terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Concurso Anac: saiu edital com 150 vagas até R$ 11 mil

por Yahell Luci Lima


A Agência Nacional de Aviação Civil publicou o edital do concurso que vai preencher postos no Distrito Federal, com aplicação de provas em todas as capitais do país. Inscrições a partir de 14/12

Saiu no Diário Oficial da União desta segunda-feira (7/12) o tão aguardado edital do concurso da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Conforme previsto pelo JC, o documento disponibiliza 150 vagas em cargos de níveis médio e superior. Do total de oportunidades, 12 são reservadas para deficientes e 31 para pessoas negras e pardas, conforme estabelece a lei n. 12.990/2014.

As provas do concurso da ANAC serão aplicadas nas capitais de todos os Estados do país, inclusive em São Paulo. No entanto, o local de trabalho dos futuros servidores será em Brasília, no Distrito Federal, onde fica a sede da agência.

Os cargos de técnico administrativo (15) e técnico em regulação de aviação civil (45) exigem nível médio e oferecem salário de R$ 5.689,52 e R$ 5.957,52, respectivamente.

Quem possui ensino superior em qualquer área de formação pode concorrer as ofertas disponíveis para a função de analista administrativo, que oferece 25 vagas, no total. Dessas, 17 são para a “área 1” e 18 para a “área 2” (8). A remuneração do cargo corresponde a R$ 11.071,29.

Prepare-se para o concurso da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Videoaulas para o concurso da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Simulados para Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)

Para ser especialista em regulação de aviação civil (65 vagas ao todo) da ANAC e receber R$ 11.974,49 mensalmente também é necessário ter ensino superior. Porém, neste caso, o campo de formação deve ser específico, de acordo com o solicitado para cada uma das seguintes áreas: “área 1” (24 vagas): qualquer área de formação; “área 2” (18): engenharia mecânica, engenharia aeronáutica ou engenharia de produção; “área 3” (7): economia ou ciências contábeis; “área 4” (10): engenharia civil, engenharia de produção ou arquitetura; e “área 5 (6): superior em qualquer área de formação, acrescido de licença de piloto de linha aérea ou de piloto de linha de helicóptero, com Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válido ou Certificado de Capacitação Física (CCF) válido e Certificado de Habilitação Técnica (CHT).

A remuneração oferecida pela Agência Nacional de Aviação Civil para todas as carreiras é referente a jornadas de trabalho de 40 horas semanais.

Inscrições e provas

As inscrições para o concurso da ANAC estarão abertas a partir das 10h do dia 14 de dezembro pelo site da Escola de Administração Fazendária - ESAF (www.esaf.fazenda.gov.br), organizadora do concurso. Os interessados terão até 4 de janeiro de 2016 para se cadastrar.  As taxas de participação custam R$ 90 (nível médio) e R$ 150 (nível superior).

De acordo com o edital do concurso, as provas objetivas sobre conhecimentos básicos e específicos para todos os postos serão aplicadas em 20 de março do próximo ano. Os candidatos com diploma de graduação responderão 130 perguntas, já os concorrentes com ensino intermediário terão que resolver 80 questões.

O processo seletivo também terá prova discursiva para todos os inscritos, o exame consistirá na elaboração de uma dissertação acerca do conteúdo de conhecimentos específicos de cada cargo. Haverá, ainda, avaliação de títulos para as profissões de nível superior.

A carreira de especialista da ANAC contará ainda com uma segunda etapa de avaliação na qual os aprovados nas provas anteriores serão convocados para realizar o curso de formação. O curso será ministrado em Brasília/DF, sob responsabilidade da ESAF, e terá 160 horas presenciais em tempo integral. Durante o período do curso, o candidato receberá auxílio financeiro correspondente a 50% da remuneração inicial do cargo, ou seja, R$ 5.987,25.
Fonte: JCConcursos - jcconcursos.uol.com.br - 07/12/2015 e Endividado

Carta de Temer a Dilma agrava crise no Planalto. Leia no Correio Braziliense de hoje que o vice-presidente da República deixou claro ontem, em dois atos, que quer distância de Dilma e do PT. Veja também uma reportagem que conta a história de brasilienses que se renderam às vantagens de ir ao trabalho de bicicleta. Boa leitura! -http://www.correiobraziliense.com.br/



