A prefeitura de São Paulo lançou hoje (29) uma consulta pública para avaliar o novo modelo de transporte individual para a cidade. A proposta foi desenvolvida por um grupo de trabalho criado no início de outubro para discutir os novos serviços que são oferecidos à população por meio de aplicativos, entre eles o Uber, que opera na cidade de forma não autorizada ou regulamentada.
De acordo com a prefeitura, a ideia é regulamentar os novos serviços, mas tentando proteger os já existentes na cidade, como os táxis. Além dos táxis, esse novo serviço vai operar ao lado dos táxis pretos, serviço criado no fim deste ano pela prefeitura e suspenso pelo Tribunal de Contas do Município, que funcionará na cidade exclusivamente por meio de um aplicativo.
A proposta da prefeitura é cadastrar esses novos serviços e denominá-los de Operadoras de Transporte Credenciadas (OTCs). As OTCs precisarão adquirir créditos de quilômetros para operar. Os créditos serão vendidos semanalmente e valerão por dois meses para inibir a compra desenfreada de créditos.
Créditos
O valor obtido na comercialização desses créditos será revertido para investimentos no viário urbano municipal. O preço dos créditos será fixado mensalmente por um comitê que ainda será criado. Esse comitê também ficará responsável pelo monitoramento e fiscalização dessas empresas.
Segundo a prefeitura, os créditos serão disponibilizados diretamente por ela e terão o preço regulado de acordo com horários de utilização, área de atuação na cidade e distância percorrida. A ideia é estimular o tráfego em horários alternativos, fora do horário de pico, e nas periferias da cidade.
As taxas serão mais baratas se realizadas fora do centro expandido da cidade e em horários que não sejam de pico. Em cada uma dessas corridas, o passageiro receberá um recibo eletrônico com o nome do motorista.
Conforme Rodrigo Pirajá, presidente da São Paulo Negócios, empresa municipal responsável por formular projetos estratégicos para a prefeitura, nesse tipo de serviço as empresas não poderão pegar passageiros nas ruas, como ocorre com os taxistas.
Esse tipo de corrida só poderá ocorrer por meio de aplicativos. Pirajá acrescentou que o modelo projetado pela prefeitura não tem semelhança com qualquer país do mundo.
“A prefeitura está submetendo à população paulistana estudos sobre a melhor forma de administrar esse viário. Ela está fazendo isso de forma democrática e participativa. A prefeitura não precisava submeter o resultado à consulta pública. O procedimento inaugurado hoje é moderno, participativo e dialógico. Queremos dialogar com o cidadão”, afirmou Pirajá.
Também será criada a carona solidária, serviço para conectar até quatro passageiros com destinos semelhantes. Segundo Pirajá, a carona solidária ocorrerá por meio de divisão de custos ou rateio de despesas e não será remunerada.
O texto poderá receber sugestões da população pelo prazo de 30 dias. A consulta pública está disponível no endereço eletrônico http://consultausointensivoviario.prefeitura.sp.gov.br.
Protesto
Durante a entrevista coletiva para explicar a nova proposta, taxistas realizaram um protesto na área externa. Por volta das 9h30, eles fecharam o Viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura, no centro da capital paulita, lançaram bombas e agrediram uma equipe de reportagem da TV Globo.
Dois vereadores de São Paulo acompanharam a entrevista coletiva. Para Adilson Amadeu (PTB), “a categoria tem todo o direito de ser prestigiada. Precisa fazer reparos, mas essa maneira [apresentada pela prefeitura] é absurda. Vamos combater isso. Vamos derrubar esse decreto do prefeito [Fernando Haddad]”, destacou.
Representante do PSD, José Police Neto disse que a cidade perdeu muito tempo ao não ter pensado em propostas antes. Segundo ele, é preciso acabar com a exclusividade do serviço oferecido pelos taxistas. “Chega de monopólio”, concluiu.
Chuvas
no RS afetam mais de 60 mil pessoas
Prejuízos no município de Rio Grande
são estimados em R$ 50 milhões
Levantamento da Defesa Civil estadual
do início da noite de ontem aponta que chuva, granizo e vento no Rio
Grande do Sul, nos últimos dias, já afetam 61 mil pessoas, sendo
que 972 delas estão em abrigos ou casas de familiares. Conforme o
órgão, até agora decretaram situação de emergência Taquara,
Santa Maria do Herval, Capela de Santana, Cambará do Sul, Campestre
da Serra, Capinas do Sul, Sarandi e Rio Grande.
Em Aratiba, a Defesa Civil municipal
contabiliza os prejuízos provocados pelo vendaval de quinta-feira.
