quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Base e oposição divergem sobre congelamento de nomeações até julho

Mais de oito mil aprovados seguem esperando o chamamento do governo estadual

Governador cancelou as nomeações até julho | Foto: Luiz Chaves / Palácio Piratini / Divulgação / CP Memória

Governador cancelou as nomeações até julho | Foto: Luiz Chaves / Palácio Piratini / Divulgação / CP Memória

Após o governador José Ivo Sartori reeditar, por mais seis meses, o decreto de contenção de gastos que limita despesas de custeio e pessoal, deputados da base e da oposição divergem sobre a expectativa de congelamento de nomeações, até a metade de 2016.
Representando os aliados do Palácio Piratini, o deputado Jorge Pozzobom, do PSDB, chegou a exigir exceções, a fim de permitir o chamamento de aprovados em concursos da Segurança Pública e da Fazenda. A única excepcionalidade citada no decreto, porém, é expressamente condicional, ou seja: para que ocorram, novas contratações dependem de justificativa e de análise de um Grupo de Assessoramento Estadual para Política de Pessoal.
Ainda assim, Pozzobom, se disse hoje satisfeito, e avaliou que teve o pedido atendido. “O próprio decreto exige que se tenha uma justificativa forte e todos nós sabemos que ela existe e é retratada pelo aumento da violência e falta de efetivo. Eu não tenho a menor dúvida que o decreto, embora não traduza de maneira clara e explícita, contempla sim aquele pedido que não é meu, mas de toda a sociedade”, avaliou.
O decreto orienta para a prorrogação dos prazos dos concursos cujos aprovados ainda não foram chamados a assumir. Para a oposição, a medida dá a entender que realmente não vai haver, até junho, aproveitamento de pessoal.
O deputado Pedro Ruas, do PSol, entende que o decreto mantém uma política de ataque ao serviço público e ao funcionalismo do Executivo. “O decreto impede nomeações, deixa a Educação ainda mais sucateada, com a segurança inexistente, aposentadorias não são repostas e é um escândalo. Não nomear concursados aprovados fere o direito individual dessas pessoas e, de novo: esse decreto é um desastre”, criticou.
Na Segurança Pública, dois mil aprovados seguem aguardando chamamento para a Brigada Militar e 650 para a Polícia Civil. Ainda existem cerca de cinco mil professores esperando convocação para o magistério estadual e, ainda, 400 selecionados para a Secretaria da Fazenda na expectativa, entre outros setores.

 

 

Rádio Guaíba e Correio do Povo

 

Risco de faltar energia em 2016 é zero, garante comitê de monitoramento

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Energia elétrica

O sistema elétrico está equilibrado em decorrência da capacidade de geração e transmissão de energiaArquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em sua primeira reunião do ano, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou hoje (13) que o risco de faltar energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste neste ano é zero. Segundo relatório do Comitê, há sobra estrutural de cerca de 9,3 mil megawatts médios para atender a carga prevista.

Saiba Mais

“O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, em decorrência da capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações”, diz o relatório do grupo.

Na reunião realizada em janeiro do ano passado, a projeção do CMSE para o risco de déficit de energia em 2015 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste era de 4,9% e, na região Nordeste, de 1,2%. No ano passado, foram incluídos 6.428 MW de energia nova ao Sistema Interligado Nacional, acima do previsto para a expansão no ano.

De acordo com o comitê, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deverá continuar acompanhando as condições hidroenergéticas do Sistema Interligado Nacional, de modo a definir a geração térmica necessária para garantia do atendimento energético do sistema.

Em agosto do ano passado, o CMSE decidiu desligar as termelétricas com custo mais alto, porque não havia mais necessidade daquela energia, devido ao aumento do volume de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas.

Segundo a nota do Comitê, em dezembro de 2015 predominaram chuvas acima da média nas bacias do subsistema Sul. No subsistema Sudeste, choveu acima da média nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema e abaixo da média nas bacias dos rios Tietê, Grande e Paranaíba. As bacias dos subsistemas Nordeste e Norte apresentaram chuvas abaixo dos valores médios históricos.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 para acompanhar a continuidade e a segurança do suprimento de energia no país. Participam do grupo representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

 

Agência Brasil

 

 

Brasil vai passar de país de commodities a exportador de inovação, diz ministro

 

Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil

Brasília - Entrevista com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera (Elza Fiúza/Agência Brasil)

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, diz que novo marco legal do setor trará mudanças significativas para a pesquisa no país Elza Fiúza/Agência Brasil

Sancionado no início desta semana, o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação cria novas regras para estimular o avanço da produção científica no Brasil. A legislação tem grande aceitação dos setores público e privado e foi construída a partir de consultas à comunidade acadêmica e ao empresariado.

Entre outras mudanças, o Projeto de Lei Complementar 77/2015 facilita a compra de equipamentos e materiais usados para pesquisas, ao liberar da burocracia da Lei de Licitações as compras de até R$ 300 mil. O texto também passa de 240 para 416 o número de horas que os pesquisadores das universidades públicas podem destinar a projetos de pesquisa com garantia de progressão na carreira, além de facilitar as parcerias entre universidades e empresas.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, falou sobre a expectativa de que a nova legislação traga mudanças significativas à área de pesquisa que, para ele, passará a receber mais investimentos do setor produtivo e a focar em resultados práticos, levando o Brasil a inovar e até a causar impacto na balança comercial.

