Da Agência Lusa
O jornalista irano-norte-americano do Washington Post Jason Rezaian e o sacerdote irano-norte-americano Said Abdeini estão entre os quatro binacionais iranianos libertados pelo Irã no quadro de uma troca de prisioneiros, informou hoje (16) a agência Fars.
Um pouco antes, o procurador de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, tinha anunciado a libertação de “quatro presos iranianos binacionais” no quadro de uma troca de prisioneiros, sem referir a sua identidade.
Uma fonte citada pela televisão estatal disse que sete presos iranianos detidos em prisões norte-americanas seriam libertados em troca dos quatro binacionais.
De acordo com a mesma fonte os quatro libertados pelo Irã são: Jason Rezaian, Said Abdeini, o ex-fuzileiro Amir Hekmati e Nosratollah Kosravi.
O nome deste último aparece pela primeira vez. A agência oficial iraniana Irna indicou que o quarto libertado era Siamak Namazi, empresário irano-norte-americano sediado no Dubai.
Rezaian foi detido em julho de 2014 e acusado de espionagem. Ele foi condenado no final de 2015 a uma pena cuja duração nunca foi divulgada. Hekmati também foi acusado de espionagem.
Irã e Estados Unidos cortam relações diplomáticas em 1980. As relações entre os dois países melhoraram após a conclusão do acordo sobre o programa nuclear iraniano em 14 de julho, em Viena, entre o Irã e as grandes potências.
O anúncio da libertação dos presos acontece quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif, estão reunidos em Viena para anunciar a aplicação do referido acordo.
Fisioterapeuta e preparador físico vão ajudar a contar enredo da Portela
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira estreiam como coreógrafos da Comissão de Frente da PortelaCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Qual a ligação de um fisioterapeuta e de um preparador físico com uma escola de samba? Em 2016, no carnaval do Rio, essa relação tem tudo a ver e o resultado desta união poderá ser apreciado durante o desfile da Portela. A ideia de usar o trabalho de Vitor Pessanha e Jalber Rodrigues foi dos coreógrafos da comissão de frente da Portela, Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira. A dupla se juntou à coreógrafa Ghislaine Cavalcanti, que, este ano, faz o seu terceiro carnaval pela escola.
Sem detalhar a apresentação da Comissão de Frente – afinal, o segredo é sempre valorizado pelos coreógrafos até o momento do desfile – Sandryni e Roberta contaram à Agência Brasil, que os movimentos da coreografia preparada para este ano exigem muito esforço dos 14 integrantes e alguns chegaram a se queixar de dores. "É um trabalho muito complicado, muito físico e está exigindo muito da parte de força. Mesmo sendo bailarinos eles estão sentindo muita pressão, mas já estão se preparando", disse Sandryni.
Saiba Mais
Na avaliação da dupla, a grande dificuldade na criação da coreografia foi juntar as partes artística e técnica. "[É complicado] conseguir aliar a dança à parte técnica, que se tiver um probleminha, um tempinho fora já dá um problema absurdo. Tem que fazer tudo certo. A técnica tem que ser perfeita", explicou Roberta.
Bota especial
Ela destaca que o envolvimento do fisioterapeuta Vitor Pessanha com o trabalho é tão grande que ele vai confeccionar uma bota especial de proteção para cada integrante da Comissão de Frente a fim de evitar que alguém se machuque no desfile. Além disso, os integrantes terão acompanhamento enquanto estiverem na concentração, momentos antes de entrarem na avenida. "[A finalidade é] soltar os músculos dos meninos para que possam desfilar menos tensos e de uma forma mais saudável", contou Roberta.
Os ensaios são feitos à noite e sempre em locais mais reservados para a coreografia não ser vista antes da hora. Eles começaram em outubro e no fim de novembro os dois profissionais entraram para o grupo, sempre acompanhando os exercícios necessários e os movimentos dos bailarinos. Vitor cuida do condicionamento físico dos integrantes e o preparador Jalber Rodrigues orienta a parte técnica da coreografia. "É uma parceria maravilhosa", ressaltou Sandryni. Vitor é fisioterapeuta do Clube de Regatas do Flamengo e Jalber acompanha um dos jogadores de basquete do clube. "Se completam. Deu tudo certo", completou Roberta.
Trabalhos anteriores
O trabalho da dupla de coreógrafos com o carnavalesco Paulo Barros, que este ano desenvolve, na Portela, o enredo No Voo da Águia, Uma Viagem sem Fim, não vem de agora. Em 2003, ainda no grupo de acesso, surgiu na avenida a primeira alegoria humana, uma característica de Paulo Barros. No desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti, Sandryni fez a coreografia dos componentes do carro que representava o quadro Espantalho de Cândido Portinari, tema daquele ano. No ano seguinte, foi a vez da mineira Roberta se unir ao carnavalesco. "Até então eu via os desfiles pela televisão lá em Minas e aí esse menino [Sandryni] me chamou".
Em 2016, a responsabilidade aumentou com a estreia como coreógrafos de comissão de frente no grupo especial, considerado a elite do carnaval do Rio, e ainda trabalham em sete alegorias e três alas. Para Sandryni, existe o conceito de que o trabalho de coreografar alegorias e alas é mais fácil, mas, na verdade, é muito mais profundo, sem contar com o peso de ter que responder pela comissão de frente. "Nas alegorias, tem que selecionar as pessoas, motivar, ensinar canto, interpretar, interagir com o público. Só que quando se assiste não tem um quesito que julgue isso”, disse. “Só que agora são 40 pontos em um quesito que é nomeado [essa é a nota máxima que pode ser atribuída ao quesito Comissão de Frente]", explicou.
