Pesquisa mostra que maioria da população utiliza saúde pública, que tem menos profissionais
Pesquisa mostra que maioria da população utiliza saúde pública, que tem menos profissionais | Foto: Alexandre Mendez / CP Memória
Um relatório divulgado nesta segunda-feira revela que é três vezes mais fácil encontrar um médico no setor privado do que no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o relatório Demografia Médica no Brasil 2015, divulgado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), apenas 21,6% do total de médicos do país – cerca de 400 mil profissionais – atende unicamente no serviço público, enquanto 26,9% atende no setor privado. O restante atende a ambos.
Segundo as entidades, o equilíbrio numérico entre os setores público e privado é apenas aparente, já que há uma grande desigualdade quando se considera a quantidade de público atendida: no SUS ela é muito maior. Cerca de 75% da população brasileira utiliza exclusivamente o SUS, enquanto o restante tem cobertura de plano ou seguro de saúde.
Uma estimativa feita em junho deste ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontou que os clientes de planos de saúde somavam 50.516.992 pessoas no país, enquanto os demais 150,5 milhões de habitantes recorriam exclusivamente ao SUS. Com isso, a população atendida pela rede privada, que é três vezes menor, encontra mais facilidade.
“O paciente tem três vezes mais dificuldade de ter disponibilidade de um médico no SUS do que na área privada. Isso pode melhorar com políticas públicas de saúde, com prioridade e atenção na saúde, mais investimento, maior capacidade administrativa e com carreira de estado para os médicos e profissionais de saúde, que possa trazer perspectiva de progressão”, disse Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina. “A desigualdade entre os setores público e privado precisa ser revista. Esse é o grande desafio para o sistema de saúde que se quer universal”, afirmou Mário Scheffer, coordenador do estudo.
De acordo com o levantamento, os médicos que atuam apenas no setor privado ou em ambos os setores ganham mais do que aqueles que atuam apenas no SUS. Dos médicos que atuam no sistema público de saúde, 37,8% ganham menos que R$ 8 mil mensais. Entre os que atuam apenas no setor privado, essa porcentagem cai para 21,8%. A grande maioria dos profissionais que atuam no setor público (84,5% do total) tem dois vínculos empregatícios. Entre os profissionais do setor privado, essa taxa cai para 27,1% do total.
Mais da metade dos médicos (51,5% do total) que atuam no setor público trabalham em hospitais, 23,5% em unidades básicas e no programa Saúde da Família e apenas 4,8% em serviços de atenção secundária e especializada. Entre os que atuam no serviço privado, o lugar de trabalho mais frequente é o consultório particular (40,15% do total) e o hospital privado (38,1%).
Mais Médicos
Segundo Mário Scheffer, coordenador do estudo, o relatório não considerou a totalidade de médicos do Programa Mais Médicos, estimada em 18 mil profissionais, pois a pesquisa trabalha apenas com dados de registros de médicos brasileiros nos conselhos regionais de medicina e não estrangeiros. Segundo ele, apenas os 7 mil profissionais brasileiros dentro do programa foram considerados para essa pesquisa. Por isso, disse Scheffer, não foi possível prever o impacto do programa dentro do relatório.
Segundo as entidades, o equilíbrio numérico entre os setores público e privado é apenas aparente, já que há uma grande desigualdade quando se considera a quantidade de público atendida: no SUS ela é muito maior. Cerca de 75% da população brasileira utiliza exclusivamente o SUS, enquanto o restante tem cobertura de plano ou seguro de saúde.
Uma estimativa feita em junho deste ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontou que os clientes de planos de saúde somavam 50.516.992 pessoas no país, enquanto os demais 150,5 milhões de habitantes recorriam exclusivamente ao SUS. Com isso, a população atendida pela rede privada, que é três vezes menor, encontra mais facilidade.
“O paciente tem três vezes mais dificuldade de ter disponibilidade de um médico no SUS do que na área privada. Isso pode melhorar com políticas públicas de saúde, com prioridade e atenção na saúde, mais investimento, maior capacidade administrativa e com carreira de estado para os médicos e profissionais de saúde, que possa trazer perspectiva de progressão”, disse Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina. “A desigualdade entre os setores público e privado precisa ser revista. Esse é o grande desafio para o sistema de saúde que se quer universal”, afirmou Mário Scheffer, coordenador do estudo.
De acordo com o levantamento, os médicos que atuam apenas no setor privado ou em ambos os setores ganham mais do que aqueles que atuam apenas no SUS. Dos médicos que atuam no sistema público de saúde, 37,8% ganham menos que R$ 8 mil mensais. Entre os que atuam apenas no setor privado, essa porcentagem cai para 21,8%. A grande maioria dos profissionais que atuam no setor público (84,5% do total) tem dois vínculos empregatícios. Entre os profissionais do setor privado, essa taxa cai para 27,1% do total.
Mais da metade dos médicos (51,5% do total) que atuam no setor público trabalham em hospitais, 23,5% em unidades básicas e no programa Saúde da Família e apenas 4,8% em serviços de atenção secundária e especializada. Entre os que atuam no serviço privado, o lugar de trabalho mais frequente é o consultório particular (40,15% do total) e o hospital privado (38,1%).
Mais Médicos
Segundo Mário Scheffer, coordenador do estudo, o relatório não considerou a totalidade de médicos do Programa Mais Médicos, estimada em 18 mil profissionais, pois a pesquisa trabalha apenas com dados de registros de médicos brasileiros nos conselhos regionais de medicina e não estrangeiros. Segundo ele, apenas os 7 mil profissionais brasileiros dentro do programa foram considerados para essa pesquisa. Por isso, disse Scheffer, não foi possível prever o impacto do programa dentro do relatório.
Agência Brasil e Correio do Povo
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