A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de novo inquérito para investigar o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na Operação Lava Jato, Os crimes citados pela procuradoria são corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O pedido de investigação foi enviado à Corte sob segredo de Justiça por ser baseado em delações premiadas de investigados.
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Mais cedo, também a pedido da procuradoria, o ministro Teori Zavascki autorizou abertura de inquérito para investigar, além de Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) no mesmo processo.
Delcídio foi preso semana passada por determinação de Zavascki. De acordo com a PGR, o senador estaria obstruindo as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada.
Em um trecho do processo, a PGR afirma que Delcídio ofereceu dinheiro à família de Cerveró para evitar a citação de seu nome nas investigações. “O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, destinado à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, acrescentou a PGR.
Com a abertura dos novos inquéritos, o STF passa a processar 68 investigados na Lava Jato, entre eles 23 deputados federais, 14 senadores, um ministro de Estado e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Os demais não têm foro por prerrogativa de função, mas são processados pela Corte por ligações diretas com parlamentares.
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