Impressiona
a clima de revanchismo que reina no Brasil. A crise está em todos os
setores da vida nacional, mas não se veem movimentos concretos na
busca de soluções para os males do país que sangra pela
intolerância generalizada.
Conluios, negociatas e conchavos,
recheiam as manchetes. Conheço gente que desistiu de ouvir o
noticiário temendo perder o sono. Pessoas com funções de vulto
ignoram a necessidade de fazer valer o espírito público. Preferem
retaliações mesquinhas, pequenas vinganças, ao invés de optar por
uma postura responsável, construtiva.
É simplista a atitude de jogar
pedras na classe política que obviamente responde por significativa
parcela de culpa dos desmandos que afligem a população. Mas existe,
também, uma preocupante omissão de várias entidades da sociedade
civil que sempre primaram pelo diálogo. A crise não poupa ninguém.
Atinge empresários e trabalhadores, eleitores e eleitos, professores
e alunos, pais e filhos. Por isso, urge a necessidade de
comprometimento na busca de saídas.
Apesar da gravidade dos tempos não
se vislumbram movimentos de convergência para elaborar medidas para
mitigar problemas tão complexos. O debate maduro é ofuscado por
antigos ressentimentos, vinganças adormecidas brandidas como armas
de retaliação. A mesquinharia se sobrepõe à responsabilidade que
o momento impõe.
A deterioração das relações
políticas é perigosa porque não existe disposição real para
desarmamento. Já perdemos tempo demais. Não se vislumbra ponderação
que chame todos à razão. A perdurar este quadro, várias gerações
lamentarão pela falta de comprometimento, maturidade e sensibilidade
de quem deveria pensar o Brasil.
Jornalista
Fonte: Correio do Povo, página 2 da
edição de 24 de outubro de 2015.
Jihadistas pedem resgate
Dubai – O
Estado Islâmico confirmou ontem o segmento de um cidadão chinês e
de outro norueguês – pelos quais pediu resgate, segundo a última
edição da revista de propaganda da organização. O grupo não
especificou nem onde nem como eles foram capturados, nem deu
informações sobre o local de sua detenção. A Noruega confirmou
que há um cidadão de seu país sequestrado na Síria.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
10 de setembro de 2015.
Jogadores
pedem asilo
Gaborone
– Dez jogadores da seleção
nacional da Eritreia, em sua maioria militares, pediram asilo
político em Botswana – onde disputaram na última terça-feira uma
partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia-2018,
anunciou uma ONG. “Se enviados de volta à Eritreia, serão
acusados de traição e executados ou detidos”, explicou o diretor
da entidade. Esta não é a primeira vez que jogadores aproveitam uma
viagem para fugir da Eritreia – país controlado com mão de ferro
pelo presidente Issaias Afeworki desde o ano de 1993.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de
16 de outubro de 2015.
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