A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres, no qual os bancos estão livres para escolher as taxas oferecidas aos consumidores, foi a 5,2% em novembro, contra 5% em outubro, divulgou o Banco Central nesta terça-feira (22).
Apesar disso, a instituição prevê que o mercado de crédito continue a crescer em 2016.
Segundo o BC, o estoque total de crédito no país cresceu 0,6% em novembro sobre o mês anterior, somando R$ 3,177 trilhões. Esse estoque engloba também o segmento de recursos direcionados, que inclui as linhas do BNDES, do crédito habitacional e rural.
Segundo as previsões do Banco Central, o estoque total de crédito no país crescerá 7% em 2016, mesmo ritmo esperado para 2015. O percentual foi revisado para baixo diante da estimativa anterior de expansão de 9%.
Nas projeções da autoridade monetária, o estoque de crédito direcionado crescerá 9% em 2016, contra 10% calculados para 2015. Já para o estoque do crédito livre, o crescimento esperado é de 5% no ano que vem, ante 4% em 2015.
Fonte: Folha Online - 22/12/2015 e Endividado
Dono do Pão de Açúcar apura roubo em estoque
por MÔNICA SCARAMUZZO
Funcionários da CNova, empresa de comércio eletrônico do Casino, estariam revendendo mercadorias devolvidas há pelo menos cinco anos
As ações da CNova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar (GPA), caíram 18% nesta segunda-feira, 21, cotadas a US$ 2,42, na Nasdaq, bolsa americana. A queda foi atribuída, segundo analistas, ao comunicado divulgado pela companhia na sexta-feira, em que ela afirma estar fazendo uma investigação interna para apurar possíveis irregularidades na gestão de estoques no Brasil.
Na sexta-feira, após o fechamento de mercado, o GPA divulgou um comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando que seu conselho de administração autorizou que o comitê de auditoria do grupo no Brasil acompanhe e assessore a CNova nas investigações que estão em curso.
A investigação também vai avaliar potenciais impactos contábeis e nas demonstrações financeiras relacionados a essa conduta. O escritório de advocacia americano Glancy Prongay & Murray LLP é um dos assessores nessa investigação.
Os estoques de produtos totais da CNova estão calculados em ¤ 440 milhões, de acordo com fontes. “O prejuízo (se comprovado o valor de R$ 60 milhões) é até pequeno e já está ajustado para essas possíveis perdas”, disse uma fonte.
No Brasil, a Nova Pontocom, empresa que se uniu aos ativos do Casino incluem os sites da Casas Bahia, Ponto Frio, Extra, Barateiro e CDiscount. Quando decidiu ir para a bolsa americana, no fim de 2014, a CNova tinha como ambição ser um dos maiores veículos de venda digital do mundo.
Pão de Açúcar. As ações do Pão de Açúcar fecharam em queda de 4,17%. Os papéis, que também foram contaminados pela notícia da CNova, sofrem influência da crise econômica no Brasil, que tem restringido o consumo no mercado interno. As ações da companhia estão entre os papéis que mais se desvalorizaram este ano. O valor de mercado do Pão de Açúcar ontem encerrou em R$ 10,97 bilhões.
No terceiro trimestre, a receita líquida consolidada do GPA fechou em R$ 16 bilhões, crescimento de 2,7% sobre igual período do ano anterior. As vendas da CNova no mesmo período ficaram em R$ 3,1 bilhões, aumento de 48,6% ante o terceiro trimestre do ano anterior.
Fonte: Estadão - 22/12/2015 e Endividado
Brasil nas Américas é tema para debate
A Câmara Brasil-Alemanha no RS recebe, na reunião-almoço da próxima terça-feira, o presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, Ingo Pióger, para falar sobre “Perspectivas do Brasil nas Américas em 2016”. O encontro, aberto a não associados, será realizado no Hotel Plaza São Rafael. Mais informações pelo telefone (51) 3222-5766.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 17 de outubro de 2015.
Brasil perde selo de bom pagador da S&P
Nota do país foi rebaixada da categoria BBB- para especulativa BB+
São Paulo – O Brasil perdeu o grau de investimento na classificação de crédito da agência Standard an Poor's (S&P). A nota do país foi rebaixada de “BBB-” para “BB+”, com perspectiva negativa. O rebaixamento do rating (nota) do Brasil para a categoria “especulativa” ocorre menos de 50 dias após a agência de classificação de risco ter mudado a perspectiva para negativa. O anúncio foi feito ontem à noite, quando os mercados financeiros já estavam fechados.
Em seu comunicado, a S&P chama atenção para deterioração fiscal de coesão da equipe ministerial, fatores que aponta como causas da decisão de rebaixar a nota do Brasil. Segundo a agência, a proposta do orçamento do governo para 2016 com déficit de R$ 30,5 bilhões ou o equivalente a 0,3% do PIB, em vez de 0,7% previsto em julho, “reflete desacordo com a magnitude das medidas necessárias para equilibrar as contas públicas”. Para a S&P, o Brasil terá déficit fiscal por três anos.
O cenário econômico avaliado pela S&P ainda deixa o país em risco de ser rebaixado novamente nos próximos meses. A perspectiva negativa, de acordo com a agência, reflete uma probabilidade de “um em três” de um novo rebaixamento caso persista a deterioração da situação fiscal do país.
A S&P é a primeira entre as três maiores agências de classificação de risco a tirar o grau de investimento do Brasil. Na Moody's, o país está no último degrau antes do grau especulativo. Na Fitch, o Brasil segue dois degraus acima, mas a agência já sinalizou que vai revisar a nota em breve. O Brasil conquistou o grau de investimento pelas agências Fitch Ratings e Standard & Poor's em 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, foi a vez de a Moody's dar ao país o selo de bom pagador.
A consequência de curto prazo da perda do grau de investimento deve ser o aumento da volatilidade, com maio pressão sobre o câmbio. No mercado financeiro, a nota de um país funciona como um “certificado de segurança” que as agências internacionais dão aos países que consideram com baixo risco de calotes a investidores.
Caso o Brasil deixe de ser grau de investimento em outra grande agência, alguns fundos estrangeiros não poderão mais deixar o dinheiro aplicado por aqui. Vários deles seguem a regra de que só se pode investir em países com selo de bom pagador dado por pelo menos duas dessas agências.
Fonte: Correio do Povo, página 7 de 10 de setembro de 2015.
BRDE: municípios terão recursos
Aprovado na última reunião do Codesul, em Curitiba, o Programa BRDE Municípios foi lançado oficialmente ontem pelo governo do Estado, no Palácio Piratini. A iniciativa permite o repasse, por meio de linhas de crédito, para projetos das prefeituras e dos órgãos e entidades a elas vinculadas.
A primeira etapa vai até dezembro de 2018, com previsão de recursos de R$ 450 milhões. Deste valor, serão destinados R$ 150 milhões a cada um dos três estados da Região Sul. O governador José Ivo Sartori destacou o conceito municipalista do programa. “Demos um passo importante na recuperação dos municípios”, afirmou Sartori.
O programa permite financiamento em saneamento e mobilidade urbana, infraestrutura social, rural e urbana e desenvolvimento institucional. “Historicamente, o BRDE estava impedindo de operar com entes públicos municipais e agora poderá abrir crédito para investimentos de prefeituras”, disse o vice-presidente da instituição, Odacir Klein. A maior parte dos recursos será aportada pelo BNDES.
Fonte: Correio do Povo, página 8 29 de outubro de 2015.
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