“Hoje, todos dizem que o Brasil é um país de commodities. Nós queremos deixar de exportar matéria-prima para nos tornarmos um país que exporta inovação, com produtos de alto valor agregado. Tenho certeza de que isso vai se refletir na balança comercial nos próximos anos.”, disse.

Confira os principais trechos da entrevista:

Agência Brasil: Hoje, no Brasil, as pesquisas e os pesquisadores estão concentrados nas universidades públicas, diferentemente do que acontece nos países desenvolvidos. O marco pode mudar esse cenário?

Celso Pansera: O empresariado brasileiro não tem tradição de investir em pesquisa e em conhecimento. O setor de estágio no Brasil, por exemplo, nunca se desenvolveu muito, assim como o setor de ensino técnico mostra dificuldades porque as empresas não têm essa prática. Isso se reflete também na área de pesquisa.

O resultado disso é que o governo acabou substituindo a iniciativa privada nesses investimentos e, principalmente, desde os anos 2000 começou a investir pesado. Foi então que começaram a surgir os entraves. Com o novo marco para a área, estamos destravando essa questão, que é necessária. Estamos nos espelhando no sistema europeu do ponto de vista da relação das universidades com o setor produtivo, que historicamente é muito ruim no Brasil.

As pesquisas brasileiras estão muito concentradas nas áreas de humanas e também há muitos pesquisadores desenvolvendo pesquisa pela pesquisa. Com a mudança, setores dinâmicos da economia nacional, que começam a ganhar dinheiro, vão pressionar algumas áreas das universidades, por isso há tanta resistência. Ao colocar mais dinheiro nas universidades, outras áreas vão se sobrepor e mudar o cenário. Não sei se vão criar laboratórios de pesquisa nas indústrias, mas com certeza as indústrias vão entrar mais nas universidades. 

Saiba Mais

Agência Brasil: Vai aumentar o investimento das empresas no setor?

Celso Pansera: Sim, o empresariado brasileiro tem se modernizado muito e precisa encontrar, de uma forma ou de outra, apoio para investir na inovação. A economia vai começar a girar de forma diferente, deixando de ser de commodities para ser de produtos com valor e tecnologia agregados.

Agência Brasil: Com isso, as pesquisas serão mais direcionadas ao mercado, ao lucro e terão foco nos resultados? Isso é visto como algo negativo por alguns especialistas.

Celso Pansera: As pesquisas vão deixar de ser só por diletantismo [filosofia de vida que coloca, como condição prévia à ação, o prazer e o capricho pessoa]  e passarão a ter reflexo no mundo real. Os professores, que podem ter a ideia de um produto e o medo de a progressão de carreira deles não ir pra frente caso saiam da sala de aula, agora têm essa garantia, essa é a primeira coisa. O marco destrava os setores das universidades que têm massa crítica forte e vai levar muitos profissionais aos laboratórios. Outra coisa é que à medida que o setor produtivo começar a pagar por pesquisas, isso vai dinamizar a área e as pesquisas passarão a ser mais efetivas do ponto de vista de gerar produtos e bem-estar para a sociedade, não apenas conhecimento.

Agência Brasil: Essa lei também vai causar impacto na formação de capital humano preparado para atuar nas empresas?

Celso Pansera: Sim, isso é um subproduto da lei. Mas o objetivo central é produzir pesquisa vinculada à necessidade objetiva da sociedade, gerando riquezas, criando novos produtos, gerando bem-estar e trazendo inovação.

Os motores a combustão estão ultrapassados, no setor elétrico só energia limpa. Agora o que dá dinheiro? Biocombustíveis, biomassa, biopolímeros, coisas modernas que se não tivermos capacidade inovadora, para realmente inventar coisas novas, não ganharemos posição de destaque no mundo.

Agência Brasil: Em quanto tempo será possível sentir essas mudanças na prática? O marco pode tornar o Brasil mais competitivo no mercado internacional?

Celso Pansera: No setor de pesquisa, acho que o reflexo será rápido. Para o cidadão perceber os avanços, deve levar alguns anos. Mas, do ponto de vista da exportação, por exemplo, de exportarmos mais produtos com valor agregado, com certeza isso vai acontecer. Hoje todos falam que o Brasil é um país de commodities. Nós queremos deixar de exportar matéria-prima para nos tornarmos um país que exporta inovação, com produtos de alto valor agregado. Tenho certeza de que isso vai se refletir na balança comercial nos próximos anos

Agência Brasil: O senhor tem dito que o marco vai levar a um aumento do número de patentes brasileiras? Como?

Celso Pansera: Com o marco, as pesquisas vão ficar mais voltadas para a produção de patentes, porque o pesquisador e a universidade passam a ganhar com isso. Hoje em dia é muito demorado, as universidades não podem se associar a empresas, as universidades e os pesquisadores não podem ter receita advinda disso. Você imagina uma universidade que produz um chip novo. Ela vai ter ganho real em cima disso, trazendo mais recursos para serem investidos em novas pesquisas pela própria universidade. Cria-se um ciclo virtuoso nessa questão.

