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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Já perdemos muito tempo, por Gilberto Jasper

Impressiona a clima de revanchismo que reina no Brasil. A crise está em todos os setores da vida nacional, mas não se veem movimentos concretos na busca de soluções para os males do país que sangra pela intolerância generalizada.
Conluios, negociatas e conchavos, recheiam as manchetes. Conheço gente que desistiu de ouvir o noticiário temendo perder o sono. Pessoas com funções de vulto ignoram a necessidade de fazer valer o espírito público. Preferem retaliações mesquinhas, pequenas vinganças, ao invés de optar por uma postura responsável, construtiva.
É simplista a atitude de jogar pedras na classe política que obviamente responde por significativa parcela de culpa dos desmandos que afligem a população. Mas existe, também, uma preocupante omissão de várias entidades da sociedade civil que sempre primaram pelo diálogo. A crise não poupa ninguém. Atinge empresários e trabalhadores, eleitores e eleitos, professores e alunos, pais e filhos. Por isso, urge a necessidade de comprometimento na busca de saídas.
Apesar da gravidade dos tempos não se vislumbram movimentos de convergência para elaborar medidas para mitigar problemas tão complexos. O debate maduro é ofuscado por antigos ressentimentos, vinganças adormecidas brandidas como armas de retaliação. A mesquinharia se sobrepõe à responsabilidade que o momento impõe.
A deterioração das relações políticas é perigosa porque não existe disposição real para desarmamento. Já perdemos tempo demais. Não se vislumbra ponderação que chame todos à razão. A perdurar este quadro, várias gerações lamentarão pela falta de comprometimento, maturidade e sensibilidade de quem deveria pensar o Brasil.


Jornalista



Fonte: Correio do Povo, página 2 da edição de 24 de outubro de 2015.

Jihadistas pedem resgate


Dubai – O Estado Islâmico confirmou ontem o segmento de um cidadão chinês e de outro norueguês – pelos quais pediu resgate, segundo a última edição da revista de propaganda da organização. O grupo não especificou nem onde nem como eles foram capturados, nem deu informações sobre o local de sua detenção. A Noruega confirmou que há um cidadão de seu país sequestrado na Síria.


Fonte: Correio do Povo, página 10 de 10 de setembro de 2015.

Jogadores pedem asilo


Gaborone – Dez jogadores da seleção nacional da Eritreia, em sua maioria militares, pediram asilo político em Botswana – onde disputaram na última terça-feira uma partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia-2018, anunciou uma ONG. “Se enviados de volta à Eritreia, serão acusados de traição e executados ou detidos”, explicou o diretor da entidade. Esta não é a primeira vez que jogadores aproveitam uma viagem para fugir da Eritreia – país controlado com mão de ferro pelo presidente Issaias Afeworki desde o ano de 1993.


Fonte: Correio do Povo, página 8 de 16 de outubro de 2015. 









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