domingo, 27 de dezembro de 2015

Diógenes de Sinope

Diógenes de Sinope, que viveu nas cidades gregas no século 4º antes de Cristo. Filósofo cínico, Diógenes vivia numa barrica e desfilava pelas ruas de Atenas e Corinto, em pleno dia, com uma lanterna na mão, à procura de um homem honesto.

Quando Alexandre Magno o encontrou em Corinto lhe perguntou o que queria, Diógenes, que tomava sol sentado junto à sua barrica e estava irritado com a sombra que a comitiva do general lhe fazia, respondeu com uma frase que ficaria famosa:
  • Não tires o que não pode me dar.
Estava Diógenes jantando seu costumeiro prato de lentilhas quando Arístipos, que enriquecera bajulando os poderosos, lhe disse:
  • Se aprendesses a bajular, não precisarias reduzir a tua comida a um prato de lentilhas.
Ao que Diógenes retrucou:
  • E tu, se satisfizesses com um prato de lentilhas, não precisarias passar a vida bajulando o rei.

Pitágoras

Pitágoras, um dos maiores filósofos da Europa antiga, era filho de um gravador, Minesarco. Nasceu cerca de 580 a. C., em Samos, uma ilha do mar Egeu, ou, segundo alguns, em Sidon, na Fenícia. Muito pouco se sabe sobre a sua juventude, a não ser que conquistou prêmios nos Jogos Olímpico.

Chegando à idade adulta e não se sentindo satisfeito com os conhecimentos adquiridos em sua terra, deixou a ilha onde vivia e passou muitos anos a viajar, visitando a maioria dos grandes centros da sabedoria. A história conta a sua peregrinação em busca de conhecimentos, que se entenderam ao Egito, Indostão, Pérsia, Creta e Palestina, e como adquiriu em casa país novas informações, conseguiu familiarizar-se com a Sabedoria Esotérica, assim, como os conhecimentos exotéricos neles disponíveis.

Voltou, com a mente repleta de conhecimento e a capacidade de julgamento amadurecida, à sua terra, onde tencionava abrir uma escola para divulgar os seus conhecimentos, o que, porém, se mostrou impraticável, devido à oposição do turbulento tirano Policrates, que governava a ilha. Em vista do fracasso de uma tentativa migrou para Crotona, importante cidade da Magna Grécia, que era uma colônia fundada na costa meridional da Itália.

Foi ali que o famoso filósofo fundou a Escola ou Sociedade de Estudiosos, que se tornou conhecida em todo o mundo civilizado como centro de erudição na Europa; foi ali que, secretamente, Pitágoras ensinou a sabedoria oculta que havia coligido dos ginosofistas e Brânames da Índia, dos hierofantes do Egito, do Oráculo de Delfos, da Caverna de Ida e da Cabala dos rabinos hebreus e magos caldeus.

Durante cerca de 40 anos ele lecionou para os seus discípulos e exibiu os seus maravilhosos poderes; mas foi posto um fim à sua instituição, e ele próprio foi forçado a fugir da cidade, devido a uma conspiração e rebelião surgidas em decorrência de uma disputa entre o povo de Crotona e os habitantes de Sibaris; ele conseguiu chegar em Metaponto, onde segundo a tradição, morreu mais ou menos em 500 a C..

A Escola de Pitágoras tinha várias características peculiares. Cada membro era obrigado a passar um período de cinco anos de contemplação, guardando perfeito silêncio; os membros tinham tudo em comum e abstinham-se de alimentos de origem animal; acreditavam na doutrina da metempsicose, e tinham uma fé ardente e absoluta no seu mestre fundador da Escola.

O elemento da fé entrava a tal ponto na sua aprendizagem, que “autos efa” - ele disse – constituía uma destacada feição da Escola; por isso, a sua afirmação “Um amigo é o meu outro eu” tornou-se um provérbio naquele tempo. O ensino era em grande parte secreto, sendo atribuídos a cada classe e grau de instrução certos estudos e ensinamentos; somente o mérito e a capacidade permitiam a passagem para uma classe superior e para o conhecimento de mistérios mais recônditos.