Ex-pedreiro fatura R$ 300 milhões com loja virtual de ar-condicionado

por Gustavo Mause


João Riquena Neto, de 44 anos, se tornou um empresário de sucesso no segmento de e-commerce

São Paulo - Dono do e-commerce Central Ar, João Riquena Neto, 44 anos, tem uma empresa que faturou R$ 300 milhões no ano passado. Mas o hoje bem-sucedido proprietário de uma loja online de ar-condicionado começou sua trajetória profissional de maneira modesta. Nascido na cidade paulista de Araçatuba, ele chegou a trabalhar como pedreiro e boia-fria.

De origem humilde, com uma família de poucos recursos financeiros, João batalhou por anos nos mais diversos bicos e empregos. Após juntar dinheiro para formar-se como torneiro mecânico, conseguiu uma colocação em uma empresa que vendia sal. Inquieto e com o sonho de crescer, ficou pouco tempo no emprego e partiu em busca de outra oportunidade. O primeiro contato com ar-condicionado, produto no qual se tornou especialista e lhe tornou milionário, aconteceu quase que por acidente: por causa de uma bronquite.

“Fui trabalhar em uma empresa que fabricava fios para cirurgia e para raquetes de tênis. A matéria prima era tripa de carneiro. Porém, tive uma crise aguda de bronquite e em três meses tive que sair. Fiquei desempregado e estava muito frustrado, até que um amigo me chamou para cortar um pé de manga que ficava nos fundos da empresa em que ele trabalhava. Era uma empresa bem pequena, de ar-condicionado”, conta.

A descoberta do aparelho de refrigeração causou espanto.“Gostaram do meu serviço e me convidaram para trabalhar lá. Já tinha visto pé de manga, mas nunca um ar-condicionado”, relata João, que não esconde a sua inabilidade inicial. “Fui um péssimo técnico no início”, admite o empresário, aos risos.

Ele quase se afastou do seu caminho de sucesso por causa de um desejo da mãe, que sonhava que o filho arranjasse emprego em um banco. “O Banco Mercantil de São Paulo ligou para uma vizinha – nós não tínhamos telefone e ela pegava os recados -, e me chamou para fazer um teste para trabalhar como contínuo. Eu já estava há uns vinte dias na empresa de ar-condicionado, e disse que não iria, porque queria investir nisso. Minha mãe começou a chorar. Para não deixá-la chateada, fui lá fazer o teste. Fiz sem muito esforço, porque não queria passar, e não passei”.

João continuou mais alguns meses na empresa até que resolveu trabalhar por conta própria. Sem muitos recursos, os anos seguintes foram difíceis, mas ele persistiu. “Mandei imprimir alguns cartões e saí pelas ruas entregando às pessoas. Um tio, que tinha uma fábrica que consertava estofados, pegava os recados no telefone e me passava. Eu também não tinha energia 220v na minha casa, e precisava disso para testar a maioria dos aparelhos. Acabava testando em uma borracharia na esquina de casa. Não tinha carro, então levava tudo na carroça que comprei do Seu Manuel, um pastor evangélico que tinha um ferro-velho. Só consegui alugar um salãozinho próprio anos depois. Fui morar e trabalhar lá. Aí passei a ser um prestador de serviços formal, com meu próprio CNPJ”, relembra, orgulhoso.

Cansado de apenas fazer consertos, já que a mão de obra era desvalorizada e as possibilidades muito restritas, o empresário decidiu comprar aparelhos novos de ar condicionado para vender. Fazia as encomendas de atacadistas e distribuidores e, com o dinheiro aumentando, começou a criar seu próprio estoque. “A indústria abriu as portas para mim, porque eu era muito rápido. O meu modo de trabalhar agradava. Fui ganhando espaço com essa agilidade e crescendo”, recorda.

