Postagem foi compartilhada por mais de 10 mil usuários
Fernanda registrou encontro com selfie | Foto: Fernanda Pires / Arquivo Pessoal / CP
Um simples pedido de informação no Centro de Porto Alegre gerou uma imensa corrente de solidariedade. Yves Antuine, imigrante haitiano, precisava de ajuda para localizar o endereço de um sindicato. Ele recorreu à agente de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fernanda Pires, que não entendeu ao certo o que ele buscava. “Ele chegou em mim e perguntou: ‘Onde ser o sindicato?’ (Yves usa os verbos no infinitivo para se comunicar em português)”, relatou Fernanda. Sem saber a qual sindicato ele se referia, ela solicitou que o haitiano explicasse. Foi aí que Yves contou sua história.
Parados na General Câmara, ao lado da área de carga e descarga onde Fernanda atuava na manhã de segunda-feira, Yves explicou que havia sido dispensado do trabalho na Ceasa. Fernanda se comoveu com a história do haitiano que deixou claro não querer doações, mas trabalho. “Ele repetia: ‘Eu querer trabalhar, eu querer trabalhar’. Quando ele começou a me contar a história, me cortou o coração. Eu sou mãe e ele me deu uma foto dos filhos dele”, afirma a agente. Ela então pediu para tirar um selfie com Yves e decidiu postar a história na rede social Facebook.
Em menos de 20 horas, a postagem de Fernanda já contava com mais de 10 mil compartilhamentos e dezenas de comentários. “Estou até mesmo assustada. Fiquei até às 5h tentando ler todas as mensagens que me enviaram pelo Facebook. Consegui ler 912, mas tem pelo menos mais mil me aguardando.” Porém, nessa história, nem tudo são flores. Além das inúmeras mensagens de apoio e comentários parabenizando o gesto, Fernanda recebeu também inúmeras críticas e xingamentos sobre a atitude de ajudar um estrangeiro.
No post, Fernanda pede ajuda para encontrar um novo trabalho para Yves. O que dificulta é a condição de saúde do haitiano. Ele foi diagnosticado com pedra nos rins e aguarda ser chamado para um cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Yves sente muita dor e não poderia carregar peso. “O empregador precisa ser uma pessoa que entenda que ele fará uma cirurgia e que não o demita quando chegar a hora de operar”, enfatiza. Segunda ela, até o momento, apesar das toneladas de mensagens, apenas duas propostas concretas de trabalho surgiram. O proprietário de um posto de combustíveis de uma lotérica em Canoas marcou uma entrevista de trabalho com Yves. Outro empresário telefonou oferecendo uma função, mas não especificou o ramo.
Segundo Yves, o problema no trabalho anterior iniciou porque ele sentia dores ao carregar peso devido à pedra nos rins. O chefe então trocou seu horário de início das 5h para às 2h da madrugada. A mudança passou a valer a partir da madrugada do último domingo. “Saí de casa no sábado para trabalhar, mas o trem (referindo-se a Trensurb) estava fechado. Eu não tinha como chegar à Ceasa.” Yves vive com a mulher e o filho de 2 meses em Cachoeirinha. Outros dois filhos estão no Haiti.
Quando o haitiano retornou ao local de trabalho na madrugada de segunda-feira, o chefe o enviou de volta para casa. “Tomei um gancho de três dias. Fui ao sindicato ontem (segunda) e expliquei isso.” Segundo Fernanda, no entanto, após o gancho (que encerra na quinta-feira), Yves ficará desempregado. No Haiti, ele trabalhou como motorista e soldador.
Parados na General Câmara, ao lado da área de carga e descarga onde Fernanda atuava na manhã de segunda-feira, Yves explicou que havia sido dispensado do trabalho na Ceasa. Fernanda se comoveu com a história do haitiano que deixou claro não querer doações, mas trabalho. “Ele repetia: ‘Eu querer trabalhar, eu querer trabalhar’. Quando ele começou a me contar a história, me cortou o coração. Eu sou mãe e ele me deu uma foto dos filhos dele”, afirma a agente. Ela então pediu para tirar um selfie com Yves e decidiu postar a história na rede social Facebook.
Em menos de 20 horas, a postagem de Fernanda já contava com mais de 10 mil compartilhamentos e dezenas de comentários. “Estou até mesmo assustada. Fiquei até às 5h tentando ler todas as mensagens que me enviaram pelo Facebook. Consegui ler 912, mas tem pelo menos mais mil me aguardando.” Porém, nessa história, nem tudo são flores. Além das inúmeras mensagens de apoio e comentários parabenizando o gesto, Fernanda recebeu também inúmeras críticas e xingamentos sobre a atitude de ajudar um estrangeiro.
No post, Fernanda pede ajuda para encontrar um novo trabalho para Yves. O que dificulta é a condição de saúde do haitiano. Ele foi diagnosticado com pedra nos rins e aguarda ser chamado para um cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Yves sente muita dor e não poderia carregar peso. “O empregador precisa ser uma pessoa que entenda que ele fará uma cirurgia e que não o demita quando chegar a hora de operar”, enfatiza. Segunda ela, até o momento, apesar das toneladas de mensagens, apenas duas propostas concretas de trabalho surgiram. O proprietário de um posto de combustíveis de uma lotérica em Canoas marcou uma entrevista de trabalho com Yves. Outro empresário telefonou oferecendo uma função, mas não especificou o ramo.
Segundo Yves, o problema no trabalho anterior iniciou porque ele sentia dores ao carregar peso devido à pedra nos rins. O chefe então trocou seu horário de início das 5h para às 2h da madrugada. A mudança passou a valer a partir da madrugada do último domingo. “Saí de casa no sábado para trabalhar, mas o trem (referindo-se a Trensurb) estava fechado. Eu não tinha como chegar à Ceasa.” Yves vive com a mulher e o filho de 2 meses em Cachoeirinha. Outros dois filhos estão no Haiti.
Quando o haitiano retornou ao local de trabalho na madrugada de segunda-feira, o chefe o enviou de volta para casa. “Tomei um gancho de três dias. Fui ao sindicato ontem (segunda) e expliquei isso.” Segundo Fernanda, no entanto, após o gancho (que encerra na quinta-feira), Yves ficará desempregado. No Haiti, ele trabalhou como motorista e soldador.
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