Movimento em aeroportos deve cair 20% no período de festas de fim de ano
A movimentação nos principais aeroportos do Brasil poderá cair até 20% durante a época das festas de fim de ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. As projeções da Secretaria de Aviação Civil para este ano são de uma movimentação de 16 milhões de passageiros durante a Operação Fim de Ano, que começou ontem (10) e vai até o dia 10 de janeiro. No ano passado, entre os dias 15 de dezembro e 10 de janeiro, cerca de 20 milhões de pessoas passaram pelos 15 maiores terminais do país.
A demanda por transporte aéreo no Brasil vem caindo no segundo semestre do ano e teve uma redução de 5,7% em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). A entidade avalia que, apesar da retração da demanda, a estratégia das empresas é praticar preços mais atrativos e, com isso, pelo menos fechar o ano de 2015 com o mesmo volume de operações do ano passado.
As projeções da Secretaria de Aviação Civil são de uma movimentação de 16 milhões de passageiros durante a Operação Fim de Ano
A Secretaria de Aviação Civil estima que o pico de demanda nas festas de fim de ano será no dia 4 de janeiro,quando cerca de 648 mil passageiros devem passar pelos principais aeroportos brasileiros. A Operação Fim de Ano é um conjunto de medidas acordadas entre setor público e a iniciativa privada para melhorar o funcionamento dos principais aeroportos do país nesse período.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deverá colocar mais equipes de apoio e informação de viajantes e ativar planos de contingência de manutenção para equipamentos, pistas e pátios. As companhias aéreas TAM, Gol, Azul e Avianca se comprometeram a não vender bilhetes aéreos além da capacidade das aeronaves, além de reforçar o pessoal nas equipes de segurança, rampa e atendimento, tripulantes, suprimentos, operações e manutenção.
Os 30 dias de reforço para a alta demanda do período envolve ações nos terminais de Guarulhos, Congonhas e Viracopos (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Brasília (DF), Confins (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Manaus (AM), Fortaleza (CE), São Gonçalo do Amarante (RN) e Cuiabá (MT), que juntos representam 80% do fluxo de viajantes no Brasil.
Tocha Paralímpica vai passar por cidades das cinco regiões
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 apresenta a Tocha Paralímpica
A Tocha Paralímpica vai percorrer seis cidades nas cinco regiões do país entre 1º e 7 de setembro, anunciou hoje (11) o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. O percurso vai passar por Belém, Natal, Brasília, Joinville e São Paulo antes de chegar ao Rio de Janeiro, onde a competição começa em 7 de setembro.
O diretor de Cerimônias da Rio 2016, Leonardo Caetano, explicou que a definição do trajeto levou em consideração a relevância das cidades para o movimento paralímpico, a existência de estrutura para treinamento e também se há atletas de destaque que nasceram na região.
Ao todo, 700 pessoas vão carregar a tocha, cada uma por 200 metros. O revezamento será patrocinado pelo Bradesco, a Claro e a Nissan.
A tocha paralímpica tem forma semelhante à olímpica, e, segundo o designer que assina o projeto, Gustavo Chelles, isso se dá porque os conceitos foram criados em conjunto para reproduzir os valores olímpico e paralímpico."Não é uma tocha olímpica pintada de uma cor diferente. Fizemos as duas juntas".
Uma equipe de oito designers trabalhou no projeto por 20 dias em 2014, até que ele fosse inscrito no concurso, que contou com 76 concorrentes. Segundo o Comitê Organizador, a tocha foi escolhida por unanimidade e agora 15 mil unidades estão sendo produzidas para o revezamento e a distribuição.
Pelo tato, é possível identificar na tocha formas como as ondas do mar, o desenho do Calçadão de Copacabana e as curvas famosas do relevo carioca, como a Pedra da Gávea e o Morro Dois Irmãos. Uma diferença entre as duas tochas é a cor: a olímpica tem detalhes em azul e verde, a paralímpica tem as cores laranja e vermelha, que, de acordo com a diretora de marcas da Rio 2016, Beth Lula, significam determinação.
Além das formas táteis, a tocha traz escrito em braille os valores paralímpicos: coragem, determinação, inspiração e igualdade.
Na apresentação, o nadador e hexacampeão paralímpico Clodaldo Silva, que carregou a tocha nos jogos de Londres, em 2012, e também no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, disse que o momento do revezamento é emocionante e pediu que ele seja aproveitado para incentivar políticas de acessibilidade no país. Nascido em Natal, ele sugeriu que a tocha passe pelo bairro de Mãe Luiza, na periferia, onde nasceu. "É um bairro mais conhecido pela criminalidade e violência, e a tocha tem essa missão de unir as pessoas", disse ele.
Segundo a organização dos jogos, o percurso nas cidades escolhidas ainda está sendo definido, assim como as 700 pessoas que participarão do revezamento. Parte dessas vagas será definida pelos patrocinadores.
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, aproveitou a apresentação da tocha para convocar os brasileiros a prestigiar o revezamento e os atletas durante a competição. "A gente quer conectar todo o Brasil. Conectar os 200 milhões de brasileiros aos atletas".
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, participou da abertura do evento e reconheceu que a cidade tem problemas de acessibilidade, ao referir-se ao Rio como "um exemplo do mau exemplo que o Brasil é na acessibilidade. É algo que nos envergonha a todos".
Para o prefeito, que está no penúltimo ano de seu segundo mandato, a passagem da tocha também é uma chance de evidenciar esses problemas e reivindicar políticas públicas.
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