segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Engenheiros ficam sem emprego, mudam de área e vão até para o Uber

por FLÁVIA FOREQUE

Recém-formada em engenharia civil, Ana Caroline Gomes, 23, decidiu continuar os estudos e fazer uma pós-graduação. O engenheiro mecânico Gutemberg Rios, 33, estuda migrar para o Canadá.
"Aqui não tem muita perspectiva de melhora a curto prazo", afirma ele, demitido da empresa onde atuava no final de outubro.
Rios faz parte da estatística de 496 demissões na carreira registradas no Distrito Federal no ano passado.
Em 2014, já foi possível notar uma redução de vagas: diferentemente de anos anteriores, o saldo entre engenheiros admitidos e desligados naquele ano foi negativo.
De acordo com estudo da Federação Nacional dos Engenheiros, foram, ao todo, pouco mais de 52 mil profissionais contratados e 55,1 mil demitidos.

GIGANTES SOB SUSPEITA
A queda nas atividades da construção civil e a Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de corrupção na Petrobras e já prendeu executivos das principais empreiteiras do país, são apontadas como principais fatores para a crise no setor de engenharia.
E a expectativa dos profissionais para este ano não é animadora.
"Para ter obra, precisa haver uma decisão de investimento. Seja do comércio, que vai fazer uma galeria de lojas, seja de alguém que vai reformar a residência. E quem é que está tomando a decisão de investir hoje?", questiona Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato da construção civil).
Somente no ano passado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, o setor da construção civil fechou 416,9 mil vagas.
Para Zaidan, o atual cenário gera um novo "desmonte" na carreira, que recentemente enfrentou carência de profissionais qualificados.
A atual crise no setor de engenharia é comparada, por profissionais mais experientes, à chamada década perdida, nos anos 1980.
Naquele período, diante de uma crise profunda na economia, os engenheiros começaram a migrar para funções em outras áreas.
"A economia brasileira parece voo de galinha: uns anos são bons, o resto é ruim. Mas acho que este é o pior momento, porque não tem perspectiva de que vai melhorar", afirma Daniel Galano, 52.
Formado em engenharia mecânica em 1987, ele foi demitido da empresa em que atuava em 2014 e, desde então, não conseguiu outro trabalho na área.
Também graduado na década de 1980, Antônio Seirio, 55, aponta dificuldade em se fixar na carreira vinculada "diretamente à indústria", em que se especializou.
"Se a economia não gira, não se contrata engenheiro", diz ele, com um MBA no currículo, feito a partir de programa do governo federal, o chamado Promimp (programa de incentivo à indústria).
Nos últimos anos, Seirio ocupou funções técnicas em diferentes empresas e, desde novembro, trabalha como motorista do Uber, serviço de transporte particular.
"Já vi situações difíceis, mas não como essa", resume Célia Almeida, 42. Demitida em outubro da empresa em que trabalhava como engenheira ambiental, hoje atua no mesmo local, mas por contrato. O trabalho em tempo integral, de 8,5 salários mínimos, foi reduzido para atividade parcial e 4 mínimos.
Com quatro filhos, todos na universidade, recorreu ao seguro-desemprego.
"Banhos quentes viraram mornos. O pacote de internet acabou, só eu tenho celular pós-pago agora. Estou segurando o dinheiro que ganho", afirma Almeida.
MAIS FORMADOS
Nos últimos anos, no entanto, houve aumento da procura pela profissão.

Entre as cinco áreas com mais demanda por profissionais (como engenharia civil e mecânica), o número de formandos cresceu 60,6% entre 2010 e 2013.
"Precisamos de mais engenheiros", disse em 2013 Aloizio Mercadante, então ministro da Educação (ele voltou ao posto em 2015). Naquele ano, o número de calouros de engenharia superou, pela primeira vez, o de direito.
A questão é que, agora, o cenário se inverteu e a recessão passou a exigir que os engenheiros busquem novas áreas de atuação profissional.
INVESTIMENTO NO LIXO
"Estamos jogando fora um investimento tremendo em recursos humanos. Cada um vai ter que se virar para determinado lado. O problema é que não tem emprego para lado nenhum", diz Zaidan.
Essa foi a mesma conclusão a que chegou um engenheiro eletricista da OAS, onde trabalhou por pouco mais de três anos na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
No auge das atividades, o projeto em que atuava chegou a reunir 12 mil operários. Quando foi demitido, em março do ano passado, eram 300. Desde então, não encontrou vaga em cargo semelhante ao que atuava.
"Eu achava que ia conseguir achar, porque tinha um currículo bom, numa grande empresa do país, numa grande obra. Mandei currículos, me inscrevi em sites e não recebi nenhuma resposta de emprego associado à engenharia", diz ele, que prefere não ter o nome divulgado.
Na visão do profissional, a Operação Lava Jato contribuiu para a redução das atividades da empreiteira, a segunda maior do país, que teve cinco executivos condenados pela Justiça Federal do Paraná por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
"Criou-se uma situação não só política -porque tinha gente da empresa sendo presa- mas financeira, porque os bancos começaram a parar de emprestar", diz.
Hoje, atuando no setor de hotelaria, ele recebe um quarto do salário que tinha como engenheiro.
Fonte: Folha Online - 23/01/2016 e Endividado