Agência Brasil: O que precisa ser regulamentado para que o texto possa avançar ainda mais?

Celso Pansera: Um dos itens aprovados pelo Congresso Nacional é que os institutos de pesquisa possam ganhar comissionamento pela gestão de projetos de pesquisa, mas isso foi vetado pela Fazenda. Esse é um dos debates que precisamos travar para ver o que há na legislação brasileira que impede isso aí, para a gente mexer e restituir esse artigo, que também é muito importante.

 

Agência Brasil

 

Sobe para 36 o número de municípios atingidos pelas chuvas no Paraná

 

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

Chuva atinge casas no Paraná (Defesa Civil/Divulgação)

De acordo com a Defesa Civil do Paraná, 1.332 pessoas estão desalojdas e 138 desabrigadas no estadoDefesa Civil/Divulgação

Subiu para 36 o número de municípios atingidos pelas chuvas no Paraná, aumentando em relação ao boletim divulgado na manhã de hoje (13). De acordo com a Defesa Civil do estado, 10.183 pessoas foram afetadas diretamente. Destas, 1.332 estão desalojadas e 138 desabrigadas. Uma pessoa está desaparecida em Rolândia, no norte do estado.

As regiões norte e noroeste do Paraná são as mais afetadas. Só o município de Jataizinho, no norte, 6.400 pessoas foram afetadas. Interrupção no fornecimento de água e energia agrava o problema das comunidades afetadas. O governo estadual estima que 700 mil pessoas em 12 cidades tenham sido afetadas com o desabastecimento de água.

De acordo com a Defesa Civil, os 36 municípios afetados são Apucarana, Arapongas, Araucária, Bandeirantes, Cambé, Cambira, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Cruzeiro do Sul, Fazenda Rio Grande, Ibaiti, Ibiporã, Jaboti, Jacarezinho, Jaguariaíva, Jardim Olinda, Jataizinho, Kaloré, Londrina, Marilândia do Sul, Maringá, Nova Esperança, Novo Itacolomi, Paranavaí, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Reserva, Rio Bom, Rio Negro, Rolândia, Sabáudia, Santana do Itararé, São José dos Pinhais, Tamarana, Tomazina e Wenceslau Braz.

Saiba Mais

“O número tende a aumentar, pois choveu ontem e ainda há alerta de instabilidade para todas as regiões do estado, o que faz com que as ocorrências ainda não terminem”, explicou o capitão Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná, conforme divulgado pelo site oficial do estado.

O governador Beto Richa determinou ontem (12) a elaboração de uma ação emergencial para recuperar os trechos das rodovias estaduais danificadas pelas chuvas. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), os prejuízos parciais são de R$ 50 milhões.

Estradas

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná, três rodovias federais estão totalmente bloqueadas. São as BR 369, km 47, em Bandeirantes; BR 487, km 128, em Tuneiras do Oeste; e BR 476, km 12, em Adrianópolis, na divisa com o estado de São Paulo.

A BR 153, no km 66, em Conselheiro Mairinck, foi liberada. O km 13 da BR 376, no contorno norte de Maringá, deve ser liberado até o fim da tarde. Segundo a PRF, as máquinas já estão em fase final de limpeza da pista. Além disso, três pontes na BR 376 estão com bloqueio parcial. São os trechos dos km 120, em Paranavaí; km 212 em Mandaguari, e km 303 em Mauá da Serra.

De acordo com a Polícia Militar do Paraná, entre as rodovias estaduais, 15 trechos estão com tráfego afetado, a maioria totalmente interditada, em 14 municípios:

PR 092 km 250, em Venceslau Brás – totalmente interditado
PR 444 km 02, em Rolândia – totalmente interditado
PR 439, km 40 e 54, em Santo Antônio da Platina – totalmente interditado
PR 436, km 102, em Bandeirantes – totalmente interditado
PR 445 km 42, em Tamarana – totalmente interditado
PR 538, em Londrina – parcialmente interditado
PR 218, km 378, em Paranavaí – totalmente interditado
PR 218, km 390, em Amaporã – totalmente interditado
PR 317, km 85, em Maringá – totalmente interditado
PR 494  km 12, em São João do Caiuá – totalmente interditado
PR 340 km 628, em Itaguajé – totalmente interditado
PR 542 km 35, em Colorado – totalmente interditado
PR 576, km 41, em Santa Mônica – parcialmente interditado
PR 151 km 216, em Jaguariaíva – parcialmente interditada.

 

Agência Brasil

 

Documentário "Fugindo do Estado Islâmico" mostra a história extraordinária de uma rede clandestina que tenta salvar mulheres do grupo radical: http://glo.bo/1ObV3MQ

Quatro milhões de mulheres vivem sob o controle do Estado Islâmico

G1.GLOBO.COM

A melhor pegadinha de todos os tempos

Publicado por Apolinário em Segunda, 21 de dezembro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário