1. Com os números do TSE, a Folha de SP (25/12) divulgou a tabela com a proporção de jovens entre 16 e 34 anos inscritos nos partidos políticos. Feita a tabulação para 2011 e 2015, o que se vê é uma forte redução da participação dos jovens nos partidos. O PT em 2011 tinha 25,7% de jovens entre seus militantes. Já em 2015 essa proporção havia caído para 19,2%. O PMDB, em 2011, contava com 13,7% de jovens e em 2015 com 10,8%. O PSDB contava com 19,7% de jovens em 2011, caindo em 2015 para 15,5%. O PDT em 2011 tinha 16,4% de jovens e em 2015 esse número caiu para 12,9%. No PP a proporção de jovens caiu de 12,8% para 9,6%. É de se imaginar que em um recorte até 20 ou 25 anos, essa queda seja ainda maior. A única exceção é o PSOL com 40,3% de jovens entre seus militantes.
2. Desde 1988, quando a Constituição reduziu a idade do eleitor para 16 anos, mas tornando o voto opcional entre 16 e 18 anos, que a proporção dos inscritos no registro eleitoral vem caindo. No Rio, a relação dos jovens de 16 a 18 anos inscritos sobre o número de jovens nessa faixa de idade, caiu progressivamente atingindo meros 10%.
3. Em 2015, até novembro, a polícia do Rio de Janeiro deteve 10.622 adolescentes entre 12 e 17 anos ou 32 por dia. Em 2008, nesse período, esse número era de 1.821 adolescentes detidos (Folha de SP, 30). O retorno dos arrastões nas praias da Zona Sul do Rio gerou um polêmico processo de pente fino no deslocamento dos jovens de bairros da cidade às praias. No mesmo momento, na manifestação política de dezembro de 2015, na avenida paulista –segundo o Datafolha- apenas 5% eram jovens de 12 a 20 anos.
4. A UNE foi aparelhada pelo governo Lula/Dilma com generosos subsídios. A UNE saiu das ruas depois de mais de 60 anos. O movimento estudantil passou a ser atividade de uma cúpula profissional: manipulado foi sendo despolitizado.
5. Esse processo afeta muito mais do que a atual conjuntura de crise econômica. Afeta novas gerações políticas que estariam sendo formadas na dinâmica de suas participações. Já se sente o envelhecimento da atividade política e especialmente das lideranças políticas num processo que é crescente e numa renovação declinante.
6. As pesquisas mostram a alta proporção de jovens decepcionados com o quadro moral e que veem a política como atividade suja. Esse é certamente o efeito mais grave do ciclo petista no poder culminando com uma crise moral, política, econômica e social, e rejeição à política formal.
7. E há um fenômeno que deve ser analisado em profundidade pela importância que tem. A crescente e significativa presença e participação parapolítica dos jovens através das redes sociais. Essa ocorre desconectada da dinâmica partidária e governamental. Na medida em que a lógica das redes é desverticalizada, horizontal e individualizada, é uma dinâmica que afasta os jovens dos canais formais de representação. Mas há exceções, que permitem olhar para frente e pensar na aproximação das redes sociais da política formal. Espanha, Grécia e Chile são exemplos, independentemente de cortes ideológicos.
Ex-Blog do Cesar Maia
2. Desde 1988, quando a Constituição reduziu a idade do eleitor para 16 anos, mas tornando o voto opcional entre 16 e 18 anos, que a proporção dos inscritos no registro eleitoral vem caindo. No Rio, a relação dos jovens de 16 a 18 anos inscritos sobre o número de jovens nessa faixa de idade, caiu progressivamente atingindo meros 10%.
3. Em 2015, até novembro, a polícia do Rio de Janeiro deteve 10.622 adolescentes entre 12 e 17 anos ou 32 por dia. Em 2008, nesse período, esse número era de 1.821 adolescentes detidos (Folha de SP, 30). O retorno dos arrastões nas praias da Zona Sul do Rio gerou um polêmico processo de pente fino no deslocamento dos jovens de bairros da cidade às praias. No mesmo momento, na manifestação política de dezembro de 2015, na avenida paulista –segundo o Datafolha- apenas 5% eram jovens de 12 a 20 anos.
