por LUCAS VETTORAZZO
O IPCA-15, a prévia da inflação oficial no país, encerrou 2015 em 10,71%, divulgou nesta sexta-feira (18) o IBGE.
Puxada principalmente pelas altas de habitação (18,51%), alimentos e bebidas (12,16%) e transportes (10,27%), a prévia da inflação acumulada no ano foi a mais elevada desde 2002 (11,99%).
Em dezembro deste ano, a inflação prévia teve impacto também de alimentos e bebidas (2,02%) e transportes (1,76%).
Somente no mês de dezembro, o índice avançou 1,18%, a maior taxa para o último mês do ano também desde 2002.
Em novembro o índice registrou 0,85%. Já em dezembro de 2014, o IPCA-15 foi 0,79%.
GRUPOS
Dentro do grupo de alimentos e bebidas, os itens que mais subiram de preço de novembro para dezembro foram a cebola (26,28%), batata inglesa (18,13%) e tomate (17,60%).
Já no grupo de transportes, pesou a alta dos combustíveis, que subiram 3,41% de novembro para dezembro.
O litro da gasolina ficou 2,69% mais caro no período. Passagens aéreas encareceram 36,54%.
ESTADOS
Todos os 11 Estados analisados pelo IBGE tiveram inflação acumulada em 2015 acima de 9%.
São Paulo teve inflação acumulada de 11,02% em 2015 e foi o Estado que teve maior peso no indicador.
O Rio ficou em segundo lugar entre as altas que mais tiveram peso no IPCA-15 acumulado do ano: 11,05%.
A maior variação percentual, contudo, foi registrada em Curitiba (12,46%).
Fonte: Folha Online - 18/12/2015 e Endividado
Nelson Barbosa assume Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy
por NATUZA NERY
A presidente Dilma Rousseff definiu que Nelson Barbosa, que estava na pasta do Planejamento, substitui Joaquim Levy e é o novo ministro da Fazenda.
O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta sexta-feira (18). "A presidente agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros".
A decisão foi apressada após Levy fazer um discurso de despedida em reunião interna no Ministério da Fazenda. Ele já havia combinado a saída com a presidente, mas ficaria de confirmar sua exoneração no início de janeiro.
E Valdir Simão, atual ministro da Controladoria-Geral da União, assume o Ministério do Planejamento no lugar de Barbosa.
No lugar de Simão, na Controladoria-Geral da União, assume interinamente Carlos Higino Ribeiro de Alencar, secretário-executivo da pasta.
DESPEDIDA
Levy divulgou nota afirmando que ele e a equipe fizeram o que foi proposto em janeiro, quando assumiu o cargo, pelo menos naquilo que dependia deles.
No documento apresentado como balanço de fim de ano, em clima de despedida do governo, ele disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com a situação do país, particularmente com a da economia. Além disso, os reflexos negativos da crise na atividade econômica e na geração de empregos poderão se estender por 2016.
Ao falar sobre seu legado, disse que "o tempo saberá mostrar os resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora" e responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.
"Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um ajuste pelo qual ela tem se empenhado", afirmou.
"Boa parte da queda do PIB decorre de processos políticos, que tiveram importante impacto na economia, criando incerteza e multiplicidade de cenários que levaram à retração da atividade de empresas e indivíduos."
Disse ainda que ninguém quer o impeachment primeira opção, "especialmente se o governo mostrar como serão as políticas econômicas nos próximos três anos."
Levy afirmou que, ao contrário do que é muitas vezes sugerido, a agenda do ministério sempre foi muito além do ajuste fiscal, que não será suficiente para superar a crise atual, e que são necessárias reformas como a da Previdência Social. E defendeu que o governo deve seguir esse caminho e não o de relaxamento de restrições orçamentárias para tentar socorrer alguns setores econômicos.
Por fim, repetiu a frase dita pela manhã em café com jornalistas de que "o país não pode ficar parado, porque, hoje, ficar parado é andar para trás."
Fonte: Folha Online - 18/12/2015 e Endividado
Nenhum comentário:
Postar um comentário