segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O serviço público precisa ser repensado no Brasil, por Lúcio Machado Borges*

Não é de hoje que eu acredito que precisamos repensar e reciclar o serviço público no Brasil. É muito comum os servidores públicos fazerem greves que duram um, dois, três meses ou mais. Eles acham que fazendo isso estão prejudicando os governos municipais, estaduais e o governo federal, quando na verdade, eles estão prejudicando a população, que é que realmente utiliza os seus serviços e é quem de fato, paga os seus salários e as suas benesses.
Nesta semana que passou aqui no Rio Grande do Sul, os servidores públicos estaduais paralisaram os serviços de quarta a sexta-feira. A alegação destes servidores para paralisarem os serviços é que eles não tem a garantia que até o dia 31 de agosto eles receberão integralmente os seus salários. Ora, na boa, isso é uma verdadeira desculpa esfarrapada! No momento, os salários destes servidores estão pagos. Se no dia 31 de agosto o governador Sartori não pagar os seus salários integralmente, aí sim eles tem o direito de paralisar os serviços, mas no momento não! Eu vejo isso como desculpa para não trabalhar. Também acredito que servidor que não trabalha deve ter os dias descontados dos seus vencimentos. Ao que me parece, tem um parecer do Supremo Tribunal Federal, dizendo que os servidores públicos não podem ter os seus salários descontados por causa dos dias parados de greve, mas no meu entender, isso é um verdadeiro absurdo, já que qualquer trabalhador da iniciativa privada se não trabalhar, não recebe. Por que no serviço público essa regra não vale? Se não produz, não pode receber!
Outra coisa que nós precisamos debater e acabar com a máxima urgências é com as benesses e com os privilégios do Legislativo e do Judiciário. O que estes marajás ganham aqui no Brasil, jamais ganhariam em outro país. O que sempre me chama a atenção é ver o Judiciário brasileiro sempre reclamando que os seus salários estão defasados e assim por diante. Além de receberem um pomposo salário, que não se paga em nenhum outro país no mundo, eles recebem vários auxílios e além de ter vários dias de folga, recesso de três meses e assim por diante. Se o serviço é tão ruim e se o salário é tão baixo e tão defasado, por que eles não pedem demissão de seus cargos e não vão para a iniciativa privada? Pois bem, acredito que temos que repensar estas questões.


*Editor do site RS Notícias



Artigo escrito no dia 23 de agosto de 2105

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