A bandeira do Mercosul
A negociação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia e uma aproximação com a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru) deverão ser abordados na 49ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados que será realizada hoje (21) em Assunção. Esta será a primeira reunião do bloco regional, integrado pelo Brasil, a Argentina, o Paraguai, Uruguai e a Venezuela, com a presença do presidente argentino Mauricio Macri, empossado recentemente.
Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, o avanço na negociação do bloco sul-americano referente a um acordo comercial com a União Europeia será um dos assuntos de destaque do encontro.
“[A ex-presidente] Cristina Kirchner era mais relutante ao acordo. Com Macri, essa agenda deve avançar e incluir na pauta a agricultura, tema muito sensível para a Europa, que é muito protecionista”, disse o coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luis Fernando Ayerbe.
A professora do Departamento de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Terra Budini acredita que, apesar da virada política na Argentina, Macri manterá relações pragmáticas na agenda comercial com os países do Mercosul. “O Macri coloca o acordo com a União Europeia como um ponto central da agenda dele para o Mercosul”.
As negociações para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia começaram no fim da década de 1990 e, desde então, avançam de maneira inconsistente. Em 2004, chegou a ocorrer uma troca de ofertas entre os blocos, que não resultou em acordo.
Em 2010, as negociações foram retomadas, mas a troca de ofertas agendada para 2013 não ocorreu. Para serem consideradas satisfatórias, espera-se que as ofertas desonerem de 85% a 95% o volume do comércio de cada bloco econômico.
Sob a presidência pro tempore do Paraguai, o Mercosul deu continuidade ao processo de diálogo com a Aliança do Pacífico, iniciado em novembro de 2014. Segundo o Palácio do Planalto, os dois grupos devem se reunir em breve para tratar do plano de ação, proposto pelo Mercosul, que prevê medidas como facilitação de comércio, aproximação dos setores privados, cooperação aduaneira e certificação digital.
Apesar de ter provocado mal-estar antes de assumir como presidente. por ter defendido o uso da chamada cláusula democrática para pedir a suspensão da Venezuela do Mercosul, Macri não deve incluir este assunto na cúpula, na avaliação da professora Terra Budini.
“Antes de assumir, Macri tensionou o discurso dele de usar a cláusula democrática contra a Venezuela, mas foi mais uma demarcação de posição e de discurso eleitoral do que um objetivo que ele realmente faria. Como o governo venezuelano conduziu o processo [eleitoral] de forma transparente e aceitou os resultados, o novo governo argentino tirou esse tema da agenda”, afirmou a especialista.
Nas eleições parlamentares de 6 de dezembro, a oposição obteve, pela primeira vez em 16 anos, uma maioria que lhe permite controlar a Assembleia Nacional venezuelana.
Barbosa reúne equipe um dia antes de assumir Ministério da Fazenda
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, voltou a se reunir hoje (20) com integrantes de sua equipe. Pela manhã, o primeiro encontro durou pouco mais de duas horas e ocorreu na sede do Ministério do Planejamento. A reunião de transição começou por volta de 11h e se prolongou por toda a tarde, com a presença de técnicos do ministério.
Na sexta-feira (18), a presidenta Dilma Rousseff confirmou a saída de Joaquim Levy do comando da política econômica do país e anunciou Nelson Barbosa para o posto. O ministro Valdir Simão, da Controladoria-Geral da União, substituirá Barbosa no Planejamento.
Após ser anunciado substituto de Levy, o novo ministro da Fazenda informou que vai manter os compromissos com o ajuste fiscal e prometeu tomar “todas as medidas necessárias” para atingir a meta fiscal de 2016, de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços produzidos no país).
Nelson Barbosa e Simão tomam posse amanhã, às 17h, no Palácio do Planalto.
Novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa toma posse amanhã no Palácio do Planalto
O ministro Nelson Barbosa tem mantido encontros com o objetivo de definir a nova equipe que vai compor a pasta que será coordenada por ele.
