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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cinco supermercados Nacional vão fechar em Porto Alegre


Lojas devem encerrar atividades às 17h de quarta-feira, dia 30
ZH.CLICRBS.COM.BR


Campanha será atípica, avaliam especialistas

Possíveis brechas não permitirão que alto patamar de gastos seja retomado


Flavia Bemfica


Especialistas estão se referindo à tendência de gastos oficiais das campanhas eleitorais de 2016 como “franciscana”. A avaliação de advogados e integrantes do poder Judiciário envolvidos com a legislação é de que, mesmo que partidos e candidatos encontrem brechas para burlar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que no último dia 17 proibiu o financiamento de pessoas jurídicas às campanhas, elas dificilmente permitirão que o patamar de gastos existente até 2014 seja retomado.
O “aperto” sobre o financiamento por empresas ganhará mais consistência após a publicação do veto da presidente Dilma Rousseff aos trechos do projeto de reforma política aprovado na Câmara que permitem a contribuição de pessoas jurídicas para as campanhas. A decisão do STF foi publicada no Diário Oficial da União, e a publicação do veto presidencial à parte do PL 5.735/13, que trata do financiamento empresarial, deve ocorrer nesta segunda-feira.
A “queda” nos gastos, contudo, não significa que a polêmica se esgotou. Políticos e juristas ainda querem debater se a nova regra vai se aplicar às eleições de 2016. A polêmica começou no próprio STF, onde ministros divergem a respeito do início da vigência da proibição, apesar de a ata publicada na sessão ser clara: “O tribunal rejeitou a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade por não ter alcançado o número de votos exigidos pelo artigo 27 da Lei 9.868/99, e, consequentemente, a decisão aplica-se às eleições de 2016 e seguintes a partir da sessão de julgamento, independentemente da publicação do acórdão”, diz o documento.
O presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral, da seccional gaúcha da OAB, Antônio Augusto Mayer dos Santos, diz que partes interessadas ainda poderão ingressar com embargos de declaração postulando que a Corte estabeleça a modulação, de forma a determinar limites de doação. “A decisão, embora seja em caráter definitivo, pode sofrer alguns ajustes. Minha aposta é de que alguém vai embargar com o objetivo de estabelecer a modulação”, diz Mayer dos Santos.
Promotor de Justiça do Ministério Público (MP) gaúcho e professor de Direito Eleitoral da Fundação Escola Superior do MP, Rodrigo Zilio avalia como “muito difícil” a alteração da decisão do Supremo e diz que, se a Corte não for instalada à modulação, o país caminha para uma campanha eleitoral “atípica”, na qual pessoas físicas, fundos partidários e eventos para arrecadação de valores serão os financiadores exclusivos. “Só que a decisão isolada não vai resolver o problema crônico do sistema”, adverte Zílio.


O que dizem os líderes partidários gaúchos


Ibsen Pinheiro, presidente estadual do PMDB: “Esta questão do financiamento é irrelevante diante da questão do sistema todo, no qual hoje o dinheiro é protagonista. Se proibir o financiamento empresarial ele não vai deixar de ser usado, ele vai para o caixa dois”.
Nelson Marchezan Jr., presidente estadual do PSDB: “Ninguém sabe como vai ser o ano que vem. De onde partidos e candidatos vão tirar dinheiro. Foi feita uma reforma que ninguém sabe como implementar. Aquele cara que recebe ilegalmente vai continuar com mais dinheiro. É uma mudança que vai fortalecer os corruptos”.
Celso Bernardi, presidente estadual do PP: “No Brasil não temos uma cultura de doação e participação das pessoas físicas. Então estamos desde agora fazendo esse planejamento para 2016, porque consideramos o assunto liquidado. O fundo partidário também vai ajudar. Nosso senão é que a mudança pode ajudar a engrossar o caixa dois”.
Pedro Ruas, presidente estadual do PSol: “O fim do financiamento empresarial não nos preocupa e a decisão do STF veio em boa hora. A história de que vai engrossar o caixa dois eu já ouvi. Ora, todo o escândalo de corrupção que estamos vendo nos mostra que o caixa dois existe dentro do sistema de financiamento empresarial. O que é necessário é aumentar o controle e a fiscalização”.
Ary Vanazzi, presidente estadual do PT: “O fim do financiamento empresarial foi uma grande vitória porque combate a corrupção estrutural. Não acredito que vai engrossar o caixa dois porque existem muitos mecanismos de controle. E o custo das campanhas no Brasil, onde praticamente tudo era superfaturado, tinha se tornado vergonhoso”.