No início dos anos 2000, João já tinha cinco lojas de ar condicionado, todas no interior de São Paulo. Com o sucesso, segundo ele, veio uma grande “c*****“. “Abri mais duas lojas de eletrodomésticos, vendendo geladeiras, fogões, máquinas de lavar, tudo. Cheguei a vender mais de oito mil itens. Achei que poderia ser um Abílio Diniz (antigo dono da rede de supermercados Pão de Açúcar) ou um Michael Klein (Casas Bahia), mas a gente precisa focar no que entende. Quando percebi, vi que estava perdendo todo o dinheiro que ganhava com as cinco lojas de ar condicionado apenas nessas duas”.

Mesmo com o prejuízo, João continuou com as lojas abertas durante anos por “vaidade” e “orgulho”. A salvação veio em 2008, quando surgiu a ideia de criar o site da Central Ar. “Ninguém acreditava que dava para vender ar-condicionado pela Internet, já que é um produto com muitas especificações técnicas. Um pessoal mais jovem, colegas e amigos, que me convenceram de que poderia dar certo, aliando minha experiência com o produto e com o varejo”, relembra.

Apesar do medo, a decisão logo se mostrou acertada. “Na hora em que coloquei o site no ar, ele já começou a responder. Vendi logo no primeiro dia e percebi que esse modelo poderia me levar para uma escala bem maior”.

Em dez meses de existência, a loja virtual já representava 50% do faturamento do empresário. Os bons resultados o encorajaram a fechar as lojas de eletrodomésticos. Dois anos depois, o site já respondia por 90% das vendas. No começo de 2011, as lojas físicas de ar-condicionado também foram fechadas.  

Dedicado integralmente ao e-commerce, João investiu em melhorias, contratando uma consultoria que, por um tempo, o ajudou a melhorar a estrutura da empresa. Em 2014, o faturamento foi de R$ 300 milhões. Para este ano, com a crise, a projeção é um pouco menor – R$ 250 milhões -, mas ainda assim o saldo é positivo. “Já sabia que o lucro seria um pouco menor. Mas para o próximo ano, com os projetos que criamos, tenho indicadores claros de que teremos crescimento. Se trabalhar direito, mesmo com os problemas que o País enfrenta, dá para seguir adiante”, projeta o empresário.

Quando olha para trás, João se sente orgulhoso de sua trajetória e dá um conselho para quem tem o desejo de empreender: “Tenha um sonho claro, com muito trabalho e persistência, e se cerque de boas pessoas. Não existe receita pronta para o sucesso, mas todos os vencedores com certeza reúnem esses elementos”.
Fonte: IG Notícias - 07/12/2015 e Endividado

Às vésperas do Natal, atividade no comércio tem queda de 7,7%


Resultado refere-se ao movimento de consumidores nas lojas em novembro deste ano em relação ao mesmo mês de 2014; juro elevado, confiança baixa e inflação alta explicam queda no comércio

Nem mesmo a proximidade com o Natal tem trazido alívio ao comércio varejista. Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores caiu 0,3% em novembro em relação a outubro e 7,7% quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.

O resultado representa a sexta queda mensal consecutiva da atividade varejista, apesar das promoções relacionadas com a Black Friday ao final do mês.

No acumulado do ano até novembro, o movimento da atividade varejista apresenta queda de 0,3%. Segundo os economistas da Serasa Experian, o movimento dos consumidores nas lojas continua retraído por conta dos juros do crediário cada vez mais altos, da retração dos índices de confiança dos consumidores e do aumento das taxas de desemprego e de inflação.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano acima de 10%. A alta de preços tem feito muitas pessoas trocarem as marcas ou adiarem as compras. Se montar a ceia com os produtos das marcas líderes, o consumidor vai gastar até 64% a mais neste ano. Quem ainda pretende comprar algo no Natal reduziu o orçamento: 63% dos brasileiros querem gastar menos.

Neste cenário, a expectativa de associações do setor é pessimista. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera que o comércio tenha o pior Natal dos últimos 11 anos, com retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior. A percepção de que as vendas serão mais fracas deve fazer o número de empregados temporários encolher até 2,9%, algo que já tem gerado protestos no setor, inclusive entre os Papais Noéis.