Ontem (19), ele já havia reunido parte de sua equipe com o mesmo objetivo.
Os nomes de sua equipe e as primeiras ações só serão anunciados após a posse.
Agência Brasil
WRun com Eliana Cabral
Museu do Amanhã recebe mais de 20 mil pessoas em dois dias aberto ao público
O Museu do Amanhã, na Praça Mauá, foi aberto pela primeira vez ao público neste fim de semana
Gestado por seis anos, desde quando as primeiras fundações foram cravadas no antigo píer do cais do porto, em 2010, o Museu do Amanhã ganhou instantaneamente a simpatia de moradores e turistas do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros dias aberto ao público, o prédio concebido pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava atraiu mais de 20 mil visitantes, desde as 9h de sábado (19) até as 18h deste domingo (20), quando ficou aberto por 33 horas ininterruptas.
Nem mesmo a espera, que podia ultrapassar uma hora e meia na fila, desanimou o público, que se abrigou do sol intenso sob a cobertura do museu, que avança na renovada Praça Mauá, em uma estrutura de ferro, vidro e concreto toda branca, que parece planar sobre o terreno.
Logo na entrada, um globo terrestre suspenso é a primeira atração e vira cenário obrigatório para as fotografias dos visitantes. Por meio de duas escadas, chega-se ao segundo andar, onde estão as exposições principais. Um grande globo de acrílico preto abriga uma sala de cinema em 360 graus, onde passa um documentário de 8 minutos sobre as origens do universo. Depois, o visitante pode explorar, em telas de toque, mais informações sobre o que assistiu. O próximo passo são quatro salas, em formato de cubos, nos quais imagens e fotografias retratam o planeta Terra, dividida em Matéria, Vida e Pensamento.
Um próximo espaço é o chamado Antropoceno, onde são projetadas, em telas de 10 metros de altura por 3 metros de largura, imagens sobre a ação do homem no planeta e a devastação que estamos impingindo à natureza. Em seguida, o visitante é levado ao espaço Amanhãs, no qual são apresentadas as tendências para os próximos 50 anos e os cenários possíveis, dependendo da participação de cada um.
Segundo o curador do museu, Luiz Alberto Oliveira, o conceito essencial do museu é que o amanhã não está pronto, não é único, é uma construção
Por último, ao final da visita, a área Nós, em forma de oca indígena, construída em madeira vazada, oferece espaço para reflexão, iluminado com mais de mil lâmpadas que mudam de cor e sonorizado com uma trilha sonora suave.
No térreo do museu, o destaque é a área livre, que pode ser visitada por qualquer pessoa, sem necessidade de pagar ingresso, formando um grande parque à beira-mar, com largos espelhos d´água e muitas árvores, que vão crescer e transformar o local em um agradável bosque em poucos anos.
Para o curador do museu, Luiz Alberto Oliveira, a proposta é oferecer ao público uma jornada de exploração. “Nós contamos uma história e queremos que as pessoas vão passando pelas etapas para se capacitar e explorar cenários futuros possíveis. E refletir que isso vai depender das escolhas que nós fizermos, como pessoas, como cidadãos. O conceito essencial do museu é que o amanhã não está pronto, não é único, é uma construção.”
No Antropoceno são projetadas imagens sobre a ação do homem no planeta e a devastação à natureza, em telas de 10 metros de altura por 3 metros de largura
O diretor geral da Fundação Roberto Marinho e supervisor do projeto Museu do Amanhã, Hugo Barreto, ressaltou que o museu está atraindo um público que pode nunca ter entrado em um espaço semelhante. “São pessoas que talvez seja a primeira vez que vêm a um museu, que têm o contato com algo de primeiro mundo. Existe um sentimento de orgulho das pessoas, de estarem em um museu que talvez seja único no mundo. Não é só um museu de ciências, mas um pensar sobre nós mesmos, sobre o que está ocorrendo aqui, pela via da ciência, do entretenimento, da cultura e da arte. Aqui as pessoas viajam e navegam.”