 

 

Mais brasileiros abandonam o telefone fixo

Número de linhas cai para 21,4 para cada 100 habitantes em novembro de 2015, segundo Anatel; celular atinge 131,5

O número de linhas ativas de telefonia fixa caiu mais uma vez no Brasil em novembro de 2015. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou 43,83 milhões de linhas no penúltimo mês do ano passado, o que representa uma queda de 2,6% em relação a janeiro. Na comparação com outubro, a queda é de 0,48%.
Segundo a Anatel, em novembro a densidade do serviço estava em 21,38 linhas para cada grupo de 100 habitantes. Já a teledensidade da telefonia celular no Brasil é de 131,5 linhas móveis para cada grupo de 100 pessoas – ou seja mais de uma linha por habitante.
Assim como na telefonia celular, o Distrito Federal é a unidade da federação onde há mais linhas de telefones fixos ativas por habitante, com 33,79 para cada 100 pessoas. O menor índice está no Maranhão, onde existem 5,1 linhas por 100 habitantes.
Na telefonia fixa, as empresas concessionárias ainda detêm a maioria das linhas no país – 58,43%. As empresas autorizadas a prestar o serviço têm 41,57%. As concessionárias são empresas que atuam em regime público em suas áreas de concessão, têm as tarifas regulamentadas pela Anatel e devem seguir as obrigações de continuidade e de universalização. Já as autorizadas atuam sob regime privado, com liberdade de preços.
Para especialistas, a crise econômica pode ser uma explicação para a queda no número de linhas de telefonia fixa nos últimos meses, assim como vem ocorrendo na telefonia móvel. Em entrevista recente, o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, disse que o País já vinha registrando uma migração dos usuários das empresas concessionárias de telefonia fixa para as autorizadas. “Mas o número total se mantinha estável, com um pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que seja devido à crise econômica”, avalia.
Segundo a Anatel, em novembro do ano passado, foram registradas 176,7 mil linhas de telefone popular, que permite que as famílias incluídas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal possam ter acesso ao serviço de telefonia fixa em condições especiais. O número de orelhões registrado em novembro chegou a 863,5 mil em todo o País.
Fonte: Agência Brasil - 24/01/2016 e Endividado

 

Seguradora que informa erroneamente morte cerebral deve indenizar familiares

Empresa de serviços médicos comete falha na prestação de seus serviços ao informar a morte cerebral de um segurado aos seus familiares quando ele, na verdade, ainda estava vivo. Com esse entendimento, 2ª Vara Cível de Mauá (SP) condenou uma companhia de assistência médica internacional a pagar R$ 120 mil de indenização ao pai e aos dois irmãos de um acidentado.
A assistência foi acionada após salto de paraquedas mal sucedido, ocorrido nos Estados Unidos. Os parentes do segurado relataram que, além de negligenciar informações sobre seu estado de saúde, a empresa passou a responsabilidade dos trâmites com internação e medicamentos para uma firma terceirizada.
Além disso, foi encaminhado um e-mail aos familiares que afirmava a ocorrência de morte cerebral do rapaz, requerendo autorização sobre eventual doação de órgãos. Eles receberam a notícia quando viajavam para o local da internação, durante uma conexão, e só descobriram que a informação era inverídica ao chegarem no hospital.
A companhia alegou que a notícia equivocada da morte cerebral foi prestada pela empresa terceirizada, sendo ela mera estipulante do contrato de seguro.
Em sua decisão, o juiz Thiago Elias Massad avaliou que nenhuma prova permitia transferir a responsabilidade assumida pela ré à empresa terceirizada. Também considerou ter ocorrido falha na prestação do serviço, o que não se pode admitir em uma relação de consumo. Por isso, ele condenou a companhia médica ao pagamento de R$ 30 mil reais para cada autor (pais e dois irmãos do segurando), totalizando R$ 120 mil. Cabe recurso da decisão. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-SP.
Processo 4000606-32.2013.8.26.0348
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 25/01/2016 e Endividado

 

 

Manifestações afetam serviços de saúde no RS

Em Pelotas, Rio Grande e Santa Maria, médicos residentes reivindicaram ontem a qualidade na formação, melhores condições de trabalho e valorização profissional. Em Pelotas, residentes do Hospital Universitário São Francisco de Paula e do Hospital Escola da UFPel se reuniram no Pronto Socorro; e equipes da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) paralisaram paralisaram. Em Rio Grande, serviços foram suspensos. E no centro do Estado, houve comprometimento em atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria.

Fonte: Correio do Povo, página 15 de 25 de setembro de 2015.