Setores. Com exceção do segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, que cresceu 0,8% em novembro impactado positivamente pela Black Friday, todos os demais setores varejistas se retraíram em novembro. No período acumulado de janeiro a novembro de 2015, apenas o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática ainda registra expansão. Os pesquisadores ouvem, em média, 6 mil empresas para fechar o indicador.


Fonte: Estadão - 07/12/2015 e Endividado





Jornada de trabalho excessiva pode render multa até 10 vezes maior às empresas

por ESTELITA HASS CARAZZAI

Elas estão entre as principais empresas do país. Têm milhares de clientes e funcionários e pagam pontualmente os salários. Mas são infratoras recorrentes em jornada excessiva —quando o empregado faz mais que duas horas extras por dia, não tem descanso semanal ou não cumpre o intervalo mínimo de 11 horas entre jornadas.

Para combater o problema, um projeto pioneiro do Ministério do Trabalho do Paraná pôs uma lupa nas maiores empresas do Estado. Em quatro anos, R$ 46,8 milhões em multas e condenações foram aplicados para inibir jornadas excessivas (em parte delas, cabe recurso).

"Não mudava nada. A multa é ínfima, ridícula", diz a auditora Erika Medina Stancioli, coordenadora do projeto, batizado de Maiores Infratores. Algumas empresas chegaram a oficializar ao ministério que não iriam recorrer e pagariam as multas, para ficar "sem pendências trabalhistas". A multa por ocorrência, em média, é de R$ 2.000.

"Para elas, era mais barato pagar a penalidade do que cumprir a lei. É uma opção financeira", diz o auditor do trabalho Enio Bezerra Soares, idealizador do projeto.



O órgão, então, selecionou as 150 empresas que tinham o maior número de infrações no Estado –na maioria, supermercados, magazines, redes varejistas e bancos.

Os auditores promoveram novas fiscalizações, identificaram a reincidência e enviaram um dossiê ao Ministério Público do Trabalho, que os acionou judicialmente. Conseguiram firmar acordos e obter multas milionárias.

"Esse levantamento acaba por vez com as alegações de que se trata de situação isolada. É uma rotina", diz o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Paraná, Gláucio Oliveira.

Até agora, 26 empresas foram fiscalizadas. Dessas, 18 foram acionadas na Justiça, das quais 12 foram condenadas ou firmaram acordo para pagar multas. "Aí começa a pesar no bolso", comenta Oliveira.

Em outros cinco casos, o processo está em fase inicial e não foi julgado. Em outro, a ação não foi considerada procedente, mas o Ministério Público ainda recorre.

As Lojas Colombo, por exemplo, pagaram pouco mais de R$ 6.000 em 2010 aos fiscais, por excessos de jornada com dezenas de trabalhadores. Acionada na Justiça pelo mesmo problema em 2012, foi multada em cerca de dez vezes mais: R$ 70 mil.

MODELO

Algumas empresas questionam a ação do Ministério do Trabalho. Mesmo assim, boa parte melhorou seus hábitos e diminuiu consideravelmente as infrações após as fiscalizações –como as Casas Pernambucanas, que ainda respondem na Justiça.

Em alguns casos, porém, os problemas permanecem. O supermercado Condor, por exemplo, é reincidente: em 2014, pagou R$ 1 milhão num acordo por deixar de conceder descanso semanal. Um ano depois, nova fiscalização mostrou que o problema continuava –e a rede teve de pagar outros R$ 7 milhões.

Para Oliveira, do MPT, o projeto é "um modelo" para o país, já que ampara o empregado que está na empresa e soluciona uma demanda coletiva, economizando recursos da Justiça.

Falta, porém, estrutura de fiscalização: há só dois auditores dedicados ao projeto no Ministério do Trabalho.

OUTRO LADO

A maioria das empresas fiscalizadas pelo projeto Maiores Infratores sustenta que as irregularidades são "pontuais" -e não "históricas e sistemáticas", como aponta o Ministério do Trabalho.

Parte delas recorre das condenações na Justiça.

Os supermercados Condor argumentam que o número de irregularidades é "excepcional" diante do horário de funcionamento e do elevado número de empregados.