Muitos dos visitantes chegaram de longe, no domingo quente e ensolarado, como o casal Jorge e Raquel de Oliveira, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. “Eu gostei de tudo. O que mais me impressionou foi o globo na entrada. É muito mais do que eu pensava encontrar. A mensagem que fica é nos prepararmos para o futuro”, disse Jorge, que trabalha como pintor industrial. “Para mim, a mensagem é que devemos preservar muito a Terra, não jogando lixo e tendo mais cuidado com a água”, completou Verônica, que é esteticista.
“Achei muito interessante. Explica para a gente o que está acontecendo ao redor do mundo. Para incentivar as pessoas a entenderem o que está ocorrendo no planeta. A pessoa sai daqui diferente, entendendo mais o que está se passando com o mundo”, disse a dona de casa Raquel de Freitas Bastos, que veio de Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, com o marido e os dois filhos.
O museu abre de terça-feira a domingo, de 10h às 18h. Alunos da rede pública, crianças até 5 anos, pessoas a partir de 60 anos, professores da rede pública não pagam. Nas terças-feiras, o ingresso é gratuito para todos
Mas talvez o maior beneficiado como o novo museu seja mesmo o município do Rio, conforme ressaltou o gerente de salão de beleza Leonardo Moreira Bonfim: “É algo grandioso, incrível. Este resgate representa a auto-estima da cidade, que se renova a cada dia e vai ficar ainda melhor. Era uma praça que estava muito abandonada. Foi um grande presente que a cidade recebeu”.
A construção do Museu do Amanhã custou R$ 215 milhões, mais R$ 65 milhões investidos pelo Banco Santander, patrocinador master, em seu conteúdo e manutenção pelos próximos dez anos. O museu abre de terça-feira a domingo, de 10h às 18h. A entrada custa R$ 10 a inteira e R$ 5 a meia. Há gratuidades para alunos da rede pública, crianças até 5 anos, pessoas a partir de 60 anos, professores da rede pública, entre outros grupos. Nas terças-feiras, o ingresso é gratuito para todos. Informações podem ser acessadas na página do museu na internet (www.museudoamanha.org.br).
Torneio de basquete encerrará eventos-teste para Jogos Olímpicos de 2016
Desde agosto de 2014, quando ocorreu o primeiro evento-teste, já foram realizadas 20 competições para testar as instalações olímpicas
A sequência de eventos-teste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, será fechada, entre janeiro e maio, com 25 competições esportivas. A reta final de eventos prepatórios será aberta com o Torneio Internacional Feminino de Basquetebol, que será realizado de 15 a 17 de janeiro, na Arena Carioca 1.
A arena, localizada na Barra da Tijuca, receberá partidas envolvendo quatro seleções convidadas: Brasil, Argentina, Venezuela e Austrália. Também haverá uma partida de basquete em cadeira de rodas. O próximo evento-teste será a competição de halterofilismo, na mesma arena, entre os dias 20 e 23 de janeiro.
Os últimos eventos-teste previstos são os torneios de atletismo (de 14 a 16 de maio) e atletismo paralímpico (de 18 a 21 de maio). Um jogo do Campeonato Brasileiro, em maio de 2016, também deverá servir como evento-teste. Os Jogos Olímpicos começam pouco mais de dois meses após essa última competição, em 5 de agosto.
“O frio na barriga começou quando a gente começou a fazer os eventos-teste, porque nosso sistema realmente explora o que temos nas instalações e muitas vezes são situações que não são de fácil identificação. Mas quando nos aproximamos dos Jogos, o tempo que temos para a correção, de algum fator que seja observado, é menor”, disse Rodrigo Garcia, diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016.
Desde agosto de 2014, quando ocorreu o primeiro evento-teste, já foram realizadas 20 competições para testar as instalações olímpicas
Desde agosto de 2014, quando ocorreu o primeiro evento-teste, uma regata na Baía de Guanabara, já foram realizadas 20 competições esportivas para testar as instalações olímpicas e a infraestrutura da cidade para os Jogos.
