segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Inflação vai continuar a subir e PIB terá retração de 3% em 2016, prevê mercado

Índice Nacional de Preços ao Consumidor chegou a 7,23%, ultrapassando teto de 6,5%, já bem distante da meta de 4,5%
Rio - Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 2016, inflação oficial do país, foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%, permanecendo acima do teto. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. Na avaliação, a economia deve encolher 3% este ano, contra a previsão anterior de 2,99%. Já para 2017, a expectativa é de recuperação, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% , a estimativa anterior era 1% de expansão da economia.
A projeção para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo. A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano. As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Depois da polêmica envolvendo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na semana passada, a projeção mediana (que desconsidera extremos das estimativas) para a taxa básica de juros, a Selic, passou de 15,25% para 14,64% ao ano. Ao final de 2017, a estimativa também caiu de 12,88% para 12,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A polêmica surgiu às vésperas do anúncio da decisão do Copom, quando o presidente do BC, Alexandre Tombini, divulgou comentário sobre a revisão de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira. Na última terça-feira, primeiro dia de reunião do Copom, Tombini disse, em nota, que as revisões foram significativas e seriam consideradas na decisão do comitê.
Piora queda da economia brasileira
O FMI aumentou a projeção de queda da economia brasileira neste ano de 1% para 3,5%. Para 2017, a expectativa é de estabilidade, com a estimativa de crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), contra a expectativa de crescimento de 2,3%, divulgada em outubro do ano passado.
O comunicado de Tombini em dia de reunião do Copom foi incomum e indicou uma mudança de direção com relação à Selic. Analistas criticaram a comunicação do BC, que anteriormente informava que adotaria as medidas necessárias para controlar a inflação, ou seja, que elevaria a Selic. Para alguns analistas, o BC estaria cedendo a pressões ao mudar a comunicação e tomar a decisão de manter a Selic em 14,25% ao ano.
Quando há elevação da taxa Selic, a demanda por produtos e serviços é afetada, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam as pessoas a economizar em vez de gastar. Quando há redução da Selic, o efeito é o contrário: incentiva produção e consumo, mas alivia o controle da inflação. Nas suas decisões, o BC tem que decidir se no momento a prioridade é controlar a inflação ou estimular a economia. Além de afetar a demanda, a elevação da taxa influencia também as expectativas com relação à inflação.
Fonte: Agência Brasil - 25/01/2016 e Endividado

 

Crise reduziu consumo de nove entre dez brasileiros, mostra pesquisa

De acordo com a pesquisa, 99% dos entrevistados acreditam que o país está em crise, 81% afirmam estar vivenciando a recessão e 55% dizem ser a pior crise que já enfrentaram
Pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Data Popular mostra que nove entre dez brasileiros diminuíram o consumo no ano passado, devido à crise econômica. As entrevistas foram feitas entre os dias 4 e 12 de janeiro com 3,5 mil consumidores maiores de 16 anos em 153 municípios de todos os estados.
Segundo os dados, dos 99% dos consultados que acreditam que o país está em crise, 81% têm certeza de que vivenciam um período de recessão. Para 55%, esta é a pior crise que já enfrentaram. De acordo com o presidente do instituto, Renato Meirelles, isso acontece por dois fatores.
O primeiro deles é que existe hoje um contingente enorme de consumidores que não participavam do mercado na época em que o Brasil conviveu com hiperinflação.
“Não eram adultos na época da hiperinflação. É, de fato, um conjunto de consumidores jovens que tendem a achar que esta é a maior crise”, disse Meirelles, para quem a crise atual não é a maior que o país atravessa.
“A gente já teve crises com taxas de desemprego maiores, com o país com menos reserva internacional do que tem hoje, com mais inflação.”
Outro fator, segundo Meirelles, é que nas crises anteriores, de 2002  de 2008, em geral, as pessoas tinham a sensação de que estava difícil comprar um bem ou produto ou melhorar de vida.
Segundo ele, hoje a sensação de “voltar para trás” e isso aumenta a percepção de que esta é a maior crise. Como a situação atual veio depois de um processo de crescimento forte, da democratização do consumo, de os brasileiros passarem a ter acesso a produtos e serviços que antes não consumiam, a sensação de perda se torna mais forte, disse Renato Meirelles.
Retomada
O presidente do Data Popular observou, entretanto, que boa parte das pessoas que não conseguiram realizar seus projetos no ano passado, em função da crise, se mostra disposta a efetivar seus planos em 2016.
Do percentual de 63% que planejaram comprar um imóvel em 2015, mas encerraram o ano sem cumprir a meta, 35% acreditam que conseguirão realizar o sonho este ano. O percentual sobe para 69% se for considerado o universo de pessoas que planejaram comprar um eletrodoméstico em 2015 e não conseguiram (54% dos entrevistados).
“A pesquisa mostrou que o consumidor está se programando para realizar seus planos, seja buscando uma renda extra, fazendo escolha do que é prioritário ou não no seu gasto, seja buscando financiamento, para voltar a comprar aquilo que ele tinha pensado em ter no ano passado e não comprou”.
Significa que a crise funciona como uma alavanca para que as pessoas retomem o que haviam programado.
“É um consumidor que entra nesta crise mais preparado do que em crises anteriores”, ressaltou Meirelles.
Outro aspecto evidenciado por esse cenário é que a estratégia das empresas que querem conquistar esse consumidor tem que mudar, segundo Renato Meirelles.
“Em um cenário de crise, as empresas têm que ganhar dos seus concorrentes”, disse, ao destacar que as empresas que souberem fidelizar o consumidor e se mostrar de alguns forma como parceira terão mais chances de crescer do que outras.
“Esse é o momento de as empresas consolidarem seus clientes fiéis e avançarem sobre a concorrência, que é a consequência disso no mercado”.
Fonte: IG Notícias - 23/01/2016 e Endividado

