segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Macri coordena operação em área afetada por inundações

Da Telam
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, chegou hoje (27) a Concordia para supervisionar a operação montada para controlar os efeitos das inundações na região. Na visita, Macri disse à população que o objetivo era "estar com vocês [comunidade local] nestes tempos difíceis" e reafirmou que o Executivo irá investir em infraestrutura para recuperar a região.
"Nós queríamos estar aqui juntos durante esse tempo difícil que estão vivendo", disse em entrevista à imprensa local. Concordia é uma das cidades mais atingidas pelas enchentes.
"É neste momento que se põe em jogo a solidariedade ", disse o presidente, que também parabenizou os voluntários pela ajuda à população. “Viemos conhecer a situação e vamos implementar o plano de infraestrutura para chegar a uma solução final", afirmou.
Mauricio Macri visita área afetada pelas inundações (Divulgação/Presidência da Argentina)
Mauricio Macri visita área afetada pelas inundaçõesDivulgação/Presidência da Argentina
























Agência Brasil


Jovens protagonizaram debate sobre ensino em SP em 2015, diz especialista


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O protagonismo dos estudantes secundaristas no debate sobre mudanças no ensino no estado de São Paulo marcou 2015. Para Ocimar Munhoz, especialista em sistemas educacionais e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), a participação do movimento estudantil proporcionou um salto no debate sobre a reorganização escolar.
“Os estudantes entraram em cena e isso mudou, porque deu visibilidade à questão. Expôs limitações profundas dessa proposta do governo do estado”, disse o docente. “Foi uma tentativa, na verdade, de fazer valer outros interesses como racionalização de custos e a municipalização do que, propriamente, a melhoria da qualidade.”
A proposta de reorganização escolar, do governo estadual, previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de 311 mil alunos para instituições de ensino na região onde moram. A reorganização separaria em ciclos alunos com idades entre 6 e 10 anos, adolescentes de 11 a 14 anos e jovens entre 15 e 17 anos. Estudantes, então, ocuparam escolas para mostrar a insatisfação com a proposta. 
Segundo Munhoz, o projeto passou a ser debatido na mídia após as ocupações das escolas. Apesar de ampliar as discussões, faltou iniciativa do governo estadual, na avaliação do professor. “Tinha que haver um debate, mas não só pela imprensa. Isso não consolidou, de fato, o debate”, disse.
Histórico das ocupações
A primeira ocupação, no dia 9 de novembro, foi a da Escola Estadual Diadema, na grande São Paulo. O movimento cresceu gradativamente e, cerca de um mês depois, no auge, aproximadamente 200 escolas foram ocupadas. Os alunos também foram às ruas protestar, sendo, diversas vezes, duramente reprimidos pela Polícia Militar.
Os estudantes argumentavam que a comunidade escolar não foi ouvida sobre as mudanças. Outra crítica é que as alterações e transferências, se colocadas em prática, causariam a ruptura da relação que os alunos desenvolveram com colegas e prejudicariam a logística dos pais, que muitas vezes pedem aos filhos mais velhos para levar os irmãos mais novos para a escola. O governo estadual disse que houve queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar no estado. Desde 1998, a rede estadual perdeu 2 milhões de alunos. Segundo o governo, com a divisão por ciclo, as escolas estariam mais preparadas para as necessidades de cada etapa de ensino. “Entre diversos estudos que foram utilizados para a proposta da reorganização, está o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que mostrou que unidades que atendem alunos de apenas uma faixa etária têm desempenho melhor”, informou o governo, em nota.
No período das ocupações, os jovens criaram uma rotina de atividades com o intuito de garantir a conservação das escolas, como mostrou a Agência Brasil. Os grupos se dividiam entre os responsáveis pela limpeza, alimentação e até demandas da imprensa. A comunidade colaborou com doações de alimentos, remédios e produtos de limpeza.
São Paulo - Dormitório improvisado em sala de aula na ocupação da Escola Estadual Caetano de Campos. Os alunos protestam contra a reorganização escolar proposta pelo estado (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Dormitório improvisado em sala de aula na ocupação da Escola Estadual Caetano de Campos. Os alunos protestam contra a reorganização escolar proposta pelo estado Rovena Rosa/Agência Brasil
Na Escola Brigadeiro Gavião Peixoto, uma das maiores do estado, na região de Perus, com cerca de 4 mil matriculados, os alunos promoveram aulas voluntárias. Juliana de Oliveira, de 16 anos, estudante do segundo ano do Ensino Médio, conta que docentes de escolas públicas e particulares se dispuseram a auxiliar na programação das aulas. “A gente teve aula de história, uma professora veio aqui e deu aula especial sobre o que está acontecendo na Palestina, é algo bem legal. A gente não está desocupado. Estamos tendo aulas, palestras e estamos ganhando mais conhecimento do que antes, porque era comum faltar professor”, disse.
O governo estadual tentou obter na Justiça a reintegração de posse das unidades ocupadas. No dia 23 de novembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, por unanimidade, o pedido.
No dia 4 de dezembro, o governador Geraldo Alckmin recuou e revogou o decreto que instituía a reorganização escolar em todo o estado. Com a decisão, o secretário de Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, deixou o cargo.
Debate em 2016
Para a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a iniciativa dos alunos estimulou o debate. “Essas ocupações provocaram os alunos de tal forma que eles vão dizer: eu não quero mais sentar em frente à lousa. Eu vou querer sentar no chão, vou querer outro tipo de aula, e isso vai requerer nova dinâmica para organizar o tempo, o espaço escolar. Estamos falando da necessidade de ter biblioteca, de ter laboratório, para que os alunos sintam que são convidados a ir e a ficar na escola”.
A Secretaria da Educação do Estado prometeu um debate mais aprofundado em 2016 sobre a reorganização escolar. De acordo com a assessoria de imprensa, a metodologia desse debate ainda não foi definida. Para Ocimar Munhoz, as discussões precisam ser mais amplas que as feitas anteriormente à decisão da reorganização.
“Essa reorganização foi uma medida sem um projeto, esse é um primeiro elemento que tenho destacado. Uma medida que afeta milhares de estudantes, professores, pais, tinha que ter uma fundamentação”, declarou o especialista. A secretaria informou, por sua vez, que houve diálogo com a comunidade. As audiências ocorreram em setembro e cada umas das 91 diretorias de ensino definiu um método diferente para essas reuniões.
Ocimar Munhoz defende que, em 2016, o governo dedique também atenção especial ao Plano Estadual da Educação, contemplando a carreira dos docentes e as condições das escolas. “A melhoria da qualidade da escola passa por um conjunto de fatores. Em São Paulo, tem a valorização da carreira dos professores, que hoje é precária”, disse.
São Paulo - Estudantes da rede pública de ensino fizeram uma passeata pedindo melhorias na educação, a participação da comunidade na gestão do ensino e criticam a reorganização escolar (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estudantes da rede pública de ensino fizeram passeatas pedindo melhorias na educação e a participação da comunidade na gestão do ensinoRovena Rosa/Agência Brasil

