Segundo Garcia, a primeira leva de eventos objetivou testar esportes ao ar livre, como vela, ciclismo de estrada, remo e triatlo. Agora, a partir do fim deste ano, a ideia foi começar a testar as instalações olímpicas que começaram a ficar prontas.
“Todos os eventos-teste que fizemos demandaram ajustes. Não teve nenhum evento que tenha terminado 100%. Até porque esse não era o objetivo. O objetivo era realmente tentarmos identificar problemas e ajustes necessários”, acrescentou.
Ele explicou que o esporte que mais demandou ajustes, antes mesmo da realização do evento-teste, foi a competição de ciclismo BMX. “Acho que o BMX foi o evento que demandou mais alterações, principalmente na área de competição. Os atletas entenderam que a pista não estava adequada. Em cima disso, tivemos de fazer alterações drásticas no percurso, em 24 horas. Posso dizer que foi um motivo de celebração, porque percebemos que, em 24 horas, conseguimos realizar um grande trabalho”, concluiu.
Exposição de charges reúne obras internacionais no Museu da Língua Portuguesa
Obra de autoria do iraniano Ali Miraee
O Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, coloca à disposição do público, pelo quinto ano consecutivo, uma exposição com mais de 100 obras entre charges, caricaturas e histórias em quadrinhos. A mostra Esta Sala é uma Piada, aberta no dia 15 de dezembro, ficará em exibição até 28 de fevereiro. Parte das obras está em uma tela virtual.
Os desenhos foram selecionados do 42º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o evento mais importante do gênero no mundo. O espaço foi criado por um grupo de artistas em 1974, durante a ditadura política no Brasil, e tornou-se um espaço de resistência à censura.
Neste ano, o tema é a sociedade contemporânea e a corrupção. Segundo o curador da mostra, Raphael Ramos da Costa Fioranelli Vieira, o objetivo é mostrar a realidade atual da sociedade.
“Todo ano trazemos à luz o que ocorreu no ano. Fazemos uma retrospectiva do que aconteceu e as pessoas vão se identificar com o que estão vendo. Nas lâminas estão os trabalhos mais engraçados e a parte mais 'pesada', está nas telas touch screen.”
Vieira destacou que há obras de países como Irã, Turquia, França e Cuba. Segundo ele, este ano há mais desenhos impressos do Brasil, porque a corrupção tem sido um assunto pontual. “Tentamos mostrar, de forma engraçada, assuntos trágicos, como a corrupção e terrorismo internacional, e trazer de forma mais branda a realidade que não é tão engraçada assim."
Rafael Corrêa é um dos artitas brasileiros que participam da exposição
O curador disse ainda que as obras internacionais estimulam a pesquisa sobre a realidade de outros países, de modo a entender o que os desenhos querem dizer. “Algumas obras internacionais não retratam a realidade brasileira diretamente, mas, em cinco anos de exposição, o que percebemos é que tem vários assuntos e problemas comuns em diversos lugares.”
O estudante Luiz Neto visitou o museu para ver outra exposição e aproveitou para visitar a sala, que classificou como irônica e criativa. “Cada desenho faz uma referência e uma crítica ao que está ocorrendo no mundo. Se esses assuntos são colocados em forma de quadrinhos e desenhos fica mais interessante. Todo mundo lê um quadrinho no jornal. Vendo esses desenhos de vários países, dá vontade de pesquisar sobre a sociedade de cada um.”
Iranildo Gonçalves da Silva é professor e aproveitou as férias para viajar do Ceará para São Paulo. Ele levou o filho para conhecer o museu. Iranildo observou a linguagem diferente expressa no traço de cada obra. “Na educação, sempre trabalho com o gênero literário charge. A exposição é importante porque nos dá a oportunidade de ver charges de brasileiros e de desenhistas de vários países.”