4. A UNE foi aparelhada pelo governo Lula/Dilma com generosos subsídios. A UNE saiu das ruas depois de mais de 60 anos. O movimento estudantil passou a ser atividade de uma cúpula profissional: manipulado foi sendo despolitizado.
5. Esse processo afeta muito mais do que a atual conjuntura de crise econômica. Afeta novas gerações políticas que estariam sendo formadas na dinâmica de suas participações. Já se sente o envelhecimento da atividade política e especialmente das lideranças políticas num processo que é crescente e numa renovação declinante.
6. As pesquisas mostram a alta proporção de jovens decepcionados com o quadro moral e que veem a política como atividade suja. Esse é certamente o efeito mais grave do ciclo petista no poder culminando com uma crise moral, política, econômica e social, e rejeição à política formal.
7. E há um fenômeno que deve ser analisado em profundidade pela importância que tem. A crescente e significativa presença e participação parapolítica dos jovens através das redes sociais. Essa ocorre desconectada da dinâmica partidária e governamental. Na medida em que a lógica das redes é desverticalizada, horizontal e individualizada, é uma dinâmica que afasta os jovens dos canais formais de representação. Mas há exceções, que permitem olhar para frente e pensar na aproximação das redes sociais da política formal. Espanha, Grécia e Chile são exemplos, independentemente de cortes ideológicos.
Ex-Blog do Cesar Maia
Juiz
manda soltar irmão de Dirceu
O
juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava
Jato, mandou soltar Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do
ex-ministro José Dirceu, além do braço direito de Dirceu, Roberto
Marques, e do dirigente da empresa Consist, Pablo Alejandro
Kipersmit. Moro impôs medidas cautelares aos três, incluindo a
proibição de contato com investigados ou com testemunhas de
acusação.
Fonte:
Correio do Povo, página 3 de 13 de agosto de 2015.
Lava
Jato: Mercadante e líder tucano viram réus
O
Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a
abertura de dois inquéritos para investigar o ministro da Casa
Civil, Aloizio Mercadante, e o senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) pos suposta prática de crime eleitoral de falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro. Com a decisão, procuradores e
policiais federais têm autorização formal para dar início a
diligências de investigação e apurar informações prestadas pelo
dono da UTC, Ricardo Pessoa.
Em delação premiada, o empreiteiro
relatou repasses às campanhas de Mercadante ao governo paulista, em
2010, e do vice-líder tucano no Senado. O dinheiro, segundo Pessoa,
é oriundo de caixa dois da empresa, beneficiada pelo esquema de
corrupção na Petrobras. No pedido de abertura inquérito, a
Procuradoria-Geral da República escreveu que Pessoa deixou claro que
os dois “estavam presentes em reuniões e, se não expressamente
requereram, assentiram na solicitação por intermédio de seu
representantes de campanha”.
Pessoa relatou uma reunião com
Mercadante na qual foram acertadas doações. Segundo o empreiteiro,
o ministro, estão candidato ao governo paulista, presenciou o acerto
para um repasse de R$ 250 mil em doação oficial à campanha e
outros R$ 250 mil, es espécie, oriundos do caixa dois da
empreiteira, Mercadante confirma o encontro com o empreiteiro, por
solicitação de Pessoa, mas afirma que não houve discussão de
valores, “tampouco solicitação de recursos de caixa dois”. O
dono da UTC relatou ter acertado com Aloysio Nunes doação para
campanha de R$ 500 mil, sendo R$ 300 mil por repasses oficiais e R$
200 mil em dinheiro. O senador nega recebimento de dinheiro de caixa
dois.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de
23 de setembro de 2015.
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