Agência Brasil



Para indígenas, jogos mundiais ajudaram a unir etnias brasileiras contra PEC 215


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Em outubro o Brasil recebeu os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). Sediado em Palmas, o evento reuniu cerca de 1,7 mil atletas indígenas de 24 etnias brasileiras e 23 estrangeiras. A interação e respeito entre culturas tão diferentes foi a tônica dos jogos, que mesclaram esporte e efervescência cultural.
A capital tocantinense ficou em evidência durante os dez dias de evento e reuniu mais de 1,1 mil indígenas brasileiros. Foi um momento especial para as etnias nacionais, que puderam se unir em prol de suas bandeiras.
Palmas(TO) - Cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Palmas (TO) - A capital tocantinense ficou em evidência durante os dez dias dos Jogos Mundiais Indígenas  e reuniu mais de 1,1 mil indígenas brasileiros.Marcelo Camargo/Agência Brasil
A maior delas é, sem dúvida, o combate à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere o poder de decisão sobre demarcação de terras indígenas para o Congresso. Na opinião do cacique Darã Tupi-Guarani, os indígenas souberam aproveitar os jogos para se mobilizar, apesar de frisar que não houve contribuição do governo ou dos organizadores dos jogos nesse engajamento político.
“Acho que os jogos foram para tirar a tensão dos indígenas enquanto a votação [da PEC] acontecia em Brasília. Os jogos não ajudaram em nada na questão das políticas públicas. O que ajudou foi o movimento que fizemos por iniciativa própria. Os jogos foram importantes para nos unir e o governo viu que nos unimos”, disse o cacique Tupi-Guarani, de São Paulo.
Em Palmas, as manifestações contra a PEC cresciam ao longo dos dias e chegaram ao ápice em uma noite de quarta-feira, um dia depois da aprovação da PEC na comissão especial destinada a analisar o tema naCâmara .  Um grupo de 100 indígenas invadiu a arena dos jogos, paralisou as competições e fez um forte protesto, com apoio do público presente .
Palmas- Em protesto na Oca da Sabedoria, índios protestam contra a aprovação da PEC que transfere para o Legislativo a demarcação de Terras Indígenas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Palmas- Na Oca da Sabedoria, índios protestam contra a aprovação da PEC que transfere para o Legislativo a demarcação de Terras IndígenasMarcelo Camargo/Agência Brasil
Após o encerramento dos jogos, com todas as etnias de volta a seus estados, um outro grande ato ocorreu, com bloqueio de rodovias em vários estados. “Os movimentos que fizemos nos jogos ajudou, deu impacto, porque teve o retrocesso da PEC. Depois que voltamos de Palmas, fizemos um ato no dia 11, a nível nacional, contra a PEC 2015”, disse Darã. No mesmo dia os indígenas foram recebidos pelo ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Ricardo Berzoini, em Brasília.
Um dos principais articuladores dos JMPI, o indígena Marcos Terena, considerou o sucesso dos jogos ao integrar indígenas de tantos estados diferentes. “Uma das estratégias dos jogos indígenas foi justamente  unir os povos por meio da cultura, dos jogos, mas, ao mesmo tempo, para levantar a voz dos indígenas. Do ponto de vista do grande público, era preciso demonstrar essa força não por meio dos problemas, mas da alegria, da aliança, da questão ambiental. E creio que conseguimos atingir isso em 2015”.
Apesar da invasão da arena e da manifestação dos indígenas ter sido uma momentânea “perda de controle” da organização dos jogos, Terena reconheceu que o evento foi uma oportunidade para que um grande ato político ocorresse. “É muito difícil para o Brasil ter uma espécie de 'sindicato indígena', por conta dessa diversidade de etnias. Mas existem alguns grupos que se organizam em algumas delas. E isso fez com que eles se movimentassem e vissem o espaço aberto para levantar as vozes. E o grande gancho foi a PEC 215, que unificou todos os povos”.