Jornalista e professor aposentado, Adelaide dos Santos veio do Mato Grosso do Sul com a esposa e filhos para passear em São Paulo. Ele elogiou as obras da sala e disse que todos deveriam prestar atenção nas charges. “São obras que impressionam pela sensibilidade e pela mensagem que passam. Temos muitos artistas de valor. Muita gente pensa que são simples quadrinhos, mas é um retrato da sociedade”, concluiu.
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Partido Popular vence eleições legislativas na Espanha
O Partido Popular (PP) ganhou as eleições espanholas de hoje (20) com 123 deputados e 28,7% dos votos, seguido do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), com 90 deputados e 22%, depois de escrutinados 99,5% dos boletins.
O Podemos tem 69 lugares, com cerca de 20,6%, seguindo-se o Ciudadanos, com 40 deputados e 13,9%.
Seguem-se a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), com nove eleitos e 2,3% dos votos nacionais, a Democràcia y Llibertat (oito deputados e 2,2%), o Partido Nacionalista Basco (seis deputados e 1,2%).
Sem conseguir formar um grupo parlamentar no Congresso ficaram a Esquerda Unida (dois deputados e 3,6%), o partido basco EH (2 lugares e 0,8%) e a Coligação Canária (um deputado e 0,3%).
No caso do Podemos, o total de lugares resulta da combinação dos votos no partido liderado por Pablo Iglesias mas também com as listas autónomas apresentadas na Catalunha (En Comú Podem), em Valência (Compromís en la Comunidad Valenciana) e na Galiza (En Marea).
Vitória
A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, anunciou a vitória do Partido Popular quando foram a apuração já havia atingido atingia 97% das urnas.e 121 deputados.
Logo após o anúnciou, o secretário-geral do Podemos – partido de esquerda que ficou em terceiro lugar –, Pablo Iglesias, reafirmou que os resultados da eleições gerais em Espanha indicam "o fim do bipartidismo" e considerou como prioridade do seu partido uma reforma constitucional ampla.
"Hoje nasceu uma nova Espanha. Inaugura-se uma nova etapa política no país. As forças da mudança obtiveram mais de 20% dos votos, mais de 5 milhões de votos em todo o país", afirmou Pablo Iglesias, numa referência ao seu partido e às formações "irmãs" que apoiou, o En Comú Podem, da Catalunha, o Compromís, da Comunidade Valenciana e o En Mareas, da Galiza.
Iglesias recordou que o Podemos foi a força mais votada na Catalunha e no País Basco e a segunda mais votada em comunidades como Madrid e Galiza - em ambos os casos atrás do PP. Com 97% dos votos escrutinados, o PP regista 121 deputados, seguido do PSOE - com 92 -, do Podemos, que estreia no parlamento com 69 deputados, e do Ciudadanos, com 40 assentos.
O líder do Podemos destacou que o PP, de Mariano Rajoy, obteve o seu pior resultado desde 1989 e o PSOE, de Pedro Sánchez, o seu pior resultado desde que há democracia em Espanha (1977). "Acabou-se o sistema da rotação [de poder] em Espanha, acabou-se o bipartidismo. Somos a única força política de âmbito estatal capaz de liderar um acordo plurinacional que respeite as forças da mudança, que os espanhóis pedem", disse Pablo Iglesias.
Ele enumerou suas prioridades: "em primeiro lugar a blindagem dos direitos sociais na constituição", defendendo o direito à habitação contra os despejos, a saúde pública e a educação.
Também recordou como prioridade do seu programa uma reforma do sistema eleitoral, "imprescindível e inadiável", que permita o desenvolvimento "plurinacional de Espanha" e uma moção de confiança ao governo em caso de não cumprimento do seu programa.
"Estamos começando uma nova era política no nosso país e a nossa agenda, antes de mais, é a reforma constitucional", disse Iglesias, ao ser questionado sobre possíveis acordos com outras formações para formar o governo ou para a votação de investidura do presidente do Governo.
Agência Lusa e Agência Brasil
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