Quem tem dívidas deve aproveitar os recursos extras do 13º salário para se livrar das pendências antes de cair na tentação de gastá-los neste fim de ano. A recomendação ganha força pela perspectiva de continuidade da recessão em 2016, aumentando o desemprego e pressionando a renda, fatores que agravam o endividamento.
Ao regularizar as dívidas, o consumidor deve priorizar aquelas com juros mais elevados, como as do rotativo do cartão de crédito (quando o cliente não paga a fatura inteira) ou do cheque especial, que crescem em velocidade maior. Uma dívida de R$ 10.000 no rotativo do cartão pode superar R$ 50 mil em 12 meses (veja quadro acima).
Se o valor do 13º for insuficiente para quitar a dívida, o trabalhador pode tentar abater o máximo possível –e ainda tentar renegociar o restante com o banco. Mas cuidado para não trocar juros menores, de empréstimos antigos, por outros maiores –os bancos subiram as taxas para acompanhar a alta da Selic.
Nos empréstimos com juros menores, como o imobiliário –cujas taxas costumam ser inferiores a 14,25% da taxa básica Selic–, pode não valer a pena, segundo Michael Viriato, professor do laboratório de finanças pessoais do Insper.
"Neste caso, vale aplicar o dinheiro do 13º salário, pois os juros recebidos serão superiores aos cobrados no empréstimo. O consumidor ganha a diferença", afirma.
DESPESAS EXTRAS
Quem conseguiu manter as finanças em dia durante 2015 deve ainda reservar uma parte para as despesas de início de ano. Impostos como o IPVA (veículos) e o IPTU (predial) têm descontos para quem paga à vista. O IPVA, por exemplo, dá abatimento de 3% para o motorista que quitar o imposto em janeiro, pouco menos da metade do ganho anual da poupança.
O trabalhador que já possui uma reserva de emergência para arcar com esses gastos pode destinar parte dos recursos extras para compras ou para planejar suas férias.
Após passar anos com o dinheiro contado e sem ter uma renda regular, o produtor de TV João Metzner, 25. conseguiu um emprego fixo e terá agora o 13º salário. Com isso, organizou as contas e passou a guardar 25% do salário.
"Quero me fazer um agrado, comprar alguns aparelhos eletrônicos. Também estou planejando uma viagem de férias. O que sobrar, gasto com presentes de Natal."
PREPARE-SE
Despesas de início de ano podem crescer e pesar no bolso
> IPTU 2016
O reajuste do imposto para a cidade de São Paulo ainda não foi definido, mas, como segue o IPCA, deve ficar perto de 10%. Em 2015 foi vantajoso pagar à vista, pois o desconto foi de 4%
> MATERIAL ESCOLAR
Segundo o IPCA, artigos de papelaria tiveram alta de 8,21% em 12 meses até outubro de 2015. Transporte escolar também cresceu 8,20%
> IPVA 2016
O imposto para veículos usados será, em média, 3,3% menor no Estado de São Paulo em 2016.O pagamento começa a vencer no dia 11 de janeiro. Compensa pagar à vista e ter desconto de 3%, já que aplicar o valor renderia menos por mês
VEJA COMO PAGAR SUAS DÍVIDAS COM O 13º
> LIVRE-SE
Se você tem só uma dívida e o 13º a cobre integralmente, pague tudo
> NEGOCIE
Se você tem só uma dívida, mas o 13º não a cobre totalmente, use o benefício como entrada em uma renegociação. Bancos podem trocar dívidas de cheque especial, por exemplo, por linhas de empréstimo com juros menores
> PRIORIDADES
Se você tem mais de uma dívida e o 13º não cobre tudo, dê preferência às que cobram juros maiores, como as de cartão de crédito e cheque especial.
Fonte: Folha Online - 30/11/2015 e Endividado
Ao regularizar as dívidas, o consumidor deve priorizar aquelas com juros mais elevados, como as do rotativo do cartão de crédito (quando o cliente não paga a fatura inteira) ou do cheque especial, que crescem em velocidade maior. Uma dívida de R$ 10.000 no rotativo do cartão pode superar R$ 50 mil em 12 meses (veja quadro acima).
Se o valor do 13º for insuficiente para quitar a dívida, o trabalhador pode tentar abater o máximo possível –e ainda tentar renegociar o restante com o banco. Mas cuidado para não trocar juros menores, de empréstimos antigos, por outros maiores –os bancos subiram as taxas para acompanhar a alta da Selic.
Nos empréstimos com juros menores, como o imobiliário –cujas taxas costumam ser inferiores a 14,25% da taxa básica Selic–, pode não valer a pena, segundo Michael Viriato, professor do laboratório de finanças pessoais do Insper.
"Neste caso, vale aplicar o dinheiro do 13º salário, pois os juros recebidos serão superiores aos cobrados no empréstimo. O consumidor ganha a diferença", afirma.
DESPESAS EXTRAS
Quem conseguiu manter as finanças em dia durante 2015 deve ainda reservar uma parte para as despesas de início de ano. Impostos como o IPVA (veículos) e o IPTU (predial) têm descontos para quem paga à vista. O IPVA, por exemplo, dá abatimento de 3% para o motorista que quitar o imposto em janeiro, pouco menos da metade do ganho anual da poupança.
O trabalhador que já possui uma reserva de emergência para arcar com esses gastos pode destinar parte dos recursos extras para compras ou para planejar suas férias.
Após passar anos com o dinheiro contado e sem ter uma renda regular, o produtor de TV João Metzner, 25. conseguiu um emprego fixo e terá agora o 13º salário. Com isso, organizou as contas e passou a guardar 25% do salário.
"Quero me fazer um agrado, comprar alguns aparelhos eletrônicos. Também estou planejando uma viagem de férias. O que sobrar, gasto com presentes de Natal."
PREPARE-SE
Despesas de início de ano podem crescer e pesar no bolso
> IPTU 2016
O reajuste do imposto para a cidade de São Paulo ainda não foi definido, mas, como segue o IPCA, deve ficar perto de 10%. Em 2015 foi vantajoso pagar à vista, pois o desconto foi de 4%
> MATERIAL ESCOLAR
Segundo o IPCA, artigos de papelaria tiveram alta de 8,21% em 12 meses até outubro de 2015. Transporte escolar também cresceu 8,20%
> IPVA 2016
O imposto para veículos usados será, em média, 3,3% menor no Estado de São Paulo em 2016.O pagamento começa a vencer no dia 11 de janeiro. Compensa pagar à vista e ter desconto de 3%, já que aplicar o valor renderia menos por mês
VEJA COMO PAGAR SUAS DÍVIDAS COM O 13º
> LIVRE-SE
Se você tem só uma dívida e o 13º a cobre integralmente, pague tudo
> NEGOCIE
Se você tem só uma dívida, mas o 13º não a cobre totalmente, use o benefício como entrada em uma renegociação. Bancos podem trocar dívidas de cheque especial, por exemplo, por linhas de empréstimo com juros menores
> PRIORIDADES
Se você tem mais de uma dívida e o 13º não cobre tudo, dê preferência às que cobram juros maiores, como as de cartão de crédito e cheque especial.
Fonte: Folha Online - 30/11/2015 e Endividado
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