Fechado desde março, quarto onde Getúlio se matou é a maior atração do museu
Principal atração do Museu da República, o quarto onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou, em 24 de agosto de 1954, foi reaberto hoje (22) à visitação pública. Desde março deste ano, o cômodo estava fechado, assim como todo o terceiro andar do Palácio do Catete, que abriga o museu, devido a problemas no sistema de ar condicionado.
Reforma do terceiro andar do prédio, onde ficavam os aposentos do presidente e sua família, já tem recursos garantidos
A reabertura foi possível devido a um reparo emergencial no aparelho de ar condicionado do quarto e não se estende ao restante do andar, que nos tempos em que o palácio era a sede do governo republicano abrigava os aposentos dos presidentes e suas famílias. A visita completa ao terceiro piso somente poderá ser retomada depois de uma obra maior, prevista para o próximo ano.
“Nós conseguimos segurar a grelha do ar refrigerado só do quarto do Getúlio para não deixar de atender ao público, principalmente agora, nos meses de janeiro e fevereiro, quando recebemos muitos visitantes de outros estados”, explicou a diretora do Museu da República, Magaly Cabral. Segundo ela, a impossibilidade de ver o aposento onde ocorreu um dos momentos mais dramáticos da história republicana do país vinha deixando frustrada boa parte dos visitantes do museu, entre 65 mil e 70 mil a cada ano.
Magaly Cabral informou que já estão assegurados os recursos para a reforma completa do terceiro andar, que vai compreender, além do sistema de ar condicionado, o telhado e a claraboia do palácio. “A obra vai custar R$ 2 milhões e 800 mil e será feita com o apoio do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e verba do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] das Cidades Históricas. Já tem uma empresa contratada fazendo o projeto executivo e até abril esperamos abrir a licitação para a obra”, disse a diretora do museu.
Instalado em um palácio do século 19, o Museu da República, a exemplo de outras instituições culturais, tem grande preocupação com a segurança, em relação ao risco de incêndio. “Estamos tendo orientações constantes do Corpo de Bombeiros, e o Ibram [Instituto Brasileiro de Museus] está desenvolvendo um planejamento de segurança contra incêndios para os museus cariocas”, afirmou Magaly Cabral. A preocupação é que não ocorra o mesmo que no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Quarto abriga pertences de Vargas, incluindo a arma usada no suicídio
O Palácio do Catete foi construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. Em 1896, foi adquirido pelo governo federal para sediar a Presidência da República, até então instalada no Palácio do Itamaraty.
Sede do Poder Republicano por quase de 64 anos, 18 presidentes utilizaram suas instalações. O último foi Juscelino Kubitschek, que encerrou a era presidencial do palácio, com a transferência da capital para Brasília em 1960. No mesmo ano, o Palácio do Catete passou, por decreto presidencial, a abrigar o Museu da República.
Bogotá acusa Caracas de invasão aérea
Bogotá – O Ministério da Defesa da Colômbia denunciou ontem a invasão do espaço aéreo do país por dois aviões militares da Venezuela da região da Alta Guajira, na fronteira. A invasão, segundo os colombianos, se deu na tarde de sábado, mesmo dia em que as chanceleres dos dois países se reuniram no Equador para negociar o fim da crise de fronteira. A Venezuela acusa a Colômbia de não controlar a entrada ilegal de produtos venezuelanos subsidiados pelo governo, entre eles derivados de petróleo.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 14 de setembro de 2015.
Brasil é exemplo mundial
São Paulo – Desde que a Síria entrou em conflito, em março de 2011, 2.077 pessoas conseguiram refúgio no Brasil – número maior que em vários países europeus. A Espanha, por exemplo, só concedeu refúgio para 1.335 sírios, a Itália para 1.005 e Portugal para 15, segundo a Eurosat, agência de estatísticas da União Europeia.
Há cerca d dois anos, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, publicou uma normativa facilitando a concessão de asilo a imigrantes sírios. Além de atender todas as requisições, o processo de obtenção de vistos para eles leva cerca de seis meses, enquanto solicitantes de outras nacionalidades podem esperar até três anos para obter o status de refugiado.
Depois da Síria, os países que mais conseguiram refúgio do governo brasileiro foram Angola (1.480) e República Democrática do Congo (844) – ambos com conflitos políticos internos.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 7 de setembro de 2015.
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