quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Governo federal lança sistema para abertura de empresa em até 5 dias

por FLÁVIA FOREQUE


O governo federal lançou, nesta quarta-feira (9), um sistema online para agilizar a abertura de empresas no país. A intenção é que esse processo ocorra num prazo de até cinco dias.

O portal integra informações de União, Estados e municípios. Assim, o empresário faz uma entrada única de dados, que são compartilhados entre os órgãos envolvidos. Carlos Leony, secretário especial da Micro e Pequena Empresa, argumentou que a iniciativa deve beneficiar empresas cuja atividade é de baixo risco e que, por isso, não exige fiscalização preventiva.

"Um simples procedimento declaratório é suficiente para o licenciamento", disse em evento no Palácio do Planalto. O projeto-piloto do sistema está em curso no Distrito Federal, mas a intenção é que ele seja empregado pelos demais Estados a partir de 2016.

Caso os sócios da empresa tenham certificação digital, todo o procedimento - como formalização na Junta Comercial e pagamento de taxas - poderá ser feito pela internet.

"Nos incomoda a estatística do Banco Mundial que coloca o Brasil numa posição muito desfavorável no rol das nações em termos de burocracia para o empreendedor, disse Guilherme Afif Domingos, ex-ministro da Micro e Pequena empresa e presidente do Sebrae. De acordo com a entidade, a abertura de uma empresa no Brasil leva, em média, 83 dias.

"Todo o processo inicial de abertura de empresa passa a ser praticamente imediato", disse o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).

CADASTRO ÚNICO

O ministro afirmou que a iniciativa é um "ponto de partida" para agilizar outros processos. Ele citou como exemplo a intenção do governo em criar um cadastro único para pessoa física, diante da necessidade de o cidadão recorrer a diferentes serviços em diferentes ministérios e órgãos.

"O cidadão é só um na Receita Federal, no Ministério da Previdência, na Saúde, na Polícia Federal, para tirar seu passaporte. O objetivo do governo é, num prazo que ainda não está equacionado, evoluir para um registro unificado, inclusive debatendo com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] no sentido de aproveitar o cadastro de biometria para fazer um processo de integração", explicou.
Fonte: Folha Online - 09/12/2015 e Endividado

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