 

 

Manuela e Luciana lideram em Porto Alegre

Números revelam que deputada do PCdoB e ex-deputada do PSol saem na frente na disputa em Porto Alegre

A pouco menos de um ano das eleições municipais de Porto Alegre, o Instituto Methodus em parceria com o Correio do Povo, foi ouvir a opinião dos moradores da Capital sobre suas preferências eleitorais. No questionamento espontâneo, onde o eleitor cita o nome do candidato em que gostaria de votar para prefeito sem ser estimulado com possíveis nomes, ainda temos percentual de 63,9% que não definiram sua opção de voto. Entre os nomes mais citados estão o prefeito José Fortunati (que não poderá concorrer novamente) com 8,5%, seguido de Manuela d'Ávila com 3,4% e Olívio Dutra com 2,8% dos votos. Este número ainda alto de indecisos mostra que a eleição está em aberto e vários nomes podem chegar ao segundo turno.

No primeiro cenário estimulado, onde é apresentado ao entrevistado um disco contendo os nomes de possíveis candidatos, a deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB) é a mais citada pelos entrevistados com 23,9%, seguida por Luciana Genro (PSol) com 14,5%, Vieira da Cunha (PDT) com 10,2%. Sebastião Melo (PMDB) com 8,1%, Beto Albuquerque (PSB) com 7,8% e Nelson Marchezan Jr. (PSDB) com 6,5%. Ainda estão em dúvida 11,9% dos eleitores e declararam votar branco ou nulo 17,1%.

No segundo cenário apresentado, onde é suprimido o nome da deputada Manuela d'Ávila, Luciana Genro Assume a liderança com 19% dos votos, seguida por Vieira da Cunha com 12,7%, Maria do Rosário com 10,1%, Beto Albuquerque com 9,3%, Sebastião Melo com 8,5% e Nelson Marchezan Jr. com 6,8%. Indecisos são 14,5% e branco/nulo 19,1%.

No terceiro cenário eleitoral, Luciana Genro permanece em primeiro lugar com 19,8% dos votos, seguida por Vieira da Cunha com 12,9%, Beto Albuquerque com 9,5%, Raul Pont com 9%, Sebastião Melo com 8,2% e Nelson Marchezan Jr. com 7,3%. Indecisos são 14,8% e brancos/nulos ficam em 18,5%.

Quanto à rejeição, a deputada federal Maria do Rosário (PT) apresenta o maior percentual com 32,4%, seguida por Luciana Genro com 24,7%, Raul Pont (PT) com 24,6%, Manuela d'Ávila com 21,1%, Nelson Marchezan Jr. com 17%, Sebastião Melo com 16,2%, Beto Albuquerque com 13,1% e Vieira da Cunha com 10,9%.

Segundo o diretor do Instituto Methodus, Jeferson Jaques, os dados que mais chamam a atenção na pesquisa são a liderança de Manuela d'Ávila e o crescimento de Luciana Genro quando o nome de Manuela sai de cenário.

Fonte: Correio do Povo, página 4 de 22 de outubro de 2015.

 

 

MEC faz estudo sobre cortes

Andifes aguarda análise de impactos na universidade

A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) deverá entregar para a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na próxima quarta-feira (26/8), um estudo sobre os impactos dos cortes nas universidades. A data foi confirmada ao presidente da Federação dos sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), Eduardo Rolim de Oliveira, em encontro dia 19/8, na sede da Andifes, em Brasília.

Os docentes buscaram apoio dos reitores para as negociações mantidas com o governo federal na campanha salarial e reestruturação das carreiras do Magistério Superior e dos ensinos Básico, Técnico e Tecnológico. Sobre a negociação salarial, Eduardo solicitou apoio institucional da Andifes, lembrando que o prazo está se esgotando e muitos de seus sindicatos federados estão em greve. A presidente da Andifes, Maria Lúcia Neder, informou que se percebe que o governo federal tem sensibilidade à causa da universidade e preocupação com a solução do impasse.

Servidores

Servidores do Campus Alegrete do Instituto Federal Farroupilha (IFF) vão paralisar atividades no dia 25/8, me apoio à greve nacional dos servidores federais de Educação, que ocorre desde o dia 28/5.

Funcionários, docentes e alunos do campus do IFF sairão em caminhada, a partir do escritório central do Instituto, em Alegrete, até a frente da Unipampa. A ação visa informar a comunidade, em panfletagem, sobre as negociações da categoria.

Fonte: Correio do Povo, página 9 de 22 de agosto de 2015.

 

PDT votará contra extinção da FZB

A bancada do PDT – de oito deputados – anunciou ontem que somente votará pela majoração do ICMS se houver previsão de prazo máximo de dois anos para vigência da regra. Também definiu voto contrário à extinção das fundações Zoobotânica (FZB) e de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps). A proposta do governo de extinguir a Fundação de Esporte e Lazer permanece em análise.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 26 de agosto de 2015.

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