Fonte: Correio do Povo, página 3 de 27 de setembro de 2015.

Cancelado desfile em Piratini (RS)

Entidades tradicionalistas alegam dificuldade em cumprir exigências de controle de mormo em cavalos

Representantes do CTG Vinte de Setembro e de piquetes decidiram que Piratini não terá o tradicional desfile de cavalarianos em 20 de setembro, devido às dificuldades em cumprir as exigências para controlar a bactéria que causa mormo em cavalos. Onze entidades participariam. “Não queremos colocar em risco nem cavalos, que caso tenham a bactéria devem ser sacrificados, nem as pessoas, pois a doença, além de transmissível, não tem cura”, explica o patrão do CTG Gílson Gomes. Cerca de 1,1 mil cavalarianos participam todos os anos. “Recebemos muitas pessoas de fora da cidade durante a Semana Farroupilha, que tem o ápice no dia do desfile.
Pela legislação estadual, para cada cavalo, devem ser apresentados exames que detectam mormo, anemia infecciosa e influenza, que custam um total de R$ 120,00. “Não há um laboratório no Rio Grande do Sul apto para realizar o exame de mormo. Estamos perto do dia do desfile e existe demanda grande do Estado. Não temos a garantia de ter o exame em mãos em 20 de setembro”, justifica Gomes. O patrão diz que a população está triste com a decisão, mas reitera que não se pode colocar em risco a vida de pessoas e animais.
Amanhã, haverá reunião para decidir sobre a realização de desfile sem cavalos. “Vamos ainda formatar a programação que terá o mesmo brilho e criatividade de todos os anos para honrar a tradição da primeira capital farroupilha”, promete o presidente da Semana em Piratini, Alexis Mattos. Mesmo com a alteração, a agenda do evento tradicionalista está mantida, de 11 a 20 de setembro.
O exame detecta mormo passou a ser exigido após a primeira ocorrência registrada da doença em cavalos no Estado, no início de junho. Um animal, em Rolante, teve a zoonose confirmada e foi sacrificado. Outro, na mesma cidade, morreu antes da confirmação, mas apresentava sinais clínicos da doença.


Fonte: Correio do Povo, página 15 de 13 de agosto de 2015.


Caso Petrobras: Suíça investiga Cunha por corrupção


Autoridades da Suíça abriram uma investigação sobre o suposto envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha é suspeito de receber propinas por vazamento de informação privilegiada na venda, para a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África. As investigações foram abertas em abril e já estão avançadas. A suposta conta de Cunha, onde o dinheiro estaria depositado, foi bloqueada.
Os documentos sobre a investigação do Ministério Público da Suíça devem ser enviados ao Brasil até a próxima semana. A partir daí, o procurador-geral Rodrigo Janot deverá decidir se pede um novo inquérito sobre mais um caso de corrupção relacionado ao presidente da Câmara ou se apresenta imediatamente uma segunda denúncia contra Cunha. O presidente da Câmara foi denunciado em agosto por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Parte das suspeitas das autoridades suíças foi confirmada pelo lobista João Augusto Rezende Henriques. Em depoimento à Polícia Federal em Curitiba, na última sexta-feira, Henriques disse que depositou em uma conta que, mais tarde, ele descobriu pertencer a Cunha. A conta destinatária do pagamento foi indicada a ele pelo lobista Felipe Diniz, filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), já falecido, um ex-aliado do presidente da Câmara.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 1º de outubro de 2015.

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