 

Dilma diz que ficou ′estarrecida′ com relatório do FMI sobre crise mundial

por GUSTAVO URIBE e DÉBORA ÁLVARES

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (22) que ficou "estarrecida" com o último relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), o qual aponta as causas da atual crise econômica do país.
No prognóstico, a instituição piorou a perspectiva de queda da economia brasileira em 2016 e apontou, entre outros motivos, a duração da instabilidade política e a continuidade das investigações da Operação Lava Jato.
Em evento da Executiva Nacional do PDT, no qual recebeu o apoio do partido contra o processo de impeachment, a petista prometeu que a administração petista voltará a investir no Brasil, fará o país crescer e gerará novamente emprego e renda.
"Eu tenho certeza que vamos estabilizar politicamente o país assegurar ao país a tranquilidade para ele voltar a crescer", disse. "Nós vamos voltar a gerar emprego e renda e a desenvolver este país", acrescentou.
Segundo ela, o governo federal terá uma "grande missão" nos próximos meses de decidir qual será o caminho trilhado pelo país nos próximos anos. "Este jogo será jogado agora. Até março ou até junho, mas neste ano de 2016", disse.
A presidente tem nos últimos dias citado a aliados e auxiliares o relatório do FMI como um exemplo de que o quadro de recessão do país não é reflexo das políticas econômicas adotadas por sua administração.
Em encontro com o vice-presidente Michel Temer, ela ponderou que, de acordo com o relatório, o país não é a única nação afetada pela crise, mas outros países também estão com o crescimento comprometido.
Segundo ela, isso é, de certa forma, um "ponto positivo" para estimular a recuperação no país.
Fonte: Folha Online - 22/01/2016 e Endividado

 

Mais noites frias no outono que no inverno

O frio resolveu voltar nas madrugadas do final da semana que recém terminou e se fará presente na primeira semana de setembro, mas os números do frio do ano são pífios. A MetSul contabilizava até a sexta 12 dias com mínimas negativas neste ano no Estado; um em maio, nove em junho, dois em julho e nenhum em agosto. Oito dias com marcas abaixo de zero no outono e quatro no inverno. O fato de ter havido um número maior de mínimas negativas no outono que no inverno evidencia a atipicidade do clima em 2015, fortemente impactado pelo fenômeno El Niño. Em todo o ano passado foram 30 dias com mínimas negativas e apenas em julho de 2013 foram 15 dias com marcas abaixo de zero no Estado, sendo dez dias seguidos. No auge do calor do começo do mês já havia quem decretasse na mídia o fim do inverno, mas quem conhece a história climática gaúcha sabia que isso não era possível. Não raro em anos de El Niño, como 2015, há episódios fortes de frio no mês de setembro. Em 2002, com El Niño, chegou a nevar em dezenas de cidades. E o início de setembro neste ano terá várias madrugadas geladas no Estado.

Frio

Mínimas negativas

31/4/2015

-0,2°C (Ausentes)

02/6/2015

-0,5ºC (Ausentes)

03/6/2015

-3,2ºC (Ausentes)

12/6/2015

-2,2ºC (Bom Jesus)

16/6/2015

-3,4ºC (Bom Jesus)

17/6/2015

-2,9ºC (Ausentes)

19/6/2015

-2,9ºC (Herval)

20/6/2015

-3,8ºC (Ausentes)

24/6/2015

-0,8ºC (Jaguarão)

26/6/2015

-0,1ºC (Ausentes)

05/7/2015

-2,6º (Santa Rosa)

16/6/2015

-1,4ºC (Herval)

Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 16 de 30 de agosto de 2015.

 

Manfro ameaça abandonar o PSDB

O vereador Mário Manfro, único representante do PSDB na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e reeleito presidente municipal da legenda, afirmou ontem que está em situação muito desconfortável com as atitudes tomadas pelo presidente da comissão temporária estadual da sigla. Nelson Marchezan Júnior. Manfro disse que ainda não tomou decisão, mas não está descartada a saída da legenda. “Ele (Marchezan) é uma pessoa que não participa das decisões e que não milita nas bases, não dá importância para as bases e se surpreende quando é derrotado”, declarou.

Manfro também informou que reuniu um grupo de apoiadores, na semana passada, para comunicar a desistência da briga jurídica pelo comando do partido na Capital. Ele havia sido reconduzido à presidência em convenção municipal, mas impedindo de assumir pela intervenção de Marchezan respaldado pela executiva nacional do PSDB. “Poderíamos fazer uma bela campanha em 2016, aumentando nossa bancada e com Marchezan de candidato à prefeitura, porque é o nosso nome mais forte. Mas com viés ditatorial , desagradou a boa parte da sigla. Tudo saiu do trilho”, criticou.

A ex-senadora Yeda Crusius já se lançou pré-candidata à prefeitura, mas Manfro acha difícil que Marchezan permite uma convenção que tenha disputa pela indicação do partido.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 29 de setembro de 2015.

 

Mangabeira Unger deixa governo

O ministro Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República) pediu demissão do cargo. Segundo o Palácio do Planalto, o pedido foi aceito pela presidente Dilma Rousseff. Mangabeira Unger já havia chefiado a secretaria de 2007 a 2009 e, desta vez, ocupava o cargo desde fevereiro deste ano. O nome do substituto ainda não foi divulgado.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 15 de setembro de 2015.

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