A empresa considera a conclusão do Ministério do Trabalho "absurda e leviana" e afirma que o pagamento dos acordos e multas mostra sua "intenção de dar integral cumprimento" à lei.

O Ponto Frio, condenado a pagar R$ 5 milhões, diz que não foi intimado a se defender e afirma que a cobrança é equivocada.

As Lojas Americanas afirmam estar "muito próximo do ideal". Para a defesa, infrações sobre outros temas foram juntadas para dar substância ao pedido e acabaram consideradas na condenação.

O Itaú também garante que as falhas são "pontuais" e recorre da sentença. A empresa diz que está produzindo um diagnóstico nacional em relação à jornada e que deve adotar uma nova tecnologia de ponto para evitar falhas.

Em nota, o Bradesco informou que "cumpre integralmente" a legislação trabalhista e que não comenta casos judiciais em andamento.

O Grupo Pão de Açúcar diz que "tomou as medidas necessárias" em relação ao caso (a empresa pagou R$ 2,8 milhões em acordo). A empresa afirma cumprir rigorosamente a lei e realiza auditorias periódicas para reforçar essa diretriz.

As empresas Walmart Brasil, Magazine Luiza e Casas Bahia também dizem cumprir a lei e investir em treinamentos para evitar e coibir falhas.

As Lojas Colombo não se posicionaram até o fechamento desta edição.

A Folha não conseguiu contato com as Drogarias Nissei. (EHC)
Fonte: Folha Online - 07/12/2015 e Endividado

Câmara pode aprovar projeto contra quedas de sinal de TV a cabo

por MACHADO DA COSTA



O projeto de lei que promete cobrar das operadoras de TV por assinatura as quedas de sinal avançou na Câmara dos Deputados e está a um passo de seguir para o Senado.

Depois da aprovação do texto pela Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), o projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que o analisará em caráter conclusivo.

A partir disso, caso haja um recurso contrário ao projeto, ele segue para a votação no plenário da Câmara. Se não houver objeções, segue para o Senado que, ao aprová-lo, deve encaminhá-lo para a Presidência da República.

O projeto (PL-3.919/2012) –de autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) e do ex-deputado João Ananias (PCdoB-CE)– altera a lei 12.485, de 2011, que disciplina a aplicação de sanções às prestadoras dos serviços de televisão por assinatura.

Até o momento, a legislação que prevê as punições às companhias é de 1997 e não detalha questões relacionadas à defesa do consumidor. A lei 9.472 deu início ao plano de desestatização do setor de telecomunicações do governo Fernando Henrique.

A expectativa dos congressistas é de uma rápida tramitação na CCJ.

"Como o texto já veio aprovado pela comissão de mérito de Ciência e Tecnologia, imagino que o trâmite seja rápido. Em um ou dois meses, deve ser encaminhado ao Senado", diz o deputado Aureo Lidio Ribeiro (SD-RJ), relator do projeto na CDC.

O QUE MUDA

Caso o projeto seja aprovado, a principal medida presente no texto obriga as operadoras a descontarem das faturas dos clientes o valor equivalente a interrupções que ultrapassem 30 minutos.

O projeto de lei também estabelece que as companhias devem informar aos consumidores o tempo em que o sinal foi interrompido e o valor que não será cobrado, além de manterem o registro das quedas por 24 meses.

No entanto, não garante o ressarcimento devido à suspensões programadas do sinal, como nos casos de manutenção. Nesse caso, as operadores deverão informar seus assinantes com três dias de antecedência e as interrupções não podem superar 12 horas por mês.

Caso esses termos não sejam atendidos, as empresas poderão ser multadas e precisarão compensar financeiramente os consumidores.

Em casos recorrentes de problemas que prejudiquem um número grande de consumidores, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) poderá suspender a comercialização do serviço e aplicar penalidades às companhias e seus administradores.

As operadoras só não serão obrigadas a compensar seus assinantes por problemas causados pelos próprios consumidores, como alterações na rede de cabeamento interno das construções ou manipulação errada dos aparelhos decodificadores.
Fonte: Folha Online - 07/12/2015 e Endividado

Máquinas foram instaladas em estações do metrô da capital paulista. (ViaHypeness)

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