A ninguém era permitido registrar por escrito qualquer princípio ou doutrina secreta, e, pelo que se sabe, nem um discípulo jamais violou a regra até depois da morte de Pitágoras e da dispersão da Escola. Depende-se, assim, inteiramente, dos fragmentos de informações fornecidas pelos seus sucessores, e pelos seus críticos ou críticos dos seus sucessores.

Uma inseparável de qualquer consideração das doutrinas reais do próprio Pitágoras, mas consideração das doutrinas reais do próprio Pitágoras, mas pisa-se um terreno mais firme quando se investigam as opiniões dos seus seguidores.

Sabe-se que as suas instruções aos seguidores eram formuladas em duas grandes divisões: a ciência dos números e a teoria da grandeza. A primeira dessas divisões incluía dois ramos: a aritmética e a harmonia musical; a segunda era subdividida também em dois ramos, conforme se tratava da grandeza em repouso – a geometria, ou da grandeza em movimento – a astronomia. As mais notáveis peculiares das suas doutrinas estavam relacionadas com as concepções matemáticas, as ideias numéricas e simbolizações sobre as quais se apoiava a sua filosofia. Todas as existências reais; e, como os números são componentes primários das Grandezas matemáticas e, ao mesmo tempo, apresentam muitas analogias com vários realidades, deduzia-se que os elementos dos números eram elementos das Realidades.

Acredita-se que os europeus devem ao próprio Pitágoras os primeiros ensinamentos sobre as propriedades dos números, dos princípios da música e da física; há provas, porém de que ele visitou à Ásia Central, e ali adquiriu as ideias matemáticas que foram a base da sua doutrina. A maneira de pensar introduzida por Pitágoras e seguida pelo seu sucessor Janbolico e outros, tornou-se conhecida mais tarde pelos títulos da Escola Italiana ou Escola Dórica.

Os geómetras gregos elevaram a um altíssimo grau de perfeição, técnica e lógica, o estudo das proposições entre grandezas, em particular o confronto entre figuras semelhantes. Eles basearam-se em tal estudo o cálculo não de comprimentos incógnitos, mas também das áreas de muitas figuras planas limitadas por rectas, ou de volumes de sólidos limitados por planos.

Para confrontar as áreas das duas figuras planas semelhantes (isto é, da mesma forma) é preciso confronto não os lados correspondentes, mas os quadrados dos lados correspondentes. No entanto, alguns matemáticos estão de acordo com os estudiosos que pensam que os gregos fizeram o cálculo das áreas, num primeiro momento, por uma via mais simples e natural do que aquela que se baseia no confronto de figuras semelhantes e, em geral, sobre as proporções.

Um exemplo famoso, é o de Pitágoras e do seu teorema: Num triângulo retângulo, a área do quadrado construído sobre a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os dois catetos. A lenda diz que Pitágoras compreendeu tão bem a importância da sua demonstração, que ordenou uma hecatombe, isto é, o sacrifício de cem bois aos deuses, em sinal de agradecimento e de alegria.

Naturalmente, sobre a descoberta de Pitágoras não temos jornais, nem livros, nem revistas de época, porque naquela não havia nem jornais, nem livros, nem revistas. Temos só lendas, ou melhor, histórias de escritores que viveram séculos e séculos depois. Todavia, muitas razões nos induzem a acreditar na “história de Pitágoras”. Talvez não se tenha chamado Pitágoras, talvez não tenha morto cem bois, mas um só, ou talvez não tenha sacrificado nem sequer um cordeirinho: tudo isto pode ser só lenda.

Mas que um estudioso da Grande Grécia (com esta expressão incluíam-se a Itália Meridional e a Sicília), que viveu seiscentos a.C., tenha mostrado com um raciocínio geral a relação, a que chamamos de Teorema de Pitágoras, entre os quadrados dos catetos e o da hipotenusa, para cada possível triângulo retângulo, acreditamos que seja verdade.