Como costuma ocorrer em todos os anos, as orientações para a criação da coreografia da Comissão de Frente foram dadas por Paulo Barros e a partir daí o trio de coreógrafos criou o que será apresentado, pela quarta escola que entrará na passarela do samba, no segundo dia de desfiles. Este ano, a comissão da Portela terá uma alegoria além dos componentes.
O carnaval de rua no Rio de Janeiro começa oficialmente neste sábado (16) e vai até o dia 14 de fevereiro. Ao todo, 505 blocos foram autorizados a desfilar: glo.bo/206Enfv
Blocos de carnaval se preparam para levar irreverência às ruas do Rio
G1.GLOBO.COM
Após ataque, forças de segurança libertam 126 pessoas em hotel de Burkina Faso
Da Agência Lusa
Soldados cercam hotel Splendid, após ataque da Al Qaeda. No total, 20 pessoas morreram e 126 foram regatadasEPA/STR/Yempabou/Direitos Reservados
As forças de segurança de Burkina Faso cercaram um hotel em Ouadagoudou e libertaram 126 pessoas, informou o ministro do Interior, ao destacar ainda que um outro ataque ocorre num segundo hotel da região.
“Cento e vinte e seis pessoas, das quais 33 feridas, foram libertadas. Três jihadistas, um árabe e dois africanos, foram mortos”, afirmou o ministro do Interior de Burkina Faso, Simon Comparoe.
Saiba Mais
“Os ataques ao hotel Splendid e ao café-restaurante Cappucino [que fica em frente ao hotel] acabaram, mas um outro ataque está em curso no hotel Ybi”, situado ao lado do Cappuccino, disse o ministro.
Uma fonte das forças de segurança informou que houve, pelo menos, 22 mortos neste ataque ao hotel Splendid e ao café restaurante Cappuccino.
O presidente da França, François Hollande, condenou hoje (16) os ataques que começaram na noite de sexta-feira, em Ouagadougou.
Num comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, Hollande manifestou o seu apoio ao povo e ao presidente de Burkina Faso, Christian Kaboré, e lembrou que as forças francesas colaboram com o país.
O ataque foi reivindicado pela Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI), por meio de integrantes do grupo Al Murabitun, liderado pelo jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar.
Manoel Fiel Filho: brasileiro, metalúrgico, assassinado
Da Agência Brasil
O assassinato de Manoel Fiel Filho naquele 17 de janeiro de 1976, na carceragem do DOI-Codi do 2º Exército, em São Paulo, não teve a mesma repercussão da morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida menos de três meses antes no mesmo local e em circunstância semelhante.
Sepultura de Manoel Fiel Filho no Cemitério da Quarta Parada, em Água Rasa, São PauloRovena Rosa/Agência Brasil
Assim como Vladimir, Fiel foi morto sob tortura dos agentes da ditadura. A imprensa só soube do acontecido três dias depois, após a divulgação de uma nota lacônica pelo 2º Exército informando que o metalúrgico havia cometido suicídio.
Apesar da pouca repercussão, o assassinato do metalúrgico irritou o presidente Ernesto Geisel, que mandou demitir o comandante do 2º Exército, general Ednardo D’Ávila Mello, praticamente desmontando a máquina de tortura e morte que funcionava no DOI-Codi de São Paulo. A saída de Ednardo não acabou com as violações aos direitos humanos nos porões da ditadura, mas os torturadores passaram a ser mais "cuidadosos" e a linha dura militar perdeu força política dentro das Forças Armadas, o que levou, em 1977, à derrota do general Sylvio Frota, em suas pretensões de suceder Geisel na Presidência da República. O presidente escolhido por Geisel foi o general João Baptista Figueiredo.
No próximo domingo, 17 de janeiro de 2016, o assassinato do metalúrgico Manoel Fiel completa 40 anos. E a Agência Brasil apresenta hoje (15) uma reportagem especial sobre esse triste episódio da história do Brasil.
A repórter Camila Maciel e a fotógrafa Rovena Rosa foram até a cidade de Bragança Paulista, a 90 quilômetros de São Paulo, onde conversaram com a mulher e as filhas de Manoel Fiel Filho. “Meu marido morreu e salvou a turma que estava presa lá [no DOI-Codi]”, disse Thereza Fiel àAgência Brasil, ressaltando que o assassinato do marido provocou mudanças no tratamento dado aos presos políticos da época.
A reportagem entrevistou também Clarice Herzog, mulher de Vladimir, e o jurista Hélio Bicudo, que atuou no processo aberto contra o Estado brasileiro, responsabilizando-o pela morte do metalúrgico.
Leia a série de reportagens:
1 - DOI-Codi sequestra e mata Manoel Fiel e diz que metalúrgico cometeu suicídio
2 - Agentes da ditadura vão ao velório e ao enterro de Manoel Fiel Filho
3 - "Chefe, o omelete está feito"
4 - Geisel decide exonerar comandante do 2º Exército após morte de Fiel
5 - Impunidade para os agentes da ditadura era total, diz Clarice Herzog
6 - Justiça rejeita ação criminal sobre caso de Manoel Fiel Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário