Publicado em 11 de out de 2014
Em poucas palavras, Millôr define de maneira precisa o caráter de Chico Buarque.
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Diminui
a preferência por ônibus
Em dez anos, número de pagantes caiu
17%. EPTC aposta no processo licitatório para atrair novos
passageiros
Cíntia
Marchi
Nos
últimos dez anos, diminuiu 17% a média de passageiros pagantes de
ônibus em Porto Alegre. Em outras capitais brasileiras também houve
decréscimo. Ao mesmo temo em que se reduziu o número de usuários
do transporte coletivo, os automóveis e as motocicletas ganharam
espaço. A frota da Capital de carro saltou 25,7% de 2006 até hoje.
Pode o ônibus ampliar o número de usuários? A licitação inédita
na Capital terá elementos suficientes para reverter o cenário?
Para o diretor-presidente da Empresa
Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, a
licitação, que conheceu os vencedores na última quinta-feira, vai
dar condições para atrair novos passageiros. A ampliação do
ar-condicionado, o aumento da frota para reduzir de seis para quatro
o número de passageiros por metro quadrado e a implantação do
sistema BRT devem ser alguns dos chamarizes. O procurador-geral do
Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo da Camino, concorda: “A
regulação baseada em contratos advindos da licitação deve
resultar em um serviços de melhor qualidade. Esse sempre foi o
objeto de atuação do MPC, que requereu ao TCE pedido de abertura da
licitação”.
O gerente técnico da Associação
dos Transportadores de Passageiros (ATP), de Porto Alegre, Gustavo
Simionoschi, lembra que o governo federal incentivou que nos últimos
anos a aquisição de automóveis, com a redução de de impostos e a
estabilidade no preço da gasolina. “As pessoas passaram a explorar
mais o transporte individual e, com mais veículos nas ruas, os
ônibus também ficam presos nos congestionamentos”, diz.
Segundo a Associação dos
Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), os usuários que
abandonaram os ônibus não aderiram às lotações. “Não houve
transferência de passageiros. O governo incentivou a aquisição de
carros e nunca subsidiou os coletivos. É visível que a cidade está
cada vez mais entupida”, avalia o gerentes executivo da ATL,
Rogério Lago.
Com mais congestionamento, Cappellari
lembra que a EPTC decidiu em 2010 ampliar a frota de 1,5 mil pra 1,7
mil para que o tempo de espera nas paradas não fosse tão impactado.
A fórmula, no entanto, contribuiu para o aumento da tarifa. Há dez
anos, a passagem custava R$ 1,40 menos do que hoje, um aumento
encarado com protestos pelos porto-alegrenses.
Descentralização
de serviços
O
gerente técnico da ATP, Gustavo Simionovschi, entende que a redução
do número de passageiros tem a ver com a tecnologia e a nova
distribuição dos serviços nos bairros. “A telecomunicação e o
uso da Internet contribuíram com a redução do deslocamento. Muitas
vezes não é preciso mais sair de casa nem para trabalhar. E anos
atrás tudo tinha que ser feito no Centro.”
25% foi o que cresceu a frota de
carros da Capital desde 2006. São 147 mil a mais.
32% não
pagam tarifa
Existem
ainda as gratuidades no transporte público da Capital. Hoje, 32% dos
usuários de ônibus não pagam tarifa. “Os 17 milhões de pagantes
têm que arcar com os custos pelos outros 8 milhões. Para mudar
isso, só alterando a legislação”, diz o diretor-presidente da
EPTC, Vanderlei Cappellari. Ele acredita que uma saída seria o
custeio nacional para bancar as gratuidades. “Hoje não há nenhum
repasse.”
Uma
das saídas é reduzir o tempo
Uma
das fórmulas para aumentar o número de passageiros é reduzir o
tempo das viagens. Há exemplos concretos nos últimos meses, com a
implantação dos corredores de ônibus na zona Sul. Segundo
Vanderlei Cappellari, da EPTC, na avenida Praia de Belas, a partir de
março, as linhas tiveram ganho de tempo de até 31% no pico da manhã
e 37% à tarde, em 5 quilômetros, entre as avenidas Icaraí e Borges
de Medeiros.
O ganho de tempo também ocorreu na
faixa prioritária para ônibus, aberta no final de 2013 no eixo das
avenidas Cavalhada, Nonoai e Teresópolis. “O ônibus levava o
dobro do tempo na comparação com o carro. Diminuiu pela metade e já
aumentou 4% o número de passageiros na região. A implantação do
BRT vai tornar o transporte mais rápido, seguro e confortável.”
Usuários
dizem que qualidade só decaiu
Se
na visão da EPTC a licitação tende a cair mais passageiros para o
sistema, no entender dos usuários não há muitas esperanças. A
doméstica Sarajane da Silva, 47 anos, todos os dias utiliza ônibus
para se deslocar da Lomba do Pinheiro até o Centro. A passageira
avalia que a qualidade só decaiu com o passar dos anos. “Demora
muito para o ônibus vir, mesmo no horário de pico, e chega sempre
lotado. Dependendo da pessoa, ela abandona. Eu não posso desistir do
ônibus porque não tenho alternativa”, diz. Sarajane não acredita
em melhoria depois da licitação. “Só vendo para crer.”
Para a copeira Rosi Martins, 54, são
necessários novos ônibus e uma melhor distribuição de veículos
nas linhas. “Eu fico em média 50 minutos esperando o transporte
todos os dias. Cada vez mais pessoas estão comprando carro, buscando
rapidez e conforto. Preferem gastar com gasolina do que se submeter a
isso”, reclama. O chapeador Nilo Lima de Oliveira, 53, critica a
demora. “Nunca vi um ônibus chegando no horário. E quanto mais
tempo esperando, mais lotado ele vem. No final de semana piora a
situação. Alegam que não tem passageiro suficiente, mas não é o
que a gente vê.”
Licitação
é alvo de análise
Na
medida em que avança e traz indicativos de melhorias ao transporte
público, a licitação também é lavo de desconfianças. A bancada
do PSol na Câmara Municipal encaminhou no início de setembro
denúncia ao Ministério Público de Contas (MPC) sobre indícios de
irregularidades na planilha tarifária. O procurador-geral do MPC,
Geraldo da Camino, diz que o material está sob análise. Na sexta, o
PSol também entrou no Fórum Central, com uma ação cautelar com
pedido de liminar reivindicando a suspensão da licitação.
A vereadora Fernanda Melchiona
explica que, ao comparar as planilhas que serviram de base para o
reajuste da tarifa no início do ano e as apresentadas na licitação,
encontrou discrepância nos valores. “A empresa Belém Novo e Sopal
apresentaram valores maiores do diesel em fevereiro e preços menores
para a licitação em julho, mesmo após o agravamento da crise
econômica e o notório aumento para o consumidor”, diz. “É uma
situação, no mínimo, estranha. Isso só faz a população ficar
mais desconfiada. Os usuários hoje não estariam sendo lesados
pagando mais do que deveriam? A qualidade dos ônibus só reduz e a
tarifa só aumenta.”
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
27 de setembro de 2015.
Dilma reúne ministros para
preparar cortes
Redução de gastos do governo
antecede discussão sobre impostos
Após se reunir no sábado com 12
ministros, a presidente Dilma Rousseff voltou ontem a conversar com
os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e
Aloizio Mercadante (Casa Civil) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O governo prepara um pacote de cortes administrativos e de gastos que
devem ser anunciado nos próximos dias. As despesas do governo
poderão sofrer uma redução em torno de R$ 20 bilhões. O objetivo
é reverter o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no orçamento de
2016.
No sábado, Dilma convocou parte da
equipe ministerial para dar diretrizes sobre as reduções que cada
ministério terá de fazer no esforço de equilibrar as contas
públicas. Assim como as reuniões de sábado, o encontro de ontem
não estava na agenda oficial da presidente. É possível que nova
reunião de Dilma com a cúpula do governo ocorra hoje para fazer os
ajustes finais, antes do anúncio dos cortes.
O Palácio do Planalto não informou
a pauta discutida ontem, nem se outros ministros participaram do
encontro, que teve início por volta das 15h30min e durou pouco menos
de três horas. Também estiveram presentes o secretário-executivo
da Fazenda, Tarcísio Godoy, e os secretários da Receita, Jorge
Rachid, e do Tesouro, Marcelo Saintive.
Depois do rebaixamento da nota de
crédito do Brasil pela agência de crédito do Brasil pela agência
Stanfard & Poor's, que tirou o selo de bom pagador do Brasil, o
governo intensificou as conversas para reduzir gastos e dar sinais ao
mercado de comprometimento com o ajuste fiscal. No fim de agosto, o
governo federal enviou ao Congresso uma proposta orçamentária para
2016com déficit de R$ 30,5 bilhões. A medida teve repercussão
negativa no mercado financeiro.
Um dos ministros que participaram das
reuniões de sábado afirmou que há a intenção do governo de
iniciar a redução de gastos pelos contratos de terceirização de
serviços. De acordo com esse ministro, o Planejamento não deve
definir um percentual de corte linear para os ministérios porque
cada pasta tem sua peculiaridade.
O governo decidiu que só anunciará
aumento ou criação de impostos após a divulgação de novos cortes
de gastos. A equipe econômica avalia que essa seria a melhor saída
para fechar o déficit no orçamento e tentar atingir a meta de
superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto – soma
de bens e serviços produzidos no país) no ano que vem. Em relação
aos cortes, os técnicos da área econômica afirmam que as ações
envolverão o enxugamento da máquina pública e também uma revisão
de programas e benefícios sociais.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de
14 de setembro de 2015.
Dinheiro
falso: cai o total de notas retidas
Marco
Aurélio Ruas
Apesar
dos avanços tecnológicos que aperfeiçoam as falsificações de
documentos e do conhecimento das pessoas em relação ao repasse de
notas de dinheiro falsas, a quantidade de cédulas retidas está em
queda no Rio Grande do Sul. Conforme estatística do Banco Central,
enquanto a média anual no Estado é 30 mil notas falsas apreendidas,
até o final de julho foram retidas 11,2 mil. Se mantida a tendência,
o número de cédulas em 2015 não chegará a 20 mil. O valor
convertido chega a ultrapassar os R$ 750 mil.
Diferentemente das estatísticas dos
últimos cinco anos, a primeira família da nota de R$ 100 tomou a
dianteira, com o maior número de apreensões deste ano no Estado até
o momento. No ano passado, a nota, com a primeira família da cédula
de R$ 50, foi a líder de retenção no Rio Grande do Sul obtendo
números semelhantes. Anteriormente, entre 2010 e 2013, essa mesma
cédula de R$ 50,00 era campeã, segundo o Banco Central. Com a atual
média, o recorde de apreensão da primeira família da nota de R$
100 no Estado poderá ser batido ao final do ano. Em 2013, foram
pouco mais de 7 mil cédulas retidas, ante 4 mil neste ano.
Outra mudança ocorre na posição do
Rio Grande do Sul no ranking de estados com o maior número de
retenções de dinheiro falso. Entre 2010 e 2014, ocupava o quinto
lugar. Neste ano, o RS está na sexta colocação. Desde 2012, os
três primeiros lugares da lista pertencem aos mesmos estados: São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente.
Segundo a Justiça Federal do RS,
atualmente, há 595 processos no Estado envolvendo falsificação de
dinheiro. As ações se referem à apreensão de pessoas com notas
falsas ou objetos utilizados nesse tipo de atividade. A maioria se
encontra na jurisdição de Porto Alegre.
Conforme o Banco Central, o dinheiro
suspeito deve ser apresentado a agências bancárias. Elas são
responsáveis pelo encaminhamento da cédula para posterior análise
do órgão.
No Banco Central, um exame técnico é
realizado para confirmar a autenticidade da nota ou não. Caso a nota
seja falsa, a informação é enviada para um banco de dados que
subsidia a atuação do Departamento da Polícia Federal – órgão
competente para o combate à falsificação de dinheiro.
Caso
anual vira semanal
Há
três anos trabalhando como gerente da loja Brinkare, na rua dos
Andradas, no Centro de Porto Alegre, Cíntia Danieli Menger relata
que o estabelecimento recebia, em média, uma nota falsa de dinheiro
por ano. Porém, desde outubro do ano passado, a realidade mudou.
Frente ao prejuízo ao receber, principalmente notas de R$ 50 e R$
100 falsas de forma crescente, a gerente se viu obrigada a tomar
alguma atitude: comprou uma máquina detectora de dinheiro falso.
'em outubro, foram três notas.
Atualmente, há pessoas querendo comprar algum produto com nota falsa
semanalmente”, relata Cíntia. Enquanto não tinha o equipamento
para verificação da autenticidade da cédula, a gerente somente
tinha conhecimento da falsificação no banco.
Com a possibilidade de verificação
na própria loja, ela diz que as notas são rejeitadas no ato da
compra. “Avisamos que não poderemos aceitar a nota porque ela está
fora do padrão”, comenta a gerente.
De
acordo com Cíntia, o perfil do falsificador é claro. “Quando
avisamos que a nota está fora do padrão, a pessoa pega e passa para
outra efetuar a compra sem perguntar nada. E os produtos são sempre
baratos, já que o interesse do falsificador é o troco”, explica.
Quem não sabe que possui uma cédula
falsa tem uma atitude diferente. “A pessoa que foi enganada costuma
ficar surpresa. Além disso, muitas vezes esse cliente está
adquirindo um produto com valor elevado”, diz a gerente.
O Sindilojas Porto Alegre informou
que fez uma verificação sobre o assunto e não encontrou nenhuma
incidência do repasse de dinheiro falso indicando aumento da
prática.
Como
diferenciar
Aprenda
a identificar os elementos de seguranças da cédula de R$ 100,00,
considerada a mais falsificada:
1 Marca
d'água
Segure
a cédula contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração.
Observe na área clara, do lado esquerdo, a marca d'água em tons que
variam do claro ao escuro. As cédulas de R$ 100,00 apresentam como
marca d'água a figura da República.
2
Impressão em alto-relevo
As
figuras da República e da garoupa, as legendas “Banco Central do
Brasil” e “cem reais”, a tarja contendo a palavra “reais” e
os números indicativos do valor da cédula (100) possuem alto-relevo
e podem ser sentidos com os dedos.
3
Microimpressões
Ao
utilizar uma lente, note a presença de pequeníssimas letras “B”
e “C”, na faixa clara junto à efígie (frente) e no interior do
número 100 (frente e verso).
4 Imagem
latente
Observando a frente da cédula, olhe
a partir do canto inferior esquerdo, colocando-a na altura dos olhos,
na posição horizontal e sob luz natural abundante: ficarão
visíveis as letras “B” e “C”.
Registro
coincidente
Olhando a nota contra a luz, o
desenho das Armas Nacionais impresso em um lado deve se ajustar
exatamente ao desenho semelhante que se encontra no outro lado da
cédula.
Comerciantes
devem inibir circulação
Para
o perito em documentos Oto Rodrigues, os estabelecimentos comerciais
~soa os principais responsáveis pela circulação de dinheiro falso.
Segundo ele, quando as lojas rejeitam as notas, elas também estão
cometendo um crime. “dessa maneira, a loja está permitindo a
possibilidade de circulação da falsificação”, argumenta.
Rodrigues ainda ressalta que carimbar a nota ,revelando a falsidade,
ou encaminhar ao Banco Central são as melhores alternativas. Em
último caso, devem acionar a Polícia.
Métodos
das lojas não são confiáveis
Para
identificar as cédulas falsas, os estabelecimentos comerciais
utilizam normalmente uma caneta especial ou luz ultravioleta. Porém,
segundo o perito em documentos Oto Rodrigues, as duas alternativas
não são totalmente confiáveis.
No
caso da caneta – artifício mais usado pelas lojas – ,ela
identifica a presença de amido no papel (presente na maioria das
falsificações). Quando a nota falsa é riscada, ela escurece. Já o
papel de uma cédula verdadeira não possui amido. Todavia, há
falsificações realizadas com o mesmo papel-moeda do real. “Há
três tipos de falsificações, com qualidades diferentes. As mais
sofisticadas usam o papel da nota verdadeira e simulam os elementos
de segurança percebidos pela luz ultravioleta”, afirma o perito.
Para verificar a legitimidade das
cédulas, alguns elementos de segurança podem ser identificados. A
principal verificação deve ser dos dispositivos oticamente
variáveis (DOV). Porém, em qualquer nota, há um meio prático de
identificação da autenticidade. Colocando um papel de bobina em
cima da marca d'água da cédula e esfregando uma moeda (ela deve
estar deitada) sob o papel, a marca será revelada. A imagem aparece
somente em cédulas verdadeiras.
Fonte: Correio do Povo, página 13 de
23 de agosto de 2015.
Dilma recebe Cunha para falar de
déficit
Presidente da Câmara diz que encontro
foi uma 'conversa institucional'
O presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se ontem com a presidente Dilma
Rousseff no Palácio Planalto, onde conversaram sobre a situação
econômica, a proposta orçamentária enviada ao Congresso e a
situação geral do país. 'Foi uma conversa institucional. Ela me
convidou para ir ao Palácio e eu aceitei normalmente, como farei
sempre que for necessário”, disse Cunha. Esse foi o primeiro
encontro entre os dois após Cunha anunciar, em 17 de julho, o
rompimento político com o governo.
Cunha informou que a presidente
detalhou a proposta orçamentária e que eles debateram a matéria,
encaminhada ao Congresso com previsão de déficit de cerca de R$ 30
bilhões. “Debatemos a peça orçamentária e a situação
conjuntural do país. Tenho minha visão sobre o processo econômico
que, às vezes, destoa um pouco da visão colocada pela equipe
econômica, disse. “A presidente não me pediu nada. (…) Debateu
a situação e me pediu apoio para que medidas possam ser tomadas, a
fim de que possamos ter uma solução estrutural para o processo.”
Segundo Cunha, a presidente não
falou sobre medidas que gerem aumento de impostos. De acordo com o
deputado, ela afirmou que “93%” do Orçamento está vinculado e
não há como se cortar”. Ele contou ter dito à presidente que o
maior problema é que a arrecadação caiu muito mais que a retração
do Produto Interno Bruto (PIB), o que ocorreu pela perda da confiança
na economia como um todo. Disse também que é preciso buscar medidas
que ajudem a retomar a confiança, de modo que a arrecadação volte
a crescer”.
Para Cunha, o objetivo de Dilma com a
reunião “foi discutir um problema que afeta as contas públicas do
pais, a fim de, politicamente, ter um canal aberto para dialogar nas
circunstâncias necessárias”. Cunha reafirmou seu compromisso com
a institucionalidade. “Como presidente da Câmara, não posso me
recusar a conversar com a presidente da República.”
O deputado disse ainda que conversou
com Dilma sobre o projeto que trata da repatriação de recursos e
que explicou os motivos pelos quais defende que a matéria seja de
iniciativa do poder Executivo, “assim o projeto poderá ser
encaminhado com urgência constitucional e ser votado rapidamente”.
Segundo Cunha, tendo origem no Legislativo, a matéria terá de
tramitar por várias comissões e sua apreciação será retardada. O
presidente da Câmara acrescentou que sua posição política em
relação ao governo não mudou com o encontro de ontem.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 2
de setembro de 2015.
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