Sabemos, para além disso, que no tempo de Pitágoras, nas ilhas gregas e na Grande Grécia, a geometria de recolha de regras práticas e de observações separadas, como aquela que recordamos agora, se transforma em ciência racional, isto é em raciocínios gerais sobre as figuras em geral. Portanto, Pitágoras demonstrou verdadeiramente, cerca de seiscentos anos a. C, que “a soma dos dois catetos, num triângulo retângulo, é sempre igual, ou melhor, equivalente, ao quadrado da hipotenusa”.

Leopoldo Galtieri

Leopoldo Galtieri assumiu a presidência da Argentina em 1981. Em abril de 1982, ordenou, a invasão das Ilhas Malvinas (Falklands) e entrou em guerra com a Inglaterra. Em junho, as tropas argentinas renderam-se aos ingleses. A derrota decretou o fim da ditadura militar no país. Galtieri foi acusado de incompetência, preso em 1984 e indultado pelo presidente Menem em 1990.

Manuel Antônio de Almeida

Foi um romancista e cronista fluminense. Um dos precursores do realismo e do romance urbano no Brasil.

Manuel antônio de Almeida (17/11/1831 – 28/11/1861) nasceu no Rio de Janeiro. Órfão de pai aos 10 anos, estuda com dificuldade até de formar-se em Medicina. Aos 21 escreve o romance realista Memórias de um Sargento de Milícias. Trabalhava como revisor e redator no jornal Correio Mercantil, no qual publica Memórias em forma de folhetim, entre 1852 e 1853, assinado com o pseudônimo “Um Brasileiro”. Na época, o romance passa despercebido pela crítica, tendo reconhecido seu valor pelos modernistas em 1922. Escrito de forma irreverente e muitas vezes mordaz, o livro trata da vida da classe média baixa carioca na época de dom João VI. Ao ser nomeado administrador da Tipografia Nacional, Manuel Antônio de Almeida conhece Machado de Assis, então aprendiz de tipógrafos.


Para a imprensa escreveu críticas literárias, crônicas e reportagens. E o autor de um drama lírico, Dois Amores (1861). Morreu prematuramente no naufrágio do vapor Hermes, perto de Macaé (RJ), numa viagem de campanha eleitoral por uma cadeira de deputado provincial.  





Dilma polemiza com o presidente do PT

Petista disse na Suécia que 'opinião do PT não é a do governo' e que Joaquim Levy fica na Fazenda


Em entrevista concedida na tarde de ontem, em Estocolmo, na Suécia, a presidente Dilma Rousseff reiterou a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, classificou os rumores sobre a saída do governo de “especulação” e disse que a opinião do presidente do PT (Rui Falcão, que, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, disse que Levy deve deixar o cargo se não mudar os rumos da política econômica) não é a opinião do governo.
O presidente do PT pode ter a opinião que ele quiser. Mas não é a opinião do governo”, disse Dilma, emendando: “Se eu disse que não é a opinião do governo, o ministro Levy fica”. A garantia de que Levy permanece na equipe econômica, no comando do Ministério da Fazenda, foi feita em sua primeira entrevista concedida após a reunião realizada na sexta-feira, em Brasília, quando cresceram os rumores sobre a suposta saída do ministro.
Irritada com as perguntas, Dilma quis colocar um ponto final nas questões sobre o tema. “Ele (Levy) não está saindo do governo. Eu não trato mais desse assunto”, afirmou. “Qualquer coisa além disso está ficando especulativo. Vocês não farão especulação a respeito do ministro da Fazenda comigo.”
A presidente disse também que o assunto não foi discutido na reunião realizada na sexta-feira, em Brasília, com Levy, o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. “O que nós conversamos na sexta-feira foi sobre quais serão os próximos passos e qual é a nossa estratégia no sentido de que se aprovem as principais medidas (do pacote que deverá promover) do equilíbrio fiscal”, reafirmou, assegurando que “não se tocou no assunto” demissão.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 19 de outubro de 2015.



