sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Governo cria site para desmentir boatos divulgados pela internet



A possibilidade de ocorrer um novo confisco na poupança dos brasileiros, a existência de espiões cubanos no Programa Mais Médicos, o fim do Bolsa Família e a aposentadoria somente aos 95 anos. Essas e outras informações que vêm sendo disseminadas na internet, em especial nas redes sociais, passarão a ser alvo do governo federal, com a criação de um site para desmentir o que classifica de boatos.
"O que falam por aí, o governo esclarece aqui", anuncia a plataforma. Nesta quinta-feira (17), a presidenta Dilma Rousseff divulgou o novo portal e o classificou como "importante ferramenta" para conferir informações difundidas na rede sobre o governo. "Em fatoseboatos.gov.br, estarão reunidas informações sobre temas que circulam na internet e confundem as pessoas", afirmou Dilma por meio do Twitter.
Até o momento, 13 boatos estão descritos no novo portal. Para cada fato identificado, o site destina uma nova aba em que explica em texto, imagem e vídeo, a contextualização de ações que supostamente ocorreram, como, por exemplo, se Dilma teria mandado colocar chip nas pessoas. "Isso é puro invencionismo para assustar a população.  O que o governo propôs, e agora está sendo discutido no Congresso Nacional, é a criação do Registro Civil Nacional", justifica a página.
De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, novos tópicos no site serão criados a partir do momento em que forem identificados novos boatos na internet. O objetivo é esclarecer a população sobre informações que não condizem com a verdade divulgadas na rede, informou o Planalto. O site é gerenciado pela Secretaria de Comunicação Social, por meio do Gabinete Digital.
"Na internet as coisas fogem do controle. Antes de passar para frente qualquer boato sobre o governo, passe por aqui e verifique", sugere a plataforma, que também possui um espaço destinado para que os internautas enviem dúvidas sobre se alguma informação é boato ou não.
governo lança site Fatos e Boatos


Agência Brasil



Senado aprova pedido para TCU investigar decretos de Michel Temer


O plenário do Senado aprovou hoje (17) requerimento em que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pede ao Tribunal de Contas da União uma auditoria nos decretos assinados pela presidenta Dilma Rousseff e pelo vice-presidente Michel Temer. Não há prazo para a auditoria.
O requerimento tinha sido lido na sessão de ontem (16), mas não chegou a ser votado. Hoje, ele foi aprovado em votação simbólica. No pedido, o senador requer ao TCU a verificação da compatibilidade ou não dos decretos não numerados editados pela Presidência da República, que abrem crédito suplementar ao Orçamento Fiscal da União em 2015, com as leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal.
O autor do requerimento lembrou que o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi apresentado à Câmara dos Deputados com base em decretos como esses. Álvaro Dias acrescentou que, “em 2015, foram publicados até o momento 17 decretos não numerados abrindo créditos suplementares. Desses, quatro foram assinados pelo vice-presidente Michel Temer nos dias 26 de maio e 07 de julho do corrente ano.”
Brasília - Entrevista coletiva com o presidente do Senado, Renan Calheiros (Valter Campanato/Agência Brasil)
Renan Calheiros  negou que o objetivo do documento tenha sido atingir o vice-presidente da RepúblicaArquivo/Valter Campanato/Agência Brasil
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) negou que o objetivo do documento tenha sido atingir o vice-presidente. “Há uma prática na Casa de que todos [os requerimentos desse tipo ao TCU] são aprovados.” Segundo Renan, se ele tivesse citado diretamente o nome de Michel Temer ao chamar a votação do requerimento, “as pessoas pensariam que estaria personalizando o problema”.
Na mesma sessão, os senadores também aprovaram projetos que criam uma vara criminal em Cascavel (PR) e varas da Justiça Federal em Palmas e Araguaína, no Tocantins. Os senadores também aprovaram a criação de 118 cargos efetivos no quadro de funcionários do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reajuste de 21,3% para servidores do próprio Senado para os próximos quatro anos. Em 2016, a correção salarial será de 5,5%.
Ao fim das votações, o presidente Renan Calheiros anunciou o encerramento do ano legislativo. Pela Constituição, o recesso parlamentar deveria começar somente a partir do dia 23 de dezembro, mas Renan explicou que o Senado iniciará uma reforma nos banheiros e, por isso, o ano foi encerrado alguns dias antes.
Havia expectativa sobre a possibilidade de convocação do Congresso durante o recesso para analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas Renan explicou mais cedo que isso só ocorreria se houvesse determinação do Supremo Tribunal Federal.


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