Segundo o coordenador do órgão, Vander Morgan, foram atingidas
entre 80 e 100 residências na área urbana e no interior, com danos
nos telhados. Houve ainda estragos na cobertura do prédio do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, além de queda de árvores.
Em Rio Grande, os prejuízos causados
pelas chuvas e duas ocorrências de granizo nos últimos dias são os
piores desde a década de 1950, disse ontem o prefeito Alexandre
Lindenmeyer. Informou que mais de 8 mil famílias já se cadastraram
na prefeitura solicitando ajuda, mas estima que 20 mil residências
tenham sido afetadas. O prefeito disse que o prejuízo em Rio Grande
é estimado em R$ 50 milhões, sendo R$ 11 milhões na agricultura,
conforme a Emater. Cinco postos de saúde e 40 escolas foram
danificadas, além de estradas vicinais. Na Vila da Quinta, 80
pessoas continuam em um salão paroquial. Cerca de 7,2 mil famílias
já receberam lonas, e foram adquiridas 11 mil telhas.
Fonte: Correio do Povo, página 11 de
25 de setembro de 2015.
Chuvas:
sobe para 56 o número de cidades atingidas
De acordo com a Defesa Civil do Rio
Grande do Sul, já são mais de 44 mil pessoas afetadas por cheias e
granizo
Já são mais de 44 mil pessoas
atingidas no Rio Grande do Sul por chuvas e granizo, conforme boletim
ontem da Defesa Civil estadual. Há 3.861 moradores desalojados e
4.049 em abrigos. Também subiu para 56 o número de cidades
afetadas. Em Rio Pardo, o prefeito Fernando Schwanke assina hoje
decreto de situação de emergência. O número de famílias que
saíram de casa chegou a 80, principalmente na área da Várzea
Camargo. A enchente coloca em risco moradores de áreas como os
bairros Rosário, Praça de Ponte e balneário Porto Ferreira. O
atendimento aos atingidos se centralizada no Cras da Ponte (rua 15 de
Novembro, 85).
Em Santa Maria, no Balneário Passo
Verde, 300 casas foram inundadas pelo rio Vacacaí ontem e 65
famílias tiveram que deixar suas moradias. Outras 493 residências
já foram afetadas por alagamentos. A Polícia Rodoviária Federal e
o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)
informam o bloqueio da ponte no km 431,7 da BR 392, na localidade do
Arsenal.
Em Santiago, a prefeitura informa que
hoje será feita análise da situação dos prejuízos no município,
onde mais de mil casas ficaram danificadas pelo granizo. Em Rosário
do Sul, 93 famílias estão fora de casa. Hoje, haverá reunião para
decidir sobre a decretação ou não da situação de emergência.
No Sul do Estado, a lama acumulada na
ERS 354, em Arsenal Ferrador, obriga quem chega ao município ou sai
a buscar rota alternativa. É necessário passar pela zona rural e ir
até Dom Feliciano para entrar na BR 116. O trajeta aumenta 80
quilômetros. Com isso, o percurso do ônibus intermunicipal foi
suspenso. Em São Lourenço do Sul, seis pessoas saíram
preventivamente de casa em função de chuva.
A alta do rio dos Sinos e do Gravataí
obrigou pelo menos 187 famílias (748 pessoas) a abandonarem suas
moradias em Canoas e procurarem abrigos na casa de parentes ou pontos
improvisados pela prefeitura. O prefeito Jairo Jorge salientou que
esta é a pior cheia dos últimos 40. “Só se assemelha à cheia
registrada na década de 60. Nunca tinha visto nada igual.” O
coordenador da Defesa Civil no município, coronel Rodolfo Pacheco,
informou que as áreas mais afetadas foram, além do Paquetá, as
ruas Berto Círio e da Barca, as localidades do Dique do Canil e do
Dique do Gravataí e a rua General Sebastião Barreto, no bairro
Niterói.
Em Sapucaia do Sul, a situação
complicou-se no domingo, obrigando 335pessoas a deixarem as casas nos
bairros Carioca e Fortuna Alvorada tem 145 pessoas na casa de
parentes e outras 38 abrigadas na Escola de Capacitação Anísio
Teixeira. A prefeitura ainda informou que há 274 casas atingidas,
total de 1.088 pessoas.
Rio
próximo do nível normal
O
rio Taquari está retornando ao nível normal no Vale do Taquari. Na
leitura no Porto de Estrela, na tarde de ontem, estava com 14,61
metros, ou seja, 1,61 m acima do normal. No sábado, o rio chegou a
24,51 metros causando inundação na região. Em Bom Retiro do Sul,
as águas cobriram as comportas da barragem e invadiram a rua
Pinheiro Machado, mas nenhuma casa foi afetada. Em Lajeado, das 112
famílias que saíram das moradias, 11 já retornaram.
