ao aquecimento global, que interfere no regime de chuvas, e também nos aspectos nacional e local, onde o desperdício de água tratada chega a 30%, de acordo com dados da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), contra 10% em Nova Iorque. “A gente fica muito preocupado porque a população, até agora, está prestando pouca atenção à questão. E a maior parte da atuação governamental se restringe a tentar convencer a população a fazer pequenas economias”. O sociólogo acredita que a população precisa acordar para além de fazer o seu papel individual. “Precisa despertar para pensar o modelo de civilização que a gente criou e o quanto ele está chegando ao limite em várias frentes”. A questão da água é uma dessas frentes, apontou.

 

Agência Brasil

 

GM demite mais de 200 trabalhadores

A General Motos do Brasil (GM) demitiu mais de 200 pessoas na sua unidade de São José dos Campos, no interior paulista. As demissões foram feitas por meio de um telegrama enviado pela empresa aos funcionários na manhã de sábado. Atualmente, a unidade, que já chegou a empregar mais de 8 mil pessoas, tem 5 mil funcionários. Ao todo, 750 operários da unidade estão em layoff (suspensão temporária de contratos). Eles devem retornar à fábrica hoje.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 10 de agosto de 2015.

 

 

GNV move só 1% da frota no Rio Grande do Sul

A Sulgás, o Detran/RS e a Rede de Qualidade Sul (RQ Sul) promoveram ontem, na sede da Federasul, um encontro setorial sobre segurança e benefícios do uso de Gás Natural Veicular como alternativa aos demais combustíveis fósseis. De acordo com o gerente de Grandes Consumidores da Sulgás, Carlos Augusto Lima, a ideia é aumentar a participação de veículos movidos a GNV na frota estadual e destacar os benefícios desse combustível ao meio ambiente. Atualmente, 1% da frota gaúcha é movida a gás, com mais de 61 mil veículos legalizados”, salientou. Lima admitiu que o número é pequeno diante da economia que o gás oferece e dos benefícios para a sociedade, inclusive com a diminuição de casos de problemas respiratórios.

O diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvleski, lembrou que o veículo adaptado ao GNV precisa ser devidamente inspecionado por técnicos do departamento e receber certificado do Inmetro para poder rodar.. Já o vice-presidente da RQ Sul, Enio Ferreira, revela que cerca de 20 mil veículos adaptados para gás circulam no Estado de forma clandestina e não passaram pela vistoria dos órgãos competentes.. Em um município da Região Metropolitana, exemplificou ele, “o índice chega a 57%, ou seja, mais da metade da frota roda com GNV de forma ilegal”.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 9 de outubro de 2015.

 

 

Ata do Copom sai quinta-feira e deve explicar manutenção da Selic em 14,25%

 

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

 O Presidente do Banco Central, Alexadre Tombini fala na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,

e  mais  cinco  diretores votaram  pela manutenção

da  taxa  básica  de  juros    Arquivo/Agência Brasil

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na próxima quinta-feira (28), será uma das mais aguardadas pelo mercado, depois da polêmica com a decisão do colegiado de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano.
O documento trará as explicações do presidente, Alexandre Tombini, e de diretores do Banco Central (BC) para a decisão, tomada quarta-feira (20).

A polêmica surgiu às vésperas do anúncio da decisão do Copom, quando Tombini divulgou comentário sobre a revisão de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira. Na terça-feira (19), primeiro dia de reunião do Copom, Tombini disse, em nota, que as revisões foram significativas e seriam consideradas na decisão do Copom.
O FMI aumentou a projeção de queda da economia brasileira neste ano de 1% para 3,5%. Para 2017, a expectativa é de estabilidade, com a estimativa de crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), contra a expectativa de crescimento de 2,3%, divulgada em outubro do ano passado.

O comunicado de Tombini em dia de reunião do Copom foi incomum e indicou uma mudança de direção com relação à Selic. Com isso, os analistas que, esperavam por aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, mudaram as apostas para alta de 0,25 ponto percentual ou estabilidade da Selic. Analistas criticaram a comunicação do BC, que anteriormente informava que adotaria as medidas necessárias para controlar a inflação, ou seja, que elevaria a Selic. Para alguns analistas, o BC estaria cedendo a pressões ao mudar a comunicação e tomar a decisão de manter a Selic em 14,25% ao ano.

Quando há elevação da taxa Selic, a demanda por produtos e serviços é afetada, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam as pessoas a economizar em vez de gastar. Quando há redução da Selic, o efeito é o contrário: incentiva produção e consumo, mas alivia o controle da inflação. Nas suas decisões, o BC tem que decidir se no momento a prioridade é controlar a inflação ou estimular a economia. Além de afetar a demanda, a elevação da taxa influencia também as expectativas com relação à inflação.

Em comunicado sobre a decisão, o Copom informou que considerou não apenas a inflação, mas o atual balanço de riscos do país, as incertezas domésticas e principalmente externas. A explicação mais detalhada sobre a decisão virá na ata. Os analistas costumam observar os detalhes do documento, como troca ou supressão de palavras em relação à ata anterior, para decifrar a direção que o Copom irá tomar no futuro.

Na reunião dos dias 19 e 20 deste mês, Tombini e cinco diretores votaram pela manutenção da Selic. Os diretores Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro) e Tony Volpon (Assuntos Internacionais) votaram pela elevação da Selic em 0,5 ponto percentual. Os dois diretores já queriam aumentar a taxa na reunião de novembro do ano passado.

 

Agência Brasil

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