Dilma veta novos cargos no CNMP


A presidente Dilma Rousseff vetou projeto de lei aprovado pelo Congresso que cria cargos efetivos e em comissão e funções de confiança no conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A proposta prevê a criação de 90 cargos de auditor nacional de controle, 30 cargos de técnico nacional de controle, 26 funções de confiança nível FC-3 e 42 cargos em comissão no órgão.




Fonte: Correio do Povo, página 3 de 20 de setembro de 2015. 

Dilma tenta manter Mercadante no Planalto

Presidente ainda resiste à pressão feita por Lula e pelo vice Michel Temer


em reuniões entre a tarde de quinta-feira e a manhã de ontem entre a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e ministros petistas, Dilma deixou claro que não irá tirar Aloízio Mercadante da Casa Civil e pediu união de todos em defesa do pacote de ajuste fiscal que corta despesas e prevê a recriação da CPMF. Desde o ano passado, senadores e deputados de partidos aliados têm reclamado da relação com Mercadante.
O PMDB do vice-presidente Michel Temer e Lula mantêm Dilma sob forte pressão para mudá-lo de função. Em conversa com Dilma, ontem, Lula novamente pediu a saída de Mercadante. Pela manhã, o ex-presidente se reuniu com o chefe da Casa Civil para conversar sobre a crise no governo.
A aliados, na passagem por Brasília, Lula fez duras críticas ao “número 2” do governo Dilma. Disse que Mercadante “não tem condições de permanecer no cargo” porque o principal aliado, o PMDB, não aceita interlocução com ele. O ex-presidente afirmou ainda que Dilma precisa prestigiar o PMDB.
Na avaliação de Lula, a presidente deveria, antes de anunciar a redução e a reforma ministerial, chamar os partidos aliados para negociação e não apenas avisá-los das mudanças. Ele também pregou que o PMDB volte à articulação política do governo Dilma. “Ou abraça o urso, ou morre”, disse um amigo de Lula que participou das conversas.


Ou abraça o urso, ou morre (sobre a necessidade de atender ao PMDB).”
Frase sobre Dilma ouvida em encontro de deputados com Lula





Fonte: Correio do Povo, página 3 de 19 de setembro de 2015.


Dilma visitará o RS e anunciará medidas

A presidente irá sobrevoar as cidades prejudicadas pelas chuvas no Estado e depois viaja para Santa Catarina


Na manhã deste sábado, a presidente Dilma Rousseff desembarca na Base Aérea de Canoas para ver os danos causados pelas chuvas em Porto Alegre e anunciar medidas. Na sua agenda, parcialmente liberada, estão previstas reunião com o governador José Ivo Sartori, Defesa Civil do Estado e prefeitos dos municípios atingidos por tempestades. A presidente irá sobrevoar cidades castigadas por enchentes no Rio Grande do Sul.
Segundo a assessoria da presidência, Dilma falará com a imprensa sobre as decisões e medidas a serem adotadas, ainda na Base Aérea. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional (MI) reconheceu situação de emergência nos municípios de Canoas e Rio Grande. As portarias foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
Após os encontros no RS, Dilma viaja para cumprir roteiro semelhante em Santa Catarina, onde mais de 90 cidades foram prejudicadas por enxurradas. Não está confirmado, mas a presidente deverá se deslocar à tarde para o território catarinense.
Com o Guaíba atingindo 2,66 metros na manhã de ontem, os moradores da Região as Ilhas seguem dependendo de doações. Duas filas formavam na Colônia de Pescadores Z5, que distribuía mantimentos aos atingidos. Com a mulher grávida de oito meses, o peixeiro Sérgio Tavares, 44 anos, planejava montar uma barraca em área seca para se abrigar com a família. Ele e outros vizinhos da Ilha da Pintada estão no prédio do antigo posto de saúde, porque as casas estão inundadas. “A água está pela cintura”, disse Maria Caroline Drower, 18 anos, que também está esperando um bebê. A rua Nossa Senhora da Boa Viagem, na beira do Guaíba, está coberta de água e os moradores se deslocam com barcos e canoas. Alguns se arriscam a andar pelas áreas inundadas. Na Ilha Grande dos Marinheiros, e na Ilha das Flores a situação não é diferente. Parte dos moradores não quer abandonar suas residências. Acampamentos são vistos nas margens da BR 290.
Uma manifestação de moradores das ilhas bloqueou parcialmente o trânsito no km 102 da BR 290 na saída de Porto Alegre ontem no início da noite. O protesto ocorreu em razão da falta de energia elétrica na região.