Cheia
prejudica mais famílias
A
cheia do rio Uruguai agora afeta também Uruguaiana. Ontem, segundo o
coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, três famílias – 11
pessoas – foram retiradas de casas no bairro Santo Antônio e
levadas a uma abrigo da prefeitura. No Mascarenhas de Moraes, as
águas já margeiam moradias próximas do rio, que ontem media 7,54
metros e deve subir até quinta-feira. Em Itaqui, de acordo com a
Defesa Civil, 11 casas volantes às margens do Uruguai foram levadas
para pontos mais altos. O rio media 8,55 m nesta segunda e continuava
em elevação.
Em São Borja, o rio Uruguai
desacelerou o ritmo de elevação. Ontem, conforme mediação da
Corsan, o nível se aproximava dos 11 metros além do normal. O
coordenador da Defesa Civil, Élcio Carvalho, prevê que hoje o rio
ainda suba, mas ressalta que a cheia já começa a baixar ou se
estabilizar em municípios acima, como Paulo Xavier e Garruchos.
Quatro famílias ribeirinhas foram removidas, e outras dez saíram de
casa por conta própria.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
13 de outubro de 2015.
Chuvas
voltam a fazer vítimas no Rio Grande do Sul
Em Cachoeirinha, cinco casas foram
atingidas por raios e ficaram parcialmente queimadas
A forte chuva desta semana voltou a
fazer estragos na região. Em Cachoeirinha, no bairro Morada do
Bosque, cinco casas foram atingidas por raios no final da noite de
quarta-feira, deixando moradias parcialmente queimadas. O princípio
de incêndio foi combatido pelos moradores até a chegada do Corpo de
Bombeiros. Duas pessoas tiveram ferimentos leves.
Segundo o coordenador da Defesa Civil
do município, Fernando Kern, o rio Gravataí está 2,95 metros acima
do normal, o que obrigou famílias dos bairros Olaria e Meu Rincão a
deixarem suas residências. 'Em 24 horas o rio subiu 35 centímetros.”
Desde as chuvas de julho, 71 famílias foram reassentadas no
Loteamento Chico Mendes, 11 estão abrigadas no Ginásio Municipal e
outras 30 aguardam transferência para o loteamento.
Em Esteio, 20 famílias já deixaram
as residências no bairro Jardim das Figueiras em razão do arroio
Sapucaia ter saído do leito normal. De acordo com o coordenador da
Defesa Civil Luiz Carlos Terra, das 17h de quarta até o meio-dia de
ontem, o pluviômetro registrou 114 milímetros. “A rua João
Francisco Alves, no bairro Três Marias, também é o alvo de atenção
nossa. Só que nesta região as casas são mais altas, as famílias
permanecem em suas residências.”
Em Alvorada, dez ruas estão
alagadas, entre os bairros Americana, Nova Americana e Vila Barcelos.
A Defesa Civil está em alerta em razão da previsão de 330 mm de
chuva para os próximos nove dias. Sessenta famílias continuam fora
de casa desde as precipitações de julho. Em Gravataí, os arroios
Demétrius e Barnabé estão cheios e algumas moradias ribeirinhas na
Vila Rica já estão com água nos pátios. Segundo a Defesa Civil,
em 24 horas o pluviômetro registrou a marca de 120 mm de
precipitação, sendo a média mensal de 138 mm. Não há
desalojados.
Rio
dos Sinos segue em elevação
Em
São Leopoldo, o coordenador da Defesa Civil, Diogo Arns, informou
que o Rio dos Sinos apontava 3,60 metros na tarde de ontem. “Situação
que já começa a preocupar. A água sobe 4 centímetros por hora.
Estamos monitorando os bairros Feitoria e São Geraldo, como na Rua
das Camélias e Rua da Praia”, informou. Já em Novo Hamburgo, o
Sinos estava em 5,97 m na tarde desta quinta-feira. A marca para
transbordar é 6,5 m. Em Sapucaia do Sul, onde choveu 78 mm na
madrugada de ontem o rio subiu 5 cm por hora.
Serviço
do Sine é suspenso em Viamão
A
Agência FGTAS/Sine de Viamão, localizada na avenida Senador Salgado
Filho, 9.214, suspendeu os atendimentos em razão de problemas nas
redes de telefonia e Internet. A prefeitura informou que já está
providenciando o concerto, mas não há previsão para retomada dos
atendimentos. A população poderá ser atendida a agência mais
próxima. Em Porto Alegre, há as unidades do Sine Tudo Fácil Zona
Norte (na rua Domingos Rubbo, 51) e Agência FGTAS/Sine Azenha (na
avenida Dr. Carlos Barbosa, 618).
Fonte: Correio do Povo, página 11 de
9 de outubro de 2015.
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