Próximos Jogos Mundiais Indígenas
Canadá foi o país escolhido para receber a segunda edição dos jogos, em 2017. Terena é consciente de que não será possível contar com tantos brasileiros desta vez. Ele estuda a possibilidade de o Brasil ser representado por cerca de 50 a 70 atletas e quer qualificar ao máximo os indígenas que irão à América do Norte.
“Já estamos iniciando negociação com o próprio ministro do Esporte, George Hilton, para criarmos um projeto que vai nascer com as vilas olímpicas que ele quer instalar nas aldeias. Com isso a gente vai formando a ideia entre as comunidades indígenas de que é preciso termos quadros bons para representar não só os indígenas como também o Brasil”.

Agência Brasil



Em novembro, 4ª faixa na freeeway


A quarta faixa da freeway, entre a região da Arena do Grêmio e o cruzamento com a ERS 118, em Gravataí, deverá ser entregue oficialmente no final de novembro. A projeção foi feita ontem pelo gerente de engenharia e Operação da Concepa, Fábio Hirsch.
A obra, estimada em R$ 160 milhões, começou em maio de 2014. O conceito principal foi o de retirar o canteiro central, para viabilizar a construção das novas faixas (uma em cada sentido do fluxo). Como um dos trechos foi concluído, entre a Arena do Grêmio e o acesso à avenida Assis Brasil, já é possível contabilizar as melhorias.
O ponto importante porque há volume acentuado de motoristas de Cachoeirinha e Alvorada que usam esse acesso. Segundo o gerente, o congestionamento nos horários de pico, de até 10 quilômetros, foi reduzido para menos de 2 quilômetros. “Houve melhoria no ritmo do tráfego nos horários mais complicados”, explica Hirsch. O projeto da quarta faixa foi apresentado no CBR&C, em Brasília.



Fonte: Correio do Povo, página 19 de 16 de setembro de 2015.


Esteio (RS): Câmara questiona muro em arroio


A construção de um muro duplo, com cerca de 600 m de comprimento e outros 4 m de altura, construído às margens do arroio Sapucaia na divisa entre Cachoeirinha e Esteio, está sendo questionada pela Câmara de Vereadores de Esteio. Um ofício deverá ser entregue hoje ao Ministério Público solicitando a abertura de investigação sobre a regularidade da obra, ainda inacabada. De acordo com o vereador Marcelo Kohlrausch, que está à frente da denúncia, documentos, incluindo fotos, também serão entregues à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e às duas prefeituras.
emissão foi identificado por um morador do bairro Três Marias, que tem uma empresa na localidade. Ele disse que as inundações no bairro pioraram após o muro ter sido erguido”, conta Kohlrausch, destacando que o responsável ainda não foi identificado. “Acredito que seja de um particular.” Ele explica que a água que se espalharia pelo descampado, agora fica represada no bairro, alagando muitas residências. “Nossa intenção é descobrir se há um projeto, estudos ou licenças ambientais que tenham liberado a construção.”


Fonte: Correio do Povo, página 10 de 22 de outubro de 2015.


EUA lembra Michael Brown

Ferguson – Centenas de manifestantes marcharam em silêncio neste domingo em Ferguson (Centro dos Estados Unidos) no local onde morreu, há um ano, o jovem negro desarmado Michael Brown nas mãos de um policial branco. Trezentas pessoas guardaram silêncio durante quatro minutos e meio pelas quatro horas e meia durante as quais o corpo de Brown ficou na rua até que o levassem.
Esta morte em Ferguson desencadeou uma onda de protestos e uma investigação sobre os excessos da Polícia, que em vários casos levaram à morte de jovens negros desarmados. Um ano depois, alguns líderes afirmam ter havido mudanças significativas na atitude dos americanos com relação aos temas raciais, mas lamentam ter visto poucas iniciativas dos legisladores para fazer reformas políticas. O presidente Barack Obama rebateu ontem as críticas de que teria feito muito pouco para superar os problemas raciais na condição de primeiro presidente negro dos Estados Unidos.


Fonte: Correio do Povo, página 8 de 10 de agosto de 2015.



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