Inundações castigam Santa Catarina


A chuva que persiste em Santa Catarina provocou danos em 93 cidades, deixando 1.725 desalojados e 1.356 desabrigados, segundo dados da Defesa Civil do estado. As principais ocorrências foram granizo, deslizamentos pontuais, alagamentos e vendavais. Até o final da tarde de ontem, Abelardo Luz, Agronômica, Itajaí, Ituporanga, Leblon Régis, Papanduva, Quilombo, Angelina, Celso Ramos e São Cristóvão do Sul haviam decretado situação de emergência.
No Vale do Itajaí, o município de Itajaí encontra-se em estado de alerta, já que o rio Itajaí Mirim – Canal Retificado Semasa atingiu toda a cota de emergência na manhã de ontem. Já em Blumenau, o rio Itajaí Açú alcançou a cota máxima de 10,03 metros.
No Litoral Norte, o rio Itapocú está em cota de alerta com risco de inundações para Corupá, Jaraguá do Sul e Guaramirim.
De acordo com a Defesa Civil, considerando os níveis atuais dos rios, a situação hidrológica encontra-se em emergência para enchente nos municípios de Taió, Rio do Sul, Brusque e Blumenau. O nível do rio Itajaí do Oeste com Taió estava subindo a uma taxa de 9 a 20 centímetros por hora, dependendo da operação da Barragem Oeste.
A situação é de alerta de enchente para as cidades Barragem Oeste, em Taió e Apiúna. O nível do rio na estação Barragem Oeste estava subindo a uma taxa de 15 a 27 centímetros por hora. A condição hidrológica era de atenção para enchente em Barragem Taió Montante e Chapadão do Lageado. Em Taió, no distrito de Passo Manso, a estação Barragem Taió Montante registrava elevação do nível do rio Itajaí Oeste a uma taxa de 15 a 27 centímetros por hora.
A Barragem Sul, em Ituporanga, estava com o nível de 33,78 metros e operando com cinco comportas fechadas. A Barragem Oeste em Taió apresentava nível de 22,40 metros e operava com quatro comportas fechadas. Dois trechos da SC 350 estão bloqueados em Rio do Sul na manhã de ontem devido ao acumulado de chuva na região. Nos quilômetros 360 e 361 havia um metro de água sobre a pista. O quilômetro 152 da BR 470, também em Rio do Sul, igualmente estava bloqueado pela água.


Retirada de água na Praia de Belas


O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) deu início ontem à operação para retirada da água que permanece acumulada na avenida Praia de Belas, próximo ao Corpo de Bombeiros, na Capital há cerca de 15 dias. A medida deve solucionar o problema até que uma obra emergencial seja realizada no local.
Segundo o diretor do DEP, Tarso Boelter, a rede da avenida Praia de Belas não é ligada a uma casa de bombas, mas ao Arroio Dilúvio. “Ela foi construída na década de 70, quando não existiam as casas de bombas. Somente depois foi construído o Sistema de Proteção Contra Cheias”, disse. Em razão disso e com o aumento de nível do Guaíba e grande quantidade de lixo acumulado na rede, a água permanece concentrada na via.
Para a operação foram utilizados quatro caminhões-hidrojato, duas bombas e um caminhão do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). O trabalho de escoamento da água ainda não tem prazo para conclusão. A obra emergencial deve demorar 30 dias e inverterá cerca de 60 metros de rede, no perímetro alagado, fazendo com que a água seja direcionada a outra rede e levada a uma casa de bombas.


Fortunati: ajuda para a zona Sul


Para verificar a situação dos alagamentos na zona Sul de Porto Alegre, o prefeito José Fortunati esteve ontem no bairro Guarujá. Acompanhado do diretor-geral do DEP, Tarso Boelter, Fortunati afirmou que a cheia na área não é resultado de problemas nos bueiros, nem nos arroios e, sim, consequência da elevação das águas do Guaíba. “É uma região muito difícil”, ressaltou. Os moradores mostraram a inundação das casas e pediram ajuda. Apesar de não estar concluído o levantamento dos afetados, Fortunati disse que será oferecido aluguel social para quem precisar sair das residências. O auxílio é de R$ 300,00 a R$ 500,00. “Estamos mostrando a solidariedade e suporte dos nossos serviços”, observou.
O coordenador do Centro Administrativo Regional (CAR)Sul Eduardo Rava disse que, na próxima terça-feira será feito um mutirão para cadastrar os interessados no benefício. Para auxiliar os afetados, estão sendo distribuídos colchões, cestas básicas e produtos de limpeza. O ponto de doação fica na Juca Batista, 1580, no bairro Ipanema. Entre os locais mais prejudicados da zona Sul estão a Vila dos Sargentos, onde 36 casas estão com a água a mais de meio metro. Na Vila Santina, pelo menos 12 moradias foram atingidas.
O vice-prefeito Sebastião Melo acompanhou o grupo, assim como o coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Nelcir Tessaro.


Fonte: Correio do Povo, página 12 de 24 de outubro de 2015.


Dólar fecha ciclo de alta e fecha abaixo de R$ 4

Possível uso de reservas internacionais pelo BC foi decisivo para a mudança


São Paulo – Em um dia marcado por variações extremas, o dólar à vista fechou ontem em baixa de 3,73%, cotado a R$ 3,99. Esta foi a primeira queda da cotação depois de cinco sessões consecutivas de alta da moeda americana, que nesta semana superou a marca histórica de R$ 4,00.
Depois de subir com força e passar a marca de R$ 4,24, renovando a máxima histórica, o dólar virou e começou a cair. As declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que o país poderia usar as reservas internacionais para conter a alta do dólar foram decisivas para a queda.
A fala de Tombini afastou as especulações de que o BC não estaria disposto a usar as reservas cambiais vendendo dólares no mercado à vista para conter o avanço das cotações. No fim da sessão, o bom humor ganhou mais impulso com o anúncio de um programa de leilões diários de venda e compra de títulos pelo Tesouro Nacional, em meio a forte volatilidade nos juros futuros. Segundo operadores,a fala de Tombini e a ação do Tesouro deixam evidente que o governo avalia que a intensa pressão sentida nos mercados financeiros nas últimas semanas levou o mercado a agir de maneira irracional.
Em alta pela sexta sessão seguida, o dólar já era encontrado ontem por R$ 4,66 em algumas casas de câmbio. O dólar turismo, usado para fazer compras fora do país, vale mais do que o comercial por agregar no seu preço custos administrativos e financeiros.
A moeda americana tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's. Além disso, o mercado financeiro está preocupado com a possibilidade de o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros do país. Se isso acontecer, os EUA se tornam mais atrativos aos investimentos, e pode haver uma forte saída de dólares do Brasil.
A Bovespa trabalhou parte da tarde de ontem em alta, mas não conseguiu escapar de terminar no vermelho pelo quinto pregão consecutivo. O Ibovespa, o principal índice, encerrou a sessão em baixa de 0,11%, aos 45.291,96 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 7,5 bilhões.


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 25 de setembro de 2015.

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